Reino em Sombras escrita por Pam Cristina


Capítulo 3
Três - Perseguição




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Quando Marinette disse que visitaria os pais no dia seguinte pois estava com saudades, Alya não acreditou muito pois afinal não fazia nem um mês que a amiga estava trabalhando no castelo, mas no fim concordou em fazer as partes dela aquele dia para que pudesse ir à aldeia.

A jovem serviçal do castelo acordou bem cedo para ir o mais rápido que pudesse para casa dos pais, mas antes olhou se Adrien já havia saído, e não tinha, o que a daria tempo de chegar primeiro na aldeia e quem sabe vê-lo chegar também.

Depois da longa caminhada finalmente a moça estava na casa dos pais que foram pegos de surpresa, mas ficaram muito felizes de ver sua filha, que em todo tempo que estava lá não parava de olhar pela janela como se esperasse alguém.  

Marinette estava preocupada, pois a possibilidade de ver Adrien passar por ali não era tão grande, e queria sair pela aldeia procurando-o, mas o que diria aos pais?

Já estava quase desistindo e voltando para o castelo, pois achava que o príncipe não iria para a vila coisa nem uma, quando viu uma pessoa de capuz preto montada em um cavalo. Na hora reconheceu, era o capuz que havia feito. Ia em direção a uma parte da aldeia que não tinha muitas casas.

Logo, subiu em seu quarto e procurou alguma coisa para se cobrir e não ser reconhecida, mas não encontrava nada discreto dentre suas coisas, acabando por pegar um longo capuz vermelho que a tamparia da cabeça aos pés. Disse aos pais que tinha que voltar para o castelo para trabalhar e saiu correndo deixando-os sem entender nada.

Seguiu na direção que viu a pessoa a cavalo, tentando ao máximo não ser percebida, e quando mais andava, mais as casas iam diminuindo e chegava em uma parte da aldeia que quase ninguém ia, onde não morava ninguém e haviam pouquíssimas casas que todos acreditavam estarem abandonadas. Assim que percebeu que não havia mais ninguém além dela, vestiu seu capuz vermelho, tratando de cobrir bem o rosto.

Ao subir uma pequena colina com uma casa velha e grande no topo, viu Adrien descer do cavalo e entrar lá. Marinette achou muito estranho, afinal todos diziam que não morava ninguém por ali.

Adrien tentava ser o mais cauteloso possível para não ser visto e seguido quando entrou na casa velha. De acordo com suas pesquisas encontraria respostas naquele lugar. Quando estava dentro observou todo o interior do local, não era como a parte externa, que caia aos pedaços. Por dentro era tudo limpo, haviam tapetes bonitos, e altares com incenso. No centro havia uma mesa baixa e um senhor já bem idoso sentado de costas para a porta.

— Não esperava uma visita hoje. — O senhor disse, assustando Adrien que achava que tinha sido imperceptível. — Venha, sente-se!

Mesmo com medo, Adrien foi até a mesa e se sentou de frente ao velho pequeno de cabelos brancos. Pretendia fazer muitas perguntas, pois de acordo com suas pesquisas em livros e com aldeões, aquele senhor era muito sábio e tinha uma resposta sobre as tais bestas malignas que rondavam todo o reino, da qual ele desconfiava que tinha algo haver com o desaparecimento de sua mãe, pois foi só os rumores aparecerem que a rainha sumiu.

— Bem vindo, príncipe Adrien, sou mestre Fu! — O senhor se apresentou cordialmente.

— Como sabe quem sou? — O rapaz disse assustado, pois em nem um momento havia tirado o capuz e se revelado.

— Eu sei de muitas coisas meu jovem, e sei que quer encontrar sua mãe!

— Sim. — Adrien respondia com o coração acelerado, por ser compreendido sem ao menos dizer uma palavra.

— Você sabe dos rumores que bem aqui vive um velho bruxo, não é? — Mestre Fu pergunta com calma e o príncipe acena positivamente com a cabeça. — Bem, isso não é verdade. Eu não sou um bruxo e nem tenho poderes. Mas convenientemente você precisa de ajuda e eu também.

Adrien não estava entendendo onde aquilo iria chegar, o senhor dizia tudo como se soubesse exatamente o que ele queria ali.

Vendo que o príncipe não diria nada, mestre Fu continuou a falar:

— As bestas não são só um rumor, e como você é da realeza deve saber a verdade, e saber inclusive que essas bestas são aldeões, pessoas do castelo, guardas e até membros da realeza próximas de você, que estão sendo possuídas por magia negra. — O senhor parou de falar e observou que Adrien com uma expressão pensativa, não ficou nem um pouco surpreso e sabia de tudo mesmo.

Marinette que já havia entrado na casa, estava escondida atrás de uma larga coluna de madeira que a tampava por completo, estava completamente surpresa com todas aquelas informações, da qual não fazia a menor ideia que eram reais.

— Como o senhor vai me ajudar a encontrar minha mãe o quer em troca? — Adrien diz impaciente com toda a calma de mestre Fu.

— Acalme-se, está muito ansioso! — Fu diz sorrindo para o rapaz. — Essas bestas malignas podem ter as respostas para o desaparecimento e eu preciso que alguém as capturem.

— Ninguém consegue pega-las! Elas têm poderes sobre-humanos! — Adrien diz interrompendo. Mas logo se cala ao perceber o olhar reprovador do de cabelos grisalhos.

— E se eu te der um modo de derrota-las? — Mestre fu faz uma pausa. O príncipe concorda. — Existe uma magia antiga, que pode dar poderes a humanos, a mesma magia das bestas que alguém usa para o mal. Mas você pode usar para o bem e me ajudar a encontrar quem está amaldiçoando todo o reino.

— Eu aceito!

— Claro que aceita, mas essa magia é muito poderosa e tem que ser usada com muita cautela por vocês!

— Está bem! — Adrien confirma animado. — Mas... Vocês? — Questiona o uso do plural, sendo que só havia ele ali. Era o que pensava.

— Saia de trás dessa coluna, minha jovem.

Assim que Marinette ouviu essas palavras, sentiu sua face pegar fogo. Como aquele senhor sabia que ela estava ali se em nem um momento fez barulho ou disse alguma coisa? A garota pensou em sair correndo pela porta e fingir que nunca esteve ali, ou ficar escondida para ver se mestre Fu estava blefando. Se saísse de trás daquela coluna e fosse até eles o que Adrien pensaria dela? Que era uma maluca perseguidora com certeza.

— Tudo acontece por um propósito, querida. Não precisa temer! — Ao mestre Fu dizer essas palavras, Marinette se perguntou como ele sabia que sentia medo. — Só você pode ajudar o príncipe nessa jornada.

Ao ouvir essas palavras a garota fica confusa. Mas queria muito ajudar Adrien, pois seus sentimentos por ele eram muito maiores que qualquer medo. Resolvendo então sair de trás da coluna de madeira e caminhar até o lugar em que estavam.

O príncipe observava a pessoa de capuz vermelho se aproximar deles com passos tímidos e quando chega diante de si a moça tira o capuz.

— Marinette? — A surpresa na voz de Adrien era nítida.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Não deixem de deixar suas opiniões e fazer essa fanfiqueira muito feliz com um comentário!



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