A Jornada da Fênix: O Ressurgir das Cinzas escrita por FoxFlameWarrior


Capítulo 21
Dark'Forest


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente. É o seguinte, estou fazendo um esquema mega longo pra conseguir postar, o word do meu computador ainda não funciona então me perdoem caso tenha algum erro de ortografia, meu celular voltou mas ainda tá meio lerdo, por tanto não dá pra escrever direito com ele. Eu sou uma pessoa que perde fácil a paciencia então tudo vai ficar mais enrolado, escrever por uma telinha minuscula é uma tortura para meus dedos, meus olhos e minha dor de cabeça não ajuda em nada.
Enfim, estou de volta, não fiquei tanto tempo fora quanto achei que ficaria, mas ainda assim foi um susto pra mim quando de repente tudo desmoronou.
Me perdoem pelo formato estranho do capítulo, arrumo depois.
Bom, tenho uma novidade, eu fiz um quiz de gatos guerreiros: https://pt.quizur.com/trivia/o-quanto-voce-sabe-sobre-warrior-cats-Lv31 Se tiver interesse, faça e descubra o quanto você sabe sobre a saga. Não esqueçam de comentar o resultado.
Boa leitura.



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O sol já raiava através das nuvens, Fênix despertou com Andy totalmente colada em seu corpo, quase não se sabia onde uma terminava e a outra começava, a filhote devia ter passado um pouco de frio durante a noite, por tanto se enrolou sob o pelo quente da gata negra. A guerreira se levantou com cuidado para não a acordar e caminhou para fora, encontrando-se com Abaddon, que estava deitado de costas observando o céu nublado da manhã.

—Fênix: Abaddon? (Falou enquanto se aproximava trotando).

—Abaddon: Fênix? (Se ajeita). Bom dia. (Se senta).

—Fênix: Bom dia. (Fita as próprias patas). Abaddon, por que você queria tanto que eu ficasse? (Falou hesitante).

—Abaddon: Bom. (Hesita). Porque você me venceu no duelo, é a líder desses gatos agora, além disso, você tem um novo motivo pra ficar.

—Fênix: É, acho que sim. (Falou meio incerta).

—Abaddon: Não vá me dizer que mudou de ideia sobre ficar! Você é a gata mais próxima de uma figura materna que a Andy já teve! Não pode simplesmente abandoná-la.

—Fênix: E eu não vou! Eu pretendo ficar e cuidar de cada um que está aqui! Eu vou ensinar todos a caçar, lutar e tudo o que precisarem para sobreviver! Eu não vou deixar vocês depois do que eu vi!

—Abaddon: O que você quer dizer?

—Fênix: Eu vi que quase todos aqui morrem de fome, eu não posso mais deixar isso acontecer, ainda mais agora! (Suspira). Quero todos reunidos até o sol a pino, tenho um anúncio a fazer. (Se vira para a direção de seu ninho e trota até ele).

A guerreira chamou sua aprendiz com algumas cutucadas, a filhote ergueu a cabeça e saltou da cama sorrindo de empolgação, Fênix sorriu levemente e acenou com a cauda para que a jovem a seguisse, ambas subiram em uma cerca que estava apoiada na parede do fundo do beco e se sentaram a espera dos demais gatos se agruparem a sua frente.

—Andy: O que vamos fazer hoje? (Falou com empolgação na voz, a ponta de sua cauda batia no chão pela ansiedade).

—Fênix: Eu decidi que vou treinar todos aqui para que possam ter mais chances de sobreviver. (Falou com a cabeça ereta em direção aos felinos que se sentavam esperando seu anúncio).

—Andy: Isso é bom. Talvez tenhamos mais filhotes vivos nas próximas estações.

—Fênix: Como disse? (Voltou a cabeça e o olhar para a filhote, surpresa com o que ouvira).

—Andy: Geralmente os filhotes que nascem aqui acabam morrendo em poucos dias, ou pelo clima indefinido ou pela fome, até porque quase todas as mães aqui morrem após darem a luz por causa da perda de sangue e a falta de forças para lutar contra a hemorragia.

Fênix se impressionara ao ouvir uma filhote tão nova dizendo tais coisas, ela era tão pequena e já tinha que lidar com essa realidade cara a cara, provavelmente algo que via muito frequentemente considerando a calma e normalidade no tom da voz no qual falou, a gata negra se  entristeceu e se sentiu ainda mais determinada agora que tinha comprovação de que suas teorias estavam certas, ela decidiu que iria
salvar aqueles pobres gatos mesmo que custassem as últimas forças. Quando já estavam todos reunidos, Fênix se levantou e começou:

—Atenção, todos! (Gritou chamando a atenção de todos). Eu sou a líder de vocês agora, e como tal, vou guiar vocês para um novo meio de sobrevivência, pelo qual eu sei que vai ajudá-los na maioria dos sentidos. (Falou em voz alta em um tom firme.)

Ouvia murmúrios dentre os felinos, até que um gato prateado se manifestou:

—Por que obedeceríamos às ordens de uma gata fêmea?

—Fênix: Qual é o seu nome? (Falou saltando da cerca e atingindo o chão a frente da multidão).

Os demais abriam espaço para ela conforme passava indo na direção do gato prateado, tinha o olhar confiante e as pupilas em fenda, os olhos roxos brilhavam e queimavam sobre o que se manifestara. Parou em sua frente, o encarou seriamente, ele era bem maior, mas Fênix era mais intimidadora devido a ferocidade que escondia dentro daquele pequeno corpo e aquele olhar de anjo. O prateado falou:

—Me chamam de Hunter. (Respondeu firme).

—Fênix: Me diga, Hunter, qual é o problema de ter uma fêmea no comando? (Falou avançando em passos lentos mesmo estando bem perto dele, conforme ela andava, ele recuava).

—Hunter: Fêmeas são fracas, tem a mente fechada e não são boas o bastante para fazer algo direito. (Falou recuando, não demonstrava, mas estava começando a estremecer).

—Fênix: Bom, já que essa é a sua opinião, por que não faz a prova? (Falou antes de parar de avançar). Por que não me mostra o que pode fazer?

O gato prateado recuou mais uns dois passos, chicoteou a cauda lentamente atrás de si, a gata negra queria que ele lutasse com ela, mas qualquer um que não a conhecesse saberia que a guerreira perderia facilmente devido ao seu pouco tamanho. No entanto, seus profundos olhos roxos pareciam ser capazes de ver dentro de sua alma e roubar cada pedacinho de vida presente ali.

O gato maior abaixou as orelhas e colocou a cauda entre as pernas, não teve mais coragem para encarar o olhar ameaçador da menor e apenas abaixou a cabeça:

—Não quero disputar forças contra você, muito menos discutir, afinal você está certa, venceu Abaddon em um duelo e tem o direito de nos liderar.

Andy saltou da cerca e trotou para o lado da mentora, com sua expressão confiante e um sorriso orgulhoso, a filhote parou ao lado da
gata negra, cauda e cabeça erguidas, seus olhos brilhavam de satisfação para com a gata maior, mas essa última não parecia feliz ou  satisfeita, permanecia com a expressão fechada e orelhas baixas, seus olhos estavam nublados e seu olhar parecia vazio, era quase como se estivesse cega ou como se os gatos ao seu redor não estivessem lá.

Depois dessa repreensão, Fênix se voltou para a frente da multidão, caminhou com o olhar baixo até a cerca e fitou a sombra feita no chão por causa da luz que batia contra a árvore do beco. Sem virar a cabeça ou os olhos, a guerreira pronunciou:

—Começaremos o treinamento hoje ao sol a pino. (Sentou-se). Todos que estiverem dispostos a aprender algo novo, estejam aqui. (Falou com a voz fraca e meio rouca). Liberados. (Gritou).

A filhote de cauda castanha percebeu a tensão que Fênix estava colocando sobre os ombros, só então notou o quanto o olhar da gata
negra parecia sem um ponto certo, era como se nada do que estivesse a sua volta existisse. Andy se deslocou até a gata de olhos roxos e sentou-se ao seu lado, ambas não disseram nada, mas a mais nova podia sentir que sua mentora não estava bem, podia sentir o pesar em seus olhos, sem saber o que falar para confortar Fênix, apenas se aconchegou na lateral da
gata negra e enrolou sua fina cauda na dela.

Como reflexo, Fênix avançou em um piscar de olhos no pescoço d filhote e a pressionou no chão, seus olhos estavam nublados e seu rosto sem expressão, parecia não saber o que estava fazendo, era como se fosse um animal selvagem agindo só por impulso.

—Andy: Fênix! Sou eu! (Gritou). Me solta! (Falou tentando reagir).

Um vulto empurrou Fênix de cima da filhote, que saltou do chão e se colocou de pé rapidamente, um gato grande e manchado se colocou entre as duas, logo reconheceu Abaddon, Fênix se manteve sentada de um jeito largado, com a postura projetada para frente, a cabeça inclinada para baixo e as orelhas coladas na cabeça.

—Fênix: Desculpe, eu não queria... (Perde a voz).

—Abaddon: Fênix, hà quanto tempo você não come? (Falou se aproximando devagar).

—Andy: Desde que saímos ontem, eu não a vi comer nem beber alguma coisa. (Falou ainda meio agachada atrás do gato maior).

—Fênix: Eu estou bem... (Sua voz falha). Eu não... (Tentou falar mas, entrou em colapso, tombando de lado).

Fênix não via nada, não ouvia nada, estava tudo completamente escuro, o ar a sua volta era abafado e difícil de respirar, aos poucos tudo ficou menos embaçado e percebeu que o ambiente ao seu redor se parecia com uma floresta, uma neblina branca meio avermelhada se
espalhava dentre as árvores mortas do local, o céu era completamente preto e a lua era de cor vermelho escuro, podia-se sentir o odor horrível
de morte que corria a solta pelo lugar.

A gata negra sentiu algo gosmento escorrer em suas patas, abaixou seu olhar para suas patas e viu que a terra na qual pisava estava úmida de sangue, deu passos acelerados para trás tentando se afastar dali, deixando pegadas de sangue por onde passava, foi obrigada a parar ao sentir algo atrás de si a bloqueando, se virou e deparou-se com uma grande rocha, e em seu topo havia uma silhueta negra de um gato grande de olhos amarelos brilhando como o sol.

Este desceu da pedra em um pulo e aterrissou ao lado de Fênix, a olhou ameaçadoramente de cima, parecia estar sorrido, mas não parecia feliz, cada mínimo movimento que ele fazia era mais um motivo para a gata negra se preparar para tudo. O gato maior se virou e  caminhou para entre as árvores, deixando Fênix mais preocupada sobre o que estava acontecendo, até ele começar:

—Bem-vinda a Floresta das Trevas. (Falou parando em frente a uma árvore). Pode me chamar de Garra de Cardo. (Voltou a caminhar, fazendo um sinal com a cauda para que ela o seguisse).

Fênix apenas foi atrás dele, mantendo as garras expostas e atenta a qualquer movimento brusco que qualquer coisa daquele lugar fizesse. Estava a poucos minutos caminhando na retaguarda do gato a sua frente, o lugar era escuro e mal dava para ver direito a cor de seu pelo, mas em poucos momentos em que a luz da lua passava entre os galhos das árvores mortas, podia-se ver que ele tinha o pelo cinza escuro, branco e listras pretas.

Fênix nunca tinha ouvido falar daquele gato, não sabia se podia ou não confiar nele, mas por que faria? Havia alguma razão para confiar em algum gato que não foi aceito pelo Clã das Estrelas? Só de pensar neste último, a gata percebeu que ainda acreditava nele, mesmo afirmando para si mesma que não passava de uma ilusão criada por sua cabeça.

—Garra de Cardo: Você parece tensa. (Falou parando repentinamente). Algum problema? (Se vira pra ela com seus afiados olhos dourados).

—Fênix: Por que estou aqui? Eu morri por acaso?

—Garra de Cardo: Mais ou menos. Você está desacordada, mas ainda vive.

—Fênix: E por que estou aqui? O que querem de mim?

—Garra de Cardo: Não é o que queremos de você, mas sim com você. (Falou se virando e bloqueando o caminho dela).

—Fênix: O quer dizer com isso?

—Garra de Cardo: Nós temos te observado por muito tempo, e vimos que você está tendo problemas com seus novos colegas, então pensamos... (Volta a andar). Você se sentiria melhor se viesse treinar na Floresta das Trevas, isso seria bom pra você descontar a raiva, e em troca, você nos ajuda com uma coisa que estamos fazendo. (A olha nos olhos. Focinho a focinho). O que me diz?

—Fênix: Eu... eu... (Suspira). Preciso pensar. (Falou abaixando a cabeça).

—Garra de Cardo: Eu entendo. Quando se decidir, nós saberemos. Não precisa se preocupar em nos avisar.

A gata negra abriu a boca para dizer algo, mas tudo se escureceu mais rápido do que um tique taque de coração e Fênix acordou de novo sob o chão duro e quente do beco, com Abaddon e Andy ao seu lado tentando reanimá-la, ela ergueu sua cabeça com um pouco de tontura:

—O que aconteceu? (Falou com a voz fraca e falhando).

—Andy: Você desmaiou por alguns segundos que pareceram durar séculos. (Se sentou). Ficamos preocupados com você.

—Abaddon: Você devia comer, o calor está matando todos nós e precisamos de forças para irmos até o rio da floresta.

—Fênix: Não preciso comer, só quero um gole d’água e ficarei bem. (Falou tentando se levantar, mas suas pernas vacilaram e ela caiu).

—Abaddon: Andy, cuide pra que ela não faça nada estúpido, eu vou ver se consigo alguma coisa pra ela comer. (Falou se afastando de ambas).

Os outros gatos do beco apenas davam rápidas passadas de olhar para a gata negra caída, não pareciam confiar na palavra dela uma vez que a própria não conseguia nem se manter em pé sobre as próprias patas, além de que seu tamanho também não colaborava para com a
determinação e força que queria passar para os demais, afinal um líder forte é aquele que mantém os seus firmes e de pé através do próprio
exemplo.

Depois de alguns minutos que o gato marrom havia saído, Andy se aconchegou com sua mentora e deu-lhe algumas lambidas em sua cicatriz do ombro, como forma de confortá-la, podia-se sentir a tensão em seus ombros, Fênix não dizia nada e nem reagia, com o rosto sem expressão fitando o chão, mal havia se movido desde que acordara.

—Andy: O que está te incomodando, Fênix?

—Fênix: Eu não... (Pausa sem forças para falar qualquer coisa).

—Andy: Se for sobre o que aconteceu antes de você desmaiar, não precisa se preocupar, eu estou bem e te perdoo. (Falou animadamente e sorrindo).

A gata negra então se lembrou que havia atacado Andy mais cedo, mas não havia sido com a intensão de machucá-la ou algo assim, só precisava descontar a força em alguma coisa, felizmente Abaddon a impediu antes que fizesse alguma besteira. Fênix apenas assentiu com a cabeça e deu um sorriso forçado, que logo de desfez de seu rosto e voltou a ter uma expressão séria e a fitar o chão.

Já era quase sol a pino, Abaddon já estava entrando no beco novamente com um pássaro na boca, trotou diretamente até as duas
gatas que ainda estavam deitadas no mesmo lugar onde as deixou.

—Abaddon: Aqui. (Coloca um pombo no chão). Coma antes que os outros façam isso por você.

—Fênix: O que é isso? (Falou cheirando o animal).

—Andy: É um pombo, são difíceis de pegar e quase não vem pra esse lado do território dos Duas Pernas, então aproveite o pássaro.

—Fênix: Obrigada. (Abocanha a presa).

A guerreira terminou de comer em alguns bocados, para uma presa doterritório dos Duas Pernas, o pombo não parecia infectado ou algo assim. Abaddon a ajudou a se levantar, ainda estava com as pernas bambas pela tontura do pombo, assim que teve certeza de que poderia caminhar sozinha, Fênix fez um sinal com a cabeça e se afastou.

Suas forças não estavam cem por cento, mas já podia pensar corretamente de novo, marchou até os gatos que a esperavam próximos a boca do beco, olhou entre eles, haviam uns dez gatos no mínimo, aparentemente eles queriam realmente aprender, surpreendentemente
Hunter estava entre eles.
 

—Fênix: Mudou de ideia sobre o que disse antes? (Perguntou realmente curiosa).

—Hunter: Não custa dar uma chance. (Falou sem jeito).

—Fênix: É bom ver que confiam em mim para ensiná-los algo novo. (Falou se referindo a todos). Vamos, temos que chegar na floresta antes que fique muito tarde.

—Andy: Vamos pra floresta? (Falou com os olhos brilhando de ansiedade).

—Fênix: Exatamente, lá tem mais presas e ervas medicinais. (Falou indo para a saída). Mas temos que ser rápidos ou não teremos mais a luz do sol a nosso favor.


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Notas finais do capítulo

Mais uma vez, me desculpem pelo formato estranho do texto.
Obrigada por não desistirem de mim.



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