Sins of Hope escrita por DGX


Capítulo 36
Gigantes




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Opening

—Humpf, je n’ai precisei fazer nada dessa vez, Camille. – Fala Skanfy com um sorriso confiante e aliviado no rosto.

—Por quê? O que houve? – Questiona a princesa.

—Os meninos conseguiram fazer tudo. Et com uma ajudinha extra, o Gwyn est arrivé. – Explica.

—Sir G-Gwyndolin? – Fala surpresa. – Ele não estava preso?

—Oui. Deve ter saído da prisão. – Diz dando de ombros.

—Como assim? – Indaga a princesa.

—Nós não conseguiríamos ser presos por longtemps. Sommes bien plus forts que leurs gardes e os selos deles. – Fala desativando seu Arc Perfide.

—Então... por que ele estava preso? – Questiona confusa.

—Je sais pas, ele é pirado. – Diz saindo do seu ninho de atiradora. – Vamos descer? Il est temps de saluer le nouveau membre de votre équipe. – Fala tomando a frente

As duas descem as escadas e esperam na porta os garotos chegarem, com o seu novo companheiro.

—Acha que eu estou bem pra vê-lo? – Pergunta preocupada com seu estado, e arrumando sua saia amarrotada.

—Você sempre está, arrête ça. – Diz Skanfy bagunçando os cabelos da princesa, que logo ajeita. – Lá vem eles. – Aponta para os quatro andando na estrada.

Os quatro começam a se aproximar do bar, conversando. Quando chegam, Nier dá um passo à frente e fala:

—Camille, esse é Gwyndolin, o Pecado da Luxúria. Gwyndolin, essa é Camille, a princesa do Reino. – Ele os apresenta.

—Encantado, Princesa Camille. – Gwyndolin se ajoelha para a princesa, que fica sem reação, como sempre.

—O prazer é meu, Sir Gwyndolin. Espero que possa me ajudar a retomar o Reino dos Cavaleiros Sagrados... – Pede gentilmente.

—Com absoluta certeza, princesa. – Responde se levantando, com um sorriso suave no rosto.

—Ok, ok, vamos entrar. Cansei de tantas apresentações. Como você aguentou tantas, Capita? – Pergunta Takashi passando pela porta do Delito.

Nier dá de ombros para Takashi, e entra com todos no bar. Quando vê que todos estão reunidos, ele se levanta e vai até uma mesa, e sobe nela para falar. Quando todos prestam atenção nele, ele se pronuncia.

—Então, só faltam dois. Krioni e Lilian. E não temos ideia de onde eles possam estar. Ouviram rumores? Gigantes não são fáceis de se esconder...

—Não, nada. – Takashi fala após um gole em sua cerveja.

—Nope. – Asura falando após comer um pedaço da torta da Skanfy.

—Rien non. – Fala a fada tomando seu chá verde.

—Eu estava na prisão até algumas horas atrás. – Fala o Pecado da Luxúria coçando a cabeça.

—Também não ouvi nada... – Fala Camille com um sorriso amarelo.

Nier sente uma vontade de esmurrar cada um deles, mas logo passa. Ele vê um pompom flamejante andando por debaixo da mesa e se vira para ele.

—E você, Ryon? – Pergunta olhando para o gato.

—Por que não atrás do outro gigante? – Ele sobe na mesa em um pulo magistral, fazendo os bípedes virarem a cabeça, em confusão. – Tinha um outro junto com esse que vocês mataram, então talvez ele saiba de algo. Vi ele correr pro bosque aqui perto. – Ele aponta com sua patinha.

—Tu es un génie, Ryon! – Skanfy abraça o gato, e Nier volta a falar.

—Então... – Diz Nier descendo de cima da mesa. – Eu vou falar com ele. 

—Eu também! Vejam a lua como brilha hoje. A última vez que pude beber sangue de gigante foi quando apostei com Lilian... – Fala Asura lembrando do seu tempo no passado.

—E-E eu também. – Surpreendentemente fala Camille. – Por favor, me deixem sair com vocês dessa vez... é frustrante ficar sempre no bar, e nunca ver o que fazem... às vezes, parecem que não me veem como uma companheira...

Nier a encara e pondera sobre o que ouviu, e pensa se vale a pena levar Camille. Realmente não queria que ela saísse do bar de novo depois do que aconteceu com Zugmon, mas sentia que seria muito julgado se fizesse isso. Quando ele se decide sobre o que fazer, fala:

—Tudo bem. – Para a surpresa de todos e a alegria de Camille. – Mas ande do meu lado o tempo inteiro, e não solte minha mão. E você, Skanfy, vai ficar no teto do bar. É melhor pegar um cobertor, vai continuar no suporte.

—Quel ennui... – Fala a fada revirando os olhos. – Mais d'accord. Também me culparia se algo acontecesse com Camille.

—Ótimo! Obrigado, Sir Nier! Eu vou colocar um casaco e uma calça, me esperem!

Quando Camille volta, ela parte junto de Nier e Asura para o bosque.

À noite, o bosque parecia estar assombrado. As árvores pareciam maiores e sombrias, e seus galhos pareciam se transformar em garras afiadas. Camille talvez já teria fugido, se o Nier não estivesse ao seu lado, segurando a sua mão.

—E-Então... – Falou Camille. – Como são os gigantes?

—Eles são bem altos. – Respondeu Asura, fazendo Camille semicerrar os olhos em desprezo. 

Odiava que achassem que ela era burra ou estúpida. Ingênua sim, mas idiota? Isso não. Ela apertou a mão de Nier com força e retrucou.

—E vampiros bebem sangue? – Perguntou sarcasticamente, fazendo Nier engolir uma risada.

—Exatamente. – Respondeu Asura sem notar que Camille estava o zoando. – Os gigantes chegam a ter quase 10 metros de altura, muitos sendo músculos e arrogantes pela sua força e seu tamanho, além serem capazes de controlar a terra como quiserem. – Explica mais detalhadamente sobre o comportamento deles. – Geralmente, dois ou três gigantes mais fortes tem uma força equivalente a um dos membros da Saligia.

—Verdade. – Comentou Nier. – No passado, enfrentamos um bando de gigantes que estava atacando o reino. Gwyn e Krioni estavam em um outras missões, e Skanfy e Takashi foram derrotados rapidamente. Eram muitos deles, então tive que lutar na defensiva protegendo dois caídos.

—Essa não! – Camille exclamou assustada – Mas como vocês venceram?

—Por sorte, já era meia-noite. É nessa hora que os meus verdadeiros poderes se manifestam. A minha Midnight tem um ápice à meia noite, a Hunger for Power. Eu acabei com eles rapidinho. – Asura falou estufando o peito.

—Sim, sem falar que a Lilian era mais forte que os gigantes que estávamos enfrentando. Ela é o que chamam de “talento nato”. – Fala o capitão da Saligia lembrando das habilidades de sua companheira. – Olha, chegamos! – Ele aponta para a frente, em direção ao seu destino.

No fim da trilha, eles percebem uma caverna enorme e escura, e na frente dela, havia uma enorme fogueira, onde estava sentado um gigante, um homem colossal, com uma enorme barba castanha e lisa e músculos torneados. Ele estava assando três javalis enormes num espeto, que era na realidade um pedaço de tronco.

—Quem vem lá? – Gritou o gigante.

—Apenas um grupo de viajantes, procurando por aventuras e problemas. – Respondeu Asura tomando a frente.

—Pois parece que conseguiram encontrar mais problemas do que aventuras. – Fala o gigante se levantando. – Por que vieram aqui, interrompendo minha janta?

—Estamos procurando por uma garota gigante, o nome dela é Lilian, ela é bem bonita e bem forte. – Falou a descrevendo. – E é conhecida por ser membra da Saligia. Alguma ideia? – Falou se aproximando do gigante.

—Posso até saber. – Falou o gigante se fazendo de difícil. – Mas por que acha que eu vou simplesmente dedurar a minha companheira para vocês? – Falou olhando com desprezo para os três.

—Pra começo de conversa, ela é nossa companheira. – Retrucou Asura. – Qual seu preço?

—Lute comigo! – O gigante estalou os dedos de mão fechada, pressionando-os contra a palma da outra mão, se preparando para lutar. Se ela era companheira deles, eles eram a ordem lendária dos Cavaleiros Condenados, a Saligia. – Faz tempo que não encontro alguém tão forte para lutar, e você parece ser bem forte! Um mano-a-mano, sem armas, se me derrotar eu te conto o que sei da garota! O que me diz?

Asura pegou a adaga do seu cinto e soltou ela no chão, e se preparou também para o combate.

—Parece um bom negócio. Você começa. – Respondeu o vampiro confiante.

O gigante soltou seu punho enorme em cima de Asura. Se fosse de dia, Asura não teria aguentado a força do gigante. Mas era noite, e seu Midnight o faz ficar a cada segundo mais poderoso, até o horário da meia-noite, quando chega ao seu ápice. Ele segurou facilmente o punho do gigante, o empurrou para trás, Asura saltou em sua direção e o derrotou com um soco, criando uma pequena onda de choque na sua bochecha.

—Venci. – Fala o vampiro vitorioso. – Agora, você conta tudo o que sabe.

Ele desmediu sua força e acabou desmaiando o seu oponente. O gigante levou uns minutos até acordar do nocaute. Quando acordou, cumpriu seu trato.

—Bom, eu encontrei com Lilian faz algum tempo. – Fala se lembrando de seu encontro. – Ela estava viajando o país, procurando por algo para fazer ou se reencontrar com seus antigos amigos... Ela falou que iria para alguma cidade portuária humana. – Completou coçando sua barba.

—Só pode ser, né capitãozinho?

—Sim, a cidade portuária, Lestalum!


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