Abecedário escrita por PepitaPocket


Capítulo 21
Única


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado a Androide17 que alegrou-me com uma inesperada recomendação. E também a LumiAngela que tem se esforçado mesmo com a correria em deixar um comentário em cada capítulo. Sei que o capítulo ficou extenso, para uma coletânea de drabbles, mas acredito que o conteúdo dele justifique o tamanho.



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Ela nunca pensou que abrir os olhos fosse um ato tão difícil, pois suas pálpebras estavam pesadas. E parecia haver alguma coisa pressionando seu peito e seus pulmões, dificultando o simples ato de respirar.

Seu corpo estava todo dolorido, por reflexo tentou mexer os braços e percebeu que estes estavam atados a cama. Tentou movê-los em um gesto surpreendentemente suave, percebeu com esse simples movimento que não estava no auge de suas forças.

Ainda assim, teve vontade de rir. Pois, com certeza no segundo movimento, ela conseguiria facilmente romper aquelas cordas, que a prendiam na cama.

Mas, onde estava? Porque? A quanto tempo? Perguntas e mais perguntas rondavam a sua mente aturdida. Lembrava de ter tido uma discussão séria com seu ex-sensei, que convenceu Minato a não lhe dar autorização para sair da vila.

Se o fizesse seria como desertora e mesmo no ápice de toda sua dor, ela não seria capaz de fazer algo assim, simplesmente porque não suportaria manchar a memória de seus ancestrais, principalmente de seus pais.

Tentou vociferar alguma coisa, mas seu peito chiou de um jeito que a surpreender. Então, ela entendeu que estava enferma... Sofrendo de algum mal respiratório, pneumonia, talvez? Tentou mais uma vez e acabou sendo surpreendida por uma golfada de um líquido espesso e férrico na garganta.

O sangue vazara pelo escudo de suas mãos, respingando nos lençóis, para pavor de Tsunade que ficara alarmada, enquanto encarava o borrão vermelho sobre sua pele. Um pranto escapara por seu rosto, no mesmo instante que a porta se abria, e por uma cortina de lágrimas ela o viu entrar...

Ainda mais pálido do que a última vez que o viu. Mas, ele estava ali.

— Será que os céus, deixaram-me encontra-lo na vida pós a morte? – Tsunade perguntou com a voz rouca, enquanto tossia mais uma vez, perdendo momentaneamente o ar.

— Não fale de morte, por favor. – Orochimaru enfim encontrara forças para dizer alguma coisa. Ainda estava aterrorizado pela visão de sua esposa, desenganada em uma cama do hospital.

Para surpresa dele, mesmo visivelmente doente, ela ainda conseguira rasgar as amarras que a prendia e em um ímpeto de força que logo sessou, ela levantou-se da cama, indo até ele, mas as forças faltaram em suas pernas, e ela não caiu porque ele a segurou.

— Perdoa-me. Por favor, perdoa-me. Sei que não o mereço... – As palavras saíram sôfregas e em um fio quase inaudível de voz, mas através do brilho opaco de seu olhar, ele compreendeu sua dor e arrependimento.

Não suportava ver sua hime sofrendo, queria enxugar suas lágrimas, queria devolver seu vigor e vontade de viver.

— Tsunade você é a ÚNICA em meu coração e em minha vida. Não chore, hime. Sorria, pois de seu lado eu não saio mais.

Orochimaru riu quando viu a expressão de espanto que sua mulher fazia, foi a mesma cara de Minato e Hiruzen, que tentaram impedi-lo de sair da vila, com a mesma ameaça barata que fizera a sua esposa. Mas, sua última missão foi uma armadilha infernal, de um inimigo cruel e sanguinário, contra o qual ele não pretendia lutar.

Konoha que lidasse com seus problemas, pois ele cuidaria de Tsunade, que apesar de todo o seu vigor estava naquele estado deplorável de saúde, simplesmente por que perdera a vontade de viver, estava em um buraco de tristeza e depressão tão profundos, e ninguém naquela vila lhe estendeu a mão.

Então, como punição ficariam sem dois de seus melhores ninjas. Com esse pensamento, ele pegou sua amada em seus braços e a devolveu no leito de sua cama, alegrando Tsunade com sua presença e com a ideia de ele ser seu enfermeiro particular. Oh, céus! Ela o amava naquele uniforme, iria até demorar a sarar, só para vê-lo mais tempo por trás daquele avental... e nesse exato momento ele tremelicou diante do olhar de sua esposa, porque será?


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