Contrato de Casamento escrita por Emmy Alden


Capítulo 1
Um


Notas iniciais do capítulo

oláaaaa, tem alguém aí? Contrato de Casamento vai ser postada pra valer a partir de agora! Espero que gostem!



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"We've got a bit of love hate

You take me to the edge, then you hit the brakes"

(Na Na Na)

 

OLIVIA

O elevador parou no andar do meu setor e, quando as portas se abriram, eu me deparei com o caos.

Aparentemente algumas pessoas se esqueceram que o sobrenome Sartori significava alguma coisa por ali.

Torci a boca em desgosto. Eu havia ficado cinco  cinco  dias fora e, do nada, o setor no qual eu trabalho pelo visto havia se declarado uma anarquia.

 Senhorita Sartori! Senhorita Sartori!  Mia correu até mim.

Era possível que eu já estivesse começando a sentir os primeiros efeitos de uma dor de cabeça? Sim, era possível.

 Por que você está correndo?  pronunciei cada palavra lentamente enquanto a garota se apressava em pegar minha bolsa e minha maleta.

As bochechas de Mia ficaram vermelhas.

 Eu...nós não sabíamos que a senhorita voltaria hoje.  ela explicou ofegante e eu franzi a testa.

 Pedi que Marco encaminhasse um e-mail para o resto da equipe avisando. A minha conexão de internet não era das melhores no hotel.

Ao ouvir seu nome, Marco se materializou ao meu lado, com uma expressão inocente no rosto.

 Eu mandei.  ele afirmou, a mão livre levantada na altura do ombro.  Não checou seu e-mail corporativo?

Me virei para Mia a tempo de ver seu rosto escurecer de pura fúria. Pelo menos, eu não era a única que tinha um demônio pessoal trabalhando ao meu lado.

 Marco, você sabe que o e-mail corporativo está em manutenção por pelo menos mais quinze dias.

 Ops.  ele disse com a cara de inocente mais falsa do mundo.  Aqui estão os relatórios da semana, chefa.

Marco me entregou o pequeno monte de pastas que segurava em um braço.

 Você fez de propósito.  Mia o acusou num tom baixo porém mortal.

Respirei fundo, o vôo de doze horas do qual eu havia acabado de descer não tinha me feito muitos favores:

 Já terminaram ou preciso alugar um ringue para vocês lutarem sem reservas?  questionei antes de sair andando, já pensando qual dos 345 comprimidos eu precisaria tomar para ajeitar aquela bagunça.

 Sartori.

 Senhorita Sartori.

Assenti com a cabeça rapidamente para os funcionários que me cumprimentavam no caminho, fingindo uma falsa cortesia, mas pelo menos ajeitando a postura desleixada.

Como se eles não fossem falar mal de mim assim que eu sumisse de suas vistas.

Fazia parte de um papel de liderança.

Não era como se eu me achasse o centro do mundo, mas sabia que era um dos assuntos preferidos da equipe na hora de utilizar apelidos como megera rainha má.

Eu não me importava de verdade, se eles estavam com seus empregos garantindo comida para pôr em seus pratos e os de suas famílias era por causa da rigidez da megera.

Porque se dependesse de Ferrante...

Não, eu não começaria minha segunda-feira estragando meus pensamentos com Sebastian.

Quanto à equipe...se eles quisessem lazer e moleza que fossem para um parque aquático.

 Senhorita Sartori.  Mia me alcançou novamente no momento em que pus a mão na maçaneta do meu escritório.

 Qual o problema, Mia?

 O advogado do chefe, sabe? Aquele loiro, de 1,90m, com os lábios carnudos, com estilo meio de astro de cinema e...

Arqueei uma sobrancelha ao mesmo tempo que Marco bufou atrás de mim.

 O doutor Santiago, sim. Qual o problema, Mia?

Minha assistente engoliu a seco e resolveu não me encarar.

 Ele quer falar com a senhorita e com o senhor Ferrante.  pisquei.  Pediu para chamá-los na sala de reunião assim que chegassem.

 Eu acabei de chegar de viagem. Preciso arrumar minha sala, minha agenda, meus projetos.  e as merdas que Sebastian provavelmente havia feito na minha ausência.  Diga a ele que à tarde darei uma passada por lá.

Quando Sebastian tivesse desaparecido do alcance de minhas vistas, quase acrescentei.

Entrei na minha sala e tirei meu casaco.

Marco se apressou em pegar meu pertences na mão de Mia, aproveitando que ela estava paralisada na porta.

Teoricamente, Marco era assistente de Sebastian e Mia, a minha. Contudo, por algum motivo, Marco achava que se bajulasse o suficiente receberia uma promoção.

Mia ainda parecia prestes a desmaiar na entrada da sala e eu poderia jurar que uma gota de suor desceu pela lateral do seu rosto.

 E-ele disse que o assunto era urgente. Que não importava o que você dois poderiam estar fazendo, deveriam parar e ir diretamente até ele. Só vai falar com os dois estando presentes.

O que Santiago poderia ter para falar comigo e Ferrante ao mesmo tempo e que fosse tão urgente assim?

Forcei um sorriso amarelo e mantive minha voz baixa ao perguntar:

 E onde está Sebastian?

 

SEBASTIAN

Um cheiro artificial de baunilha me despertou e eu funguei virando o rosto abruptamente. O corpo agarrado ao meu resmungou e se mexeu levantando a cabeça com fios castanhos cheirando a baunilha por toda parte.

Prendi a respiração.

 Bom dia.  a mulher disse, com uma voz manhosa e sonolenta.

Olhei para o teto tentando me localizar, apenas para me encarar num reflexo.

Espelho no teto. Definitivamente um motel.

Imagens da noite anterior passavam como flashes dolorosos enquanto eu tentava lembrar o nome da pessoa ao meu lado.

 Bom...dia, hm, MariaAliceRosana...  arrisquei, embolando os nomes e esperando com sorte acertar com algum.

Pela careta que ela fez e o empurrão de leve sob as cobertas, eu estava sem sorte.

Me espreguicei sem pressa porque havia colocado um alarme no sábado à noite  última vez que estive sóbrio  justamente para o caso de eu não ouvir a voz da razão  como eu, de fato, não havia feito  e cair na farra.

Devia ser antes das seis da manhã, já que o alarme estava programado para esse horário.

Daria tempo de eu passar em no meu apartamento, tomar um bom banho e me prepararia para mostrar uma equipe produtiva como Sartori nunca viu.

Não que eu precisasse provar algo para Olivia.

Dividíamos praticamente o mesmo cargo, eu era focado na parte de criação, ela na parte de vendas.

Eu planejava e criava as campanhas e ela fazia o seu melhor para vendê-las.

Ou seja, éramos praticamente o inferno pessoal um do outro.

Por isso, eu gostava tanto de deixar claro que fazia um trabalho bem melhor que o dela. Aquela ditadorazinha presunçosa.

Meu celular apitou, porém não era o alarme.

Era o próprio diabo.

 

Rainha Má

Onde diabos você está?

Se eu não aparecesse aqui

a empresa iria ficar jogada

às traças?

Pensei que você fosse mais

profissional do que isso.

Eu

Bom dia, flor do dia.

Não achou nenhum gringo

insensível e impessoal para

dar uns amassos?

Aliás, por que você tem o

meu número?

Rainha Má

Graças a sua incompetência

tive que me dar o trabalho

de sair atrás de algum e-mail

inútil que tivesse o seu

contato.

A última coisa que meu celular

precisa é explodir porque

salvei o seu número.

Mas, enfim, não tenho tempo para

perder conversando com você,

sabe como é, eu realmente trabalho.

P.S.: sugiro que dê uma olhada na

hora, Bela Adormecida.

 

Grunhi para as mensagens, mas quase caí da cama ao seguir o último conselho de Olivia Sartori.

Eram onze horas da manhã.

 Puta que pariu, Olivia.

A garota ao meu lado se sentou dando um beijo em meu ombro, a raiva por eu não lembrar seu nome já esquecida.

 Você por acaso mexeu no meu celular?  perguntei num tom contido.

Não, não, não. Aquilo seria munição para Olivia usar pelo resto do mês.

 Hm?? Não, exceto na hora que ele começou a apitar como uma sirene, de madrugada e...  Ela parou quando eu olhei por cima do ombro para encará-la.  Ooops... era o seu alarme?

Soltei o ar pela boca, embora quisesse soltar um palavrão daqueles.

Ela realmente não parecia ter feito de propósito. O que era um ponto positivo, considerando que várias outras fizeram o contrário.

Tirando o cabelo com um cheiro forte de baunilha que irritava o meu nariz e por muito provavelmente ter me feito chegar muito perto de perder meu emprego, ela parecia uma garota legal.

Tentei suavizar minhas feições e colocar bom humor na voz, enquanto levantava da cama:

 Você quase me fez perder o emprego,...  Esperei um instante ainda incerto sobre que nome chutar dessa vez.

Julia? Evelyn? Bárbara?

 Olivia.  ela disse solícita e eu parei na metade do caminho para o banheiro.

 O que você disse?

Ela inclinou a cabeça, como se me achasse divertido:

 Meu nome é Olivia. Você acabou de dizer!

Quase ri da ironia.

Claro que se fosse alguém para me fazer quase perder o emprego seria uma Olivia.

 Bom saber.  murmurei um tanto perturbado.

Saber que eu tinha ido para cama com uma mulher que tinha o mesmo nome da razão da minha queda de cabelo e que provavelmente eu tinha gemido esse nome durante a noite anterior era um tanto... desconcertante.

Para dizer o mínimo.

Se bem que só de me imaginar contando essa coincidência para minha querida colega de trabalho e vendo sua cara de nojo, faria meu dia completo.

Ela faria uma expressão ultrajada, sua feição se contorcendo enquanto diria que eu era repugnante e...

Olhei para dentro do banheiro do motel.

Não, de jeito nenhum eu tomaria um banho ali.

Me preparei para o temido discurso de partida.

Era tão mais fácil quando dava tempo de escrever um bilhete e ir embora antes que a pessoa acordasse...

Peguei minhas roupas em cima de uma cadeira e comecei a me vestir.

Olivia  ainda era bizarro pensar nesse nome  me observava de cima a baixo.

 Hm... então. - comecei enquanto abotoava minhas calças.  Não vai me achar um babaca se eu disse quer tenho que sair correndo daqui.

Ela fez uma carinha triste, mas inclinou a cabeça.

 Depende... respondeu enquanto o lençol descia perigosamente pelo seu corpo.

Ela levantou da cama e veio até mim, ficando nas pontas dos pés com os lábios a centímetros dos meus.

 Se você me der seu número...

Claro, o passaporte para uma segunda rodada.

E Olivia era mais espertas que as outras. Geralmente, elas me davam o número, esperando que eu ligasse quando na verdade o contato ficaria esquecido na agenda do meu celular.

"Você é um cretino desgraçado."

A voz da Olivia Original ecoou na minha mente e eu segurei o riso:

 Claro.

A xará sorriu e me beijou. O vento que entrava pela janela batendo nos cabelos dela fazia o cheiro de baunilha ficar mais forte e meu nariz começar com uma coceira suave.

Seria uma pena se eu confundisse um ou dois números do meu celular.

Uma pena mesmo.

"Cretino desgraçado".

Um sentimento culpado atravessou meu peito antes que eu me lembrasse que o errado não era eu.

Sempre deixei claro que não estava disposto a uma "Sessão Bis".

Não era minha culpa se elas criavam expectativas mesmo assim.

Eu tinha um único relacionamento e compromisso verdadeiro e isso significava eu e meu emprego.

Que permanecesse assim.

Amém.

 

OLIVIA

Sebastian não respondeu.

Forcei um sorriso amarelo para o doutor Santiago quando ele passou por mim.

Ele era realmente impressionante. Tudo nele clamava por no mínimo uma segunda olhada: desde os sapatos sociais bem polidos aos olhos azuis estonteantes.

E, claro, a aliança elegante na mão esquerda.

Como era a frase mesmo?

Os melhores já estão fora do mercado.

Ou algo do tipo.

 Bom dia, senhorita Sartori.  ele disse com uma voz educada e formal que mesmo assim deveria fazer corar a mais pura das freiras.

 Bom dia, doutor. Soube que o senhor precisa conversar comigo.  comentei, tentando me adiantar em qualquer que fosse o assunto.

 Sim, sim. É um assunto para ser tratado com a senhorita e o senhor Ferrante, o mais rápido possível.  Santiago deve ter notado o pingo de desconforto no meu rosto pois apertou os lábios numa linha fina como quem pedia desculpas.  Ordem do chefe. Viu o senhor Ferrante por aí?

O doutor Santiago se virou para pegar um pouco de água no filtro.

 Ele está atra...

Senti uma mão sobre meu ombro antes de conseguir terminar minha frase.

 Aqui. Eu estou aqui. Bom dia, doutor. Bom dia, Sartori.

Balancei os ombros para sair daquele toque repugnante e pensei ter notado um toque de diversão nos olhos de Santiago ao virar para nos encarar.

 Ótimo. Podem me acompanhar até a sala de reunião? Prometo não tomar muito o tempo de vocês.

 

SEBASTIAN

Pela primeira vez na vida, eu e Sartori estávamos combinando em alguma coisa.

Ambos estávamos sem ter o que falar para o advogado sentado à nossa frente.

Victor Santiago terminou de ler o papel em suas mãos e virou para nos encarar.

 Entendam, esse edital saiu há duas semanas. As regras para quem fica com o cargo não mudaram desde então.  o homem disse com calma para que absorvêssemos cada palavra.  Nenhum de vocês dois se pronunciou a respeito dessa cláusula. Sabemos que a vaga é aberta para pessoas de fora, mas nossa empresa tem uma história com vocês dois e sabem das suas reputações. Gostaríamos de contar com a participação dos dois melhores funcionários desse setor.

Mais silêncio.

Foi Sartori que o quebrou.

 Essa cláusula é ridícula. Com todo respeito. É arcaica e não muda absolutamente nada na empresa.  Era impressionante que eu soubesse pelo seu tom de voz, que honestamente não revelava nada para ninguém, que ela estava muito puta.  Para ser honesta, eu presumi que essa cláusula só iria se aplicar para os candidatos externos considerando que: a empresa tem uma história com nós dois e sabem das nossas reputações e vocês gostariam de contar com a participação dos dois melhores funcionários desse setor.

Santiago segurou o sorriso ao vê-las usando exatamente suas palavras.

 O senhor Boscher já tem uma idade avançada.  Victor explicou, com uma expressão que dizia que ele também não entendia o sentido daquela cláusula.  O cargo que vocês disputarão será como uma fusão das duas funções divididas entre os dois atualmente, vai requerer ainda mais responsabilidade de quem o ocupar.

 Então se eu colocar uma aliança no dedo vou me tornar automaticamente mais responsável?  Foi a minha vez de me pronunciar.

 Antigamente o casamento estava diretamente ligado à responsabilidade.  Santiago rolou os olhos.  Vocês já têm quantos anos? 24, 25 anos? Para o senhor Boscher provavelmente vocês já deveriam ter um primogênito.

Massageei minhas têmporas.

Primeiro eu acordava com uma Olivia do meu lado.

Agora Santiago acabou de fazer com que minha mente criasse uma imagem mental de Olivia comigo e um filho.

Aquele dia estava sendo traumatizante.

 Sei que vocês são ótimos funcionários...

 ...e preenchemos todos os requisitos da promoção, exceto esse.  Sartori ressaltou e o doutor Victor assentiu com a cabeça.

 Sei também que a notícia desse ajuste de cargo não foi uma das melhores que vocês já receberam, mas o senhor Boscher está irredutível. Se um de vocês conseguir a vaga, o outro vai continuar trabalhando para nós em outro setor. Foi o máximo que conseguimos fazê-lo considerar em respeito a vocês.  o advogado ressaltou.  Agora, se nenhum dos dois conseguir, um de vocês terá que ser demitido. Afinal, teoricamente um dos cargos de vocês dois deixará de existir.

Só poderia ser brincadeira.

Observei Olivia se recostar calmamente na carteira e cruzar as pernas.

Plácida como um anjo.

Como se Victor não estivesse acabado de dizer que nossos empregos estavam na berlinda se não cumprissemos uma cláusula idiota.

Ela não poderia estar achando que se fossem para escolher entre mim e ela, o pessoal da empresa a escolheria de cara. Ela não podia ser tão convencida.

Não poderia estar tão calma.

Até onde eu sabia, Sartori estava solteira. O noivado dela acabou uns dois anos atrás.

Eu estava solteiro.

Não tinha como ela ter nenhuma vantagem sobre mim.

Ainda assim Olivia apenas deu um sorriso discreto para o doutor Santiago e depois me encarou, estendendo sua mão para tocar meu braço.

Suas unhas pintadas de preto se camuflaram no meu terno da mesma cor, impedindo que o advogado visse que, enquanto eu tentava sair do seu toque, suas garras estavam fincadas no tecido da minha roupa.

Sartori tinha no rosto o mesmo olhar de quando passava um cronograma impossível de cumprir para todos da equipe.

De quando estava prestes a ferrar com o fim de semana de todo mundo.

Era um olhar diabólico e que continha diversas ameaças a quem quer que ousasse rebater sua ordem.

Antes mesmo dela abrir a boca, eu sabia que estava fodido.

Ainda assim, quando as palavras saíram, eu me toquei que nunca poderia ter imaginado o quão fodido eu ficaria.

 

OLIVIA

Minhas unhas estavam fincadas no terno de Ferrante para evitar que minha mão tremesse.

Eu precisava fazer aquilo, precisava do meu emprego, precisava continuar na cidade.

Não poderia voltar para casa dos meus pais.

Não queria voltar para casa dos meus pais.

Aos 16 anos, consegui entrar na faculdade mais disputada do estado. Consegui arranjar um emprego na segunda semana para me manter ali. Me formei com excelência. Fazia parte de um setor importante de uma das maiores empresas do país para vir um velho coroca dizer que minha responsabilidade seria apenas validada se eu tivesse um marido.

Tudo bem que ele, pelo menos, não tinha exigido que apenas as mulheres candidatas se casassem, mas mesmo assim.

Era injusto.

Comigo e, para ser honesta, com Sebastian também.

Estávamos trabalhando naquela empresa há quase meia década, éramos motor do setor criativo e de vendas para sermos dispensados sem a mínima consideração.

Minha mente rugia com xingamentos, argumentos e gritos.

Porém, meu alvo não era Victor Santiago. Ele estava ali apenas cumprindo ordens, repetindo as palavras de outra pessoa.

Senti os músculos do braço de Sebastian se tensionarem enquanto ele me encarava como se eu fosse louca.

E eu deveria ter ficado louca mesmo.

Maluca.

Pirada.

Doida varrida.

Só isso explicava eu abrir a boca e dizer:

 Hm, nós não estávamos planejando falar com ninguém ainda, não é... querido?  O cara que me encarava franziu a testa e meu olhar deveria ser avassalador porque ele engoliu em seco e assentiu vacilante com a cabeça.

 Sim?  Era mais uma pergunta do que uma afirmação, mas Santiago não pareceu perceber.

Quando tornei a olhar para frente, o advogado apenas tinha um toque de surpresa na expressão.

Forcei a minha voz a soar clara novamente.

Forcei as palavras a saírem.

Dei meu melhor sorriso para o advogado da empresa enquanto jogava no ar a mentira mais ridícula da minha vida:

 Parece que estamos com sorte, então! Eu e Sebastian acabamos de noivar.

✥✥✥

 


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Notas finais do capítulo

Heeyyy, meus amores! Aqui vamos nós mais uma vez, em mais uma história que eu espero que você amem tanto quanto eu!

Nessa nova versão não temos muitas mudanças apenas uma revisão melhor!

Não se esqueçam de comentar o que estão achando, deixar aquele votinho básico e compartilhar a história com os amigos ♥

Nos vemos na semana que vem (ou quem sabe...) ♥ bjinhos

twitter: @ whodat_emmz ou @emmieedwards_



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