Deadly Sins escrita por Any Sciuto


Capítulo 10
Promises To The Moon




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— Às vezes eu me pergunto se o plano de Anna e Cath era mesmo acabar apenas com Ana e Elisa. – Danno estava na sede da NCIS em Los Angeles. – Achamos dez corpos no parque onde Cath jogou o corpo das mulheres. E Deus sabe que pelo menos metade deles pode ser dela.

— Achamos 11 no parque onde Anna jogava as dela. – Sam olhou para o detetive. – Eu tenho certeza que em algum momento as duas se perderam porque caramba.

— Nem fale isso. – Ele largou o garfo que tinha para tentar comer a salada. – Acha que elas mataram todas essas pessoas para uma vingança?

— Sim e não. – Any, a namorada de Sam entrou, quase sem cor. – A autópsia das nossas vítimas chegou e vocês não vão acreditar no que descobrimos.

— Uma das vítimas femininas tinha alto desgaste de ossos. – Sam leu. – Isso significa que ela foi a primeira.

— 2016. – Any jogou um relatório de desaparecida. – Kelly Smiters, 24 anos. De acordo com a família, viria para Los Angeles tentar uma vida de atriz. Seis meses se passaram do último contato até o relatório ser feito.

— Por que Anna e Cath matariam uma aspirante a atriz? – Danno pegou a foto de Kelly. – Pessoal, olhem isso.

— Anna tinha o mesmo formato de rosto, o mesmo olhar de peixe falecido e a cor do cabelo. – Sam estava bolando uma teoria. – Espero que o voo de Callen e Elisa não demore.

Callen ajudou Elisa a passar pelo saguão do aeroporto. Foi a melhor lua de mel que ele teve. Quer dizer, tecnicamente era a primeira vez que ele se casava de verdade que não era para uma missão. E esperançosamente a última.

— Eu tenho certeza que poderíamos ter encomendado doces de Gramado pela internet, Callen. – Elisa provocou o marido. – É que um voo com chocolate delicioso não é exatamente prazeroso para uma mulher grávida.

— Vou passar a fazer isso. – Callen acenou para um táxi. – Senhora Callen.

— Vamos combinar uma coisa. – Elisa o beijou. – Sem essa de senhora. Eu quero ser senhorita. Senhora faz eu me sentir com 60 anos, usando uma bengala e com cabelos grisalhos.

— Agora, você será uma senhora bonita. – Callen ganhou um olhar da esposa. – Mas eu super entendo e vou te chamar de senhorita Callen.

— Obrigada, querido. – Elisa abriu a porta do táxi. – E Grisha? Você será um velhinho gostoso.

Callen quase cedeu ali mesmo. Aquele olhar o fazia vibrar como uma sinfonia aberta.

Sam se perguntou porque não foi buscar Callen no aeroporto quando ele chegou. Talvez era porque ele tinha receio de contar sobre o que estava acontecendo. No último mês, Callen se casou, estava curtindo a espera do primeiro bebê e esperava que Anna e Cath estivessem enterradas, cremadas ou qualquer porcaria.

Steve e Ana adoraram passar um tempo em Los Angeles. Eles ainda estavam naquele clima gostoso de lua de mel e claro, uma pequena pausa em LA podia tornar tudo perfeito.

Além disso, Ana queria ir visitar os pais depois de jogar uma bomba.

— Sammy! – Callen entrou na NCIS. – Venha me ajudar com as malas.

— Os recém-casados não vieram com o táxi até na porta? – Sam brincou.

— Não, porque se Hetty soubesse disso, iria me fazer ficar na mesa por um mês. – Callen sorriu. – E também porque tecnicamente é um prédio abandonado. E aproveito o fato de eu ter um carro ali de fora.

— Bem, talvez você não goste do que descobrimos. – Sam odiava quebrar o clima. – Parece que três assassinatos eram apenas a ponta de um iceberg.

— Anna e Cath mataram todas as mulheres desses arquivos? – Callen pegou um em particular. – Por que esse está mais acima?

— Estamos tendo um problema e talvez você possa contatar Arkady. – Sam olhou para Elisa. – Desculpe estragar a volta.

— Bem, se as duas nojentas não estão totalmente enterradas, vamos enterrar de vez. – Elisa fechou a pasta. – Preciso ir ao banheiro.

— Não posso culpar ela por estar chateada, G. – Sam deu a Callen algo. – Talvez o fato de Kelly e Anna serem quase sócias seja um fato a ser considerado.

— Arkady fez um exame de sangue no Havaí. – Callen revelou. – Foi no tempo que o corpo permaneceu no necrotério do hospital. Deu negativo.

— Precisamos de respostas sobre isso. – Sam foi até o telefone.

Callen foi até o arquivo de Kelly. Ele colocou uma foto de Anna ao lado da foto da mulher. Se ele estivesse sendo sincero, ele estava ficando maluco pensando que Anna poderia ter simplesmente ter trocado de corpo com uma mulher qualquer.

Mas, e quanto ao esqueleto que eles acharam. Ele jogou o arquivo de volta. Aquilo o deixaria maluco. Ele foi procurar Elisa e a encontrou sentada no sofá, pensativa.

— Eu não queria que a gente ficasse assim no primeiro dia de volta. – Callen a sentiu colocar a mão na dele. – Você quer ir para a nossa casa?

— Callen, não estou chateada com você ou com o trabalho. – Ela olhou para ele. – Estou chateada pelo fato que Anna e Cath, mesmo do além ainda nos afetam desse jeito.

— Eu também, querida. – Callen a puxou para seus braços. – Eu só sei que vou descobrir como enterrar elas de uma vez por todas.

— Você não pode enterrar alguém que ainda está vivo. – Elisa disse e se perguntou de onde veio aquilo. – Pode me levar para casa?

— Sim. – Callen a ajudou com suas malas, mas sua cabeça estava a milhões de quilômetros.

— Esqueci de dizer. – Elisa entregou a ele uma nota. – É do hotel de Gramado, onde ficamos.

Callen olhou para o pedaço de papel, quase como se ele fosse algo ofensivo.

— Anna e Cath chegaram ao Havaí quatro dias antes da gente. – Callen falou. – Elas deveriam estar em algum lugar antes. Quero dizer, o homem que atacou você, o homem que atacou Ana. Eles eram peões.

— Eu posso te dizer algo? – Elisa se aproximou de Callen. – Talvez se a gente for para casa podemos estrear nossa cama.

— Tem certeza que está a fim de fazer isso? – Callen beijou Elisa. – Mente suja a sua, garota.

Algumas horas depois, os dois estavam deitados na cama, vestidos. Uma bandeja de legumes, um filme na televisão e dois computadores com um sistema do FBI rodando.

— Eu fico devendo isso a você, prima. – Callen desligou com a prima. – Bem, ela vai cobrir as bases.

— Me sinto pervertida tendo um sistema do FBI nos meus laptops. – Elisa brincou. – Sua prima deve ter os sacos direitos do FBI.

— Ela é casada com um dos agentes da equipe dela e o diretor já queria namorar com ela. – Callen olhou para Elisa. – Ela colocou tudo como “uso para equipe “D””.

Elisa colocou a descrição de Cath e Anna no sistema e ele começou a vasculhar por região. Finalmente quando o sistema emitiu um bipe, ela percebeu que talvez a coisa fosse pior do que todos imaginaram.


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