Love Without End escrita por Morgan


Capítulo 2
Albus


Notas iniciais do capítulo

O segundo capítulo é sobre o nosso filho do meio. Eu ainda não consigo me decidir se James ou Albus são meus personagens favoritos, então vou apenas dizer aqui que amo demais os dois e amei escrever sobre ele. Mas preciso avisar que nesse capítulo eu falo um pouco sobre Depressão, então se esse assunto, mesmo que de forma sutil, é pesado para você, não recomendo a leitura.



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Albus nasceu no dia 12 de maio, exatamente na data prevista pelo médico, ao contrário de James, seu irmão apressado. Ginny estava mais calma, mas Harry ainda se sentia a mesma pilha de nervos da primeira vez; e tudo só piorou quando o parto de Albus demorou quase dez horas. Ginny estava impaciente, com dor e seu marido não podia fazer nada. Nunca se sentiu tão incapaz em toda sua vida.

Quando Albus finalmente nasceu, Ginny tinha lágrimas de cansaço no rosto e Harry trouxe Albus para junto dela. Assim que seu pequeno rosto tocou a bochecha da mãe, o choro do garotinho cessou quase instantaneamente. Foi uma imagem tão bonita que os olhos de Harry transbordavam. Amava sua família mais do que podia imaginar. Descobriu isso olhando para o pequeno Albie com seus olhinhos fechados, respirando calmamente com Ginny.

Albus nasceu para mostrar a família que todos se amavam mais do que podiam imaginar. Ele era calmo, paciente, criativo e gostava de conversar, mesmo que não fosse tão falante assim, mas o que mais gostava mesmo era de abraçar sua família. Albus era o garoto mais amoroso que Harry já havia conhecido para o azar de James Sirius, que nunca foi muito fã de demonstrações físicas de carinho. Mas isso não importava muito, porque tudo era tão sincero e natural por parte do garoto que todos se deixavam levar. Albus podia não falar muito com palavras, mas Harry sabia o que significava o abraço mais demorado que o normal que ganhava no dia dos pais, das mães ou no halloween. Harry sabia o que significava quando Albus ia para a Gemialidades Weasley em todo primeiro de abril para ficar um pouco com seu tio George.

Ele era sensível e isso era a coisa mais preciosa do mundo para Harry, que sentiu que poderia abrir mão de qualquer coisa para manter aquela doçura para sempre no filho.

Mas nem tudo acontecia sempre como Harry queria. Ele deveria estar acostumado àquela altura.

Por volta dos 16 anos, Albus mudou. Não como na fase de James que só queria se encontrar em meio as cobranças de terceiros por ser um Potter. Albus parecia triste, sem interesse em si ou na própria família, às vezes sentia raiva, o que era um consolo para Harry, porque ao menos Albus demonstrava alguma emoção – isto é, quando não estava se isolando e recusando-se a conversar com qualquer outra pessoa.

Aquilo abalou toda a casa. Ninguém entendia e Harry sentia-se sumir um pouco mais cada vez que o filho aparecia. Pálido, magro, sem apetite. Foi apenas em uma tarde qualquer do verão em que Albus saíra com Rose que Scorpius Malfoy correu até a casa do melhor amigo sem ele saber.

Desculpe, sr. e sra. Potter, eu deveria ter avisado que vinha, mas não queria que Albus soubesse. Eu realmente acho que tem algo de diferente com ele há algum tempo agora. Rose e eu estávamos conversando... O que vocês acham de levá-lo à um médico trouxa?

Ginny se sentiu relutante, mas Harry não pensou duas vezes em correr até Hermione e pedir ajuda.

Albus tinha depressão. Uma doença psiquiátrica crônica que surge de diversas formas pelos mais diversos motivos. Não era tão falada no mundo bruxo, mas depois de descobrir o que era, Harry duvidou não ser mais comum do que podia imaginar. Seu filho foi diagnosticado com a versão moderada da doença e pelo que Hermione havia o explicado, isso parecia ser uma boa coisa. Albus ficou um tanto irritado nas primeiras semanas quando percebeu o que o remédio passado pelo psiquiatra era capaz de fazer. Ele ficava com um sono interminável, cansaço e dificuldade de concentração e não gostava de nada disso. No entanto, gostava da terapia, que passou a frequentar uma vez por semana. Gostou também quando Victoire trouxe o famoso “Livro das Receitas Saudáveis da Toire” e Ginny passou a melhorar a alimentação de todos em casa, não apenas de Albus. Outra recomendação da psicóloga do garoto foi que ele praticasse algum tipo de exercício físico. Aquilo preocupou Harry, pois sabia que seu filho nunca fora fã desse tipo de coisa. Mas algo maravilhoso aconteceu.

Algo que só poderia acontecer na família Weasley.

Quando Albus começou a se acostumar com a medicação, seus primos se reuniram, decididos a encontrar algo que Albus pudesse fazer e que gostasse. James tentou ensiná-lo a jogar futebol, um esporte trouxa, Roxanne o chamou para nadar, Fred o chamou para lutar, mas a psicóloga não achou que isso fosse uma boa ideia e Scorpius e Rose queriam jogar tênis. Albus não gostou de nada disso, é claro, mas amou cada dia que passou com os amigos testando cada um desses esportes. Até mesmo quando Teddy e Victoire o fizeram dançar com Molly. Albus se sentiu amado e querido, como vinha fazendo todos se sentirem desde o dia em que nasceu.

No fim, ele decidiu que gostava de correr ao lado do pai todas as manhãs. Os dois acordavam às cinco, quando o sol mal havia saído e tudo que podia se escutar nas ruas calmas de Godric’s Hollow eram os passos de pai e filho.

Por muitos anos a memória de Albus aparecendo na porta com um sorriso no rosto e correndo até o pai que já se alongava na frente da casa foi a memória favorita do Potter mais velho.

O sorriso doce do seu filho do meio sempre seria sua memória favorita. E Harry faria tudo que pudesse para mantê-lo desse jeito. Sempre.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e possam me dizer o que acharam. Beijo, até o próximo! ♥



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