Até o último suspiro escrita por Nara Garcia


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oi gente :)
Tenham uma ótima leitura! E ah, não me matem...



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Os olhos dele admiravam a bela vista através da janela, apesar do horário já avançado mostrar que ele deveria estar no apartamento de Don. Ainda assim, após guardar seus últimos relatórios, Mac não se conteve em enrolar mais alguns minutinhos apenas olhando à cidade. Foi quando ele ouviu alguns passos adentrando seu escritório. Ele não precisou olhar para saber quem era. O perfume de Stella Bonasera era inconfundível - e ele amava. 

— Sabe o que eu mais amo nessa vista? - perguntou ao senti-la se aproximar. 

— O que? 

— O fato dela parecer mais linda a cada dia que passa. Eu estou nesse mesmo escritório há anos, sempre a admirando quando posso, e ainda não me acostumei com ela. - sorriu levemente. Stella parou ao seu lado, passando a observar o anoitecer na enorme cidade. 

— Quando eu era pequena morei por um tempo em uma casa que tinha um casal adorável. Eles disseram que queriam me adotar, que haviam gostado de mim e que eu era uma criança muito inteligente. - Mac desviou seu olhar da janela, encarando Stella. - O quarto que eles separaram pra mim tinha uma linda vista também. Eu sempre ficava sentada perto da janela, horas e horas, somente para admira-la. Era o meu lugar preferido no mundo. - riu levemente. 

— E o que aconteceu? - perguntou Mac com certa expectativa. 

— Quando entraram com a papelada para minha adoção, descobriram que Margô, minha mãe adotiva até então, estava doente. - suspirou. - Lembro que meu pai ficou arrasado. Ele tentava esconder de mim, mas eu sabia o quanto ele estava sofrendo. Um tempo depois ele veio conversar comigo. Disse que não poderia mais ficar comigo, que Margô precisava de toda a sua atenção e que eu merecia uma família que cuidasse de mim. Então uma das irmãs do orfanato me buscou, e eu nunca mais soube deles. 

Apesar da história triste, não havia dor nos olhos de Stella. Na verdade, havia algo mais parecido com esperança e até mesmo um resquício de alegria. 

— Aquela foi a época mais feliz da minha infância, mesmo que não tenha durado muito tempo. Eu nunca me esquecerei daquela vista e de como eu me sentia quando a olhava. 

— Acho que eu consigo entender um pouco do que você sentia. Aquela sensação de alegria, segurança, conforto.. 

— Como você sabe? - perguntou o olhando. Mac se virou para Stella e sentiu seus lábios contraírem-se em um sorriso. 

— Porque é assim que eu me sinto quando olho pra você. - ela não se deu ao trabalho de esconder a emoção ao ouvir aquelas palavras. O largo e brilhante sorriso que surgiu em seus lábios foram o suficiente para expressar à Mac o que estava em seu coração. 

— Você se aproveita da minha sensibilidade pra ficar me fazendo chorar. - Mac riu. 

— Isso não é verdade. - negou com uma risada, enquanto checava rapidamente a hora em seu relógio. - Eu tenho que ir senão o Don vai começar a me ligar a cada minuto. 

— Vá e divirta-se. - pediu ela com um sorriso. 

— Sabe que qualquer coisa pode me ligar, certo? Ou se preferir posso ficar e te fazer companhia. 

— Mac, eu vou ficar bem. Não se preocupe. 

— Tá bem. - disse. - Quer que eu leve alguma coisa pra você? Posso passar no mercado antes de ir pra casa. Também posso te dar uma carona, se quiser. 

Stella simplesmente o olhou, cruzando os braços sobre o peito. Mac, por sua vez, sorriu timidamente. Todo aquele cuidado e carinho era algo novo até mesmo para ele. 

— Certo, certo.. Vou parar de bancar o chato com você! - exclamou contrariado, antes de se aproximar e deixar um beijo carinhoso em sua testa. - Nos vemos mais tarde. 

— Até mais.. - ela sussurrou vendo-o se afastar. 

Stella ainda permaneceu na sala por mais alguns minutos. Havia tempo que ela não parava para relembrar de seu passado, e fazer isso trouxe alguns sentimentos que estavam ocultos em seu coração. Claro que junto à esses pensamentos, veio também o beijo. Ao repassar e cena em sua mente, ela suspirou, observando a imensidão que aquela vista a proporcionava. 

*** 

Mac chegou ao apartamento de Don pouco mais de quinze minutos depois, sendo recebido com piadas e sorrisos. Apesar da aparente empolgação, era notório ver no olhar distante de Don e no sorriso pouco forçado de Danny que ambos estavam preocupados com a situação de Stella. Mesmo assim, estarem ali juntos ajudou a pôr parte daquela preocupação de lado. 

— Pensei que não viria mais. - implicou Don ao abrir a porta. 

— Acabei me distraindo um pouco no laboratório. - respondeu com um meio sorriso. 

— Está tudo bem? - perguntou Danny voltando da cozinha. 

— Sim, tudo certo. - Mac retirou seu terno e o colocou no braço da poltrona, onde sentou-se logo em seguida. - O jogo já começou? 

— Não, chegou na hora certa. Quer tomar alguma coisa? 

— Não, obrigado. - Don se jogou no sofá ao lado de Danny, tomando um gole da cerveja que pegara mais cedo. 

Pelos minutos seguintes, o ambiente fora preenchido por risadas e comentários sobre o jogo. Mac os acompanhava na diversão, mas seus pensamentos estavam mais longe do que gostaria de admitir. 

No momento em que o jogo teve sua pausa, no lugar de risadas houve o silêncio. Mac encarava a almofada que estava em seu colo, na qual inconscientemente brincava com seus dedos. Ambos sabiam no que e em quem ele estava pensando, então decidiram que aquele seria o momento perfeito para iniciarem uma conversa que sabiam que era necessária. Aquele silêncio continuou, até que a voz de Danny ecoou pela sala. 

— Mac, eu não sou muito bom quando o assunto é falar sobre os sentimentos também, mas confesso que as vezes não há alternativa melhor. - disse Danny. - Por que não tenta nos contar o que está sentindo, hein? Talvez faça você se sentir melhor. 

— Eu senti mais coisas nessas últimas doze horas do que em toda a minha vida. - respondeu sem nem mesmo pensar se deveria ou não entrar naquele assunto, algo que Mac normalmente faria. 

— Agora eu entendo porque sente que seu mundo está prestes a desabar. - disse Danny. Mac logo o olhou, lembrando da curta conversa que tiveram mais cedo. 

— Eu acho que nunca senti tanto medo quanto no momento em que ela me contou. E não é só medo, eu tô assustado, me sentindo de mãos atadas. - suspirou. - São coisas que eu normalmente dividiria com ela, mas.. 

— É mais complicado quando ela está envolvida, né?! - as palavras de Don soaram mais como uma afirmação do que uma pergunta em si. Mac simplesmente concordou com a cabeça, respirando profundamente. 

— Mac, eu sei que está preocupado, e nós também estamos. Mas você mais do que ninguém sabe o quanto ela é forte. Ela vai sair dessa! - exclamou Danny. 

— Eu sei, no fundo eu não tenho dúvidas disso. Mas ao mesmo tempo, o medo que eu tenho de perdê-la faz com que qualquer resquício de racionalidade que há em mim, se perca. Sem contar que, além disso tudo, tem mais uma coisa... - ele divagou em suas palavras, refletindo se deveria ou não prosseguir. Contar sobre aquele beijo não estava em seus planos, e se ele continuasse, uma coisa levaria a outra... 

— O que? - perguntou Don curioso. 

— Essa parte não é tão importante. - mentiu, esboçando um pequeno sorriso. - Olha, guardar tudo isso pra mim não foi fácil. É bom saber que posso contar com vocês. Então.. Obrigado. - disse timidamente. Danny e Don sorriram, e Mac sentiu-se aliviado. Claro que sua breve confissão não fora uma mentira, mas ajudou a disfarçar aquilo que realmente o incomodava. 

— Pra isso que servem os amigos. E pode confiar, Mac, dará tudo certo. - disse Danny confiante. 

— É isso aí, o jogo vai recomeçar. Alguém vai querer alguma bebida? - indagou Don levantando-se. 

— Aceito um refrigerante. - respondeu Mac. 

— Eu tô de boa, irmão. Obrigado. - disse Danny voltando seu foco à TV. - Algo me diz que ganharemos de lavada! - exclamou. 

— Não cante vitória antes da hora, Dan. Nosso melhor jogador está lesionado. - gritou Flack da cozinha. 

— Qual é, Don. Onde está seu otimismo? 

Mac observava a pequena discussão de seus amigos com um sorriso nos lábios. Com tudo que estava acontecendo, havia um enorme peso em seus ombros. Era inegável o fato de que aquele momento, por mais simples que fosse, tornou as coisas um pouco mais leves. Pela primeira vez naquele dia, por um breve período, Mac não se preocupou com nada além de se seu time iria ganhar o campeonato. 

Mais tarde, quando o jogo chegou ao fim, os três amigos ainda conversaram por mais um tempo, até que Danny resolveu que já estava na hora de ir. 

— Pessoal, deu a minha hora. - disse levantando-se. - Ainda preciso passar no mercado pra comprar leite para a Lucy. 

— Eu também já vou indo. - disse Mac. - Don, obrigado por nos receber. Foi bom dar uma distraída. 

— Precisamos fazer isso mais vezes. - completou Danny indo até a porta, sendo acompanhado por Don e Mac. 

— Claro! O próximo jogo será em duas semanas. Que tal irmos ao estádio dessa vez? - perguntou Flack com entusiasmo. 

— Por mim tudo bem. - respondeu Mac. 

— Nos vemos amanhã, Don. - Danny cerrou o punho, levando-o de encontro ao de Don e em seguida ao de Mac, saindo do apartamento depois. 

Quando Mac também ia sair, Don o chamou novamente. 

— Ei Mac, Stella sabe? 

— Do que está falando? - perguntou confuso. 

— Eu te conheço, Mac. Não tanto quanto a Stella, acho que isso é humanamente impossível. - Mac sorriu com o comentário, recostando na parede do outro lado do corredor enquanto Don permanecia próximo a sua porta. -  Nós somos amigos há muito tempo. Eu nunca te vi falando de alguém com tanto carinho como quando fala dela. 

Mac permaneceu em silêncio, pensando se havia algo que pudesse desconstruir aquela idéia na cabeça de Don, mas não funcionou. 

—... Nós já conversamos sobre a Peyton uma vez, lembra? Foi uns dois meses antes dela ir embora. Você falava dela com carinho, é claro, mas nem se compara à como você falava de Stella quando por algum motivo o assunto chegava nela. Seus olhos brilhavam, cara! 

— Ela não sabe. Pelo menos eu acho que não. - Mac sussurrou, encarando o chão com as mãos no bolso. 

— O que quer dizer? 

— Hoje mais cedo nós nos beijamos. - Don o encarou surpreso. 

— Mac, isso significa que Stella pode gostar de você também. 

— Ou pode não significar nada. - suspirou. - Stella está passando por um momento difícil, Don. Ela pode ter se deixado levar pelo momento, eu não sei. 

— Pretende conversar com ela sobre isso? - indagou. 

— Não sei se agora é o momento ideal. Talvez deixar as coisas como estão por um tempo seja o melhor. - Flack viu a decepção no olhar de Mac. No fundo ele sabia que Mac só estava adiando aquela conversa pelo medo de Stella não retribuir aquele sentimento. - É loucura, não é? Me apaixonar pela minha parceira. 

— Sinceramente, Mac, do jeito que vocês são grudados acharia loucura se não se apaixonasse. - disse com uma risada. 

— Nós trabalhamos juntos! - exclamou. - Eu sou chefe dela. Levar isso adiante pode destruir tudo que construímos durante todos esses anos. Tanto nossa amizade quanto nossa harmonia trabalhando juntos. Não sei se quero arriscar. 

— Estaria disposto a esconder o que sente? Fingir que o que aconteceu não significou nada? - Mac respirou fundo. 

— Acho que sim. 

— Quer um conselho? - Don perguntou após alguns segundos em silêncio. Mac simplesmente o encarou em resposta. - Não tome nenhuma decisão agora. Deixe as coisas rolarem. Talvez não conversar sobre isso num futuro próximo também coloque o que vocês já têm em risco. 

Mac sorriu de canto. 

— Tem razão. Eu vou pensar sobre isso, prometo. - afirmou. - Nos vemos amanhã. 

— Boa noite. - com um leve sorriso de despedida, Don voltou para o seu apartamento, deixando Mac completamente perdido em seus pensamentos para trás. 

*** 

Mais tarde naquela noite, ao chegar em seu apartamento, Mac largou suas chaves e carteira em cima do balcão e seguiu para o seu quarto. Antes de entrar, o som baixo da TV que vinha do quarto ao lado chamou sua atenção. Ele deu duas leves batidas e, após ouvir a voz de Stella, entrou. 

— Achei que estivesse dormindo. 

— Eu estou sem sono, e também estava te esperando. - Stella se ajeitou na cama, deixando a mostra sua camisola de seda preta - a mais comportada que tinha, diga-se de passagem. 

— Está tudo bem? - indagou sentando-se na beira da cama. 

— Sim, eu só queria conversar com você sobre hoje mais cedo. - sorriu timidamente. Mac a olhou inexpressivo, sentindo por um segundo seu coração gelar. 

— Oh.. Tudo bem. 

— Mas antes.. Me diz, como foi sua reuniãozinha com os rapazes? - perguntou com um sorriso. 

— Levando em conta que o nosso time ganhou, foi ótima. - afirmou. - Nós conversamos um pouco também. Foi bom falar com eles. E a sua noite? Espero que tão divertida quanto a minha. - disse com diversão em sua voz. 

— Foi muito boa, na verdade. Pedi comida e fiquei assistindo filme. Ah propósito, pedi um pouco pra você também. Sei que não deve ter comido nada que preste. - Mac riu. 

— Obrigado. - antes que o silêncio irrompesse completamente o ambiente, Mac tomou à frente na conversa que estava por vir. - Então.. Quer falar sobre o beijo, né? - Stella assentiu. 

— Eu queria te pedir desculpas. Não sei o que deu em mim naquele momento. Acho que eu me deixei levar e... Enfim. - suspirou. 

— Não precisa pedir desculpas, até porque eu também te beijei. 

— Eu só não quero que as coisas fiquem estranhas entre a gente. - disse Stella com seriedade, encarando-no. 

— E não vão. - afirmou. - Mas já que estamos conversando, tem algo que eu queria te perguntar.. 

— O que é? - perguntou curiosa. 

— Você já pensou em nós? - indagou sem olha-la, com medo de que tivesse posto tudo a perder. 

— Eu.. Bom.. - Stella gaguejou. 

— Olha, me desculpe. Foi só uma curiosidade. Deixa pra lá! - disse desconcertado. 

— Não, não é isso. - retratou-se, pondo sua mão sobre a dele. - Eu já pensei. É só que... Seria loucura, não seria? 

Mac permaneceu em silêncio, não confiando em suas próprias palavras. 

— Você já pensou? - ela perguntou de volta, fazendo-o olha-la nos olhos. 

— Já.. Principalmente depois daquele beijo. 

— E a que conclusão você chegou? - antes de responder, Mac encarou a mão de Stella sobre a sua. De forma natural, ela o acariciava com seu polegar. Ele queria dizer a ela a verdade sobre como se sentia, mas ela tinha razão.. Seria loucura. 

— Talvez seja loucura, realmente. - Stella sorriu de canto. 

— O beijo foi bom, e seria mentira se eu dissesse que não mexeu nem um pouco comigo. Mas acho melhor esquecê-lo e não permitir que aconteça de novo. Não podemos correr o risco de perder o que temos.. Certo? 

De imediato, Mac não fez esforço para esconder sua expressão de decepção. A mesma que havia feito há pouco para Don. Apesar de no fundo saber que Stella tinha toda a razão, foi mais doloroso do que ele imaginava que seria. Mas uma coisa era certa: perder o que eles tinham estava fora de cogitação. Ele então tratou de colocar um sorriso nos lábios, forçado, porém convincente, e concordou com ela. 

— Certo. 

— Então... Amigos? - Stella estendeu sua mão e, depois de hesitar por um instante, Mac a pegou. 

— Amigos! 

Ele não sabia ao certo o que estava sentindo. Parecia um misto de decepção, angústia e até mesmo.. Raiva. Não dela, mas de si mesmo. Raiva por não ter tido frieza o suficiente para pôr um basta naquele sentimento, mesmo sabendo que isso não é possível. 

Naquele momento, Mac estava certo de duas coisas: A primeira era que ele estava apaixonado por Stella. A segunda... Bem, ele precisava urgentemente arrumar uma maneira de esquecê-la. 

*** 

Eram exatamente 5h da manhã quando ele saiu de casa para a sua corrida matinal. Seus passos o levaram pelo caminho mais distante que já percorrera: o Central Park. 

Mac correu em meio as enormes árvores, sentindo o ar fresco soprar em seu rosto. Pelo horário, não havia praticamente ninguém ali, só algumas pessoas que usavam o parque para cortar caminho para o trabalho, dentre elas... Aubrey. 

— Aubrey? - disse surpreso ao vê-la caminhando logo à sua frente. Aubrey se virou para ver quem à chamava, e logo sorriu. 

— Mac! Que surpresa boa te encontrar aqui. Parece que sua corrida te trouxe meio longe dessa vez. 

— É que hoje tenho mais pensamentos para pôr em ordem do que o normal. Correr me ajuda. - sorriu timidamente. 

— Fico feliz que tenha vindo para esses lados. Normalmente eu vou de carro para o trabalho, mas como não moro muito longe do hospital, decidi dar uma chance à caminhada hoje. - explicou. - Tem tempo para um cafezinho? - ela perguntou. 

— Eu adoraria, mas meu turno começa em menos de duas horas e eu realmente estou um pouco longe. - ambos riram. 

— Eu entendo. Bom, de qualquer forma, meu dia já começou bem por eu ter te visto. - ela sorriu com charme, e ele logo de cara percebeu o flerte em seu tom de voz. 

— Foi bom te ver também. - admitiu um pouco tímido. 

De forma ousada, Aubrey resolveu aproximar-se um pouco mais de Mac, deixando um beijo demorado no canto de sua boca. 

— Aubrey.. - ele sussurrou, mas logo fora interrompido. 

— Você está com alguém? - indagou próxima à ele. 

— Não, mas também não tenho pretenção de levar isso adiante. - disse apontando para ambos. 

— Eu também não. - sem esperar qualquer comentário, Aubrey o beijou. Mac estava surpreso, mas ainda assim não a empurrou ou a impediu que o aprofundasse. Antes que se desse conta, o beijo foi cessado. - Eu me apaixonei por uma pessoa no tempo em que estive fora, mas ele é mais complicado do que eu posso lidar no momento. Algo me diz que você também está passando por algo parecido. 

Mac ficou em silêncio, o que para Aubrey serviu como resposta. 

— Não precisamos rotular isso. Encare como uma ajuda para esquecer seja lá quem for. Podemos nos ajudar nisso. - Mac a olhou nos olhos e por um impulso, a beijou. Suas mãos buscaram a cintura dela enquanto Aubrey envolvia seu pescoço. Porém, enquanto a beijava, a única coisa em que Mac pensava era no sorriso de Stella, e principalmente no beijo que deram no dia anterior. 

Naquele momento, beijando uma mulher enquanto pensava em outra, Mac se sentiu a pior pessoa do mundo. Ele encerrou o beijo, mas incapaz de olha-la. 

— Meu turno hoje vai até às 18h. Se quiser, sabe onde me encontrar. 

Mac observou Aubrey se afastando e logo fechou seus olhos brevemente, respirando fundo. 

— O que foi que eu fiz?! 

Continue... 


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