Minha vida antes de te conhecer escrita por Gigelle ruiva
— Eu sei que não gosta de se vestir assim. - falou Hiroko na frente de Yuuri tentando acalmá-lo.
— Ninguém gosta de se vestir assim mãe. - falou Yuuri indo em direção ao espelho.
— Serviu muito bem em você quando patinava, sabia? - falou Hiroko pegando um pouco de gel para passar no cabelo de Yuuri.
— Já faz quase 3 anos mãe. - reclamou Yuuri indignado.
Yuuri estava usando um terno que tinha usado no último banquete de GP que tinha participado como patinador, estava meio apertado mais ainda servia para a entrevista.
— A moda se transforma querido. - falou Hiroko ao lado de Yuuri tentando agitar o cabelo dele. - mas elegância é sempre elegância. - disse colocando a mão no ombro do filho. - Terminei. - completou quando terminou de colocar o cabelo do mesmo todo para trás.
— Tá bom. - falou Yuuri ao se olhar no espelho. - obrigado mãe. - disse dando um beijo na testa da mesma.
— De nada meu filho. - falou Hiroko sorrindo para Yuuri.
— Me deseje sorte. - falou Yuuri pegando sua bolsa e indo em direção à porta.
— Ohh Yuuri, tenho certeza que vai dar tudo certo, não se preocupe muito. - falou Hiroko tentando motivar Yuuri nem que seja um pouquinho.
— Tchau mãe. - falou Yuuri abrindo a porta para sair.
— Tchau filho e boa sorte. - falou Hiroko na frente de Yuuri ajeitando um fio de cabelo que saiu do lugar.
— Vou precisar. - sussurrou Yuuri para si mesmo.
Yuuri saiu de casa foi para um ponto de ônibus perto, pegou o ônibus que estava indo para o lugar que iria fazer a entrevista. Chegando no ponto próximo se levantou para descer.
— Obrigado. - agradeceu Yuuri ao motorista de ônibus depois que desceu.
Atravessando a pista foi em direção de uma mansão majestosa, chegando na porta apertou a campainha e a porta se abriu automaticamente, adentrando um belo jardim seguiu o caminho que levava à entrada principal onde tinham duas pessoas conversando, se aproximando uma das pessoas passou por ele de cabeça baixa.
— Você deve ser o Yuri Katsuki. - falou uma mulher de aparência rígida.
— S..Sim. - gaguejou Yuuri nervoso.
— Sou Lilia Baranovskaya, me acompanhe. - falou Lilia se virando e indo em direção a porta principal.
Adentrando a mansão, Yuuri olhava com curiosidade tudo à sua volta, adentrando mais para dentro da mansão, chegando a uma sala que poderia ser de visitas.
— Sente-se por favor. - falou Lilia apontando para um sofá que estava a sua frente.
— Ahh... ta bom. - indagou Yuuri indo em direção ao sofá e se sentando.
— Tem alguma experiência como cuidador? - perguntou Lilia olhando um papel depois levantando os olhos para olhar Yuuri atentamente.
— Bom… eu nunca fiz isso antes, mas tenho certeza que posso aprender. - falou Yuuri com firmeza olhando para Lilia.
— Tem experiência com pessoas com câncer? - perguntou Lilia olhando o Yuuri seriamente.
— É.. Não. - falou Yuuri sob o olhar inquisitivo da Lilia.
— Pessoas que tendem a possuir mais de 100 diferentes tipos de doenças malignas que possuem em comum o crescimento desordenado de células, que invadem tecidos adjacentes ou órgãos a distância. - explicou Lilia enquanto não tirava os olhos de Yuuri. - te incomoda cuidar de uma pessoa com câncer?
— Oh.. não me incomoda em nada. - falou Yuuri se ajeitando no sofá. - minha nossa. - sussurrou desesperado ao ouvir sua calça rasgar.
— Está tudo bem? - perguntou Lilia notando o desespero do Yuuri.
— Desculpe. - falou Yuuri voltando a olhar para a Lilia. - eu só estou com um pouquinho de calor, se incomodaria se eu tirasse o meu blazer? - perguntou um pouco desesperado.
— Não…. - respondeu Lilia com um olhar reprovador.
— Obrigado. - falou Yuuri meio sem graça tirando o blazer para cobrir o rasgo.
— Seu patrão anterior dizia que você era gentil, calmo, alegre, carismático e que tem muito potencial. - falou Lilia olhando a carta de recomendação do antigo chefe de Yuuri.
— hahaha… - riu Yuuri nervosamente.
— E o que pretende fazer da sua vida? - perguntou Lilia tirando os olhos do papel para voltar a olhar o Yuuri.
— Como assim? - perguntou Yuuri sem entender direito o que Lilia quis dizer.
— Você pretende ter uma carreira? ou tem algum sonho profissional que queira realizar? - continuava perguntando Lilia deixando Yuuri cada vez mais confuso.
— Bem eu… - tentou falar Yuuri mas foi interrompido por Lilia.
— Senhor Katsuki, por que eu deveria o contratá-lo em vez da candidata anterior? - perguntou Lilia seriamente, deixando o Yuuri nervoso.
— Eh…. ehh. - Yuuri tentou argumentar mas não tinha nada em mente.
— Não consegue me dar uma única razão para contratá-lo? - perguntou Lilia franzindo as sobrancelhas.
— Bem não… sim.. sim senhora Baranovskaya eu.. eu.. eu.. eu.. Aprendo rápido e.. e.. Nunca fico doente e moro logo do outro lado do castelo de patinação e.. e.. Sou mais forte do que pareço e eu faço um delicioso chá sabe não tem nada que não possa ser resolvido sem uma boa xícara de chá hahaha… né? Não.. não… não estou dizendo que o câncer do seu marido possa se… - gaguejava Yuuri nervosamente até ser interrompido pela Lilia.
— Meu marido? - perguntou Lilia confusa por ele ter confundido as coisas. - é o meu filho adotivo.
— Seu filho.. - falou Yuuri mais calmo olhando para Lilia.
— Victor foi diagnosticado com câncer a dois anos atrás. - explicou Lilia para Yuuri entender.
— Ah me desculpe quando fico nervoso eu acabo falando muita bobagem. - se desculpou Yuuri meio constrangido.
— Vou dar uma saída rápida. - falou uma voz grossa perto da porta. - ahh outro candidato. - disse um homem adentrando a sala.
— Volta no final da tarde? - perguntou Lilia para o homem.
— Farei o possível. - falou o homem se aproximando de Lilia. - Você precisa de mim? - perguntou parando ao lado de Lilia.
— Não querido, tudo bem. - falou Lilia olhando o homem.
— Ahh olá eu sou Yakov Feltsman, ex-treinador do Victor. - falou Yakov estendendo a mão na direção de Yuuri.
— Ohh oi eh ehh Yuuri Katsuki. - falou Yuuri apertando a mão de Yakov sorrindo meio sem graça e chocado por ver um treinador de patinação bem famoso.
— É um prazer. - falou Yakov se afastando.
— O prazer é meu. - falou Yuuri ainda chocado voltando a se sentar no sofá e ouviu sua calça rasgar mais.
— Até logo querida. - falou Yakov se aproximando e deixando um beijo na testa de Lilia.
— Humhum. - concordou Lilia afirmando com a cabeça. - Então? - comentou quando Yakov saiu da sala, logo voltando a olhar Yuuri.
— Ahh… - suspirou Yuuri triste.
— Gostaria do emprego? - perguntou Lilia olhando para Yuuri.
— Claro que sim. - afirmou Yuuri animado.
— E pode começar logo? - perguntou Lilia levantando uma sobrancelha.
— Posso. - falou Yuuri sorrindo.
— Ótimo. - falou Lilia se levantando do sofá em que estava. - vamos conhecer o Victor. - disse olhando Yuuri para que ele a seguisse.
— Está bem. - falou Yuuri se levantando e ajeitando o blazer para cobrir o rasgo.
— O horário é de 8h às 5h de segunda a sábado, se por alguma razão se atrasar ou precisar sair cedo por favor me ligue avisando. - falava Lilia enquanto caminhava em direção a estalagem onde Victor estava.
— Sim senhora. - concordou Yuuri andando logo atrás de Lilia.
— Ressalto que... Victor não deve ser deixado sozinho por mais de 15 minutos. - continuou Lilia até chegar num corredor e parar.
— Está bem. - falou Yuuri parando ao lado de Lilia.
— Ehh.. e.. É melhor vestir algo menos revelador. - falou Lilia olhando Yuuri de cima a baixo.
— Ahh.. sim claro. - afirmou Yuuri tentando cobrir o rasgo da calça.
— Aqui é o anexo era a estrebaria antes de ser adaptada para Victor. - falou Lilia parando em frente de uma porta.
Abrindo logo depois de dar uma explicação, adentrando o cômodo que parecia um pequeno apartamento aconchegante.
— Ahh... eu vou te dar a chave do carro e te incluir no seguro. - falou Lilia indo em direção de uma porta. - aqui é o banheiro. - disse abrindo uma porta perto da cozinha. - chá e café ficam neste armário. - indicou o armaria ao lado da geladeira. - você pode se servir e sempre tem comida na geladeira. - completou em frente da geladeira olhando para Yuuri. - você e Victor podem definir… vocês mesmos podem definir seus níveis de interação.. ehh... eh.. É claro que espero que vocês se entendam.. Seria ótimo se ele pudesse vê-lo como um amigo em vez de uma profissional, tem alguma pergunta? - perguntou por fim parando na frente do Yuuri.
— Não. - falou Yuuri como uma estátua no meio da cozinha.
— Vou apresentá-lo ao Victor, ele já deve está vestido. - falou Lilia indo em direção de uma porta que deveria ser a sala. - ele tem dias bons e dias ruins.
— Senhora Baranovskaya, não vou desapontá-la. - falou Yuuri com firmeza na frente de Lilia.
— Ótimo. - falou Lilia olhando nos olhos de Yuuri.
Toc Toc bateu na porta.
— Quero que conheça alguém. - falou Lilia depois de bater na porta.
— O velhote já está vestido, não se preocupe. - falou uma voz do outro lado da porta.
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