Corvo Branco escrita por Costtolinana


Capítulo 10
08. Ano I: É Só o Começo da Aventura


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas.
Eu não morri, na verdade passei por um grande momento de bloqueio criativo.
Nesse meio tempo meu notebook morreu, comprei outro, comecei a trabalhar, terminando a pós-graduação, uma vida de coisas acontecendo.

Uma parte de mim estava com preguiça mas, renovei minhas forças e estou aqui novamente depois de meses deixando essa fanfic sozinha.

Não prometo nada, vou tentar postar mais um capítulo semana que vem, voltar a postar por semana.

Bom, era isso, beijos e até mais.

PS: Não me matem pelo final do capítulo, obrigada.



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Ouvia uma melodia suave se expandir. 

“Olhando acima para o céu vermelho, o vento puxa as nuvens vermelhas

Olhando acima para o crepúsculo do sol vermelho, milhares de sombras marchando em direção a floresta…”

Uma voz suave e infantil ressoava por todo o lugar, enchendo seus ouvidos. 

“O céu está estragado… a chama ardendo o campo de batalha dança junto com o vento…”

Sua curiosidade venceu, o fazendo abrir os olhos e contemplar quem era a pessoa que cantava tão bem uma melodia triste. Uma garota, vestindo um simples vestido branco sujo de tinta, cabelos ondulados até as costas e aparência esguia. Era ela, sua amiga Michelè. Desde a primeira vez que sonhou com ela, aos seus seis anos na sua primeira visita, os dois vinham se encontrando com certa frequência. Ela dizia que os sonhos sempre refletiam alguma realidade de alguém, por isso, nunca poderíamos descartá-los. 

Ela parecia distraída, ainda cantando a bela e triste melodia que ressoava pelo quarto. Às vezes, saiam versos e outras, apenas murmúrios de sua boca. 

“A guerra é batalhada pelas [minhas] proteções

Mas aquela que está ligada ao chão é....”

— Ah, finalmente acordou — disse Michelè com um sorriso gentil, seu rosto sujo de tinta.

— Bom dia — disse se espreguiçando, andou em direção a garota, retribuindo o sorriso, ainda sonolento.

— Sim, bom dia. Espero que tenha descansado bem? 

— Sim, muito bem. O que está pintando desta vez?

— Ah, isso? Apenas uma flor — respondeu voltando seu olhar para o quadro. 

Era repleto de vários tons de vermelho, um céu alaranjado, uma única flor carmesim no meio dele. 

— É um pouco triste — disse Harry após alguns minutos.

— Eu sei. 

— Por isso a melodia? 

— Em partes. Essa flor, meu amigo, é uma bela sobrevivente, que observa de longe homens caindo aos seus pés enquanto ela continua ali, viva. Ela está em meio a uma guerra feita pelos homens e por isso uma bela espectadora de seus destinos.

— Não entendo

— Tudo bem, Harry, não esperava que você entendesse. Pelo menos agora não. 

— E quando então? 

— Na hora certa, eu acredito. 

Era sempre assim, Michelè dizia coisas que somente ela entendia, ou que, segundo ela, ele entenderia mais tarde, quando fosse mais velho. Sempre misteriosa, ainda era sua amiga estimada e Harry apreciava muito suas visitas. 

— Então, ansioso? — perguntou se voltando para o quadro com um pincel na mão, fazendo retoques. 

— Para o quê exatamente?

— Hogwarts, claro! 

Era verdade. Ele iria fazer onze anos em menos de um mês, a idade necessária para ir à Escola da Magia e Bruxaria de Hogwarts. Em Setembro ele iria estar sendo selecionado para uma das quatro casas: Corvinal, Grifinória, Sonserina e Lufa-Lufa. Seria o momento em que ele e sua irmã iriam se separar dos seus pais, sair do conforto da sua casa para desbravar aventuras das quais sua família sempre falava. Eram dias que ele esperava com ansiedade e com receio, pois era o momento em que sairia do ninho, do conforto e segurança de seus pais. Significava crescer, e Harry não sabia se era realmente isso que queria. 

— Não vejo você empolgado — Michelè observava as expressões de seu amigo atentamente.

— Não é isso, eu só realmente… 

— Não se sente preparado?

— Eu sei que é besteira, que isso vai passar, mas eu tenho esse sentimento de que as coisas não serão como eu imagino.

— Bom, se tudo fosse como imaginássemos nada mais seria interessante nesse nosso vasto universo — seu olhar intenso parecia perfurar todo o corpo dele. 

— Tem razão, eu sei disso.

— Sei que se sente aflito, são coisas que vêm e vão, faz parte de crescer, Harry. É uma parte da sua vida que uma hora ou outra teria que passar. 

— Só me preocupo com meus pais, como eles vão ficar, como será com meus amigos em casas diferentes. Eu farei amigos lá? Eu conseguirei aprender bem os feitiços? 

— Suas dúvidas são válidas, meu querido corvo. Creio que serão respondidas ao passar do tempo, quando você ganhar mais confiança em si mesmo e seguir em sua trajetória.

Suspirou profundamente e sorriu, ainda receoso. Sabia que o que ela dizia era verdade e que suas inseguranças faziam de uma parte de si resistente a mudanças. As mudanças eram transformadoras e necessárias, parte da vida de todos os seres. 

— Acho que você tem razão.

— Sabe que eu tenho. Então, tente não se preocupar tanto e, caso precise, sempre estarei aqui, em seus sonhos — respondeu enigmática.

Harry a observou, suas palavras de alguma maneira o acalmavam. Michelè sabia dizer as coisas certas para ele em momentos cruciais, sempre que seu coração tinha alguma dúvida, sempre que se sentia desorientado, ela estava lá para ele. 

Passaram mais um tempo juntos, a garota terminando sua pintura com a ajuda de Harry, que acabou todo sujo de tinta também. Ao acabar, os dois olharam com satisfação para seu trabalho realizado, com grandes sorrisos em seus rostos. 

— Acho que é hora de alguém voltar a dormir — dizia a garota arrumando seus materiais.

— Tem razão — comentou Harry bocejando.

— Eu sempre tenho, pequeno corvo. 

Harry riu e foi em direção à pequena cama no canto do quarto.

— Você não vem? 

— Um minuto.

Michelè terminou de organizar tudo e foi em direção a cama. Deitou ao lado de Harry, os dois se espremendo para ficar confortáveis. Após se acomodarem, um de frente para o outro, se aconchegaram no travesseiro fofo, fechando os olhos e se entregando ao sono. A garota foi a primeira a cair no sono, deixando Harry a encarando por algum tempo antes de finalmente dormir novamente. 

Naquela manhã, em meio ao café da manhã, chegou a carta de Hogwarts. Não conseguia acompanhar a animação da sua família mas, se esforçou um pouco. James era o mais animado, sempre falando das pegadinhas que fazia por toda a escola. Rose ouvia com atenção, como ele tivesse o Sol e a Lua pendurados em seu pescoço. Severus pigarreou em algum momento, chamando atenção da sua família.

— Tenho um anúncio a fazer — disse solene — O diretor Dumbledore me convidou a alguns anos para lecionar em Hogwarts e, visto que vocês estão sendo admitidos, eu resolvi aceitar.

— Então quer dizer que o senhor será nosso professor, pai? — perguntou Rose intrigada. 

— Isso quer dizer que eu não sei se serei seu professor mas sim, estarei dando aulas. 

— O senhor tem certeza disso? Dar aula a um bando de crianças, não achei que isso fosse uma das suas aspirações… 

— E não é. Faço isso apenas por vocês, não quero ficar tanto tempo longe dos meus bebês. 

— E o papai James? Como vai ficar? O senhor sabe que ele sozinho destruiria a casa em poucos dias — disse Harry.

— Ei! Não é para tanto — exclamou James

— Pai, te amamos e por isso dizemos que o senhor sem supervisão é uma arma ambulante. — Rose dizia cortando seu bacon 

— É a mesma coisa com o Tio Almofadinhas, deixar ele sem Tio Aluado é extremamente perigoso. Lembro da vez que Tom disse que quase que ele colocava fogo na casa tentando fazer um bolo. 

— Jamais me esquecerei o que podemos fazer com um pouco de farinha — Rose falava com a boca cheia. 

— Modos à mesa, mocinha. Ele não sabia que farinha era inflamável — James parte em defesa do seu amigo.

— Não se preocupem crianças, seu pai não ficará sozinho. Albus permitiu que ele morasse em Hogsmeade por um tempo, apenas durante o ano letivo. Assim, estarei sempre perto. 

— Não se preocupe, pequenos mestres, Tina vai garantir que nada vai acontecer — a elfa doméstica entrou naquele momento trazendo mais chá para seu mestre Severus, animada como todos os dias. 

O café da manhã voltou a ser tranquilo, com todos discutindo como seriam seus dias na escola, as matérias que iam aprender, como eram os espaços do castelo. A cada fala, Harry ia se sentindo um pouco mais desanimado. Sua conversa com Michelè ainda martelava em sua cabeça, a sua insegurança ainda era forte. Esperava que com o passar dos seus dias na escola, tudo melhorasse. 




***

 

Setembro chegou rápido para toda a família e a ansiedade tomava conta de todos os Potter-Prince. Severus teve de ir na frente para organizar as coisas para suas aulas, deixando para James a tarefa de deixar as crianças em King Cross. Na Plataforma 9 ¾ James sentia-se nostálgico. Em sua mente, passava o momento que se despedia de seus pais, o primeiro momento no trem, o momento que conheceu aqueles que seriam seus amigos de vida. Agora era o momento dos seus filhos terem a experiência. Nunca pensou que um dia estaria ali, como um pai que se despede, como aquele que espera ansioso pelas cartas narrando as aventuras e sensações que seus filhos irão sentir ao habitar o castelo. Hogwarts era simplesmente incrível, sempre tirando o melhor de cada um e ele desejava ardentemente que seus pequenos sentissem o que ele sentiu. 

Sentia um pouco de inveja de Severus, que estaria ali para eles a qualquer momento e saberia em primeira mão os relatos do dia a dia dos seus filhos. Sabia que de certa forma também estaria perto, o povoado de Hogsmeade era ao lado da escola só que mesmo assim não era a mesma coisa. 

Ajudou os dois a colocar seus malões dentro de uma cabine e se despediu pelo maior tempo que conseguiu. Logo a plataforma estava lotada e seria muito complicado estar rodeado de pessoas que fariam um alvoroço se descobrirem que aqueles de fato são os chamados Gêmeos-que-sobreviveram. No Beco Diagonal já havia sido um grande problema desde sua chegada ao Caldeirão Furado e seguindo por todo seu passeio de compras. Por conta da fama, as crianças não saíam muito além da casa dos familiares e lugares mais quietos e exclusivos e por isso, não estavam acostumados com a fama que tinham. 

Quando o trem partiu, James sentiu um aperto no peito, seus filhos não são mais bebês. O que o confortava era que ainda dependiam dele, não estava pronto ainda para a separação total dos amores da sua vida. Era uma pena que seu marido não pudesse estar ali com ele. 

Os gêmeos ficaram fechados em sua cabine, colocando apenas um desenho de um corvo branco na porta para que seus amigos pudessem identificá-los e os achar sem grandes problemas. El encontrou um lugar confortável para dormir enquanto Eros repousava nos cabelos revoltos e vermelhos de Rose. Logo um Neville tranquilo passou pela porta seguido por um Draco irritado. Tom foi o último a chegar, trazendo consigo um livro em suas mãos. 

— O que aconteceu? — perguntou Rose, seus olhos fixos em Draco.

— Ronald Weasley aconteceu — respondeu com um grande bico em seus lábios — Ele é irritante.

— Só porque ele disse que seria o melhor amigo dos gêmeos quando os conhecesse? — perguntou Neville meio risonho.

— É um ultraje. Ele disse que um Malfoy nunca será amigo de ninguém de verdade. Como ele pode? Ele por acaso me conhece? — perguntava Draco alterado.  

— O que ele disse exatamente? — perguntou Harry.

— Bom, ele disse que Draco era mimado demais para ser amigo de alguém e que nunca chegaria perto de você e de Rose por não ter qualificação o bastante — Neville ainda sorria para seus amigos, achando graça da face irritada do seu amigo.

— Como ele ousa? Eu, um legítimo Malfoy, não ser digno? 

— É sério que de tudo que ele disse, isso te incomodou? — Tom tirou os olhos do seu livro, uma sobrancelha levantada em questionamento. 

— Entenda uma coisa Lupin-Black, Malfoys sempre serão dignos — disse Draco solene. 

— Não gostei muito desse garoto — disse Harry — Como ele é?

— Cabelos ruivos, nariz meio torto, rosto cheio de sardas, alto, com roupas extremamente caras e postura rígida. 

— Já sabemos de quem fugir — Rose disse. 

— Weasley, já ouvi esse nome antes… 

— Claro que sim, eles são bem importantes dentro do Ministério. São ovacionados por sempre ajudarem a caridade e todos sempre são bem vistos por todos. São tão ricos quanto os Malfoy até mesmo quanto os Black — Draco respondeu, ainda indignado.

— Mamãe é amiga da Sra.Weasley, elas juntas abriram aquele orfanato para jovens bruxos. Ela é simpática, sempre me manda doces — Neville disse para seus amigos.

— Pelo visto seus filhos não seguem o mesmo exemplo — Draco remungou.

— Ao menos um deles — Tom disse com seus olhos ainda no livro.

— Eles têm sete, segundo meu pai — Neville falou.

— Espero que os outros sejam legais — Rose murmurou

— Sei que eles tem gêmeos também — Neville disse.

— Vai ser divertido conhecê-los — Harry sorriu, imaginando conhecer mais um par assim como ele e sua irmã. 

A viagem foi tranquila, cada um se mantendo ocupado com alguma coisa. Tom lia o seu livro, Neville conversava alegre com Rose sobre as casas e sobre a escola, enquanto Harry e Draco jogavam snaps explosivos. Corvus, que estava no seu terceiro ano na Grifinória, passou rapidamente pela cabine, apenas para cumprimentá-los, voltando para seus amigos logo depois. 

Perto da chegada, colocaram seus uniformes e esperaram ansiosos. Logo o trem foi parando, mostrando que haviam chegado ao seu destino. 

— Primeiro ano, primeiro ano, aqui comigo — gritou um homem enorme, carregando um lampião, agitava os braços. 

Ele era grande, forte, com uma grande barba cobrindo seu rosto. Usava um grande casaco de pele que cobria seu corpo inteiro. Ele possuía um cheiro forte, parecia algo alcoólico. Perto dele, vários pequenos barcos encostados na margem do lago, cada um com uma lamparina. 

— Quatro por barco, cuidado para não cair na água — sua voz era estrondosa, ecoando por todo o lugar. 

Os quatro amigos escolheram um dos pequenos botes e subiram, acomodando-se o melhor que puderam. Quando todos os alunos estavam sentados, os barcos começaram a navegar pelo lago sozinhos, puxados por magia.

— Se alguém cair não se preocupe, a Lula Gigante vai trazer você de volta são e salvo — o grande homem esbravejava com humor.

Lula Gigante? O que de mais perigoso havia em Hogwarts? Suas perguntas foram esquecidas quando viram aquela visão, o castelo. A grande construção cheia de torres era esplêndida, não havia nada igual. As crianças suspiravam estupefatas com tamanha magnitude, era ali que eles passariam boa parte dos próximos sete anos de suas vidas. A magia era palpável, podia-se sentir pelos poros, como uma espécie de magnetismo que os puxava em direção ao grande castelo. Uma sensação incrível que era maior do que seus pais disseram para eles. Nada se comparava ao que sentiam naquele momento, era lindo. 

Ao chegar na margem, estavam ainda encantados com toda a magia do lugar, como se o prédio cantasse. Poucos segundos depois, uma mulher, uma senhora, apareceu no pé das escadas. Usava um coque apertado e roupas compostas, uma túnica vinho marcante. Seu rosto possuía uma expressão severa, mostrando que não se podia deixar aquela mulher irritada. 

— Boa noite a todos, sejam bem vindos a Hogwarts. — começou a mulher — Eu me chamo Minerva McGonagall e sou vice diretora e professora de transfiguração. Aqui será sua casa nos próximos anos, então espero que se sintam confortáveis. Vocês serão divididos em quatro casas: Grifinória, Corvinal, Lufa-Lufa e Sonserina. A casa será seu lar durante seus anos aqui e vocês ganharão ou perderão pontos de acordo com seu comportamento. Atitudes boas serão recompensadas enquanto travessuras serão punidas — disse de um modo imponente, mostrando certa superioridade — Venham, me acompanhe para a seleção, todos estão esperando por vocês — começou a caminhar além das escadas. 

Os alunos do primeiro ano correram para acompanhar a severa senhora pelos corredores. Passaram por vários quadros e armaduras até chegarem em uma porta dupla com vários entalhes. 

— Me esperem aqui, volto para buscar vocês — disse Minerva e entrou no grande salão. 

As crianças começaram a sentir certa ansiedade. Muitos sussurravam sobre como seria a seleção, até mesmo cogitaram ter de enfrentar um Trasgo para ser selecionado. Harry achava graça em cada teoria que seus futuros colegas lançavam. Até mesmo Rose e Draco entraram na brincadeira, mesmo sabendo como seria a seleção, os dois aumentavam as fofocas entre os outros alunos. Tom apenas sorria para a travessura dos dois, disfarçando para não ser percebido pelos demais. As portas do grande salão abriram, revelando todos os outros alunos sentados em suas mesas. O céu era repleto de estrelas e a decoração do lugar era opulenta. Harry ouviu alguém falando sobre o céu visto no teto era um feitiço, que isso estava descrito em Hogwarts: Uma História. As quatro grandes mesas das quatro casas estavam cheias de alunos esperando o início do banquete, que aconteceria depois dos alunos serem selecionados. Em frente, havia uma outra grande mesa com todos os professores e o diretor da escola, Albus Dumbledore. Os gêmeos viram seu pai dar uma pequena piscadela para eles, um sorriso mal disfarçado no rosto. 

Em frente a mesa dos professores havia um banquinho com um velho chapéu em cima. Assim que todos pararam na sua frente, ele ganhou vida e começou a cantar uma canção que Harry resolveu não prestar tanta atenção. Seus olhos estavam mais interessados na arquitetura do lugar. Era como uma espécie de coceira, uma nostalgia, como se ele já tivesse estado naquele lugar, como se já tivesse vivido aquilo. Seus olhos passeavam por todos os lados, querendo de algum modo decorar cada detalhe daquele lugar. Era uma sensação estranha, como voltar para casa. 

Assim que o chapéu parou de cantar, a professora McGonagall começou a chamar nomes para serem selecionados pelo chapéu. A casa escolhida aplaudia, feliz pelo novo companheiro de casa que acabou de ganhar. Ao chamar o nome dos seus amigos, Harry se sentia ansioso e temeroso. Todos sabiam que seriam separados quando chegassem na escola e por isso, prometeram na cabine do trem que sempre estariam juntos, independente de onde acabassem caindo.   

A seleção se encaminhou tranquilamente e a fila de espera estava cada vez menor. Tom e Draco haviam sido selecionados para a Sonserina, Neville e Rose acabaram juntos na Grifinória. 

— Harry Potter-Prince — a professora chamou seu nome. 

Todos ficaram calados do mesmo modo de quando chamaram sua irmã. Ele pode perceber uma certa onda de ansiedade vinda da mesa vermelha e dourada, esperando conseguir o outro gêmeo famoso. As respirações estavam suspensas, na espera da escolha do chapéu seletor. 

Sentou no banquinho e sentiu o peso do chapéu em sua cabeça. A voz rouca e forte ressoou em sua mente. 

— Bem, o que vemos aqui? Um pequeno sonhador? — disse o chapéu com tom animado — Vejo uma mente astuta, um garoto corajoso, protetor. Também vejo uma pessoa comedida apesar da idade, que prefere o mundo das palavras ao mundo real, mas, não se ilude sobre isso. O mundo do concreto é onde as coisas realmente acontecem, mesmo que o mundo da fantasia seja mais charmoso. Não é difícil selecionar você, mesmo que tenha qualidades das outras coisas, aquela ao qual você pertence é…





 

 

  




 

 


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Notas finais do capítulo

Então é isso, espero poder postar semana que vem.

Abraços



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