A fada que o escreva escrita por Creeper


Capítulo 16
A luta de escorpião e leão


Notas iniciais do capítulo

Olá, boa madrugada a todos, perdoem se tiver algum errinho no capítulo e leiam as notas finais se puderem ♥.

Boa leitura.



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Dante bateu a porta do quarto atrás de si e jogou-me na cama, fazendo-me quicar no colchão. Ele arrastou-se até a sua e deixou o peso do corpo cair ali, resmungando alguma coisa que não entendi. Ergui o torso, sentando-me no cobertor e observando o rapaz dobrar o antebraço sobre a testa e fitar o teto com um semblante perdido.

— Você está bem? – afobei-me.

— Só um pouco zonzo. – ele murmurou. – Sou fraco para bebidas.

— Mas você só bebeu o resto da minha caneca. – arregalei os olhos.

— E foi o suficiente. – cerrou os dentes. 

Ficamos quietos, apenas escutando a música e as vozes animadas que vinham do andar debaixo. Desamarrei o laço do colarinho e abri o primeiro botão da camisa, pois começava a ficar com calor.

— Por que vocês desmancharam? – voltei a questionar.

— Que conveniente você perguntar isso quando eu estou balançado. – Dante riu sarcástico.

— Desculpe. – balbuciei constrangido. – É só que eu não entendo.

— Foi um noivado arranjado pelo meu pai e pelo dela. – ele respondeu após um tempo. – Amigos de longa data que não achavam nada melhor do que um matrimônio entre famílias exorcistas de classe média.

Brinquei com as pontas do meu cabelo a fim de fingir um pouco de indiferença, mas por dentro eu me encontrava inquieto.

— E o que aconteceu?

— Um não fazia o tipo do outro. – Dante respondeu sem muita importância.

— Ela é uma mulher bonita. – comentei.

— Gosta de mulheres como a Mai? – ele surpreendeu-se.

— Não. – deitei-me e encarei o teto que girava feito um borrão. – Eu gosto de homens.

Silêncio. Meu estômago revirou-se em uma mistura de ansiedade e resposta ao tanto que bebi.

— Ah, por favor, diga alguma coisa. – cobri o rosto, envergonhado.

— Hã... – falou baixinho, sem jeito. – Gosta de que tipo?

— Alto. – ponderei. – E... – abaixei as mãos e fitei-o sentindo o coração ir parar na boca. – E-Esquece. O que seus pais fizeram?

Sybelle estava entretida em nossa conversa, por mais que eu tivesse quase certeza de que logo Dante não conseguiria ler mais nada.

— Não terminamos por causa disso. – ele sentou-se. – Foi porque eu roubei um grande trabalho dela e agora ela me odeia. Entre outras coisas. – desviou o olhar.

— Você ficou vermelho. – apontei.

— É impressão sua, você está bêbado.

Podia ser. Engoli um soluço e soltei uma risada de constrangimento.

— E se... Ela fosse o final do seu fio? Seus karmas são compatíveis. – acomodei a cabeça no travesseiro, sonolento.

— Eu o cortaria. 

— Não pode cortar o fio. – inflei as bochechas.

— Bem, você nunca vai vê-lo de qualquer forma, não é? – Dante puxou sua blusa pela barra e tirou-a, jogando-a no pé da cama. – Que calor infernal. – resmungou.

Meu coração acelerou-se e o rosto pegou fogo, obrigando-me a fechar os olhos e levar os punhos cerrados ao peito na tentativa de conter suas batidas.

— Mas vai senti-lo. – insisti cerrando os dentes.

— Como? – questionou impaciente.

— Como… 

“Tive um estalo na cabeça, minhas sobrancelhas se ergueram e meu coração palpitou. Como se uma súbita segurança preenchesse meu corpo, dei um simples passo para o lado quando Yona tentou me derrubar e olhei para trás, perplexo.”

Balancei a cabeça negativamente, afastando aquela nublada lembrança de Olpo. Eu estava pensando besteira.

— D-Deixa para lá. – encolhi os ombros.

— Os deuses podem não errar, mas podem cometer erros propositais. Quem sabe eles não colocaram meu fio em uma pessoa completamente diferente de mim?

Aquilo me pegou de surpresa e me deixou sem resposta. Pressionei os lábios e abri os olhos.

— E suas cicatrizes? – mudei de assunto, reparando em seu torso desnudo.

— Você está mesmo se aproveitando de mim. – Dante alfinetou.

— Eu quero te conhecer melhor, Dan. – acho que soei mais manhoso do que deveria.

Dante colocou Sybelle na cômoda, refez seu rabo-de-cavalo e deixou escapar um longo suspiro.

— Você sabe, os professores e mestres podem nos castigar. – apertou o indicador e o polegar no canto dos olhos. – Exorcismo é a única coisa que os Vulpecula sabem fazer, mas não significa que era o que eu queria fazer.

Engoli todo o ar em um misto de indignação e angústia. Professores e mestres tinham permissão para castigar os alunos, contudo, a maior parte não o fazia, pois achava esse método totalmente retrógado.

— Claro que nem todas foram feitas na guilda. Ganhei algumas de possuídos difíceis de conter. – ele deitou-se e colocou o braço debaixo da cabeça.

— Eu não devia ter perguntado. – apertei o cobertor entre os dedos.

Sem dizer nada, Dante me observou por um tempinho com as pálpebras caindo de sono.

— Você não vai dormir? – sua voz saiu arrastada.

— Está esperando eu fazer isso? – bocejei.

— Se eu dormir primeiro, você vai voltar para o bar. – esboçou um sorriso fraco.

— Não, eu quero ficar aqui. – aninhei-me e fechei os olhos suavemente.

Porque queria ficar com ele. Porque meu coração batia feito louco. Talvez fosse a bebida me matando ou outra coisa, quem sabe.

 

***

 

Às onze e meia fomos acordados pela garçonete que nos trouxe uma bandeja de chá e alguns chocolates amargos. Assim que abri os olhos, senti a cabeça latejar e mal consegui me manter em pé de tanta dor no corpo e vertigem. Dante havia se sentado lentamente e estava com a cabeça apoiada na mão já fazia cinco minutos, provavelmente registrando as coisas.

Depois de nos arrumarmos e jogarmos uma água fria no rosto, o exorcista agitou a cabeça e respirou fundo.

— Vamos lá.

Assim que descemos as escadas, fomos recebidos por mais assovios e uma salva de palmas. Aquele povo não cansava de fazer aquilo. Mai estava ao nosso aguardo no meio do bar com seu conjunto verde substituído por calças pretas e uma faixa que rodeava seu busto e deixava exposta a tatuagem de lótus em sua barriga.

— Preparado, Vulpecula? – ela sorriu convicta.

Dante franziu as sobrancelhas e caminhou a passos pesados até a mulher. Os clientes que os rodeavam deram alguns passos para trás, formando um círculo a sua volta.

Mai enrolou sua trança em um coque no alto da cabeça, espreguiçou-se e estalou os dedos. 

O barulho da madeira rangendo e o tremor sob meus pés assustou-me e eu tive de procurar amparo na garçonete ao meu lado, apesar de que aquilo parecia normal para o restante, por mais que estivessem três vezes mais bêbados do que eu.

O chão abaixo de Dante e Mai desceu um nível, separando-se das outras tábuas do bar. Outro rangido e um som de engrenagens girando fizeram com que aquele pedaço de chão descesse gradativamente até que alcançasse o subsolo. 

Em um piscar de olhos, havia um buraco no local e todos olhavam para dentro dele. Lá embaixo, candelabros acenderam-se em sequência, iluminando Dante e Mai.

— As regras são as mesmas de sempre. – Mai alongou-se. – O primeiro que desfizer o karma perde. Uma única rodada.

Ajoelhei-me no chão e inclinei-me sobre o buraco, abismado, entretanto, a garçonete segurou-me e pediu para que eu me afastasse. 

— Na contagem de três, podem começar. – um homem ao meu lado bradou. – Um...

Mai e Dante assumiram posturas defensivas. 

— Dois...

Dante levantou o rosto e preparou-se para unir as mãos. Mai com um ar de desdém, colocou as suas na cintura.

— Três!

Sem fazer o menor esforço ou um mínimo movimento, Mai invocou seu leão de silhueta rosa que praticamente alcançava nosso andar com sua altura impressionante.

Dante por outro lado bateu suas mãos em uma prece e seu escorpião roxo de tamanho médio surgiu acima de sua cabeça.

A mulher esticou um dos braços para frente, ordenando ao seu karma que fosse na direção de seu oponente. Dante rangeu os dentes e ergueu uma das mãos fazendo com que o escorpião ficasse de pé.

Meu coração batia intensamente e a garganta queimava. Ao meu redor, os bêbados agitavam os braços e torciam por seu favorito, que em sua maioria era a Mai.

A garçonete tocou meu ombro e me deu um sorriso solidário, contudo, seu olhar dizia claramente que estava com pena do meu acompanhante. 

Então, leão e escorpião encontraram-se, atracando suas pinças e garras. Dante dobrou um dos joelhos e deu um passo à frente, obrigando seu karma a copiar seu movimento e empurrar minimamente o leão de Mai.

A mulher fechou uma das mãos e seu karma fez o mesmo com sua pata, impossibilitando qualquer ação das pinças do escorpião. Ela moveu seu braço em um gesto gracioso e a silhueta roxa foi arremessada para o outro lado pela força do leão.

Mordi o lábio inferior, repreendendo a vontade de me jogar naquele buraco. Por mais que as palavras de Sybelle não tivessem o mesmo efeito que um grito, fiz aquilo. Gritei o nome de Dante.

O rapaz expirou, relaxou os ombros e agitou a mão, mandando que o escorpião corresse até o leão. A silhueta roxa caminhou por debaixo da rosa, fazendo-a de boba ao oscilar de perna em perna, fugindo dos ataques de suas garras.

— Chega disso. – Mai soprou a franja que caía em seus olhos, subiu sua mão e cortou o ar ao baixá-la rapidamente. 

O leão repetiu seu movimento, esmagando o pequeno corpo do escorpião sob uma de suas enormes patas. Uma gota de suor escorreu pelo rosto de Dante e sua próxima ordem foi a de que o escorpião envenenasse o felino.

O que não aconteceu. Primeiro, o leão arrancou a cabeça do escorpião em uma única dentada e logo depois rasgou sua cauda venenosa com suas impiedosas garras.

As vozes se espalharam em berros eufóricos enquanto a silhueta roxa dissipava-se por completo e Dante fechava seus olhos dolorosamente. Mai riu vitoriosa e estalou os dedos, pedindo a seu leão que também desaparecesse.

— Temos uma vencedora! – o homem anunciou.

Ainda impressionado, voltei meu olhar para Dante, notando de longe o estresse que exalava. E eu também, porque conviver com aqueles dois não seria fácil, alguém ia se jogar no mar. E tinha possibilidades de ser eu.

Quando o pedaço de chão voltou a fazer parte do bar e o buraco se fechou, todos comemoraram a vitória de Mai e uma rodada por conta da casa foi oferecida.

Dante subiu direto para o quarto, sem paciência para ouvir as piadas sobre sua derrota. Fiz menção de ir atrás dele, contudo, uma mão segurou meu ombro e eu virei-me para trás assustado.

— Vamos ser ótimos parceiros de viagem. – Mai sorriu cheia de si.

— Você tem certeza disso? – choraminguei. – Quer mesmo viajar com a gente?

— Eu sempre quis conhecer Hasi por causa das paisagens. – ela refletiu. – Quero fazer algumas pinturas de lá. E você parece conhecer o lugar. – piscou um olho.

Fui tomado por uma certa surpresa. Meu estômago borbulhou e eu temia que vomitasse a qualquer momento.

— É melhor você ir se deitar, está pálido. – comentou preocupada. – Vou pedir para te levarem um remédio. – suspirou e deu alguns tapinhas em minhas costas.

Com isso, voltei cambaleante para o quarto onde Dante dormia em um sono profundo com uma feição tão fechada que eu apostava que estava sonhando com Mai.

 

***

 

Acordei com os raios de sol que invadiam o quarto pela janela aberta e a brisa fresca da manhã que ria da minha dor de cabeça. Sentei-me na cama esfregando os olhos e percebendo que Dante não estava lá. Procurei pelo quarto, desde os cantos das paredes até debaixo das camas: sua bolsa também havia sumido.

A porta abriu-se em um rangido após três singelas batidas e uma empregada de curtos cabelos pretos adentrou o lugar de forma tímida.

— Viu meu exorcista? – inclinei a cabeça.

— Seu? – ela corou.

— Q-Quero dizer, viu o Vulpecula? – pigarreei ruborizando.

— Ele saiu cedo com a senhorita Mai. Apenas me pediram para te acompanhar até o navio. – sussurrou.

Estranhei, todavia, amarrei o laço no colarinho, agarrei minha maleta e me despedi dos quadros nas paredes, enfim notando a assinatura rebuscada em suas bordas: M.L.

Havia menos pessoas no bar e as presentes não bebiam, ocupavam-se apenas em tomar café da manhã e lidar com seus bocejos exagerados e corpos cansados.

A empregada me acompanhou desde a saída do Quimera até o porto em um percurso de carruagem. Assim que nos aproximamos do navio, ela despediu-se com uma curta reverência e desapareceu da minha vista.

Mesmo em meio a uma multidão, me sentia terrivelmente sozinho. Talvez eu devesse subir a rampa e aguardar por aqueles dois em nossa cabine, mas meu corpo quis torturar-se ao esperar por eles parado onde estava. 

Até que ele apareceu. Dante aproximava-se com as mãos nos bolsos e o olhar preso no céu. Procurei por qualquer sinal de Mai, sabendo que ela se destacaria dentre as outras pessoas, entretanto, não a encontrei.

O exorcista parou a centímetros de distância de mim e estendeu-me dois envelopes amarelados cujo desenho no lacre de cera vermelha tratava-se de um leão. Pisquei os olhos lentamente, tentando entender aquilo.

— Mai mandou te entregar. – contou.

— Espera, onde ela está? – olhei para além de seus ombros.

— Ela não gosta de despedidas. – Dante massageou sua nuca.

— Quer dizer que… – fiquei boquiaberto.

— Que ela renunciou a luta de ontem. – o exorcista desviou o olhar. – E o motivo está nessa carta de envelope maior. – apontou. – Ela disse para ler somente no navio.

— E essa menor? – reparei.

— Ela quer que você entregue ao meu pai, caso chegue a conhecê-lo algum dia. – ele afastou o cabelo de seu rosto, acanhado.

— Por que você mesmo não entrega? – arqueei uma sobrancelha.

— Porque ela elegeu você. – Dante suspirou pesadamente.

— Mas...

Impedindo qualquer protesto meu, Dante segurou minha cintura com as duas mãos, levantou-me e colocou-me sobre seu ombro, se no dia anterior eu era uma mala, naquele eu havia virado um saco de batatas.

— O q-que está fazendo?! – arregalei os olhos.

— Vamos logo antes que ela mude de ideia. – ele apressou-se.

Apertei fortemente a alça de minha maleta e analisei os envelopes.

— Estou começando a achar que você gosta de me carregar. – provoquei.

— E eu estou começando a achar você pesado. – Dante retrucou.

— Ei, não se fala do peso de um rapaz! – dei um soquinho em suas costas.

Dante riu cheio de sarcasmo e por mais que eu estivesse fazendo uma expressão emburrada, não me contive e ri junto com ele. Olhei uma última vez para Dragonean, avistando ao longe a construção do Quimera e pensando sobre nosso próximo destino.

A ilha de Hasi.

 

“Caro Suichiro,

Tem um motivo para eu não ir com vocês. Não sou vidente, mas tirei algumas cartas durante a madrugada e pressenti o perigo, porém, por mais que eu queira ir, o destino está me dizendo para não acompanhá-los. E não sou eu quem vou me opor ao destino. Essa jornada é de vocês, apenas tomem cuidado.

Agora talvez você queira saber por que eu e Dante desmanchamos. Se ele ainda não te contou, eu faço isso. Depois que nos formamos na guilda e fizemos nossos primeiros trabalhos, Vulpecula veio passar alguns meses aqui. Tínhamos 21 anos.

Estavam precisando de um exorcista para cuidar de um nobre, o qual serviço seria o mais bem pago que possa imaginar. Não que eu me importasse com o dinheiro, todavia, exorcizar pessoas ricas é o mais difícil, pois os demônios em seus corpos se alimentam de sua ganância e por isso seria um trabalho reconhecido por todos.

Eu só era conhecida como a filha unigênita de meu pai que por si só já era uma pessoa renomada. As pessoas gostavam de mim por quem eu era filha, não por quem eu era. Um trabalho daqueles me daria o destaque que eu queria. Acha que fui egocêntrica?

O que aconteceu foi que me contrataram para esse caso, contudo, justo no dia previsto para o exorcismo, fui pega de surpresa por um trabalho ainda mais urgente e mais próximo de mim que eu não podia dispensar. Tratava-se de uma amiga e amigos são a última coisa que deixamos na mão. Dante iria me acompanhar de qualquer jeito até a casa do nobre, então pedi a ele que fosse na frente e avisasse que eu iria me atrasar um pouco.

O fato é que exorcismos não podem ser atrasados. Quando cheguei lá, o nobre já estava curado, porque Dante já havia feito o que devia.

Fiquei brava. Indignada. Frustrada. Mas eu sabia que ele não fez aquilo por mérito próprio e sim para salvar a vida do homem. Seria egoísmo meu pedir que o possuído esperasse por minha disponibilidade.

Entretanto, ninguém precisava saber disso ou conhecer esses meus sentimentos. Porque uma moça de ego ferido era uma ótima desculpa para desmanchar um noivado, não é? Afinal, Dante nunca foi e nunca será meu tipo de homem, assim como eu nunca serei a pessoa da vida dele. Além de que, eu e ele devemos ter o direito de escolher por quem nos apaixonar e casar, concorda comigo?

Nesse tempo, Quimera ainda era um barzinho de um único andar chamado Toca, que raios de nome ridículo era esse?  Me empenhei em vários trabalhos, dia e noite, a semana inteira, até conseguir juntar dinheiro e comprar o lugar. Dois anos parece pouco para Quimera ter virado essa construção, você deve estar pensando. Mas foi feito com meu esforço e minhas economias, nada de intervenções ou influências do meu pai. E eu amo o Quimera por isso. 

As pessoas ainda falam do meu noivado. Eu ainda faço exorcismos. Tem coisas que não mudam tão rápido. Contudo, se tem algo que muda a cada nascer do sol, somos nós. Um pouquinho a cada amanhecer.  

Ah, isso fica entre eu e você, tudo bem? Fiz esse teatro de dama de ego ferido por mim e Dante, porém, não quero que ele saiba disso. Gosto que ele me tema, é divertido. Eu disse, tem coisas que não mudam tão rápido.

Por fim, você é um rapaz bonito, inteligente e engraçado, gostaria de ter te conhecido melhor. Se você fosse mais velho, eu teria te cortejado. 

Boa sorte. Espero que você consiga o que quer e venha me visitar mais vezes.

 

Atenciosamente,

Mai Di Lion.”

 

 

—------- HIATUS --------

“A fada que o escreva” volta em 12/03/2022.

 


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Notas finais do capítulo

Então, pessoal, não se preocupem, porque já tenho todos os capítulos prontos, apenas não revisados. Minha semana tem sido corrida e esgotante, por isso estou sem tempo para revisar. Porém, voltamos em 12/03 com nossa programação normal e finalmente conheceremos a Ilha de Hasi!
Me contem o que acharam, vou ficar muito feliz de saber ♥

Até março!
Beijos.
—Creeper.



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