Heal My Scars escrita por Julie Kress


Capítulo 17
De mãos atadas...


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo!

Boa leitura!!!



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P.O.V Do Freddie

Meu irmão sofreu um acidente enquanto dirigia o meu carro. O veículo é o de menos, minha preocupação é com o Ed. Quando Sam me contou sobre o ocorrido, arrumei o meu sobrinho e a bolsa dele, chamei um carro por aplicativo e fui deixar o bebê com a mãe dele, Melanie está morando com a Pam. A irmã de Sam ficou bastante abalada, ela caiu no choro quando contei sobre o acidente. Fui de Uber para o hospital, meus pais estavam ali, Sam correu para os meus braços quando cheguei. Chorei enquanto ela tentava me consolar. Explicamos o engano para os meus pais, ainda era um dos filhos deles numa cama hospitalar, eles estavam desolados.

— Onde está a nossa filha? - Sam e eu sentamos juntos na sala de espera.

— Está em casa com a Carly... Sinto muito por tudo... E lamento por seu irmão. - Foi sincera.

Ela estava aliviada por saber que eu estava bem.

— Voltarei pra casa hoje mesmo. Eu já estava com saudades... Passei o dia todo pensando em vocês. Sinto muito... Foi horrível. - Abracei ela de lado.

Me referi sobre a discussão que levou ao nosso término.

— Eu não queria ter dito aquilo, sei que doeu em você, te magoeei. Nunca mais irei...

— Shh, está tudo bem, meu anjo. Já passou. - Abracei ela com mais força.

Ficamos ali, mamãe passou mal, sua pressão caiu. Meu pai estava uma pilha de nervos.

Edward corria o risco de ser colocado em coma induzido.

Sam detestava o ambiente hospitalar, só estava ali por mim, me dando forças. Eu também não estava mais suportando o clima daquele lugar, meu pai decidiu levar a minha mãe para casa, ela precisava de repouso.

Se meu irmão melhorasse ou piorasse, eles nos ligariam nos dando qualquer notícia.

Sam e eu fomos embora também, passamos no apartamento do Ed para pegar as minhas coisas.

Carly tomou um susto quando me viu. Sam nem teve tempo de ligar para a Shay explicando sobre o engano.

— Melhoras para ele. - Shay desejou.

— Obrigado. - Agradeci.

Alice estava dormindo.

— Obrigada, Carls. - Sam abraçou a amiga por ter tomado conta de nossa filha.

— Não foi nada, amiga. Sempre que precisar, eu largo tudo e venho correndo. - Carly era muito gentil.

A Shay foi embora.

— Tenho que avisar a Victoria. - Lembrei da namorada do meu irmão.

Victoria Lancarter, ele estava indo buscá-la na casa dos pais da moça na cidade vizinha quando o acidente ocorreu.

— Tem o número dela? - Sam largou a bolsa sobre o sofá.

— Não. - Respondi.

— Não comemos nada. Vou preparar algo para nós. - Ela foi para a cozinha.

E se tivesse sido eu no lugar dele?

Fiquei pensando naquilo.

Fui para o quarto e arrumei minhas coisas, guardando tudo de volta em seu devido lugar. Tomei banho, após vestir algo simples, fui até a cozinha, Sam estava postando a mesa.

Mostrei o anel de noivado em meu dedo.

— O meu está na caixinha de jóias. - Ela serviu a comida.

O cheiro estava ótimo, porém, eu não sentia muita vontade de comer.

Comemos em silêncio, em menos de 40 minutos, ela conseguiu fazer um macarrão com almôndegas e molho de tomate.

Fomos para o quarto após a rápida refeição e acabamos dormindo pelo resto da tarde, só acordamos quando a Alice nos despertou com o choro vindo da babá-eletrônica.

[...]

No dia seguinte...

P.O.V Da Sam

Decidi não abrir a confeitaria naquele dia, eu não ia conseguir ir trabalhar sossegada. Freddie precisava de mim. Dei folga aos funcionários. Ficamos em casa com a nossa filha, esperando notícias sobre o seu irmão. Seu pai ligou, meu moreno se afastou indo atender na sala, voltei a alimentar a bebê. Alice comeu a papinha, e também o pão macio molhado com leite morno, limpei sua boca, já estava começando a despontar mais um dentinho.

— Notícias sobre o seu irmão? - Perguntei quando Freddie retornou à cozinha.

— Ele melhorou. Está fora de perigo agora. Talvez possa receber visitas mais tarde. Graças a Deus! - Estava muito aliviado.

— Que bom, meu amor. - Era o seu irmão, eu também não suportaria ver a minha irmã naquela situação.

Alice se agitou em meu colo, estendeu os bracinhos para ele.

— Quer colo do papai, boneca? - Sorriu a pegando.

A pequena não parava de crescer, já estava ficando mais pesada.

Freddie beijou suas bochechas rosadas. Ela sorriu mostrando os dentinhos. Tão fofa.

Já tinha 4 dentes em baixo e 3 em cima, mais 1 estava nascendo em cima.

Não sabíamos como contatar a Victoria, o contato dela se foi junto com o celular destruído do Edward.

Ela devia estar preocupada ou até mesmo chateada por ele não ter aparecido para ir buscá-la.

— Já sei. Lá no Centro de Apoio, alguém pode nos dar o número da Victoria. - Tive a ideia.

Não custava nada irmos lá.

Fomos trocar de roupa, arrumei nossa filha após escovar seus dentinhos.

Como o seu carro ficou quase totalmente destruído, Freddie iria conseguir outro automóvel com o seguro.

Chamamos um carro por aplicativo.

No Centro de Apoio, conseguimos o número de sua cunhada com a conselheira.

Enfim, Freddie iria conseguir ligar para a Victoria para informá-la sobre o acidente.

Como previsto, a coitada ficou em choque.

[...]

P.O.V Da Melanie

— O que faz aqui? - Me deparei com o Gibson assim que abri a porta.

— Vim ver o meu filho! - Ele só podia estar louco.

— A casa não é minha, é da minha mãe. Vai embora, nos deixem em paz! - Tentei bater a porta na cara dele.

Como ele era robusto e forte, segurou a porta e invadiu a casa quase me jogando para trás.

— Vai embora, Gibson, estou falando sério. Vou chamar a polícia! - Avisei alarmada.

— Só quero ver o Julian. É meu filho e você não pode me proibir. Cansei de você me evitando. - Ele avistou o bebê deitado no tapete colorido colocado na sala de estar.

— Julian é filho do Edward, você não pode chegar aqui exigindo ver o menino...

— Sei que o Benson está no hospital, Freddie me contou sobre o acidente. Arrume as coisas do Julian e prepare uma mamadeira, vou levar ele para passar o dia comigo. - Ele estava mesmo louco?

Olhei para trás, meu loirinho rolou ficando de barriga para baixo no tapete macio com estampa de bolinhas coloridas.

— Não! Você não tem esse direito! Vai embora! - Eu estava sozinha.

Minha mãe havia ido visitar um dos irmãos, meu tio Carmine. Meu primo Chaz havia acabado de ser solto.

— Sou o pai biológico do menino. Você vai se arrepender, Melanie. É melhor fazer o que pedi. Ainda estou sendo muito amigável! - Não estava brincando.

Ele podia fazer algo.

— Está bem, vou arrumar as coisas dele. - Me dei por vencida.

Eu já estava toda abalada com o acidente do Edward. Por mais que não estivéssemos mais juntos, eu ainda me importava com ele.

Arrumei a bolsa do meu filho. Preparei duas mamadeiras para ele levar, uma com leite e outra com mingau, era só aquecer.

Peguei o Julian e dei banho nele, arrumei o meu filho. Gibson estava decidido. Ele queria passar o dia com o bebê. Decidi não contrariá-lo.

— Ele precisa dormir de tarde. Cuide bem dele, por favor. E traga o meu filho ainda hoje. - Pedi quase implorando.

— Não precisa desse drama todo. Não vou fugir com o menino. - Pegou a bolsa infantil e o bebê-conforto.

E ele foi embora, me senti de mãos atadas sem poder fazer nada.

Gibson não era tão panaca como eu imaginava. Ele ainda poderia me causar problemas.

E se ele resolvesse contar tudo ao Edward e tomar a guarda do meu filho?

[...]

P.O.V Do Gibby

Cheguei no meu apartamento, coloquei o bebê-conforto no chão. Até que o meu filho não me estranhou, ele estava quietinho ali dentro.

— Onde arranjou esse bebê, mano? - Guppy levantou do sofá curioso.

Meu irmão mais novo tinha 13 anos.

— Esse é o Julian, ele é seu sobrinho. - Respondi.

Guppy riu achando que era brincadeira.

— Está de babá? - Se aproximou para ver o bebê de perto.

— Não. Ele é meu filho, Guppy. E vai passar o dia com a gente. - Expliquei.

— Cadê a mãe dele? E se ele chorar? A mamãe já sabe sobre ele? - Ficou ainda mais intrigado.

— Calma, garoto. Está tudo bem. Ele é bonzinho. - Peguei meu filho.

— Mas a mamãe já viu ele? - Guppy ficou olhando o bebê que também o olhava curioso.

— Ainda não. Segura aqui. - Lhe entreguei a bolsa infantil.

— Mas e a mãe dele? - Meu irmão caçula não ia parar com as perguntas.

— Ela deixou ele passar o dia comigo. Não estamos juntos. É um assunto complicado, garoto. - Fui para a cozinha, Guppy me seguiu.

Pedi para ele pegar as mamadeiras na bolsa.

— A mamãe vai surtar, Gibby. - Me fez rir.

— Depois me entendo com ela. Tá a fim de passear? - Perguntei.

— Espero que ele não abra um berreiro. Mas até que ele é bonitinho. Tem os seus olhos. - Gostou do sobrinho.

Suspendi Julian, encarando seu rostinho redondo.

Seus olhinhos verdes me fitaram.

— Vou cuidar bem de você, filhão. - Abracei meu pequeno.

Saí com o meu irmão levando o Julian para passear. Levamos uma das mamadeiras e água na chuquinha.

Antes do anoitecer, eu o levaria de volta para a Melanie.


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Notas finais do capítulo

Agora a Melanie não pode fazer nada, né?

O jeito é não contrariar o Gibson tcs tcs

O que acharam dessa atitude dele?

Até o próximo. Bjs



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