Sins of Hope escrita por DGX


Capítulo 37
Uma Noite Preguiçosa




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Opening

Depois de falarem com o gigante, os membros do Delito deram uma enorme festa para comemorarem a chegada de Gwyn ao grupo e a descoberta de onde Lilian estava. A festa no Delito durou o que parecia ser a noite inteira. Takashi já estava dormindo em cima de uma mesa depois de ter desmaiado ao tomar seu oitavo barril de cerveja, Gwyn foi direto para a cama no quarto de Skanfy (os outros conseguiram uma segunda cama para ele) quando já tinha bebido sua cota, a princesa estava cochilando num banco enquanto abraçava Ryon, e Nier, com a cabeça deitada sobre uma mesa, sem ninguém sabendo se ele estava dormindo ou não, afinal ele nunca pegava no sono.

Somente Asura e Skanfy estavam acordados. Skanfy não bebeu álcool aquela noite, e Asura, que já estava bastante bêbado, mas tinha uma resistência maior comparada aos outros com álcool, então, estava ainda acordado, mas perto de dormir.

—Acabei de pensar em uma coisa. — Asura diz antes de derrubar a sua caneca fazendo com que ela se espatifasse no chão. — Nós temos bastantes coisas em comum. Por exemplo, nós dois temos relação com a lua. Bom, eu tenho mais com a noite, mas os dois andam juntos, né? Então eu acho que dá na mesma. — O vampiro diz descontraído. A bebida ainda estava fazendo efeito nele.                                                                                                                                

—Ne me dites pas. — A fada diz sarcasticamente, ela havia ficado irritada pelos copos quebrados. — D'une certaine manière, até que faz sentido, mas não é tão simples assim. La lune não é só algo que mostra que a noite chegou, ela significa muito mais. Au moins pour moi. — ela responde.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                   

—Você é uma Lunae, certo? Pelo o que eu ouvi falar, o seu clã não quer nem escutar o seu nome. Mas eu ainda não entendo muito bem o motivo. Por que o seu povo está tão bravo assim com você? — Asura pergunta. Mas ele ainda não sabia que esse questionamento faria Skanfy se sentir tão mal.  

 -Olha, eu prefiro não falar muito sobre isso. Mas posso te dizer que eu fiz algo pelo qual nunca irei me perdoar. — A fada respondeu de forma melancólica. Várias imagens das coisas horríveis que ela viu passaram por sua cabeça, junto com todos os xingamentos e afrontas que escutou. Sem perceber, uma lágrima percorreu todo o caminho de seu rosto até cair do seu queixo. Ela a limpou rapidamente e tentou se recompor .                                                 

—Bom, tente não se cobrar tanto. Você é uma pessoa tão gentil... é difícil acreditar que tenha feito algo tão ruim assim. — O vampiro diz tentando consolar a fada colocando sua mão por cima da mão da mesma, que lhe dá um pequeno sorriso.                                                                                 

Ce n'est pas si facile, mais... merci, Por pensar dessa forma. Perder pessoas que amamos c’est horrible. Vous comprenez, non? — ela diz em um tom triste.                                                                                                                                       

—Entendo sim, eu perdi toda a minha família e amigos por causa de um desgraçado que chegou do nada. Não tive tempo nem de reagir... - o platinado responde um pouco cabisbaixo, mas logo olha para Skanfy, que estava olhando para ele com uma certa compreensão.                                                                                                                                       

—Je sinto muito. — A fada responde, colocando a mão no ombro do companheiro.                                                                                                                                     

—Mas como disse, é melhor não falarmos muito sobre isso. Quando você  estiver mais confiante para falar,  eu irei estar aqui para te ouvir.                                                                                                                                                                           

—Merci, de verdade, mais je ne pense que isso não vai acontecer tão rápido. — O pecado da preguiça comenta.                                                                        

—Voce não confia em mim? — o vampiro diz um pouco apreensivo.                                                                           

—Quelle? Non, não tem nada haver. Eu só não gosto de falar desse assunto. Bom, vamos parar então. — Skanfy diz.                                    

—Tudo bem. Só quero que voce se sinta bem. Afinal, eu gosto muito da sua companhia. - Asura diz gentilmente. A fada se pergunta se é apenas um efeito da bebida ou se é algo à mais, mas em qualquer uma das situações, ela gostou bastante do que ouviu.                                                                       

—Je dis la même chose. Que tal irmos checar se não tem algum bêbado caído lá dentro? Do jeito que vocês  beberam, je ne doute de nada. — ela responde mudando de assunto. O vampiro apenas concorda e a segue para o bar.                                                            

—Certo, vamos. Mas se nós demorarmos muito vou ser eu quem vai cair no chão. O sono está batendo na porta...                 

—Pourquoi je ne suis pas surpris? Vamos logo então. Je ne quero ter que carregar você. Eu também tenho sono, poxa. — ela responde um pouco risonha.                                                                                                                                         

Assim, eles entram no Delito e verificam tudo. Alguns minutinhos depois, Asura já estava deitado na mesa em um sono profundo. Skanfy chega um pouco mais perto do amigo.

Ah, ele até que é bonitinho... A fada pensa. Talvez Asura não fosse tão idiota quanto ela tinha pensado antes. Ele é bem atencioso. J'aime les caras que não pensem só neles mesmos... espera, je ne peux pas estar tendo uma queda por ele. Ou posso? Eh bien, ce ne serait pas si mal…

O pecado da preguiça chega bem perto do vampiro e afasta uma mecha que cobria seus olhos. Sem perceber, ela sorri enquanto observa Asura dormir, e sorri mais ainda antes de se curvar e depositar um beijinho de boa noite na testa do garoto.                                                                                                                                              

—E essa carinha de apaixonada ai, hein? — Nier diz ainda sentado na mesa. Skanfy se assusta e se afasta rapidamente do amigo. O moreno solta uma risada, fazendo a fada ficar corada. — Relaxa, não conto pra ninguém. Mas você vai ter que me fazer uma coisa bem gostosa no café da manhã... — Ele diz. Skanfy tinha ficado tão em choque que apenas acenou com a cabeça, ela estava estática, mas logo se direcionou para o seu quarto, pensando que se seu capitão ficasse de boca fechada, Asura nunca saberia do que ela havia feito naquela noite.

Já no outro dia de manha, na Capital, a Psychomachia se reunia possivelmente pela última vez para mandar inimigos atrás da Saligia.

—Já que eles irão atrás de Lilian, vamos mandar nosso gigantes com sangue de demônio. — Zengate falou, fazendo Kyara suar frio.

—Mas temos um problema quanto a isso, ele sumiu. – Glenn o respondeu.

—Como vocês perdem um gigante? – Franziu o cenho. – Não é um gato ou um cachorro, é um gigante!

—O que você fez, Kyara? – Vincent chamou a atenção da mulher, que soltou um gritinho. – Você está pálida, suando e seu olhar está fixo.

—Eu… mandei o gigante quando eles foram atrás de Gwyndolin… 

Zengate respirou fundo. Deveria esperar que fizessem algo assim. Afinal, erros acontecem, e não adiantava chorar pelo leite derramado.

—Bem, parece que nossos amiguinhos pecadores terão uma cidade descanso… Espero que se divirtam bastante antes de os esmagarmos, Saligia.


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