PARADOXO - Seson 3 escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 21
Capitulo 18 - Era Uma Vez Atravez do tempo - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Capítulo novo na área.
Estou tão feliz por poder voltar a postar, espero que estejam se divertindo com a história!



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CONNOR

Duas das pessoas em nosso grupo de seis pareciam estar em algum lugar perto de satisfeitos, quando a casa nos deixou no terraço das Industrias Wayne. E nenhuma dessas duas pessoas estava satisfeita com algo em relação ao caso. Contenho um suspiro ao ver Isis dando mais um passo para o lado, vacilante, como se Damian já não tivesse percebido sua intenção de se aproximar. Aquele uniforme ameaçador que Cisco se esforçou tanto para criar, não valia muito quando ela possui todos os tipos de trejeitos para contrariar os padrões amedrontadores do tecido.

Sara para ao meu lado como Artêmis, John quase não conseguia parar de olhar para ela. O que é compreensível, nossa Diggle em seu traje não deixa nada a desejar para nenhuma das Amazonas. É linda e aterrorizadora ao mesmo tempo, com uma aura de força que a rodeia. Ela me empurra de leve com os ombros, dando um sorriso divertido em direção ao casal Damisis.

—Tão manés! – xinga com tanto carinho na voz que contenho o riso. – O Robin ainda não percebeu nada – solta um pouco mais alto, e Isis tropeça ao ouvir, fazendo Damian apoiar seu cotovelo para segurá-la.

—Deixa as crianças, Artêmis – falo rindo baixinho. – Eles são fofos.

—Nigthmare transformou o Robin mais rabugento da Batfamília em fofo, que orgulho! – debocha.

—Aposto que os Flash’s pensaram o mesmo sobre você – implico recebendo um olhar mortal em troca.

—Hum, podemos conversar? – uma voz parecida com a minha, chama minha atenção.

Oliver estava ao meu lado, com seu uniforme de Arqueiro Verde e odeio admitir, mas só o que nos diferenciava agora, eram as sutis listras vermelhas dos contornos do meu, que só ficam visíveis se a pessoa estiver perto o bastante. Balanço a cabeça confirmando, Sara toca meu braço, apertando sem usar de sua força. Era um aviso “pegue leve”, depois sorri para Oliver e vai se juntar ao John.

—Batman já deve estar nos observando – falo quando ficamos sozinhos.

—Ele está ali – Oliver aponta para uma parte mais alta do terraço, envolta em sombras, sem mal olhar para o local. Okay, isso foi foda. – Deixa ele observar o garoto mais um pouco – olho para Damian se atrapalhando todo com Isis, e percebo que Oliver tentava dar algum tipo de paz ao Bruce. – Não é sobre isso que quero falar – começa hesitante. – Sobre mais cedo no Bunker, eu acho que devo te pedir desculpas.

 -Não precisa – nego de imediato e o vejo erguendo a sobrancelha, com minha defensiva.

—Claro que preciso, aquilo foi ridículo – continua ignorando todos os meus sinais. – Queria colocar a culpa do acidente no Bunker na Dinah, mas a verdade é que eu deveria ter escutado vocês, foi meu erro – okay, isso consegue minha atenção.

—Felicity poderia ter se machucado – respiro fundo, tentando me distanciar da situação em uma tentativa desesperada de pensar com clareza.

—Sim, foi estupidez – concorda novamente. – Como disse, não vou usar os problemas do meu time para encontrar justificativa para o que aconteceu, eu simplesmente não deveria ter permitido que a situação fosse tão longe. Sinto muito, Connor.

Ele está sendo sincero, conheço aquele rosto bem o bastante para reconhecer isso. Não está apenas se sentindo culpado e responsável pelo que aconteceu, Oliver está decepcionado, e provavelmente decepcionado com ele mesmo. Felicity seria a primeira a me dar uns bons tapas se permitisse que isso continuasse. Mudo meu peso se uma perna para outra e volto a olhar em seus olhos.

—Acho muito estranho o senhor se desculpando comigo – comento sorrindo de lado e o vejo fazer uma careta.

—Acho estranho esse “senhor” – rebate.

—É o máximo que posso ir nas informalidades com o senhor— enfatizo.

—Tenho trinta e um, Connor – revira os olhos, parecendo menos tenso agora.

—E eu vinte e sete, mas isso não te faz deixar de ser uma versão do meu pai – agora ele contem um sorriso orgulhoso com muito esforço.

—E com relação a Susan – começa desconfortável. – Ela não é minha namorada, na verdade não temos nada a muito tempo...

—Não tenho a ilusão de que o senhor e minha mãe estiveram apenas um com o outro, ou eu mesmo não existiria – dou um sorriso amarelo, típico tópico de pergunta que nenhum filho que ter com os pais. – E não tem que me dar satisfação sobre essas coisas.

—Você parecia pronto para me atacar quando Felicity contou – morde os lábios para não rir. – Garoto, mesmo se não nos parecêssemos tanto fisicamente, aquela reação comprovaria seu DNA – faz uma careta divertida.

—Foi um lapso de controle – justifico desconfortável. – Estava com dificuldade em controlar minha raiva desde o grito da Canário. Desculpe – acrescento, parecendo uma criança rabugenta.

—Acho que sua relação com Felicity é melhor do que a que tem comigo – olho surpreso, mas estranhamente ele não parece triste ou irritado com a conclusão.

—O senhor é meu mentor, somos muito próximos – começo em meu melhor tom diplomático. – E não colocaria isso de afeto em um ranque, temos relações diferentes, mas somos uma família.

—Traduzindo, está poupando meus sentimentos – solta um riso baixo.

—Bom, é Felicity Smoak, não seria uma luta justa para ninguém – dou de ombros e ele parece se divertir.

—Sou ao menos o preferido da sua irmã? – seu tom de brincadeira me pega de surpresa, pela primeira vez o vejo como meu pai.

—Com certeza, mas isso te faz lidar com surtos periódicos de rebeldia, e ver todas as suas vontades contrariadas – conto franzindo o rosto. – Sabia que ela é uma arqueira tão boa quanto eu?

—Sério? – passa a observar Isis, que agora consertava a capa do Robin por algum motivo que só a cabecinha dela poderia explicar. – Então por que ela não usa? – aponto para ele, que solta um riso nervoso. – Nossa é realmente como misturar a Felicity e a Thea em uma pessoa só.

—Exatamente, isso e pode acrescentar toda a sua marra e falta de paciência – completo e ele engole em seco.

DAMIAN

Isis está tentando me distrair das formas mais atrapalhadas possíveis, do fato de que vou ter que violar meu próprio cadáver em alguns minutos. Depois de arrumar minha capa, ela voltou sua atenção para o suporte do meu bastão e quando pareceu ter a ideia de que meu cinto de utilidades precisava ser ajeitado, fui obrigado a segurar sua mão e erguer uma sobrancelha. Cinco segundos, foi o tempo que demorou para que prendesse os lábios em uma linha fina e desse um passo atrapalhado para trás. Esse uniforme novo não deixa nada além de seus lábios e parte do queixo aparente, mas tenho certeza que seu rosto está vermelho sob a máscara.

—Vamos visitar Danny e a Tess quando isso acabar – comenta tentando soar distraída. – Podemos convencer Mia e Phill a ir junto.

—O que está fazendo? – semicerro os olhos, detestando o fato dos dela estarem completamente encobertos.

—Planos – dá de ombros. – Nós vamos visitar eles, e depois vamos a New York com Mia, assistir a um show do Phillipe, talvez Connor e Lu também queiram vir – tagarela em voz baixa, mas sua atenção está em todo o ambiente ao nosso redor. – Claro que ainda precisamos estudar, mas todo mundo usa o teletransporte para meios pessoais, podemos fazer o mesmo.

“Nós”, “Vamos”, “Precisamos”. Todos plurais, todos me incluindo. O engraçado é que ela tem certeza desses planos, está disposta a consultar todos os nomes quem vem listando, mas não o meu. Não sou uma adição, sou parte dela.

—Tem uma nova cafeteria que fica em um vilarejo perto da fazenda onde Sara e Wally estão morando agora, podemos combinar com todo o time, nós compramos bolo, rosquinhas e cafés artesanais – dispara no seu melhor modo Felicity. – Nina precisa de uma festa de boas-vindas, mas sem encher a casa, só quem realmente importa. Quero comprar asas de fada para ela, não acha que vai ficar o bebê mais fofo do mundo?

—Eu amo você – digo automaticamente.

As palavras saem. Não é hora ou o lugar certo, mas escapam da mesma forma que os planos dela. Isis parece prender a respiração, seus lábios formando um o perfeito, antes de um sorriso imenso aparecer, e é tudo o que aquela maldita máscara me permitiria ver de seu rosto, mas um movimento a Leste desvia nossa atenção. Ele estava aqui, e agora não poderia mais me dar ao luxo de distrações.

Um baque surdo e uma figura escura começa a se mover das sombras em nossa direção. Nós nos agrupamos para esperar seu avanço, sinto os dedos de Isis roçarem nos meus por um breve instante, exatamente quando consigo vê-lo.

Deve ter a mesma idade desse Oliver, trinta, trinta e poucos anos. Apesar de ser mais alto do que ele, o que é dificil de dizer quando seu traje é projetado para te fazer parecer assim. Mais um passo em direção a luz e preciso reprimir minha vontade de recuar. Seu rosto está retorcido em uma máscara de agonia. Isso por estar falando apenas da parte que o uniforme me deixa ver. A barba por fazer e os lábios voltados para baixo, ele parece sentir dor, estar morrendo literalmente a cada segundo.

—Cinco minutos – é tudo o que diz, acho que já estava me esquecendo como era trabalhar com ele. Por mais calado que Connor venha a ser, ele ainda tenta compartilhar o máximo que consegue.

Não precisa dizer mais, quando se afasta para saltar do prédio já estou ao seu lado. O seguindo como uma sombra silenciosa. Na avenida principal, um carro fúnebre segue de perto uma ambulância. Batman faz um movimento discreto com a cabeça e me lanço para o prédio em frente. Assim que pouso escuto o baque de Sara e Oliver.

A rua abaixo de nós estava deserta, o carro aproveitava a distração da ambulância, mas já sabíamos que ali seria seu desvio. Foi coordenado, John atirou uma corda com uma espécie de pistola no mesmo tempo que Oliver lançava uma flecha expansiva. Connor e Sara em seguida, então eu e o Batman. Isis desce usando a mesma corda que o irmão havia lançado, quando o carro se vê completamente amarrado, incapaz de se mover.

—Ela é rápida – Oliver comenta.

Isis se lançou de forma graciosa pela janela do motorista. Desapareceu dentro do carro por menos de cinco segundos, então a porta do carona se abre e um soldado da Liga dos Assassinos desaba inconsciente. Ela sai pelo mesmo local, ajeitando o soldado que desabou, para que ficasse sentado, depois de nos dar sinal para descer.

—Existem mais deles lá dentro – Nigthmare sussurra, ladeando o irmão que avançava seguidos por John.

Sara e Oliver sobem no teto do carro fúnebre sem fazer barulho, armando seus arcos em perfeita sincronia. Batman já estava coordenando o Batwing e me posto na lateral, enquanto eles cuidassem dos capangas, meu trabalho era entrar com Batman que já deve estar na mesma posição na direção oposta e pegar o sarcófago.

John arrebenta a fechadura traseira e uma dúzia de soltados da Liga dos Assassinos salta para o combate. Metade é parado sem nem ter chance de lutar, Oliver e Sara lançavam flechas com tranquilizantes por trás, e Connor completava a fileira atirando pela frente. Isis se atirou dentro do veículo e segundos depois dois corpos voam porta a fora, o terceiro quase vira uma prancha de surf para ela. John também atacava os soldados que Isis havia se livrado antes, então era minha vez.

Dou impulso e me lanço para dentro, Batman para ao meu lado e olhamos petrificados a caixa de revestimento dourado que guardava meu corpo, agora o nome sarcófago começa a fazer sentido. A porra da tampa era transparente. Exibindo uma versão minha de dez anos, cadavérica com a pele cinza e os braços magros cruzados sobre o peito pareciam ser mais longos que o normal, entre eles um cristal esverdeado, com pontas brilhantes e afuniladas. Vou sonhar com essa merda para sempre.

—É o que precisa? – Batman pergunta, a voz soando como um rosnado baixo.

—Sim, mas se está pensando em usá-lo antes, eu recomendo que faça isso na caverna – digo, esperando ele dar o primeiro passo em direção ao cadáver, não por não querer me aproximar, o que não quero mesmo, mas por segurança. Ele parecia um animal selvagem, não seria eu a mexer em seu ninho.

—Tudo bem – a fúria parece diminuir um pouco. – Vamos – ele avança e só então começo a andar. – Confia naquelas pessoas? – questiona pegando a base superior do sarcófago.

—São como minha família de onde eu venho – pego na base inferior e nós o levantamos com cuidado.

Ele parece não precisar de mais explicações, saímos com o Dead Damian e o Batwing já planava sobre nossas cabeças. Minutos depois estávamos os sete e um cadáver dentro do avião de combate, a caminho da caverna.

 Queria que alguém tapasse aquela coisa, e como se pudessem ler meus pensamentos, Oliver se move para ficar a minha frente, Connor a seu lado como uma espécie de parede humana. Nenhum dos dois olha na minha direção, ninguém ali tenta conversar. Acho que coisas desse tipo não podem ser descritas, por isso o silencio, nada além disso seria apropriado.

ISIS

Que horror. Coisas como a que estamos fazendo hoje com certeza me faz pensar que o mundo, ou os mundos, não podem ser em essência bons. Afinal, é impossível o multiverso matar sistematicamente o mesmo garoto, repetidamente de uma maneira que só consigo descrever como psicopata. É absurdo imaginar uma grande força superior esfregando suas mãos gananciosas, com dedos finos e garras afiadas, em antecipação, quase como se saboreasse a retirada constante da vida de um menino de dez anos. Sempre da forma mais sofrida e maquiavélica, possível. Ser morto pela mãe repetidas vezes em vários mundos diferentes.

Bom essa força superior é doentia. Sei que em alguns desses mundos esse pobre garoto conseguiu sobreviver a esse vilão por alguma obra do acaso, como se tivesse perdido o time enquanto fazia outra pobre alma, ou talvez até a mesma, sofrer. Ainda assim, por Deus! Alguém precisa segurar essa Força Maligna em uma caixa, os outros Damian’s não precisam passar por isso, não queria que esses dois estivessem vivendo toda essa titica.

Vendo meu pai desse mundo e meu irmão do nosso impedir a visão de Damian de se ver morto em um sarcófago ala Branca de Neve, só me faz pensar o que não faria para o proteger dessa dor eu mesma. A lista é mínima, não consigo pensar em absolutamente nada.

Me aproximo do Damian parte para evitar o corpo a minha frente, ficando atrás de dois dos três homens mais importantes da minha vida, mas outra parte minha quer dar forças ao Dam. Meus dedos roçam os seus, em um acalento mudo. Ele mantém os olhos baixos, o rosto parecia entalhado em mármore branco, toda a cor se esvaiu a muito tempo, e se não fosse pelo leve levantar e abaixar de seu peito, diria que também havia morrido. Sua mão direita se vira para cima e nossos dedos se encaixam.

Quando chegamos a caverna do morcego, Con e meu pai, não tem como chama-lo de Oliver, a nossa ligação está aqui como está com o pai que me espera em minha casa. Os dois como se tivessem conversado a respeito nos encostam na lateral do avião, enquanto os demais carregam o corpo do garoto para o que só posso imaginar ser um ritual macabro, mas necessário.

Todos saem sem olhar para Damian, era a maneira de que tínhamos no momento de dar o mínimo possível de privacidade. E apenas espero que esteja pronto, respeitando o seu tempo, o que é incrivelmente rápido. Esses morcegos tendem a ser práticos quando possível e quando não apenas empurram as emoções que os atrapalham no momento para a próxima ação.

Descemos a rampa ainda com as mãos entrelaçadas, e o queixo determinado de Dam me faz pensar que vamos conseguir no fim das contas. Cada um de nós tem algo que precisamos para que isso dê certo, posso ver, vai além das nossas habilidades, é algo nosso, de dentro. Damian tem a determinação.

A caverna desse Morcego era basicamente a mesma que do nosso Batman, havia pequenas singularidades quase imperceptíveis, pude ver Dick, Barbara, Tim e Jason entrando pela porta que daria acesso a mansão, todos ainda em seus trajes civis, rostos de alarme e apreensão. Aquela não foi uma missão compartilhada, em nenhum dos mundos que essa família torta e disfuncional existe, esse quatro escolheriam estar de fora em uma hora como essa, a não ser que o próprio Bruce não os quisesse presentes.

—Alfred nos informou o que estava fazendo. – Grayson desse universo, parece não enxergar o restante de nós ali, seus olhos tremulam entre Bruce e o sarcófago com o cadáver de Damian. Em uma expressão que nunca vi em seu rosto antes, ele estava apavorado, e algo mais.

Quando Dick fala o nome de Alfred, os dedos de Dam se fecham um pouco mais nos meus, seus olhos correm pela caverna encontrando o mordomo no alto das escadas ao mesmo tempo que eu. No rosto branco do senhor havia muita dor, e a única coisa que ele fazia era observar o corpo do garoto sem vida a nossa frente. Consigo ver tudo aquilo que Dam sempre admirou na verdadeira figura do avô que idolatra mesmo após sua morte, o afeto que surgiu em mim por tudo o que ele fez pelo jovem ali na frente e pelo homem ao meu lado foi algo imediato. Sempre serei grata pelo Alfred Pennyworth.

—Qual o seu problema? Por que não nos chamou? – Grayson continua exigindo respostas.

—Qual é Batman?  – Na voz de Jason aquilo parecia até um xingamento. –Você acha que é o único que se importa com o moleque encrenqueiro?

—Pessoal? – Tim pigarreia para chamar a tensão. – Um pouco mais de educação por favor. Não estamos sozinhos – claro que não era com a educação que nenhum deles se preocupava, a Batfamília nunca imaginou dar de cara com um exército de desconhecidos em sua caverna, não era algo esperado.

Oliver abaixa o capuz, e nós imitamos o gesto, todos menos o Robin. E no mesmo instante me sinto scaneada. Um a um eles nos estudam e sei o que estão fazendo, agora tudo importa, em qual perna colocamos mais peso, qual de nossos pés está à frente, quem de nós tem a postura mais alerta, qual todos se colocariam em risco para proteger. Agora, diante daqueles olhos em luto, nós éramos o alvo. Nem vou comentar a ingratidão gritante nisso.

—Por que não me surpreendo de Oliver Queen ser o Arqueiro de Star City? – Barbara o observa meu pai por um momento passando por cada um de nós em seguida. – Apesar de não entender por que existem dois Olivers e não conhecer os demais – dá de ombros, mas fixa seu olhar em Dam – Por que está vestido como se fosse um dos nossos? – não era uma pergunta, era uma acusação.

Sara suspira, depois toca o colar em seu pescoço. Seu olhar de decepção direcionada a Barbara, faz a Batgirl erguer uma sobrancelha, parecendo surpresa. – É melhor eu voltar – diz a Connor que assente, sem tirar seus olhos dos três Robins, que pareciam tão ofendidos pelo uniforme de Damian quanto Babs.

Meu irmão gira a carta de baralho em suas mãos e uma porta multicolorida paira no ar. Wally passa por ela, em seu traje de Flash. Seus olhos passam rapidamente pelo sarcófago e seu rosto se transforma em uma máscara rígida, antes de olhar para todos do nosso time, como se quisesse garantir que estivéssemos inteiros. Então se volta para Sara.

—Vamos – sua voz soa embargada.

 John segura os dedos da filha, antes de Sara se virar para ele e o abraçar como se o mundo estivesse acabando, e talvez para John estivesse mesmo. Ele coloca uma mecha do cabelo de Sara atrás da orelha, dizendo algo baixo que somente ela poderia escutar.

—Prometo – sorri para ele, enquanto enxugava uma lagrima que escorria solitária de seus olhos. Sara se vira para o meu pai, o abraça quase da mesma forma que a John e segue Wally. – Se precisar de algo é só nos chamar – fala agora para Connor, que assente levemente com a cabeça.

Wally não espera por mim, não sairia nem que me puxasse com o laço da Diana. Os dois passam por Alfred que ainda estava no mesmo lugar, e seus olhos agora estavam parados em Dam, não o Damian, garoto morto a nossa frente, mas sim o nosso morcego ao meu lado.

—Lembra quando falava para você sobre a sobrancelhas levantadas? – sussurra em meu ouvido, me fazendo sorrir.

Alfred não tinha apenas as sobrancelhas arqueadas, seu lábio inferior estava levemente caído. Barbara ainda olhava para Damian com olhar ameaçador, se não tivesse crescido com o medo eminente de Sara, isso aqui teria me congelado. Faz sentido a Diggle preferir ir embora, essas duas versões Artêmis e Batgirl, me faz lembrar de um antigo documentário que Phillipe e eu assistimos no apartamento do meu irmão, algo sobre lobos e como dois alfas em um bando podem inspirar um instinto tão grande de luta que os animais passariam dias apenas se enfrentando. Bom, nesse caso, os lobos são Sara Diggle e Barbara Gordon.

Dam parece se dar por vencido e retira a máscara. Não era difícil entender que o homem ao meu lado era a versão crescida do garoto a minha frente. Alfred em fim parece sair do seu transe e desce os degraus parecendo tomar cuidado com cada um, como se fossem se dissipar ao pisa-los, como em um sonho. Ninguém parece entender o verdadeiro impacto que esse momento tem, nenhum dos outros membros da família Wayne tinha perdido o mordomo ainda, eles não tinham como saber o que apenas o fato daquele homem respirar significava para cada um deles, mas Dam sabe, e como sabe!

Alfred para a frente de Damian, pousando suas mãos nos ombros do garoto, os olhos enrugados estavam marejados, pude ver como lutava contra as lagrimas. Os dedos de Dam voltam a apertar os meus. Era pessoal, era íntimo, éramos intrusos presenciando esse momento, mas vê-lo era como nos vingar daquela Força Maligna, uma catarse merecida. Alfred passa os braços pelos ombros de Dam o abraçando com a força de um senhor em seus setenta e tantos, talvez oitenta e poucos anos, possa ter. E os dedos de Damian ainda estão entrelaçados aos meus.

OLIVER

—Normalmente perguntaria se é isso que vocês querem mesmo? Mexer com a vida e a morte é uma encrenca e tanto – Constantine estava sentado em uma cadeira como se sempre estivesse estado ali. –Mas dado a conjuntura da questão – dá de ombros. Se levanta e caminha até Damian, que se encontrava entre Alfred e Isis. –Com licença princesa – Isis faz uma careta e se aproxima de mim.

Ela se move de lado, da mesma forma que estava fazendo mais cedo para se aproximar do garoto a nossa frente, até que nos tocássemos. Involuntariamente passo meu braço por seus ombros, e a mantenho por perto. Entendo por que Connor está decepcionado comigo, por mais que pareça não ser o tipo de filho que gosta de demonstrar esse tipo de sentimento. Não tem como enxergar essa família e não lutar por ela, ou uma versão dela pelo menos. Os dois são muito melhores do que poderia sonhar, me faz ter inveja desse Oliver. Abraço Isis com mais força e ela se apoia em mim como se precisasse disso tanto quanto eu. Nossa conexão é exatamente como foi a de Connor e Felicity, instantânea, completamente instintiva.

Constantine tira uma faca de seu bolso, e antes que pudéssemos pensar no significado daquilo, corta um pedaço da capa de Damian. O que rende um olhar surpreso de todos os parceiros de Bruce. O ocultista balbucia algumas palavras enquanto soltava fumaça pelo canto da boca. Não tem como Constantine viver muito dado a quantidade de nicotina que ele consome. É incrível imaginar que com tudo isso que fazemos o grande vilão desse cara, pode ser um câncer de pulmão.

—Vocês não podem enfiar essa pedra do peito da versão mais nova deste aqui, com as mãos nuas – aponta para Damian.

Entrega o pedaço do tecido para Bruce. Conhecendo William, Connor e agora Isis, como posso julga-lo por tentar de tudo para reaver o filho, não faria o mesmo? Acabo de ver um pedaço do peito de John ser retirado dele, só de imaginar que logo aconteceria o mesmo comigo, me faz apertar Isis mais perto de mim. Não julgaria Bruce, eu o ajudaria. Jason respira profundamente em um canto, e dá um passo para frente.

 -Quem vai fazer isso? – não parece gostar. –Não vai ser confortável para qualquer um dê nós, e menos ainda para ele – aponta para Damian no sarcófago.  – Se quiser posso fazer? – era obvio que não queria.

—Não precisa – Damian, o que está vivo, fala indo em direção do caixão pela primeira vez. – Não espero que nenhum de vocês precisem fazer isso.

Levanta a tampa de vidro com dificuldade, Isis se aperta mais ao meu corpo e esconde seu rosto em meu peito. John parece um pouco verde, aquilo era terrível de se ver. Damian levanta a mão para o Batman que lhe entrega o tecido enfeitiçado.

—Desculpe pelos próximos anos –olha para os seus, irmãos? Essa era a melhor maneira de descreve-los.  – Não vou ser o mais fácil de lidar.

—Como se já tivesse sido alguma vez -Isis sussurra só para mim, mas se solta dos meus braços e caminha até Damian parando a um passo de distância. Ela tira uma adaga da sua cintura, e aquilo parece ser o que Damian esperava para começar.

CONNOR

Como eu descreveria aquilo para o resto do time?

Meus instintos estavam todos loucos naquele instante, e ainda preciso manter a concentração com John Constantine praticamente respirando em minha nuca. Mas queria estar ao lado do Grayson que nem sabe quem eu sou, ao mesmo tempo que queria muito que o Batman protestasse e fizesse aquilo por ele mesmo, e por Buda, eu quero mais que tudo que Damian esteja seguro em qualquer lugar que não seja aqui e agora.

Mas o garoto é determinado, ninguém pode negar isso. Ele não hesita no instante em que minha irmã toma a Katoptris nas mãos e assente discretamente para ele. Um golpe certeiro no meio do peito, o cristal tremula e ganha um novo tom azulado. Damian dá um passo para trás e Constantine finalmente sai do meu lado.

—Eu fico com isso – diz pegando o cristal envolto ao trapo encantado.

Bruce se agacha ao lado do cadáver que começava a ganhar cor, como se um balão soprasse dentro dele, todo seu corpo passa a ter volume e um grande par de olhos azuis se abrem. Não existia machucado, Alfred dá passos cambaleantes em direção aos dois.

—Pai? – a voz fraca e infantil sai daquele corpo, seus olhos piscam e se focam em Bruce que abre o primeiro sorriso desde que o conhecemos. -Pai!

Ele se joga sobre o morcego e ninguém na caverna parece respirar. Mas passado o segundo de choque nós vemos que não é um ataque, os dois se abraçavam. Damian parecia realmente uma criança assustada que precisava mais do que tudo dos braços do pai.

—O Grayson... eu sinto muito pai – começa a dizer se afastando com os olhos cheios de lágrimas para encarar o Bruce. – Ele estava desmaiado, minha mãe não... Ele está bem?

—Dick está bem – Bruce responde voltando a abraça-lo. – Você o manteve seguro, é um bom garoto Damian.

Ele sorri e fecha os olhos deitando novamente a cabeça nos ombros do Batman. Olho para nosso Damian, seus olhos estavam focados do outro lado da caverna, presos a um par de olhos cinzas. Tenho a impressão de que aquelas foram as mesmas palavras dele ao voltar a vida, mas ao contrário desse, nosso Dam não tinha nenhum Richard Grayson por perto.

—Alfred! – então ele pula no mordomo, saindo finalmente daquele caixão bizarro.

—Patrão Damian! – Alfred sorri, sério, ele sorri de verdade. Minha boca deve estar aberta agora. Mas o menino percebe que existem mais pessoas, seus olhos passam por todos nós, o rostinho se fechando em frustração. 

—Ele quer o Grayson – Dam diz, quebrando finalmente a espécie de transe em que Dick e ele estavam.

—Aqui, moleque – Dick caminha em direção ao local onde ele estava abraçado ao Alfred, mas até o mordomo parece perder a importância.

Em uma velocidade surpreendente para um até então cadáver, Damian revivido corre de encontro ao irmão. Dick se abaixa para pegá-lo e os dois se apertam um no outro. Tento desviar os olhos, sem sucesso. Aquele era uma espécie de pesadelo pessoal, um tipo de situação que daria a vida para nunca precisar experimentar. Isis parece pensar o mesmo, pois seu olhar chama minha atenção. Ela trava uma breve luta interna, entre ficar onde está e dar apoio ao garoto que ama, ou correr para me abraçar e garantir que nós estávamos aqui, bem e vivos. Balanço a cabeça e indico Damian que voltava a ser parado por Alfred, uma lágrima escorre de seus olhos, mas ela assente e permanece onde está.

—Vamos embora – Oliver diz se virando para mim.

—Posso deixar vocês em Star City – um aperto estranho surge em meu peito, ele sorri e pousa uma mão em meu ombro.

—Lyla mandou um helicóptero da Argus, pediu nossa ajuda em algo aqui por perto – fala e olho novamente para minha irmã, dessa vez a chamando.

Oliver pousa uma mão em meu ombro e outro no de Isis, nos olhando com o mesmo sorriso deslumbrado que nosso pai costuma ter. Os lábios da minha irmã formaram uma espécie de beicinho, em seu esforço para conter o choro, o que faz tanto eu quanto Oliver sorrir. Ele nos abraça, os dois ao mesmo tempo e nenhum de nós faz questão de se afastar.

—De tudo o que pudesse querer na vida, vocês dois com toda certeza são muito melhores do que qualquer coisa que minha imaginação conseguiria criar. Ser o pai de vocês me traria muito orgulho – ele se afasta, as mãos sem deixar nossos ombros e sorri com lágrimas nos olhos. – Somos mesmo parecidos – comenta me observando. – Mas fico feliz por ver que o equivalente em que nos parecemos fisicamente, você tem do caráter e da personalidade de Felicity – sua mão acaricia meu rosto e se afasta.

—Tenho muito do caráter do senhor também – comento e ele parece não conseguir encontrar a própria voz, apenas balança a cabeça e se vira para Isis.

—Você é perfeita – fala com as duas mãos na lateral de seu rosto. – Tudo que sempre quis – morde os lábios tentando não chorar. – Sei que o seu pai faria qualquer coisa por você, só por existir Isis, eu sinto que ganhei o mundo inteiro.

—Sou a prova de que o senhor não foi cabeça dura, nem marrento o bastante para conseguir destruir as coisas com a mamãe? – mesmo chorando ela consegue erguer o queixo e o encarar com o ar petulante que só Isis Queen possui. Ele dá risada, provavelmente percebendo que minha discrição anterior não conteve nenhum exagero e a puxa para um último abraço.

—Na verdade, vocês dois são – confirma, me olhando de novo. – Obrigado por usar meu manto Connor, é a maior honra que poderia desejar ter.

—Claro pai – sorrio de lado e os olhos dele se abrem de surpresa, antes de abrir um sorriso em resposta.

—É melhor o senhor dar um jeito de me fabricar! – Isis reclama, abraçando sua cintura, escuto uma gargalhada atrás de mim.

—Bom, o transporte chegou – John diz, repousando o braço em meus ombros.

—Você é o melhor Arqueiro que já vi em combate – diz antes de me dar um abraço, o que me faz dar risada.

—Isso não chega nem perto de me ofender, Dig – Oliver responde, beijando o alto da cabeça de Isis. John abraça minha irmã e os dois apenas olham na direção de Bruce, e acenam com a cabeça uns para os outros, antes de caminharem em direção a saída da caverna.

DAMIAN

—Acho que é a nossa deixa – me aproximo dos irmãos Queens assim que vejo Oliver e John saindo.

Já havia escutado Alfred descrever em detalhes todos os cuidados com minha dieta que deveria adotar. Ele me abraçou mais algumas vezes e então voltava a descrever a forma correta de manter meus materiais de combate arrumados a perfeição. Sentia falta de todo esse papo de limpeza somado a vida doméstica e combate ao crime. Mas quando alcancei os Queen’s, Connor tinha aquele olhar estranho, como se quisesse me colocar sobre os ombros e sair correndo daqui.

—Pode nos dar um minuto? – a voz sarcástica vem de alguém atrás de mim, Connor e Isis assentem, e caminham para tomar uma certa distância. -Não ia nem mesmo falar com nenhum de nós? – Dick franze o rosto, ladeado por Tim, Jason e Barbara.

—Vocês não estavam exatamente empunhando cartazes de viva Damian a alguns minutos – franzo o nariz, mas eles não parecem se deixar levar por minha arrogância cuidadosamente empregada a cada frase.

—A Arqueira que estava com vocês, ela me odeia, não odeia? – Babs faz a pergunta que menos esperava.

—No meu mundo ela é uma de suas amigas mais próximas, então acho que não – a observo confuso, por que estou respondendo algo assim?

—Ela definitivamente queria arrancar sua cabeça – Jason fala parecendo se divertir. – Conheço aquele olhar, e o que ela fez foi uma saída estratégica para não ceder à vontade.

—Bom, você estava encarando um dos dela, então essa seria a reação esperada – Tim pondera entre os dois e Dick revira os olhos.

—Patéticos – reclama e antes que perceba ele havia me puxado para um abraço. – Obrigado pelo que fez.

—Não tem que agradecer – digo fazendo careta, mas aprendi recentemente com Wally que esse tipo de demonstração de afeto, termina mais rápido se for retribuída.

Então o abraço de volta, Grayson parece tremer. Nos afastamos e ele sorri antes de Babs tomar seu lugar. Jason toca meu ombro e Tim me oferece um punho fechado. Quando penso que havia finalmente acabado com aquelas despedidas estranhas, meu pai aparece atrás deles, segurando a mão do fedelho ex defunto.

O menino para a minha frente, com ar arrogante enquanto me media. Bruce observa aquilo como se fosse seu programa de entretenimento preferido. Encaro o pirralho de volta, e a praga nem se deixa abater. Acho que estou começando a simpatizar com Thalia.

—Você é alto – o moleque diz com um olhar irritante de quem me estuda. – Não parece ser fraco também – franze a boca, uau! que pentelho! – Deve treinar bastante – ergo a sobrancelha para ele, mas a noção não parece fazer parte da criança. – Alguns anos e já vai estar pronto para assumir o lugar do Batman.

—Não, obrigado – corto e vejo que Bruce parece se divertir.

—Aquela garota é sua namorada? – aponta para Isis que estava apoiada no Connor, provavelmente se dobrando de rir.

—Algo assim – respiro fundo buscando paciência do limbo quando ele passa a estuda-la.

—É, parece servir – dá de ombros e acho que minha expressão não foi das melhores, pois Bruce o colocou atrás dele, parando em minha frente.

—Você já foi assim – diz com um quase sorriso no rosto.

—Não tenho tanta certeza – bufo e agora posso até mesmo o escutar rindo, nossa.

—Pega leve Damian – acho que fala para nós dois, pois bagunça o cabelo do menino enquanto olha para mim. – Vai pedir Alfred algo para você comer.

Ele assente, e se solta. Porém ao invés de ir em direção ao mordomo, o ex defunto corre para Isis. Ela se abaixa um pouco, com um sorriso acolhedor no rosto, o menino sussurra algo em seu ouvido antes de correr novamente, agora na direção correta.

—Acho que castigos e talvez surras de chinelo podem ser úteis – digo ao Batman que parece achar a ideia muito engraçada, Sara estaria encolhida em um canto se estivesse aqui ainda.

—Você tem um bom time – diz ignorando minhas preciosas sugestões. – Eu deveria ter feito o que os Arqueiros fizeram no Batwing.

—Seu filho estava em um caixão bizarro de tampa transparente, não vejo como poderia pensar em qualquer coisa – dou de ombros, olhando para um ponto em sua direita, qualquer lugar, menos o sorrisinho orgulhoso em seu rosto.

—Não pensa mesmo em vestir meu manto?

—Para isso temos o Grayson – aponto na direção do Robin original, que havia colocado Damian sobre seus ombros e agora rumava escada acima. – É o legado dele.

—Pelo que vi hoje, é igualmente seu – aperta meu ombro, e agora sou obrigado a olhar para ele. – Sabe que me orgulho de você, acho que qualquer versão minha deixaria isso bem claro.

—Acredito que possa ser verdade – a resposta soa tão confusa que ele volta a dar risada.

—Obrigado pelo que fez hoje, Damian -seu olhar intenso me impede de negar seus agradecimentos, por mais desnecessário que os julgue ser.

—Bom, obrigado pelo cristal – falo sem jeito e ele me puxa para um abraço que me pegou de surpresa, por instinto o abraço de volta. É acho que peguei esse habito ridículo.


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Notas finais do capítulo

Pois é, podem comemorar, Damisis está vivinho e dançando hehehe.
Bom, não esqueçam de contar o que acharam do capítulo para a gente poder conversar um pouquinho!
Bjnhos!!!!



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