Todos os meus pais escrita por Fanfictioner


Capítulo 1
(re)começo


Notas iniciais do capítulo

Chegou o dia 31!

93 fics depois, venho eu, no último dia, junto com as fadas Carter e Shiat, que admiro mais do que posso colocar em palavras em uma nota inicial de fic, encerrar a segunda edição do Pride!
Apenas agradecer às nossas queridas adms, que se empenham nesse projeto de uma forma que dispensa comentários, e dar parabéns para todas as fanfiqueiras por suas histórias que vão nos render conteúdo lgbtqia+ para o mês de setembro inteiro rsrs.

Depois de uma fic sáfica, uma aquileana, uma sobre assexualidade, uma wolfstar (não pode faltar) e uma collab com a fada Violet, vim fechar nosso projeto com aquilo que mais amo: histórias familiares.
Não costumo escrever com o Harry, nem sobre ele, mas achei que ele merecia contar a visão dele de uma RA. Obrigadinha a Prongs por ter lido e me feito não desistir dessa história, e por ter escolhido a trilha sonora dela: Run Away - do Ben Platt.

É isso, espero que gostem!



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Harry Potter sabia de três coisas:

Ele tinha um pai, James, e uma mãe, Lily, mas ambos tinham morrido quando ele era bebê; Ele morava com o Pad, que era seu padrinho - uma espécie de pai 2, segundo ele - e o Moon, e; Pad e Moon tinham sido os melhores amigos dos pais de Harry.

Isso bastava para Harry, que no auge de seus sete anos também sabia que era bruxo, que iria estudar na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts quando completasse onze anos, que seria selecionado para a Grifinória - bem, isso ele não sabia, mas Sirius falava na Grifinória todos os dias, e era impossível Harry não querer ser como o padrinho (e o pai, e a mãe…)-, e sabia que, infelizmente, ele precisava ir para a escola normal.

E com normal ele queria dizer escola trouxa - a escola de gente que não era bruxa como ele.

— Mas eu preciso mesmo? - ele perguntou na noite de domingo que antecedia seu primeiro dia de aula.

— Sim, você precisa mesmo, Harry. Anda, escovar os dentes, vamos!

— Mesmo mesmo você não precisa. Não na minha opinião. Eu não fui para a escola trouxa e me dei muito bem. - Sirius comentou, olhando Harry pelo espelho. O menino deu um sorriso, com a escova de dentes enfiada na boca, e Remus repreendeu Sirius com uma careta. - Mas você sabe as regras, tio Moon é sensato, eu sou divertido. 

Harry riu e Sirius deu uma piscadinha para ele, enquanto Remus saía revirando os olhos, indo preparar a cama do menino.

— Ei, vai ser legal, você vai fazer amigos novos. Uhm? O que acha?

— Mas eu gosto de ser seu amigo e amigo do tio Moon. - ele respondeu depois de enxaguar a boca para tirar o creme dental.

— Mas você ainda vai ser nosso amigo. - Sirius limpou o canto da boca dele, sujo de pasta, e deu um tapinha no bumbum do garoto, fazendo-o rir e sair correndo pelo corredor, em direção ao quarto dele. - Direto para cama, mocinho.

— Eu quero uma história! - determinou, subindo a escada para a cama elevada, que Sirius construíra recentemente.

Havia bandeirinhas do Chuddley Cannons penduradas na parede ao lado, e atrás da cama estava presa uma cópia da camisa do apanhador do time, o número 6. No local ainda se espalhava uma quantidade generosa de brinquedos, um tapete sobre o carpete, e uma vassoura de corrida infantil - a mini Cleansweep 82 - encostada ao lado do armário.

— Quer que quem conte a história, Harry? - perguntou Remus, cobrindo-o e aninhando o cachorro preto de pelúcia, a naninha do menino, ao lado do travesseiro.

— Pad. - ele deu um salto deitado, como uma pequena minhoca, batendo as pernas no colchão.

— Claro que é o Pad, seu espertinho. - deu um beijo na testa de Harry, bagunçando os cabelos dele. - Já é hora de dormir, que o soninho não demore para chegar, vou fechar os meus olhinhos…

— Pro dragão não me pegar!

— Não! Harry quem… - ele olhou para Sirius, que segurava um riso. A criança ria alto. - Nem vou perguntar quem ensinou isso. Não, nenhum dragão vem pegar você, Harry. Você vai fechar os olhinhos para logo amanhã chegar. 

Rindo, Remus arrumou acendeu o abajur do menino e deixou que Sirius assumisse o lugar dele, sentado na poltrona ao lado da cama. Saiu do quarto apagando as luzes, então Sirius começou a conversar, baixinho, com Harry.

— Que história você quer ouvir? É só uma viu? E você vai ficar quietinho, virado para o lado, de olhinho fechado, e não pode fazer perguntas.

— Mas só uma perguntinha, Pad. - choramingou.

— Nem uma, nem meia perguntinha. Você tem escola amanhã, espertinho! - Harry riu, e Sirius fez algumas cócegas nele, deixando beijos na barriga da criança, por sobre a coberta. - Vamos que história quer ouvir.

— Conta uma com o meu pai. Uma história engraçada.

— Uma história engraçada com o seu pai… certo, deixa eu pensar…

Harry caiu no sono antes que Sirius acabasse a história e mergulhou logo em sonhos sobre dragões, a escola trouxa e seu pai.


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