Olhar para trás não me fazia derramar lágrimas, olhar para trás era enxergar que eu talvez pudesse ter sido mais madura e aproveitado mais.

Bem mais madura...

Faz um ano que a vovó morreu e por isso agora nossas visitas a Paris se reduziriam a zero , já que o vovô não suportou a solidão e decidiu morar conosco.

Neste momento, estou empacotando as coisas e colocando no carro, a pedido de mamãe que ainda está dentro da casa a vender, assim como Lila e vovô. Meu pai está nesse momento abrindo o porta malas.

—Marinette!

Segurei de imediato a caixa que Lila quase derrubou e revirei os olhos.

—seja mais cuidadosa, são relíquias.

—Eu sei.

O carro era grande, meus pais tinham gastado bastante já que a familia havia aumentado, mas pelo menos eram bem mais confortavel para viagens. Há menos de um ano Felix nasceu e ocupou o cargo de melhor amigo do vovô.Eu não podia negar que aquela criança era alegria do meu avô.

Quando todos estavam instalados, antes de entrar no carro, uma última vez olhei para aquela paisagem. Quem pensaria, um lugar daqueles onde tive tantas aventuras e maluquices, e, pela primeira vez, conheci um famoso.

Ri com a mais longínqua lembrança e fechei a porta, sem esperar que em não tanto tempo assim, eu encontraria novamente aquele ser de madeixas loiras e olhos verdes.