Depois de Você escrita por HR
Bonnie estava iniciando seu feitiço de localização, enquanto Elena, Caroline e Lily auxiliavam-na com o que precisasse para agilizar o processo.
Stefan pega a chave do seu carro e Damon pega as suas, determinados a circularem pela cidade atrás dela, esperando que tivessem sucesso com isso. Mas assim que Damon abre a porta para sair, dá de cara com um rapaz prestes a tocar a campainha da casa e visivelmente surpreso ao esbarrar com os dois.
—Eu ia mesmo…
—Quem é você? - Damon diz num tom grosseiro franzindo a testa, confuso com aquele garoto em frente a sua porta.
—Meu nome é Kevin… Você é o pai da Luna, com quem eu conversei pelo telefone, não é? A Luna está?
Nesse momento Damon o analisa de cima a baixo, fazendo uma lista mental de tudo o que via, imaginando milhares de coisas ao juntar as peças entre Luna e Kevin e isso não o deixava muito à vontade. Por isso, Elena é quem dispara em direção à porta, surpresa e curiosa para recepcioná-lo da melhor maneira.
—Você é o Kevin? - Ela sorri abertamente e sutilmente empurra Damon para que ele pudesse passar - Por favor, entre. Luna não está, mas precisamos da sua ajuda.
—Você poderia ser mais discreto. - Stefan murmura ao irmão, dando-lhe uma cotovelada sutil ao vê-lo com uma expressão de repulsa.
—Eu não gostei dele. - Damon apenas diz, seguindo o rapaz com os olhos.
—Não gostou dele ou não gostou de perceber que sua filha pode estar se envolvendo com alguém? - Stefan o provoca, recebendo apenas um olhar fuzilante como resposta.
—Quer tomar algo? Por favor, fique à vontade. - Elena oferece-o, mas ele se recusa educadamente, um pouco constrangido com toda aquela atenção.
—Não, obrigado, eu só… Só queria ver se ela estava em casa, porque… - ele começa a falar e vê Damon encarando-o de braços cruzados, julgando cada palavra que saía da sua boca e isso o intimidou para continuar a falar - … nós íamos nos ver.
—Ela teve um dia meio complicado e… - Caroline começa a falar, lançando discretamente um olhar de repreensão a Damon antes de voltar-se ao rapaz novamente - Ela acabou fugindo de casa. E pelo visto não quer ser encontrada porque deixou o celular, mas…. talvez você saiba onde ela poderia ter ido. Ela comentou alguma coisa, ou algum lugar específico…?
—Vocês marcaram onde? - Elena pergunta interessada, tentando ajudar a solucionar o problema. - Talvez ela só se atrasou, mas está lá esperando você… não?
—Ele não vai se sentir confortável em ajudar se continuar com essa cara. - Bonnie murmura a Damon, que apenas a ignora.
—Ela está tendo dificuldades com o vampirismo e a magia, não é? - Ele de repente solta, surpreendendo a todos.
—Como…? - Elena franze a testa, confusa.
—Eu a vi no dia da festa, com o sangue e o corpo,... ela parecia assustada. E bom, essa cidade tem um vasto histórico de sobrenaturais e eu não tenho problema nenhum com isso porque a verbena corre no meu sangue, mas eu fiquei preocupado com o fato dela não estar conseguindo lidar com a transição. E eu quero ajudá-la com isso.
—Eu gostei dele. - Stefan provoca o irmão.
—Talvez eu me arrependa de perguntar isso, mas por que quer ajudá-la? - Damon o desafia, mas por dentro estava prestes a surtar caso sua resposta fosse a que esperava.
—Porque eu gosto muito dela. - Ele responde, e ainda complementa - Acho que estou apaixonado, na verdade.
—Que fofo! - Caroline deixa escapar durante o silêncio da tensão que pairava ali, fazendo Bonnie e Elena se entreolharem.
Elena já esperava por essa resposta, depois de juntar todas as peças soltas e por isso, quebrou o clima estranho acolhendo-o com palavras de incentivo e até fazendo-o rir para descontrair de momento e perceber que não estava de fato correndo risco de vida depois de ter se exposto daquela forma. Na verdade, por dentro, Damon ainda estava cogitando essa ideia.
Seu corpo pesava e sua respiração estava lenta, o que a deixava com uma leve tontura a medida que ia abrindo os olhos e erguendo sua cabeça para enxergar onde estava. Era uma sala de estar com pouquíssimos móveis e uma grande mesa de jantar bem a sua frente, de madeira maciça e levemente empoeirada. Havia uma bolsa de sangue em cima de seu prato e ao sentir seu impulso em devorá-la, percebe que suas mãos e pernas estavam amarrados e algo queimava a sua pele.
—Olha quem acordou! - Julian comemora, apoiando-se na mesa próximo a ela, com um sorriso debochado - Desculpe pela verbena nas cordas, mas é a única forma de garantir que você não incendeie tudo aqui.
—O que você quer? Quem é você? - Luna o olha com repulsa e depois para a bolsa de sangue à sua frente.
—Cadê o meu cavalheirismo? - Ele encena teatralmente - Talvez já ouviu falar de mim, mas me chamo Julian e fui eu quem criou você.
—O quê?! - Luna franze a testa, confusa, curiosa para ouvir o que tinha a dizer.
—Não te contaram a sua história? Que triste…
Ele tira uma pedra do seu bolso e ela era extremamente linda. Parecia de vidro com uma aparência mística, como se houvesse uma névoa que se movia dentro dela, o que chamou a atenção de Luna. Ele mostra a pedra para ela e usa agora seu tom mais sério para contar a história.
—Essa pedra contém magia. Mas não uma quantidade de magia qualquer e sim uma exorbitante quantia, o suficiente para inclusive… gerar uma vida. - Ele dá de ombros como se não fosse nada - Eu arrisquei na época a fazer um feitiço extremamente difícil em Kate para que ela gerasse uma herege. Assim, eu teria novamente como criar meu exército. Ou seja, como Kate era uma bruxa poderosa e depois ela se tornou vampira, deu certo!
—Espera. - Luna tenta absorver aquelas informações com dificuldade - Então… Damon não é meu pai e Kate...?
—Na verdade ele é, porque a magia absorve material genético, justamente para que possa se criar um ser humano, ou melhor, um ser. - Ele se ajeita e deixa a pedra sob a mesa diante dela. - E deu certo.
—E o que vai fazer com essa pedra agora? - Ela pergunta receosa, mas recebe apenas um olhar maligno como resposta.
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