Os meses se passavam lentamente, deixando Robert inquieto, doido para entrar em ação, mas sabendo que não podia.

Gastava toda a sua energia no pátio de treinamento e deixava até alguns hematomas em seus oponentes.

Sua amizade com Ned nunca foi a mesma.

Embora no começo a mágoa fosse forte, Ned fez de tudo para recuperar a antiga irmandade e pediu seu perdão várias vezes. Embora ainda não fosse como no começo, Robert se sentiu amolecer um pouco, dando uma pequena chance para ambos.

Jon Arryn chamou Robert e Ned para o seu escritório.

Ele recebeu uma carta de Elia.

—Elia está anunciando que deu a luz. É uma menina, Visenya Martell.

—Martell? -perguntou Elbert, confuso.

—Ela e os irmãos conseguiram capturar o septão que realizou o casamento de Rhaegar e Lyanna. Doran foi até a capital e fez uma negociação com o rei Aerys. Sugeriu aceitar a anulação e a bastardizar os filhos de Elia. Em troca ele deserdaria Rhaegar e não aceitaria o casamento com Lyanna. O rei babou de felicidade, literalmente, já que ele estava só esperando uma desculpa para fazer de Viseys herdeiro. Ele odeia Rhaegar e odeia Aegon por ser meio Rhaegar e meio-dornês.

—Eu não entendo esse ódio contra Dorne que Aerys tem. De onde veio isso? -falou Ned.

—É meio ridículo mesmo. -concordou Jon - Já que se não fosse Dorne o próprio Aerys não existiria, a mãe de seu avô era Dyanna Dayne e a avó de seu avô era a princesa Myriah Martell. Eu também não sei de onde vem todo esse ódio contra os dorneses.

—Se ele odeia os dorneses por que queria uma dornesa como esposa do Rhaegar?

—Por que ela era a mulher com mais sangue Targaryen que havia em Westeros.

—Mas se é assim então por que ele a tratou com tanto ódio, se foi ele quem a quis como noiva do filho? A princesa não se ofereceu, Aerys quem a quis e Rhaegar quem foi em Dorne pedir ela em casamento.

—Vai entender o raciocínio de um louco.

—O importante é que ele ainda nem sabe ao assinar a permissão para anular o casamento ele libertou Dorne do Trono De Ferro.

—Como as coisas estão então?

—Tudo está preparado. Seu irmão está vindo Robert?

—Stannis chega amanhã.

—Ótimo. Rapazes, esse casamento vai entrar para a história!

—Não tem nem como não entrar. Mesmo não planejando derrubar os Targaryen nunca aconteceu de haver um casamento triplo de três das Grandes Casas.

—Oh, é verdade. Nem acredito que depois de tanto sacrifício consegui convencer aquela velha a ficar do nosso lado e entregar Janna Tyrell para nós.

—Olenna Tyrell é velha mas não é idiota. Ela está atenta, nos observando. Ela percebeu a quantidade de alianças que estamos formando enquanto os Targaryen queimam todas as pontes possíveis. Ela já até garantiu um noivado da neta com Edmure Tully e a menina nem anda.

—O que Mace Tyrell tem de burro a mãe tem de esperta. É uma pena, se ele fosse como a mãe imagina o Lord incrível que daria.

—Ela sabe que vamos derrubar os Targaryen. Ela percebeu que se tomasse partido da casa dos dragões estaria lutando sozinha. Nós todos estamos nos unindo, tirando aquele leão velho Lannister.

—Deixe o gato velho para lá. Não vamos precisar dele. -falou Robert com desdém.

—Até por que ele nem vai mover um dedo, ele é do tipo que espera até ver qual lado vai vencer.

—Que venham então. Mas vai ser tarde demais para pegar o pedaço de carne mais suculento.

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Parecia que todas as famílias importantes estavam reunidas naquele lugar.

Todos sentiam que algo grande iria acontecer graças a esses casamentos.

Hoster Tully veio e trouxe seu filho Edmure, Brynden e Lysa ficaram sobre o comando de Correio.

Rickard e Brandon vieram, a grávida Catelyn ficou em Winterfell junto com Benjen.

Olenna, Mace e Willas vieram prestigiar o casamento, junto com alguns Hightower e Redwyne e outras famílias.

Vários lordes das Terras Da Tempestade também vieram.

E por fim, as famílias Dayne, Gargalen e o príncipe Oberyn, representando a família Martell.

E sob os olhos de praticamente todo o reino, Elbert Arryn se casou com Janna Tyrell, Eddard Stark se casou com Ashara Dayne e Stannis Baratheon se casou com Isanne Gargalen.

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O rei estava louco.

Ao saber do casamento triplo, o rei Aerys ficou enfurecido.

Lucerys Velaryon, assustado, mandou uma carta desesperada, avisando de um ataque iminente.

Jaime Lannister alertou a Lucerys do fogovivo espalhado pela cidade ao perceber que Lucerys tinha discretamente se unido a Robert Baratheon.

Graças a união dos dois sem que ninguém soubesse eles escoaram os esconderijos, deixando tudo vazio assim que os piromantes arrumavam tudo.

O exército unido das Terras Da Tempestade, Dorne, Terras Fluviais, Norte dominou facilmente o exército das Terras Da Corôa.

Evitando matar um grande número de soldados, capturaram e mantiveram o máximo como reféns.

Então Robert liderou a invasão da cidade.

Ele finalmente se sentia livre, podendo soltar toda a agressividade que tinha acumulado por tanto tempo.

Músicas sobre sua fúria e seu martelo se tornariam famosas e entrariam para a história.

Quando ele invadiu o castelo, Aerys começou a gritar para queimar todos eles.

O piromante acendeu o fogo... E nada aconteceu.

—Alguém nos ajudou a jogar fora seu foguinho verde, seu piromaníaco doente!

Robert primeiro martelou o piromante com toda a força, até ele virar uma massa indistinta de sangue e vísceras.

Então se voltou para Aerys.

—Maldito! Eu vou queimar você! Eu vou te partir em mil pedaços! QUEIME! QUEIME!

Aerys avançou contra Robert e começou a dar socos em seu peito.

O Baratheon nem sentia, de tão fraco e magro que o rei era.

Robert girou o martelo e com apenas um golpe no peito do rei, Aerys caiu, morto ao seus pés.

—Tão fácil? -ele diz, fazendo um muxoxo decepcionado. -Agora sei por que Rhaegar era tão patético. Tal pai, tal filho.

Rhaella, seu filho Viserys e sua bebê recém-nascida foram trazidos até a sala do trono.

A Targaryen olhou para o corpo do marido morto e para o choque de todos, cuspiu em Aerys.

—Queime você agora, seu desgraçado. -falou Rhaella com ódio.

Jon Arryn tossiu discretamente para chamar sua atenção.

—Minha senhora, gostaríamos de discutir algo, se não se incomoda.

—Pode dizer, Lord Arryn.

—Nós conseguimos o trono por direito de conquista, assim como seu ancestral Aegon a quase 300 anos atrás. O que quer dizer que sua dinastia caiu. Os Targaryen não são mais reis de Westeros.

—Então o que acontecerá conosco?

—Pedra Do Dragão ainda lhes pertence. Visto que Rhaegar foi legalmente deserdado e os filhos de Elia também, Viserys é por direito o dono de Pedra Do Dragão. E como ele é pequeno a senhora assume a regência. Você aceita? Ser Lady Targaryen, de Pedra Do Dragão?

Rhaella não via um motivo para não aceitar, o que ela iria fazer? Protestar pelo direito de Rhaegar, que a deixou a própria sorte? Protestar que Viseys era o rei, quando ela e suas crianças foram poupadas e até receberam seu lar ancestral, uma bondade até inesperada dos rebeldes e arriscar serem mortos? Oh não, Aerys estava morto, que Rhaegar seja jogado a própria sorte como fez com a própria família. Ela tinha uma responsabilidade com seus filhos mais novos, um ainda criança e uma bebê, seu filho adulto de 24 anos podia muito bem se cuidar sozinho. Elia  e seus netos estavam seguros, Rhaella e seus filhos também estavam, então pela ex-rainha estava tudo bem.

—Eu aceito! Que todos me conheçam agora como Lady Rhaella e a meus filhos como Lord Viserys e Lady Daenerys.

Satisfeitos, era a hora de decidir o destino de Westeros.