Era apenas um pressentimento ruim. De início ela não deu atenção.

Entretanto, a flor de cerejeira que ele sempre colocava na sua mesa não estava lá.

Começou logo que seu irmão havia morrido. Orochimaru era esquisito. Era errático. Mas, era também um bom observador.

Tanto que apenas ele, percebeu qual era sua flor favorita. Assim, como tantas outras coisas.

Como uma cobra sorrateira ele foi se aproximando aos poucos e tomando espaços inimagináveis em seus pensamentos.

Os olhos dela se marejaram diante a ideia de não ter seu AMIGO de seu lado. Sozinha em um canto chorou, um prato sofrido e silencioso.

Rezando que o turno de trabalho chegasse ao fim. Quem sabe ele tivesse apenas esquecido... Que ousadia! Esquecer-se dela, mesmo que por um instante... Era imperdoável.

Assim que finalizou sua última cirurgia, trocara-se apressada no vestuário. Contara cada segundo para encontrar aquela serpente maldita. Com que intuito? Bater nele é claro.

Saíra a toda velocidade, mas sua pressa foi em vão. Pois, ela acabou esbarrando com quem tanto queria.

Finalmente, Orochimaru estava ali.

Com uma flor de cerejeira em mãos, olhando-a de um modo tão intenso que sua raiva se dissipou e converteu-se em um sentimento que não deveria estar ali. E agora?