Naquele momento hílare, a comemoração passou de um forte abraço para um beijo caloroso que durou alguns bons segundos.

Distanciaram-se sem nada dizer, encarando-se como se tentassem, através dos olhos, entender o que se passava na mente do outro — e até mesmo em suas próprias.

— Desculpa.

— Minha avó diz que não se deve pedir desculpas se não sentimos culpa… Você sente?

— Na verdade, não.

— Pois nem eu.

— Que bom.

— Que bom.

Mais um breve silêncio — e outro beijo também repentino e caloroso aconteceu, interrompido apenas pela estabilização da internet e a compreensão de que foram mencionados, na verdade, como desclassificados.