Monte Olimpo

Sentada próxima a um fonte de águas cristalinas, Afrodite admirava com um olhar viajante o tenro espelho d'água.

 Ela logo percebe que alguém estava se aproximando. 

Afrodite— então, finalmente voltou, Íris.

A mensageira dos deuses se aproximava, bem abatida, caminhando lentamente.

Íris— Afrodite, me diga! Por que não enviaram seus anjos, ao invés de usarem os cavaleiros cujas almas  descansavam por gerações? 

Afrodite— está falando dos cavaleiros de Atena? Suas almas estavam em sofrimento eterno! 

Íris— mas vocês usaram eles! 

Voz—  e o que tem de mais nisso?

Íris— hum, até você está metido nisso, Dionísio? - vendo o mesmo se aproximar, segurando uma taça. 

Dionísio— você queria mesmo que nossas defesas se arriscassem dessa forma? Perdi meus melhores guardiões celestiais ajudando Poseidon! E você também, Afrodite! Ou já se esqueceu? - sacudindo a taça, que derrama um pouco de bebida.

Afrodite— antes que pergunte, Ares e os outros planejaram isso! - virando a face.

Íris— mas, precisamos ajudar Atena! Ou todos nós...

Dionísio— sim, e ajudamos da melhor maneira possível! Vamos aguardar!

Nisso, se aproximando vigorosamente, surgia Ares, com um olhar frio. 

Ares - minha cara, o cosmo dessas pobres almas logo se amansará, e poderão descansar em paz! Não vamos arriscar perder nossos guardiões, não agora! O seu próprio cosmo já está fraco demais! Não adianta proteger a ânfora, se elas têm em mãos as chamas que derrubam deuses! Deixe que os mortais lutem por nós! 

Íris— para o próprio Ares recusar uma batalha, só pode ser...a queda de Pégaso! É isso mesmo?

Ares - você precisa relaxar! Sua passagem pela Terra amoleceu seu coração? Deixe que o humano cumpra seu papel e derrote Nix. Já que ele resistiu ao cosmo da escuridão e despertou novamente, deixe que ele proteja Atena com a sua vida! - se aproximando de Afrodite, que continuava olhando para a fonte.

Dionísio— será um espetáculo à parte ver a queda da poderosa Nix, pelas mãos de Pégaso!  

Íris - mas...

Ares— já chega, Íris! Sua missão era apenas ajudar Atena a se reerguer! Mas, você foi imprudente e levou as glórias sombrias até Nix!   Onde estava com a cabeça quando roubou aquelas vestimentas malditas? 

Afrodite— isso são águas passadas, Ares!

Dionísio— será mesmo? - tomando um gole de vinho. 

Ares— bem, a sede de batalha de Pégaso foi revivida, mas ele não sobreviverá se enfrentar Nix! 

Íris— não contem com isso!

Ares— como é?!

Afrodite— Íris, por que não vamos atrás do seu néctar? Esta com uma cosmo energia péssima, precisa se cuidar. 

Nisso, Afrodite se levanta e caminha colocando a mão no ombro de Íris, a levando dali.

Afrodite — o destino daquele que está sob a constelação de Pégaso é se opor aos deuses. Talvez, temam mais Pégaso do que a própria Nix!

Íris— preciso falar com Ártemis!

Afrodite - primeiro se recupere!

Ambas somem entre alguns rochedos repletos de musgos. 

 Santuário de Atena

Nas escadarias para o Templo de Atena, o cão Hayate parecia inquieto, sentado e olhando em direção à redoma negra gerada por Nix.

Mesmo com a aproximação de Geki, ele continuava a rosnar.

Geki - o que foi, amigão? - olhando para a redoma.

Nisso, Nachi e Ichi surgem, correndo. 

Ichi - Geki, então você...

Geki - sim, eu senti cosmos muito poderosos confrontando com o cosmo hostil daquela redoma. Vejam aquilo! 

Apontando para os céu sombrio, cuja escuridão era cortada  pelo brilho das constelações de Capricórnio e Escorpião ao longe.

Nachi - isso é incrível! E o cosmo vindo da redoma está respondendo ofensivamente! 

  Geki - Seiya! Atena! Tália aguarda por vocês! Tomem muito cuidado! - refletindo.

Santuário de Nix

Uma cortina de poeira ia sumindo após o ataque de Radamanthys, revelando um halo de destruição.

Radamanthys - não esperava por menos!

O juiz observava Áclama no centro do terreno destruído, abaixando os braços usados para se proteger. 

Áclama— já estava quase me decepcionando! Finalmente começou a lutar a sério!  - elevando o cosmo.

Radamanthys— a luta está só começando! - elevando o cosmo também.

Ambos avançam em um combate feroz! Áclama de Cerínea defendia centenas de socos de Radamanthys de Wyvern, e logo revidava com vários chutes e socos, acertando o juiz com um soco no rosto, lançando-o contra algumas rochas, enquanto seu elmo cai em uma poça de lodo. 

Radamanthys— argh! Agora sim você me mostrou do que é capaz! - passando a mão no canto da boca, limpando o breve sangue vermelho que escorria.

Mas, assim que se ergue, sente os ataques anteriores e se apoia com o joelho esquerdo no chão.

 Áclama— mesmo revivido por Nix, você me parece bem vivo! Vai pagar por essa traição! - elevando o cosmo, e direcionando o punho em direção ao juiz.

Voz— REVOLUÇÃO ESTELAR!!! 

 Milhares de estrelas cadentes tingem o terreno em direção á Áclama, que é obrigada a se esquivar, saltando para trás e amansando o cosmo.

 Radamanthys— hã, Áries? 

Ao olhar para trás, ele vê o jovem Kiki chegando, e logo amansa o cosmo.

Áclama— Kiki de Áries!

Kiki— e aí? - se posicionando ao lado de Radamanthys.

Radamanthys— como ousa interferir na minha luta, moleque?

Kiki— quanta ironia! Foi você quem derrotou o meu mestre, e agora eu salvei a sua pele?! - passando o dedo no nariz, sarcástico.

Radamathys— mas quanta soberba! - cerrando os punhos e se voltando contra Kiki.

Kiki— ei, Áclama! Você é uma guerreira poderosa, não se deixe dominar por essa glória sombria! - ignorando Radamanthys.

 Áclama— Kiki, você e os outros seguem protegendo Atena por gerações! Mu, seu mestre, morreu lutando por Atena! Quantos mais precisarão morrer para salvar os deuses?  

Kiki— e você acha que Nix dará uma solução para isso?

 Áclama— sim, eu acho! - elevando o cosmo sombrio.

Kiki— virar as costas para Íris, e se voltar para as sombras, não é a solução! - elevando o cosmo também.

Radamanthys— sabe de uma coisa? Até que eu concordo em partes com essa mulher... - caminhando até o seu elmo, pegando-o do lodo e o colocando novamente na cabeça. 

Kiki— como é?

Radamanthys— mas, tenho algo chamado honra. E, não trairei Perséfone! Vou até onde Nix está e pegarei de vez essa ânfora! 

A voz rude e imponente do juiz ecoa pelo campo sombrio, enquanto ele olha para Kiki. O mesmo retorna com um movimento positivo da cabeça.

Kiki— eu seguro ela aqui! Já estamos próximos do ânfora!

Áclama— lamento, mas nenhum de vocês vai a lugar algum! - elevando o cosmo tremendamente, concentrando o cosmo em seu punho.

Radamanthys— venha! - elevando o cosmo.

Kiki—  cara, o que você está esperando?

Áclama— PUNHO DE HÉRCULES!!!

Um imenso cometa de cosmo parte em direção aos dois, mas logo é bloqueado pela defesa de Kiki.

Kiki— MURALHA DE CRISTAL!!!

Após muitas insistência, quase trincando a MURALHA, o ataque retorna para Áclama. 

Áclama— mas que...- saltando e esquivando rapidamente, enquanto seu ataque explode em uma queda d'água ao longe. 

Radamanthys— então...

O juiz tem um rápida lembrança da luta contra Mu, quando destruiu a sua defesa facilmente no castelo de Hades.

Kiki— eu seguro ela aqui!   

Radamanthys— pelo jeito, o cosmo do cavaleiro de Áries não é menor do que o meu! Espero que ainda tenha a oportunidade de vingar o seu mestre, Kiki! - refletindo, e partindo.  

 Áclama— Kiki, você está cometendo um erro! 

Kiki— acho que não! - mantendo a barreira invisível, enquanto Áclama voltava a elevar o cosmo.

 Em outro local, Tatsuya e Jacob continuavam correndo, sem conhecimento do destino cruel de Shoko. 

Tatsuya— esses cosmos estão me tirando o foco da ânfora!

Jacob— será que Shoko está bem?

Tatsuya— espero que sim! 

Já próximos ao templo de Nix, Atena e os outros paravam seu trajeto, pois havia uma grande e profunda fenda no chão.

Seiya— cuidado, Atena! - colocando-se a frente de Atena. 

Da fenda, surgem imensas labaredas esverdeadas, fazendo uma muralha de fogo esverdeado.

Erda— deixem comigo! Essas chamas não serão empecilho! - cerrando o punho, quando Vlad a detêm.

Vlad— calma, moça! Eu não arriscaria elevar o cosmo aqui!

Atena— Erda, Vlad está certo! Essas são chamas lamuriais, que consomem até mesmo o cosmo dos deuses. Não podem elevar seus cosmos próximos dessas chamas! - se afastando.

Arjal— é só saltarmos por cima!

Xiaoling — só eu tenho receio que seja uma armadilha?

Randal— precisamos achar a responsável por essas chamas, e acabar de vez com isso! 

Atena— melhor nos separarmos! Tomem muito cuidado!

Makoto— certo! Quem vem co-...

Nisso, Tunai, Erda, Vlad e Seiya seguem Atena rumo à direita da muralha de fogo. 

Randal — vamos! - sendo seguido por Xiaoling, Arjal e logo, pelo contrariado Makoto. 

Makoto— tá bem, tá bem...

Jardim de Lírios

 Shun de Virgem estava frente a frente com Jasmin de Lírio, e buscava lutar com cautela, para não perder de vez a alma aprisionada do guerreiro deus Bjor.

Shun - como você sabe do meu passado?

Jasmin— quando chegamos ao Santuário, o nosso objetivo era nos tornarmos amazonas de Atena. Treinando com os soldados e outros cavaleiros, e ouvimos sobre seleção dos órfãos, e algum louco foi para a ilha da Rainha da Morte no lugar do irmão covarde! - passando a mão pelo cabelo.

Shun— foi Ikki, meu irmão! Pelo jeito, a coragem de meu irmão foi muito comentada!

 Jasmin— assim como a sua covardia...

Shun— vamos ver se vai continuar com esse pensamento!

Shun eleva cada vez mais o cosmo, criando várias correntes douradas de cosmo ao redor de seu corpo.

Jasmin— para um garotinho mimado, está me surpreendendo! - debochando. 

Shun— CORRENTES NEBULOSAS!!!

As correntes partem para cima, e descem sobre jasmim violentamente.. Mas, Jasmin abre os olhos que reluzem em tom avermelhado.

Koli— as correntes...

O guerreiro deus vê o ataque de Shun se transformar em leves e inofensivas raízes, que caem sobre Jasmin.

Shun— não pode ser!

Jasmin— PURIFICAÇÃO! Rapazes, enquanto estiverem dentro desse jardim, qualquer ameaça entrará em harmonia com ele e não me afetará!

 Shun - estou surpreso, mas pelo menos, consegui pegar algo importante! 

Jasmin — hã!

Nisso, uma corrente de ar havia achado e trazido o lírio onde estava a alma de Bjor. A flor é colocada sobre o corpo do guerreiro.

Koli— Bjor! - vendo a flor desabrochar e alma do guerreiro voltando para os eu corpo.

Bjor — que sensação estranha! Vai pagar por isso! Argh... - se reerguendo, mas cambaleando em seguida.

Koli — Bjor! O que houve? - apoiando o guerreiro.  

Shun — sem a alma, o seu corpo físico deve ter enfraquecido! Vai levar um tempo para se recompor. Koli, melhor afastar seu amigo desse jardim!  - dando alguns passos à frente. 

Koli— certo! - apoiando Bjor, levando-o para fora do jardim.

Bjor— eu preciso ajudar...

Koli— você é um guerreiro orgulhoso, mas precisa se recuperar para lutar por Odin! - recostando Bjor em uma rocha.

Jasmin — Shun, você foi esperto, mas não deixarei que ninguém saia vivo desse jardim! Inclusive, assim como nós, você não teria sobrevivido ao seu árduo treinamento! 

Shun— você acha mesmo que pode me afetar usando o meu passado? - elevando o cosmo. 

De olhos fechados e elevando o cosmo, os lírios vão desabrochando e emanando um leve cosmo. 

Voz— ela só está dizendo que você não sobreviveria ao treinamento no meu lugar, meu querido irmão.

Shun— como é? Essa voz...

Shun olha para o lado, e lá estava Ikki, ainda adolescente. 

Koli— por que ele está ali parado? .

 Koli via Shun estático, em meio ao Jardim, rodeado por lírios roxos que emanavam um leve cosmo, enquanto Jasmin estava sentada, de olhos fechados, envolta por uma aura sombria.   

Ikki— ou você quer saber, como seria se tivesse ido no meu lugar?

Nisso, Shun, agora criança, se vê em meio à Ilha da Rainha da Morte, e começa a tossir pela fumaça com enxofre e delirar com o calor. 

Shun— então, isso é a Ilha da Rainha da Morte! Argh - tombando de joelhos. 

 O guerreiro deus via Shun suando, e com alguns espasmos musculares, em meio ao jardim, e logo se prepara para intervir. 

Jasmin— sua alma será despedaçada! Morra com honra, Shun de Virgem! - elevando um cosmo sombrio que também é emanado pelas flores ao redor de Shun.

Mas, um imenso e tórrido cosmo avança sobre o jardim de Lirios, queimando todas as flores enquanto uma imponente Fênix passa voando com seu grito estridente, iluminando o terreno com suas chamas incandescentes, avançando sobre Jasmin e a envolvendo em labaredas mortais.

Voz— AVE FÊNIX!!!

Koli— o quê! - vendo estarrecido a cena. 

Em meio às chamas, uma silhueta parava ao lado de Shun, estendendo a mão para o cavaleiro, que saía do transe.

Shun— hã? Esse cosmo?! 

Ao olhar para cima, Shun vê Ikki com a mão estendida, trajando a armadura de Fênix. 

Ikki— não é a armadura que faz o cavaleiro, e sim o contrário, meu irmão! Lembre-se disso! - amansando o cosmo. 

Shun— Ikki! Bom rever você! - segurando a mão de Ikki, e se reerguendo.

Bjor— então, aquele é Ikki, a lendária ave fênix que ajudou Asgard na luta contra as forças de Ártemis!

Longe dali, todos sentem o poderoso cosmo Ikki. 

Atena— precisamos de você, Ikki! 

Seiya— esse cosmo...

Shiryu— finalmente você voltou a lutar!

Hyoga— Ikki...você mereceu se tornar o Grande Mestre!

 Após o agressivo ataque, em meio às chamas, o cosmo sombrio de Jasmin volta a se elevar, transformando as labaredas em milhares de borboletas.

  Ikki - mas, o quê? — intrigado, rodeado por borboletas alaranjadas. 

 Shun - irmão, parece que quanto mais agressivo o cosmo, menos êxito temos!

Voz— parece que finalmente estou conhecendo o irmão corajoso de Shun, que sobreviveu à Ilha da Rainha da Morte! 

Ikki— já estou cansado dessas ladainhas do passado! Pelo jeito, não é à toa que está dando trabalho para o meu irmão!

Nisso, as borboletas se dissipavam e Jasmin estava sentada, em meio às cinzas das flores.  Seu braço e rosto estavam com leves manchas de queimaduras, assim como sua glória. 

 Jasmin — é uma honra conhecer você, Ikki de Fênix!  Mas, sinto muito pela nossa luta já ter acabado! 

Nisso, uma última flor se desfazia em cinzas. 

Ikki— hã? O que está acontecendo? - ficando com a visão turva, e sentindo seus sentidos sumirem.

Shun— irmão! O que aconteceu? - surpreso, vendo Ikki tombar no chão.

Jasmin— a PÉTALA DA VIDA! É a última esperança das flores que você destruiu, Ikki!  Essa é a punição para aqueles que conseguem destruir esse jardim, querido! 

Shun se aproximava para ajudar seu irmão, mas vários botões de lírios vermelhos iam saindo do solo, criando um novo jardim de lírios azuis.

Shun—  essa não, Ikki! - vendo o seu corpo sumindo no meio da imensidão de lírios azuis. 

Jasmin — acho melhor desistirem. Não há como atacar ou se defender enquanto eu estiver dentro desse jardim. Prometo que encaminharei suas almas para uma morte tranquila! - elevando o cosmo. 

 Shun logo responde, levando seu cosmo dourado também, com os olhos contendo algumas lágrimas. 

Shun— vingarei meu irmão! Vai pagar por isso! 

 Porém, contrariando todas as expectativas, um cosmo emerge em frente à Jasmin, saindo do meio das flores.

Voz— GOLPE FANTASMA DE FÊNIX!!!

 Ikki ressurgia, transpassando o corpo de Jasmin, parando logo atrás da mesma com seu punho estendido, e amansa o cosmo, enquanto o elmo da guardiã voava, caindo em meio às flores. 

Shun— e eu ainda me surpreendo!

Koli— mas ele não havia...

Bjor— ...realmente, ele é o lendário cavaleiro de Fênix!

Surpresa, Jasmin limpava uma pequena gota de sangue negro que descia pela sua fronte.

Jasmin— não sei como conseguiu fazer isso, mas dentro desse jardim, os Lírios Azuis reagem ao movimento. 

 Ikki— não pense que será tão fácil me derrotar! - voltando-se para Jasmin novamente. 

Porém, todos os lírios azuis ao seu redor começam a emanar um cosmo agressivo, e explodem juntos, gerando uma imensa explosão, sem chances para que Ikki escapasse.

Shun— Ikki!

Protegida por uma aura enegrecida, Jasmin via um pedaço da armadura de bronze de Fênix caindo à sua esquerda.

Jasmin— um pedaço da lendária armadura de Fênix! - segurando, e olhando. 

Mas, para a sua surpresa, logo uma fenda se abre no solo.  As flores desmoronam num abismo cheio de lascas cortantes, e ela logo sente algumas presenças atrás dela. 

Jasmin— hã?

Eram soldados rasos, com lanças e espadas, que a cercavam. 

Soldado— peguem a desertora!

Nisso, Jasmin, encurralada, se levanta, e busca se esquivar, dando um passo em falso para trás.

Voz— não, Jasmin! Segure minha mão!

O braço estendido de Safira surgia, acompanhada pelas outras meninas.

Mas, lanças são atiradas nas moças, transpassando seus corpos.

Jasmin— essa não! Ofélia, Safira, Lavínia!

Todas vão tombando e com isso, carregam juntamente Jasmin, rumo à escuridão abissal. 

Soldado— esse é o destino que os desertores merecem!

Voz— então, esse é todo o ódio que alimenta o seu cosmo! 

Vendo Jasmin sentada em meio às flores, Shun e os guerreiros deuses sentem novamente uma explosão de cosmo no mesmo local onde Ikki sumiu, queimando as flores que sobraram.

Logo, asas de fogo se abrem, e Ikki surge descendo em meio às chamas. 

Shun — Ikki!

Ikki— parece que vocês guardiãs têm motivos de sobra para odiarem o Santuário. Uma pena terem voltado como traidoras! Sua curta vida acaba aqui!

  Mas, para surpresa de todos, o cosmo sombrio de Jasmin aumenta mais uma vez, mesmo sob efeito do golpe.

Ikki— ora, ora! - surpreso.

Em meio à ilusão criada, os soldados veem um imenso cosmo surgindo do abismo, enquanto Jasmin surge levitando.

Soldados— como pode?

O cosmo de Jasmin se expande, consumindo todos eles.

Koli— o cosmo dessa garota só aumenta! - vendo o cosmo da guardiã se estendendo pelo campo, e gerando um campo de lírios negros.

Porém, contrariando todo o cosmo hostil daquele ambiente, Shun se aquieta, sentando-se em meio ao jardim de lírios, fechando seus olhos e elevando um cosmo sereno.

Próximo dali, os generais marinas que usaram  Kasa para chegar ao mundo sombrio de Nix se deparavam com Ofélia de Empusa, que lançava Ulisses e Sorento contra um imenso rochedo após golpeá-los com chutes.

Ulisses— que velocidade!

Sorento— precisamos revidar!

Mas, Amphitrite segurava o chute poderoso de Ofélia, revidando com um soco, que é esquivado pela mesma.

Amphitrite— você é minha!

Ofélia— quem é você?

Amphitrite— vou refrescar a sua memória! - elevando o cosmo, enquanto a imensa criatura Leviatã surgia ao fundo, com os olhos reluzindo nas sombras.

 Lutem, cavaleiros da esperança! Avante, Seiya!