Dependendo da forma como você escolhesse contar a história, ela começava com Godric Gryffindor e Salazar Slytherin. Era uma canção tão antiga quanto o tempo. Aquela sobre melhores amigos que a vida transformava em inimigos mortais. A diferença era que essa música não se encerrava com os dois. Aquela estranha valsa, na verdade, vinha sendo dançada há séculos pelos jovens estudantes de Hogwarts. E embora nos últimos anos, a situação houvesse se amenizado, leões e serpentes não tendiam a se aproximar.

Se as coisas fossem diferentes, talvez Rose Weasley, a mais corajosa das grifinórias, e Scorpius Malfoy, um introvertido, porém astuto sonserino, pudessem ter se tornado amigos. Rose ainda era próxima de Albus, por exemplo. A Weasley e o Potter, no entanto, eram família e, portanto, tinham um vínculo mais forte do que rivalidades escolares. 

Malfoy, por sua vez, era apenas o fiel escudeiro de Al. Alguém com quem a menina era cordial e para quem até mesmo sorria nos corredores, mas nada mais do que isso. E como ser mais, quando pareciam habitar espaços completamente distintos e ter tão  pouco em comum? Então, não. Rose não odiava Scorpius e nem era sua inimiga, mas isso não os tornava amigos.