Uma bonança.

Como quando o tempo está calmo, o vento suave e o mar tranquilo - sem ondas, onde as nuvens do céu se refletem nitidamente no espelho molhado do mar - era assim que a presença de Takeshi poderia ser descrita.

Tão leve e tranquila que anulava qualquer animosidade ao seu redor, sua mera presença tinha esse efeito nas pessoas.

E assim como o mar, Takeshi guardava seus próprios momentos revoltos, onde poderia se tornar uma pessoa completamente diferente daquela que mostrava em seu dia a dia. Esses eram eventos raros, reservados para pessoas que poderiam ser consideradas azaradas, já que nesses momentos, a calmaria de Takeshi era acompanhada por uma frieza calculista que o deixavam assustador.

Ele era um espadachim de respeito afinal.

E seus talentos iam largamente de um ótimo rebatedor no basebol, a um estudante pouco brilhante que conseguia suas melhores notas na base da sorte.

— Você preencheu errado de novo, Yamamoto.

Logo, qualquer trabalho que exigisse um pouco de raciocínio lógico delatava seu ponto fraco.

— Eu não me dou bem com protocolos, Gokudera.

— Deixe de ser idiota! São relatórios de missão, eles são necessários e precisam ser preenchidos corretamente!

— Então você me ajuda? Já que dessa vez você foi comigo.

Algumas folhas de papel foram enroladas minuciosamente até formarem um cone, para atingirem a cabeça de Takeshi.

— Pensou nisso enquanto escrevia esse monte de baboseira?

— Claro que sim!

— Você não é tão idiota quanto parece, Yamamoto.

E ele realmente não era.

Takeshi era só muito esperto.