O Melhor Aluno da Classe escrita por 4everCurds


Capítulo 5
Capítulo 4 - Primeiro Passo Dado Com Sucesso




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Freddie Benson

Eu abri meu guarda-roupa e encarei todas as camisas limpas que eu tinha. Não havia nenhuma blusa polo. Não que eu tenha vergonha de assumir que eu sou fã de Star Wars, Senhor dos Anéis, Star Trek e por aí vai a lista infindável. Mas é que eu realmente não queria dar a entender para a Srta. Puckett que eu sou um simples adolescente fã de filmes nerds. Eu queria, ao menos, passar um ar de adulto.

A única camisa que não tinha a estampa de nenhum personagem era a que trazia escrito na frente a equação  E = mc². Então vesti ela e coloquei um All-Star. 

Eram uma e meia da tarde de um domingo. Segundo a Srta. Puckett, o jogo começaria às três. Por sorte, minha mãe não estava em casa. Aos domingos, ela faz trabalho voluntário em um orfanato da região. Se tudo corresse bem, ela ficaria lá até à noite, o que era tempo o suficiente para eu ir e voltar  do jogo.

De repente, quando eu terminava de passar gel no meu cabelo, ouvi a buzina de uma moto. Eu não contava que a Srta. Puckett fosse chegar na hora, por isso, terminei de alinhar meu topete rapidamente e apanhei meu celular, que estava sobre a cama, e saí correndo.

É importante ressaltar que eu não tinha dinheiro. Tudo que eu tinha era 5 dólares que eu levava dentro da capinha do celular. Minha mãe não me dá mesada, porque, segundo ela, é desnecessário já que, tudo que eu precisar, eu posso pedi-la. E como eu já tinha pedido 70 dólares, eu não podia cair na bobagem de pedir mais dinheiro. Torço para que eu não tenha que pagar nada, caso contrário, vou passar vergonha novamente.

Quando saí na varanda e vi a Srta. Puckett, que tinha descido da moto e parecia olhar as rodas, quase perdi o fôlego. Puts! Ela estava terrivelmente linda. E por “terrivelmente linda” eu quero dizer: de matar. Eu simplesmente adorava o quanto ela ficava gostosa de preto. Acho que a cor contrastava bem com a sua pele.

Ela não me viu se aproximando e aquilo poderia ter sido um simples detalhe se eu não tivesse tido a coragem de chegar por trás e cutucar sua cintura dos dois lados. Imediatamente, ela soltou um gritinho agudo e se virou.

—Ai, que susto, garoto! - ela exclamou com um sorriso de lado e me deu um tapa no ombro, enquanto eu não conseguia parar de rir.

—Você tá devendo alguém? - brinquei.

Ela maneou a cabeça e montou na moto novamente, dizendo:

—Pior que tô.

Quase gargalhei com aquilo. Ela era única.

—Você está linda - falei quando finalmente consegui parar de rir.

A Srta. Puckett me olhou de um jeito engraçado e disse, enquanto me entregava o capacete:

—Não é um encontro.

—Eu sei que não é um encontro, só estou dizendo que você está linda.

Ela estreitou os olhos, mas por fim colocou o capacete e ligou a moto. Então, eu também coloquei meu capacete e subi na garupa. Dessa vez, ela não precisou me dizer para segurar nela. Eu mesmo me adiantei e contornei sua cintura com minhas mãos. Mas talvez, só talvez, eu tenha subido um pouco as mãos, de maneira que um dos meus dedões quase tocaram o entresseio dela. Mas a Srta. Puckett logo me fez descer as mãos para a sua cintura.

—Essa sua mãozinha boba vai ficar aqui.

Ri abafado e falei:

—Foi sem querer.

—Eu já falei com você que eu nasci ontem.

Ri outra vez e então ela arrancou a moto, saindo em alta velocidade. E como da primeira vez, minha alma ficou para trás.

***

No meio do caminho, aconteceu uma coisa inusitada: a Srta. Puckett se deu conta de que havia esquecido os ingressos. Eu quis rir. Como ela poderia ter esquecido do mais importante? Bem, o tempo acabaria por me revelar que boa memória não é a sua maior qualidade. 

Mas uma vantagem houve em tudo isso: eu tive a oportunidade de conhecer sua casa, ou melhor, seu apartamento.

Confesso que, assim que ela entrou na garagem do prédio e nós dois subimos pelo elevador, eu logo pensei que ela estava bem demais de vida para uma simples professora de artes. Não que eu a esteja desmerecendo, mas foi ela mesma disse que a outra moto, ao lado da qual ela estacionou, também era dela. E eu, que não conheço absolutamente nada de motos, fiquei até com vontade de andar nela. Quero dizer, não é todo dia que você vê uma professora de artes que tem duas super motos na garagem. Ela era definitivamente uma exceção.

—Você mora num prédio super legal! - falei quando o elevador parou no andar do seu apartamento.

Ela me olhou e sorriu de lado. Então, alcançamos seu apartamento e, em vez de tirar uma chave da mochila preta que, aparentemente, ela sempre carregava consigo, ela tirou o que apareceu um chaveiro e apenas encostou num detector. 

—Me espere aí que eu vou pegar os ingressos - a Srta. Puckett disse assim que entramos e foi na direção de uma escada, que deveria dar para um segundo andar.

A princípio, eu fiquei parado no meio da sala, sem saber muito o que fazer. Ninguém acreditaria se eu contasse que estive na casa da Srta. Puckett. Mas, de todo jeito, eu não pretendia contar mesmo; pelo menos, não agora. 

Então, depois de um tempinho, eu me acostumei ao ambiente e comecei a olhar em volta. E a primeira coisa que saltou aos meus olhos foram os três baitas troféus que estavam próximos da televisão.

Professores não ganham troféus assim, tão grandes - pensei enquanto me aproximava.

Na parte baixa dos três troféus, aparentemente, de ouro, estava escrito “Motorcycle Racing Festival - Santa Monica”. No troféu à esquerda estava escrito o ano de 2012; no do meio, 2013; e no da direita, 2014. Então logo me vi diante da conclusão inevitável de que a Srta. Puckett competiu em corridas de moto, o que certamente explica a velocidade com que ela pilota. 

Mas tudo ficou ainda mais evidente quando eu percebi, em outra parte do móvel que sustentava a TV, alguns porta-retratos. Em alguns, estava a Srta. Puckett segurando um troféu; em outros, estava ela sobre uma moto. E, assim de relance, reparei que em uma das fotos, ela beijava um cara enquanto ambos seguravam o troféu.

Quem é aquele cara? - me perguntei internamente e, no mesmo instante, senti uma mão no meio ombro.

Bora?— A Srta. Puckett me perguntei.

—Você pilota motos de corrida? - perguntei um pouco intrigado, mas também vislumbrado.

Mas, estranhamente, ela não respondeu com piadinhas, como sempre fazia, e nem sorriu de lado. Ao contrário disso, foi possível perceber que seu semblante caiu um pouco e então ela respondeu:

—Pilotava.

—Não pilota mais?

—Não.

—Por quê?

Outra vez, seu semblante caiu e ela respondeu num tom baixo:

—Aconteceram algumas coisas…

Olhei para o porta-retrato onde ela beijava o cara e perguntei sem conseguir evitar:

—Você tem namorado?

Ela pareceu olhar para a mesma foto e respondeu:

—Não.

Depois completou no meio de um suspiro:

—Não mais.

Alguns segundos de silêncio se seguiram, mas ela logo o rompeu, dizendo:

—Agora vamos.

Eu a segui até o exterior do apartamento, mas não consegui tirar aqueles troféus, nem aquelas fotos ou o seu semblante caído. Por isso, no elevador, perguntei:

—Quer falar sobre isso?

A Srta. Puckett me olhou diretamente nos olhos e pareceu pensar, mas acabou respondendo com “não” fraco. Então decidi que não perguntaria mais.

***

Quando chegamos ao estádio, a Srta. Puckett tirou dois bonés azuis da mochila e colocou um na minha cabeça. Eu teria ficado irritado com isso, pois eu havia arrumado meu cabelo em um topete milimetricamente alinhado, mas, como era ela, eu simplesmente deixei passar. Ela podia fazer o que quisesse comigo.

O estádio estava lotado. Tão lotado que, por duas ou três vezes, eu perdi a Srta. Puckett de vista. Ela era pequena. Quero dizer, não que eu seja super alto, mas ela era menor do que eu, o que era engraçado às vezes. 

Mas, por fim, conseguimos chegar aos nossos assentos.

—Quem vai jogar? - perguntei um pouco alto, pois no estádio tocava uma música.

—Não sei - ela respondeu com naturalidade.

Ri diante daquilo. Era engraçado e amável ao mesmo tempo o seu jeito desprendido de ser.

—Como você vem num jogo sem saber quem vai jogar? - perguntei tentando soar engraçado.

—Eu não ia vir. Só vim porque te convidei.

Ergui as sobrancelhas e olhei em volta, vendo um vendedor de refrigerante. Fiz os cálculos mentalmente. Eu tinha 5 dólares, cada refrigerante devia custar uns 2,50 no máximo. Então me arrisquei e acenei para o vendedor, que veio rápido.

—Qual sabor você vai querer? - perguntei me voltando para a Srta. Puckett.

Ela pareceu surpresa com minha pergunta, mas respondeu:

—Pode ser uma coca.

—Duas cocas, então - falei para o vendedor que apanhou duas latinhas e me entregou junto com dois canudinhos.

Então, entreguei uma lata e um canudo para a Srta. Puckett e, no mesmo instante, o cara disse:

—Dá oito dólares.

Eu congelei dos pés à cabeça.

—Quanto? - perguntei, desesperado.

—Oito dólares. Cada latinha custa 4 dólares.

Não podia ser! Mas que Coca-Cola cara do caramba!

Olhei para a Srta. Puckett por instinto e vi que ela ria enquanto tomava o refrigerante pelo canudinho.

—Deixa que eu pago - ela disse tirando a carteira da mochila, como havia feito da primeira vez.

—Eu só preciso de 3 dólares - falei.

—Guarda pra você! - Ela disse e entregou uma nota de dez para o vendedor que a devolveu dois dólares e foi embora.

Eu estava morto de vergonha. Qual é o meu problema?

—Mais uma vez você tendo que pagar as coisas para mim - murmurei sem graça.

Ela riu e disse:

—Esquenta não.

Devia ser castigo divino por eu ter saído de casa sem avisar minha mãe.

***

Eu não estava interessado no jogo, é verdade. A Srta. Puckett, por outro lado, estava ficando maluca com o jogo. Para quem não pretendia ir ao jogo, ela estava muito envolvida. E era muito engraçado vê-la tão concentrada. Só de vez em quando que ela saltava da cadeira, junto com outros torcedores, e xingava um palavrão. No mais, ela encarava o campo sem sequer piscar.

E é como dizem: mente vazia é oficina do diabo. No meu caso, a minha mente vazia foi a oficina dos meus devaneios. Pensei que, por ela estar tão concentrada, ela não notaria se eu, por pura loucura, passasse um braço ao redor dos seus ombros. 

E lá fui eu, o iludido, passar um abraço em volta de seus ombros. Mas eu não fiz como nos filmes, onde o cara finge que está se espreguiçando e abraça a garota. Nah! Eu fui direto ao ponto.

Mas eu sou muito ingênuo. Como eu pude imaginar que ela não perceberia meu braço ao redor dos seus ombros?

—Você é um safadinho, hein! - ela exclamou me olhando. Nem parecia que, há meio segundo, ela estava concentrada no jogo.

Ri das suas palavras, mas, estranhamente, não queimei de vergonha como normalmente acontecia.

—Achei que você não fosse perceber - falei sem acanhamento.

—Eu estou concentrada no jogo, mas não estou morta - ela disse com um sorriso bem pequeno rosto.

—Posso manter meu braço aqui? - perguntei sem conseguir esconder minhas intenções.

—Não - ela respondeu pronunciando cada letra e tirou meu braço dos seus ombros, enquanto eu ria sem saber o porquê.

Eu não conseguia entender de onde vinha tanto riso quando eu estava com ela.

Então meu riso foi só aumentando, ao ponto de eu ter que tirar meus óculos para secar o pouco de lágrima que já estava saindo pelos meus olhos.

—O que é tão engraçado? - a Srta. Puckett perguntou querendo rir também.

—Não sei - respondi e fui parando de rir aos poucos.

Ao cabo de alguns segundos, olhei fixamente para a Srta. Puckett e falei sem me importar muito com o efeito das minhas palavras:

—Você me faz feliz.

Ela me encarou por alguns segundos mais e, depois, riu desviando o olhar.

—De verdade - reiterei.

—Tá - ela disse e voltou seu olhar para mim, colocando uma mão na minha perna direita e completando: - Vamos parando por aí.

Não foi intencional, eu sei que não foi, mas, com a mão dela na minha perna eu mal pude pensar. Então tentei roubar dela um beijo pela segunda vez, mas, novamente, falhei. Ela era rápida em desviar a boca.

—Da próxima vez que você tentar me beijar, eu vou te reprovar na minha matéria - ela disse com um meio sorriso enquanto me apontava um dedo.

—Eu ainda vou conseguir - murmurei baixo.

—O que você disse?

—Nada - respondi disfarçando com uma risada abafada.

Mas é fato! Eu ainda vou conseguir roubar um beijo dela - firmei esse propósito mentalmente.

***

Quando a Srta. Puckett estacionou a moto em frente a minha casa, já estava de noite. Eu estava ligeiramente triste por saber que aquele encontro, que não era um encontro, estava chegando ao fim. Logo eu entraria em casa e tudo voltaria a ser como antes. 

—Que cara de cachorrinho que caiu do caminhão de mudança é essa? - a Srta. Puckett perguntou notando meu semblante.

—Eu não queria que o nosso passeio chegasse ao fim - confessei.

Ela riu e desviou o olhar por um instante, até que disse:

—Tudo que é bom, tem que ter um fim, senão perde a graça.

—Mas eu queria ficar só mais um pouco com você.

Eu não fazia a menor questão de esconder o fato de que eu estava apaixonado por ela. Afinal, o que eu vou ganhar escondendo isso?

—Olha só, eu já te disse, mas vou repetir só para o caso de haver dúvidas: entre você e eu não vai ter nada…

—Se não houvesse essa questão de idade, você ficaria comigo? - perguntei a interrompendo.

A Srta. Puckett pareceu surpresa com minha pergunta, mas, ao mesmo tempo, pareceu pensar cuidadosamente em uma resposta. Até que, de repente, como se tivesse resolvido de última hora, ela respondeu:

—Tá bom, se você quer saber… Eu não devia tá aqui falando isso, mas… Se eu fosse um pouco mais nova ou você, um pouco mais velho… 

Ela pausou e deu de ombros, enquanto sorria disfarçadamente. Por fim, concluiu:

—Eu te daria uns beijinhos sem peso na consciência, MAS - ela colocou ênfase no ‘mas’ - não é o caso.

Eu não me atentei muito para a frase inteira, apenas fiquei na parte em que ela dizia que me beijaria. 

—Então por que não fingimos que você é mais nova ou que eu sou mais velho? - sugeri sem me importar se minha sugestão fazia sentido ou não.

Ela riu e respondeu:

—Não é tão simples.

—Para mim, é super simples - argumentei com leveza.

Outra vez, ela sorriu. Ela estava sobre a moto, mas não usava o capacete. Ou seja, o caminho até a sua boca estava livre para mim. 

Eu nunca beijei ninguém, vocês sabem, mas isso não me deixava inibido diante da Srta. Puckett, o que é estranho porque, geralmente, eu morro de vergonha desse fato. Talvez, fosse a minha vontade louca de beijá-la que me impedia de ficar acanhado. Eu queria beijar sua boca de um jeito ou de outro. E lá fui eu tentar outra vez.

—Bom, eu vou indo nessa, porque… - ela começou a falar, mas eu a calei.

Eu falei que uma hora ia conseguir! Dessa vez, ela não foi capaz de desviar o rosto e eu encaixei minha boca na sua com total precisão. 

Ela ficou surpresa, pois suspirou e colocou uma mão no meu ombro, meio que me empurrando de leve. 

Meu Santo Darth Vader! A boca dela era tão macia e quente. De onde estava vindo aquele gosto de morango?

De repente, ela me empurrou e nossas bocas se desgrudaram, fazendo um barulhinho molhado. Eu não poderia estar mais feliz. Primeiro passado dado com sucesso!

—Você… - a Srta. Puckett me apontou um dedo, mas não completou a frase logo de imediato.

Ela riu e mordeu os lábios, enquanto eu dizia sem um pingo de arrependimento:

—Desculpa. É que eu tava louco para fazer isso.

—É? Pois eu estou louca para te dar uns tapas, garoto - ela disse com um sorriso de lado.

—Pode me bater, eu mereço.

—Merece mesmo! Você é bem danadinho, hein?

—É que - olhei para os meus dedos por um instante, em sinal de hesitação, mas completei fitando a Srta. Puckett - você é muito gostosa.

Eu não sabia se aquilo iria ofendê-la, mas eu juro que não era minha intenção. Por isso, quando ela riu das minhas palavras, eu me senti aliviado.

—Vem cá - ela me chamou movendo o dedo indicador.

Aproximei-me, sem hesitar, e quando achei que ela ia me beijar, pois seu rosto ficou bem próximo do meu, ela apenas tirou o boné da minha cabeça, que agora estava virado agora trás, pois eu precisei virá-lo para encaixar o capacete.

—Isso daqui me pertence - ela disse.

Então, sem aviso prévio, ela começou a passar uma mão pelo meu cabelo, como se o estivesse ajeitando. E enquanto fazia isso, ela me olhava e dizia:

—Essa sua carinha de santo é para enganar bobo, né? 

—Não tem como ser um santo com você - falei sem desviar meu olhar dela.

—É? - A voz dela saiu como se ela estivesse segurando um suspiro.

Então, sua mão desceu do meu cabelo para o meu rosto, onde ela segurou meu queixo por um instante, até que se afastou de mim e colocou o capacete.

—Tchau, beijoqueiro.

Eu ri. 

Quem me dera ser um beijoqueiro. Se ela apenas soubesse que a boca dela foi a primeira que eu beijei. E mesmo que tenha sido apenas um selinho desajeitado, foi a melhor coisa que já me aconteceu.


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