Heal My Scars escrita por Julie Kress
Notas iniciais do capítulo
Mais um capítulo!
Boa leitura!!!
P.O.V Do Freddie
Meu irmão sofreu um acidente enquanto dirigia o meu carro. O veículo é o de menos, minha preocupação é com o Ed. Quando Sam me contou sobre o ocorrido, arrumei o meu sobrinho e a bolsa dele, chamei um carro por aplicativo e fui deixar o bebê com a mãe dele, Melanie está morando com a Pam. A irmã de Sam ficou bastante abalada, ela caiu no choro quando contei sobre o acidente. Fui de Uber para o hospital, meus pais estavam ali, Sam correu para os meus braços quando cheguei. Chorei enquanto ela tentava me consolar. Explicamos o engano para os meus pais, ainda era um dos filhos deles numa cama hospitalar, eles estavam desolados.
— Onde está a nossa filha? - Sam e eu sentamos juntos na sala de espera.
— Está em casa com a Carly... Sinto muito por tudo... E lamento por seu irmão. - Foi sincera.
Ela estava aliviada por saber que eu estava bem.
— Voltarei pra casa hoje mesmo. Eu já estava com saudades... Passei o dia todo pensando em vocês. Sinto muito... Foi horrível. - Abracei ela de lado.
Me referi sobre a discussão que levou ao nosso término.
— Eu não queria ter dito aquilo, sei que doeu em você, te magoeei. Nunca mais irei...
— Shh, está tudo bem, meu anjo. Já passou. - Abracei ela com mais força.
Ficamos ali, mamãe passou mal, sua pressão caiu. Meu pai estava uma pilha de nervos.
Edward corria o risco de ser colocado em coma induzido.
Sam detestava o ambiente hospitalar, só estava ali por mim, me dando forças. Eu também não estava mais suportando o clima daquele lugar, meu pai decidiu levar a minha mãe para casa, ela precisava de repouso.
Se meu irmão melhorasse ou piorasse, eles nos ligariam nos dando qualquer notícia.
Sam e eu fomos embora também, passamos no apartamento do Ed para pegar as minhas coisas.
Carly tomou um susto quando me viu. Sam nem teve tempo de ligar para a Shay explicando sobre o engano.
— Melhoras para ele. - Shay desejou.
— Obrigado. - Agradeci.
Alice estava dormindo.
— Obrigada, Carls. - Sam abraçou a amiga por ter tomado conta de nossa filha.
— Não foi nada, amiga. Sempre que precisar, eu largo tudo e venho correndo. - Carly era muito gentil.
A Shay foi embora.
— Tenho que avisar a Victoria. - Lembrei da namorada do meu irmão.
Victoria Lancarter, ele estava indo buscá-la na casa dos pais da moça na cidade vizinha quando o acidente ocorreu.
— Tem o número dela? - Sam largou a bolsa sobre o sofá.
— Não. - Respondi.
— Não comemos nada. Vou preparar algo para nós. - Ela foi para a cozinha.
E se tivesse sido eu no lugar dele?
Fiquei pensando naquilo.
Fui para o quarto e arrumei minhas coisas, guardando tudo de volta em seu devido lugar. Tomei banho, após vestir algo simples, fui até a cozinha, Sam estava postando a mesa.
Mostrei o anel de noivado em meu dedo.
— O meu está na caixinha de jóias. - Ela serviu a comida.
O cheiro estava ótimo, porém, eu não sentia muita vontade de comer.
Comemos em silêncio, em menos de 40 minutos, ela conseguiu fazer um macarrão com almôndegas e molho de tomate.
Fomos para o quarto após a rápida refeição e acabamos dormindo pelo resto da tarde, só acordamos quando a Alice nos despertou com o choro vindo da babá-eletrônica.
[...]
No dia seguinte...
P.O.V Da Sam
Decidi não abrir a confeitaria naquele dia, eu não ia conseguir ir trabalhar sossegada. Freddie precisava de mim. Dei folga aos funcionários. Ficamos em casa com a nossa filha, esperando notícias sobre o seu irmão. Seu pai ligou, meu moreno se afastou indo atender na sala, voltei a alimentar a bebê. Alice comeu a papinha, e também o pão macio molhado com leite morno, limpei sua boca, já estava começando a despontar mais um dentinho.
— Notícias sobre o seu irmão? - Perguntei quando Freddie retornou à cozinha.
— Ele melhorou. Está fora de perigo agora. Talvez possa receber visitas mais tarde. Graças a Deus! - Estava muito aliviado.
— Que bom, meu amor. - Era o seu irmão, eu também não suportaria ver a minha irmã naquela situação.
Alice se agitou em meu colo, estendeu os bracinhos para ele.
— Quer colo do papai, boneca? - Sorriu a pegando.
A pequena não parava de crescer, já estava ficando mais pesada.
Freddie beijou suas bochechas rosadas. Ela sorriu mostrando os dentinhos. Tão fofa.
Já tinha 4 dentes em baixo e 3 em cima, mais 1 estava nascendo em cima.
Não sabíamos como contatar a Victoria, o contato dela se foi junto com o celular destruído do Edward.
Ela devia estar preocupada ou até mesmo chateada por ele não ter aparecido para ir buscá-la.
— Já sei. Lá no Centro de Apoio, alguém pode nos dar o número da Victoria. - Tive a ideia.
Não custava nada irmos lá.
Fomos trocar de roupa, arrumei nossa filha após escovar seus dentinhos.
Como o seu carro ficou quase totalmente destruído, Freddie iria conseguir outro automóvel com o seguro.
Chamamos um carro por aplicativo.
No Centro de Apoio, conseguimos o número de sua cunhada com a conselheira.
Enfim, Freddie iria conseguir ligar para a Victoria para informá-la sobre o acidente.
Como previsto, a coitada ficou em choque.
[...]
P.O.V Da Melanie
— O que faz aqui? - Me deparei com o Gibson assim que abri a porta.
— Vim ver o meu filho! - Ele só podia estar louco.
— A casa não é minha, é da minha mãe. Vai embora, nos deixem em paz! - Tentei bater a porta na cara dele.
Como ele era robusto e forte, segurou a porta e invadiu a casa quase me jogando para trás.
— Vai embora, Gibson, estou falando sério. Vou chamar a polícia! - Avisei alarmada.
— Só quero ver o Julian. É meu filho e você não pode me proibir. Cansei de você me evitando. - Ele avistou o bebê deitado no tapete colorido colocado na sala de estar.
— Julian é filho do Edward, você não pode chegar aqui exigindo ver o menino...
— Sei que o Benson está no hospital, Freddie me contou sobre o acidente. Arrume as coisas do Julian e prepare uma mamadeira, vou levar ele para passar o dia comigo. - Ele estava mesmo louco?
Olhei para trás, meu loirinho rolou ficando de barriga para baixo no tapete macio com estampa de bolinhas coloridas.
— Não! Você não tem esse direito! Vai embora! - Eu estava sozinha.
Minha mãe havia ido visitar um dos irmãos, meu tio Carmine. Meu primo Chaz havia acabado de ser solto.
— Sou o pai biológico do menino. Você vai se arrepender, Melanie. É melhor fazer o que pedi. Ainda estou sendo muito amigável! - Não estava brincando.
Ele podia fazer algo.
— Está bem, vou arrumar as coisas dele. - Me dei por vencida.
Eu já estava toda abalada com o acidente do Edward. Por mais que não estivéssemos mais juntos, eu ainda me importava com ele.
Arrumei a bolsa do meu filho. Preparei duas mamadeiras para ele levar, uma com leite e outra com mingau, era só aquecer.
Peguei o Julian e dei banho nele, arrumei o meu filho. Gibson estava decidido. Ele queria passar o dia com o bebê. Decidi não contrariá-lo.
— Ele precisa dormir de tarde. Cuide bem dele, por favor. E traga o meu filho ainda hoje. - Pedi quase implorando.
— Não precisa desse drama todo. Não vou fugir com o menino. - Pegou a bolsa infantil e o bebê-conforto.
E ele foi embora, me senti de mãos atadas sem poder fazer nada.
Gibson não era tão panaca como eu imaginava. Ele ainda poderia me causar problemas.
E se ele resolvesse contar tudo ao Edward e tomar a guarda do meu filho?
[...]
P.O.V Do Gibby
Cheguei no meu apartamento, coloquei o bebê-conforto no chão. Até que o meu filho não me estranhou, ele estava quietinho ali dentro.
— Onde arranjou esse bebê, mano? - Guppy levantou do sofá curioso.
Meu irmão mais novo tinha 13 anos.
— Esse é o Julian, ele é seu sobrinho. - Respondi.
Guppy riu achando que era brincadeira.
— Está de babá? - Se aproximou para ver o bebê de perto.
— Não. Ele é meu filho, Guppy. E vai passar o dia com a gente. - Expliquei.
— Cadê a mãe dele? E se ele chorar? A mamãe já sabe sobre ele? - Ficou ainda mais intrigado.
— Calma, garoto. Está tudo bem. Ele é bonzinho. - Peguei meu filho.
— Mas a mamãe já viu ele? - Guppy ficou olhando o bebê que também o olhava curioso.
— Ainda não. Segura aqui. - Lhe entreguei a bolsa infantil.
— Mas e a mãe dele? - Meu irmão caçula não ia parar com as perguntas.
— Ela deixou ele passar o dia comigo. Não estamos juntos. É um assunto complicado, garoto. - Fui para a cozinha, Guppy me seguiu.
Pedi para ele pegar as mamadeiras na bolsa.
— A mamãe vai surtar, Gibby. - Me fez rir.
— Depois me entendo com ela. Tá a fim de passear? - Perguntei.
— Espero que ele não abra um berreiro. Mas até que ele é bonitinho. Tem os seus olhos. - Gostou do sobrinho.
Suspendi Julian, encarando seu rostinho redondo.
Seus olhinhos verdes me fitaram.
— Vou cuidar bem de você, filhão. - Abracei meu pequeno.
Saí com o meu irmão levando o Julian para passear. Levamos uma das mamadeiras e água na chuquinha.
Antes do anoitecer, eu o levaria de volta para a Melanie.
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Agora a Melanie não pode fazer nada, né?
O jeito é não contrariar o Gibson tcs tcs
O que acharam dessa atitude dele?
Até o próximo. Bjs