A Jornada da Fênix: O Ressurgir das Cinzas escrita por FoxFlameWarrior


Capítulo 25
Blood'Clan


Notas iniciais do capítulo

Oii, pessoal. Estou aproveitando este raro momento de otimismo que me acorreu e vim aqui postar. Sei que faz um bom tempo que não atualizo, mas é que eu estava fazendo uma surpresinha pra vocês e acabou demorando mais do que eu esperava. Além disso, eu estou tendo problemas psicológicos que estão me atrasando.
Mas aqui está um capítulo fresquinho pra vocês, e este é o último cap. da primeira temporada.
A segunda temporada será em outro livro.
Agora sobre a surpresa: https://www.tumblr.com/blog/view/foxflamewarrior/689054569803710464?source=share
É uma animação da história da nossa Fênix. Assistam pfvr!! Fiz c mt carinho pra vcs!!
Bjs e aproveitem!!



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LEIA AS NOTAS INICIAIS!! AVISO IMPORTANTE!!

Fênix estava para atravessar a fronteira do Clã das Sombras quando uma voz familiar chamou o seu nome, ela se virou em busca da dona daquele timbre tão conhecido por seus ouvidos, esperava estar certa sobre quem achava ser, e confirmou seu pensamento quando avistou uma gata azulada correndo em sua direção.

Coração de Cinzas vinha a toda velocidade, não hesitou e não diminuiu o ritmo em nenhum momento, aquela era hora de consertar as coisas, era a hora de reencontrar a melhor amiga, não haviam motivos para ficarem com a história pela metade, para não resolverem as coisas como deveriam, ainda tinham o espirito daquelas mesmas duas jovens aprendizes, podiam brigar, discutir, tentar matar uma à outra, mas nada
disso mudaria o fato de que uma se apoiou na outra nos momentos em que ninguém mais se importava. Eram amigas, quase irmãs, eram família.

A gata negra não se moveu, apenas sorriu feliz por ver sua companheira azulada se aproximando por livre e espontânea vontade,
sabia que Estrela de Fogo não mandaria uma gata sozinha atrás de uma das ameaças mais perigosas que já foram vistas, o conhecia muito bem, ele não arriscaria vida de seus guerreiros assim, mesmo sabendo da amizade entre ambas. O líder rubro sempre colocaria a vida e a segurança de seus colegas de clã em primeiro lugar.

As duas gatas se encontraram em um pulo dado pela azulada, Fênix teria ido de encontro com ela, mas estava cansada e, honestamente, sem forças tanto físicas quanto psicológicas. No entanto, assim que o pelo quente e liso de sua companheira entraram em contato com sua pele, a gata negra se sentiu... feliz, sentiu a esperança preenchendo o vazio que se encontrava dentro de si, em outras palavras, sentiu-se livre de qualquer dor e agonia que estivessem esmagando seu coração. Afinal, era bom saber que, mesmo depois de tanto tempo e de tantas brigas que ocorreram entre as duas, a amizade que construíram há várias estações atrás nunca seria quebrada.

Acabaram caindo na grama com o impacto, a azulada começou a chorar contra o pelo da gata negra, a qual não ficou muito atrás com seus olhos marejados. Estavam meio que abraçadas, a guerreira do Clã do Trovão manteve a cabeça colada no peito da mais nova e a cauda envolta da corpo dela, enquanto a gata de olhos roxos colocou uma das patas dianteiras acima de uma de Coração de Cinzas e apoiou a cauda nas costas dela, se permitindo sentir a boa sensação que aquele ato lhe causava, a nostalgia e as lembranças de seus tempos de aprendiz do Clã do Trovão invadiram sua mente e só foram retirados quando a mais velha começou:

—Coração de Cinzas: Desculpa. Eu sinto muito. (Falou entre soluços e em um fio de voz).

—Fênix: Está tudo bem. Foi tudo minha culpa, eu devia ter ouvido você. Você tinha razão o tempo todo e agora estou pagando pelo que fiz durante todo esse tempo. (Falou com a voz embargada pelo choro).

—Coração de Cinzas: Eu senti sua falta, até hoje sinto. (Falou após um suspiro). Sei que não vai adiantar eu te pedir para voltar comigo porque eu te conheço bem o bastante para saber que você vai recusar e vai vencer a discussão.

—Fênix: Você me conhece tão bem. (Brincou). Mas está certa, eu encontrei um novo lar para mim, e sei que ficarei melhor lá. E também sei que você não concorda que eu vá embora de novo. (Explicou calma).

—Coração de Cinzas: Não entendo porquê as coisas não podem ser como antes, quer dizer, até entendo, mas me esforço em não acreditar no que minha cabeça me diz. (Lamentou). Éramos felizes, podemos ser de novo, Estrela de Fogo está disposto a te readmitir.

—Fênix: Foi ele que te mandou atrás de mim, não é? (Questionou retoricamente com uma curta risada sarcástica). E eu achando que você veio atrás de mim porque queria só se desculpar ou me dar boa sorte. (Falou triste antes de se levantar subitamente).

—Coração de Cinzas: Fênix, ouça. (Pediu repetindo o ato da gata negra). Estrela de Fogo me mandou sim vir te procurar, porém não para te pedir para voltar, mas para te dizer que ele não guarda rancor pelo que você fez, ele te perdoa, e estará à disposição se você precisar de ajuda com algo, só precisa pedir. (Explicou devagar e compassiva).

—Fênix: E por que ele mesmo não veio? (Perguntou duvidosa).

—Coração de Cinzas: E você teria ouvido? (Brincou).

—Fênix: Provavelmente não. (Devolveu no mesmo tom).

—Coração de Cinzas: Então está explicado. (Disse irônica). Mas quero que saiba que eu teria vindo falar com você de qualquer forma, com ele ou qualquer outro tendo me pedido ou não, afinal você é minha irmã mais nova, e o mais justo depois disso tudo seria se eu viesse me despedir.

—Fênix: Se despedir? (Repetiu surpresa). Então já sabia que eu não voltaria?

—Coração de Cinzas: Fênix, sou muitas luas mais velha do que você, praticamente te criei, passei mais tempo com você do que a própria Poça de Folhas, então, sim. (Brincou). Eu sempre soube que você seguiria um caminho diferente, mas eu tinha medo de que tudo desse errado, por isso continuei insistindo em você continuar com o Clã do Trovão. (Explicou mais séria).

—Fênix: Eu agradeço, Coração de Cinzas, por tudo. (Falou aconchegando a cabeça no peito a mais velha). Se não fosse por você, eu já teria me matado no meu terceiro dia no Clã do Trovão, você nunca me viu pelo meu lado ruim, porque é assim que você é, você sempre vê só o lado bom de todos, por isso eu te amo tanto. (Confessou calma).

—Coração de Cinzas: Eu também te amo, irmãzinha. (Falou sorrindo antes de lamber a testa da gata negra algumas vezes). Então, acho que isso é um adeus.

—Fênix: Não chame isso de “adeus”, está mais para um “até a próxima”. (Falou se afastando). Podemos estar em mundos diferentes agora, mas não vai se livrar de mim tão fácil. (Brincou).

—Coração de Cinzas: É sempre assim, a mais velha sempre tem que aturar as besteiras que a mais nova faz. (Brincou de volta).

—Fênix: Vou sentir sua falta. (Disse com os olhos marejados).

—Coração de Cinzas: Eu também, Fênix, todos os dias. Mas nunca vou te
esquecer, te guardarei no meu coração até o fim. (Devolveu com um lagrima teimosa rolando de seus olhos).

—Fênix: Eu também, irmã. (Falou antes de se aproximar da mais velha novamente, estavam testa a testa agora). Diga a Estrela de Fogo que eu finalmente encontrei o meu lugar. (Pediu calma, mas feliz). E agradeça a ele por tudo que ele fez por mim, serei sempre grata a todos vocês por terem em acolhido por algum tempo em seu clã.

—Coração de Cinzas: Eu direi. (Disse entes de lamber o flanco da amiga).

Ficaram assim por mais algum tempo, aproveitando a companhia uma da outra, por mais que dissessem que se veriam novamente algum dia, no elas sabiam que este poderia ser seu último encontro, mas não precisavam dizer isso em voz alta, já que, em algum lugar dentro de cada uma, elas compartilhavam do mesmo pensamento, então só o que queriam era um tempo para se adaptarem a ao fato de que nunca mais se veriam.

Palavras eram desnecessárias, se amavam como irmãs e nada nunca mudaria isso, podiam ter raízes com mundos totalmente diferentes, podiam não ter nenhum parentesco biológico, podiam ter sangues de famílias diferentes correndo em suas veias, podiam ser colocadas para ficar uma contra a outra, mas nada disso importaria, apenas elas podiam determinar o que sentiam e mais ninguém. E o que afirmavam era que seriam irmãs de coração até o final de suas vidas. Porque o amor sempre as uniria, podiam até se odiar também, mas nunca deixariam de se amar.

[...]

—Andy: Você acha que ela está bem? (Falou enquanto encarava o céu em cima de uma casa de Duas Pernas).

—Abaddon: Com certeza. Não se preocupe. (Falou enquanto aconchegava a filhote em sua cauda). Ela passou boa parte da vida na floresta, eu sei que ela vai voltar logo.

—Andy: Foi isso que ela disse antes de correr mata adentro e nos largar pra trás. (Abaixou a cabeça). E se ela nos abandonar?

—Abaddon: Não acho que ela seja do tipo que abandone a própria família depois de ter feito uma promessa como aquela. (Falou convicto de seu ponto de vista, mas ainda tinha uma ponta de dúvida em sua mente).

—Andy: Eu me preocupo com a Fênix, ela parece ter boas intenções e querer ajudar, mas também parece estar indecisa quanto a si mesma.

—Abaddon: Acho que depois de tudo o que ela passou, a Fênix que conhecemos pode ser a melhor versão do que ela poderia se tornar. E fico feliz que ela não tenha deixado toda essa dúvida corroê-la.

—Andy: Você gosta dela, não é? (Falou reprimindo um sorriso).

—Abaddon: É claro que sim, acho que todos os gatos do beco gostam dela também. Afinal ela salvou minha vida depois de me arrebentar e... (Interrompido).

—Andy: Você sabe o que eu quis dizer. (Se levanta). Vai, me fala. (Falou apoiando as patas dianteiras na perna dele). Sabe que eu não vou contar pra ninguém.

—Abaddon: Não sei do que está falando.

—Andy: Tá bom. (Volta a uma posição normal). Vou fingir que acredito.

—Hunter: Ela voltou! (Falou o gato prateado ao surgir de vai saber de onde). Fênix está de volta!

Os três correram na direção da entrada do beco, onde uma pequena silhueta surgia trotando, esbanjava um sorriso no rosto, seus olhos roxos brilhavam mais do que o normal, seu semblante indicava que ela estava satisfeita, algo que não havia sido visto desde que a gata negra passou a viver com eles.

—Andy: Fênix, onde esteve? (Falou após jogar-se contra a mentora, em sinal de um abraço, e fazê-la cambalear um pouco para trás).

—Fênix: Eu fui aliviar a mente. (Suspirou). Falei com Estrela de Fogo, meu antigo líder, ele me compreendeu, mas sinto que ainda não fiz totalmente as pazes com ele. No entanto, acho que já basta por enquanto. Pelo menos, ele sabe que eu nunca quis ferir ninguém. (Falou calmamente, um tom de voz um tanto desconhecido pelos demais).

—Abaddon: Então, está tudo resolvido?

—Fênix: Por enquanto, sim. (Voltou a caminhar para dentro do beco). Mas os problemas nunca param de vir, e eu pretendo estar preparada para enfrentar o que quer que esteja vindo por aí. E eu vou preparar vocês também, porque nós somos guerreiros. Nós somos o Clã do Sangue! (Afirma com orgulho).

Logo, todos os outros gatos surgiram por dentre os montes de lixo dos Duas Pernas e detrás das caixas vazias jogadas pelo beco, Fênix se posicionou em cima da cerca encostada na parede no fundo e respirou fundo. Estes gatos eram sua responsabilidade agora, ela os lideraria para um futuro melhor, passando-lhes suas habilidades de guerreira e seus conhecimentos de cura.

Um novo clã estava surgindo, aliás, ressurgindo. Assim como uma fênix ressurge das cinzas, a gata negra traria de volta o Clã do Sangue, este era um momento de se reerguer, mas com um objetivo diferente, agora Fênix guiava o clã que antes foi considerado assassino, porém ela afastará essa percepção e fará jus ao seu nome, afinal, sempre que algo a derrubou, ela se levantou e enfrentou o que quer que estivesse em seu caminho, nunca desistira de uma batalha só porque algo deu errado, a faria isso de novo quantas vezes fosse necessário.

Fênix sempre foi ferida pelo seu passado, e suas cicatrizes eram as provas de todas as batalhas as quais participou, mas não podia se deixar abalar só por algumas marcas em seu couro, afinal, aquelas eram marcas de força, eram os sinais de que ela lutou e sobreviveu. Nunca as veria como pontos de fraqueza, aquelas seriam as provas de que Fênix resistiu a cada pingo de sofrimento que a fizeram passar, sinais de que ela passou por coisas difíceis, permaneceu firme e voltou mais forte, renovada.

E era essa a visão que o Clã do Sangue teria agora, um clã que foi destruído, mas que ressuscitou após absorver as lições que o passado lhe deu, com um novo objetivo, uma nova razão para permanecer com os pulmões funcionando, carregaria as cicatrizes de seus momentos de fraqueza, mas as veriam como incentivo para continuar.


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Notas finais do capítulo

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