Detetive Potiguar VERSÃO ROTEIRO escrita por Helen


Capítulo 5
PARTE 5 – O pagamento de Cleiton Cariri.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/804680/chapter/5

31 INT. CASA DE CLEITON (QUARTO) - DIA (TARDE)

CLEITON está se olhando num espelho de bolso, arrumando o cabelo.

CLEITON ADULTO (V.O.)

Hoje é o dia. É a hora da verdade. Vou ter que contar tudo pra Mixele e torcer pra ela não ter um ataque.

 

32 INT. CASA DE CLEITON (FACHADA) - DIA (TARDE)

CLEITON está saindo de casa e entrando no carro.

CLEITON ADULTO (V.O.)

Eu tinha combinado com Mixele de me encontrar no Natal Shopping, porque era um lugar menos lotado que o Midway e era mais perto da minha casa.

CLEITON ajeita o espelhinho do carro e começa a dar partida.

CLEITON ADULTO (V.O.) (cont'd)

Não vou negar, eu estava bem animado. Eu nem conseguia conter o meu desejo de narrar tudo na minha cabeça!

 

33 EXT. NATAL SHOPPING (LADEIRA) - DIA

CLEITON acabou de estacionar o carro, e está saindo.

CLEITON ADULTO (V.O.)

Merda de estacionamento pago.

 

34 INT. NATAL SHOPPING (PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO) - DIA

CLEITON vê MIXELE ao longe e se aproxima da mesa onde ela está.

CLEITON ADULTO

Boa tarde!

Ele se senta, pondo as duas mãos entrelaçadas sobre a mesa.

CLEITON ADULTO (cont'd)

Então, dona Mixele...

MIXELE

Ele tá me traindo, né?

CLEITON ADULTO

Sim. Eu gravei o momento em que ele...

MIXELE

Eu sabia. Não precisa me dizer mais nada, senhor detetive, é tudo o que eu preciso saber.

CLEITON ADULTO

Mas eu...

MIXELE

Vou abrir o processo de divórcio amanhã. Deus castigue aquele cafajeste... Você sabe o que ele já me fez passar?

CLEITON ADULTO

Nem imagino...

MIXELE

Pois aquele desgraçado...

A cena começa a acelerar, enquanto CLEITON narra por cima. Ele nem tenta disfarçar seu tédio.              

CLEITON ADULTO (V.O.)

E assim se passaram duas horas com dona Mixele falando de como Linaldo se atrasou no primeiro encontro, demorou mil anos até entender os flertes, esqueceu os aniversários de casamento... ela aproveitou para acrescentar como a mãe de Linaldo era uma "cachorra intrometida", e isso e aquilo... Talvez o que ela precisasse fosse de um psicólogo, e não de um detetive particular.

A cena volta à velocidade normal.

MIXELE

Bem... eu vou te pagar o restante.

(pega o celular do bolso)

Aceita transferência?

CLEITON ADULTO

Aceito sim.

MIXELE

(mexe no celular alguns instantes)

Pronto.

CLEITON ADULTO

(olha o celular. O saldo se torna positivo novamente.)

Muito obrigado, senhora.

MIXELE

Eu que agradeço, senhor detetive.

MIXELE faz um aceno com a cabeça e CLEITON sorri. Ela vê alguém se aproximando e se levanta, mais feliz.                        

MIXELE (cont'd)

Papai!

MIXELE corre em direção a um homem velho, mas bem conservado. Ele é calvo e se veste de forma muito elegante. Tem uma expressão profunda no rosto, como de um homem perturbado.

PAI DE MIXELE

Oi, minha querida.

MIXELE

Papai, você não vai acreditar! Linaldo estava mesmo me traindo! Aquele... aquele...!

PAI DE MIXELE

Está tudo bem, minha filha. Ele não te merece.

(eles se abraçam e ele olha para Cleiton)

Ele é o seu detetive?

MIXELE

É sim. O nome dele é Cleiton.

PAI DE MIXELE

Detetive Cariri...

MIXELE

Como você sabe?

PAI DE MIXELE

Ah, quando você me falou eu vi na internet. Nada demais.

O PAI DE MIXELE acena com a cabeça para CLEITON, sorrindo, e ele faz o mesmo.

PAI DE MIXELE (cont'd)

Obrigado por cuidar da minha filha.

CLEITON ADULTO

De nada!

CLEITON ADULTO (V.O.)

Eu já não ouvi a voz dele em algum lugar?...

O PAI e a MIXELE saem conversando, enquanto CLEITON se levanta.

CLEITON ADULTO

Bem... Hora de voltar pra casa.

 

35 EXT. LONGA ESTRADA LITORÂNEA CINEMATOGRÁFICA - DIA

É pôr do sol. CLEITON está de óculos espelhados, dirigindo ao som de um jazz calmo, todo estiloso.                        

CLEITON ADULTO (V.O.)

No final do dia, era sempre assim.

Ele olha para a praia. O Sol está se pondo lentamente e sua luz só é interrompida por coqueiros que passam.

CLEITON ADULTO (V.O.) (cont'd)

Só eu, a estrada, e o sentimento de realização.

O carro é sacudido por alguns buracos no meio da estrada.

CLEITON ADULTO (V.O.) (cont'd)

Ah, é claro, e os buracos também. Mas pra falar a verdade, isso não me preocupava no momento, porque tudo tinha acabado bem... Né?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Detetive Potiguar VERSÃO ROTEIRO" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.