Rose Blush escrita por red hood


Capítulo 3
PART III: anyone would die to feel your touch




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Ao chegarem lá, esperaram mais de vinte minutos pelo responsável pela distribuição do carregamento de flores poder atendê-los. Aparentemente estavam com uma demanda alta de pedidos. Pessoas entravam e saíam o tempo todo deixando Astoria ainda mais aflita.

Era quase um desperdício de tarde. O local era tão bonito e relaxante, com seus vastos campos de tons violetas, perfeito para tirar fotos ou inspirar sua alma de escritora de romances. Mas aparentemente até que esse casamento acontecesse o único estado de espírito que ela experimentaria era de extremo estresse.

Quando chegou o momento deles finalmente, Draco havia sumido. Astoria não sabia se ficava ainda mais irritada com isso, ou aliviada por poder finalmente ter um momento para respirar sem o loiro ao lado. Ele parecia estranhamente entusiasmado naquele dia, ela não havia conseguido decifrar se era devido ao lugar que era incrível ou o fato dele ter finalmente conseguido férias do escritório. Algo nele parecia mais leve. 

A Greengrass ficou mais uma hora por lá decidindo entre as safras adequadas para incluir no pedido, pois Daphne havia sido muito clara quando disse que não queria que os ramos de lavanda fossem escuros demais, e sim de um tom de lilás mais claro para ornar com o azul acero das rosas. Sua cabeça já latejava de exaustão ao ouvir que a remessa não poderia ser levada a tempo para a cidade, restando apenas que eles carregassem tudo no carro. Ou seja, voltaria entupida de flores da cabeça aos pés para isso ser possível, apenas porque Daphne vislumbrava uma entrada com 50 tons de cores frias.

Astoria saiu do escritório com a incumbência de ir ao depósito de distribuição ver se seriam capazes de voltar dali com todos os arranjos que precisavam. Havia quase se esquecido de Draco, quando o avistou caminhando em sua direção. 

— Onde você estava?! — ela exclamou.

— Na lojinha de conveniências — ele disse com um ar culpado. 

Astoria não conseguiu nem ficar brava quando a visão dela era Draco Malfoy de terno, um boné escrito “Mayfield Lavender” e uma sacolinha cheia de coisas na mão. 

— Espero que tenha comprado algo para comer.

— Pode apostar que sim. 

 

 

Se espremeram no carro da melhor forma que conseguiram. Felizmente, iriam conseguir levar tudo para o salão, sem precisar contratar um caminhão aparte. Contudo, Astoria já sofria por antecedência. E se as flores murcharem até lá? Ou amassassem? Ela seria morta sem dúvidas e seus últimos segundos de vida seriam junto do cara que odiava seus livros. 

Draco logo entregou-lhe um pacote de cookies que comprou e um boné que combinava com o dela. Após comprá-la com doces de lembrancinhas, contou que sumira, pois estava precisando desesperadamente ir ao banheiro e depois disso ficou perdido, desembocando na lojinha de conveniências. Astoria não brigou com ele, não tinha mais energia para isso naquele dia, apenas compartilhou sua vontade de voltar ali em um dia mais calmo, para aproveitar o lugar. 

— Eu posso te trazer, — ele sugeriu — como um pedido de desculpas.

— O que fiz para merecer essa proposta tão cruel? Ter que te aguentar por mais um dia inteiro — ela choramingou, fazendo com que ele sorrisse. Parte dela gostava de quando isso acontecia, mesmo sabendo que ele estava feliz vendo ela sofrer.  — E você já me deve muitas desculpas, Malfoy.

— Você está reclamando de uma viagem com tudo pago para cá? — Draco perguntou, em um tom implicante, enquanto eles finalmente conseguiram pôr o pé na estrada de volta para casa. 

— Ficar cercada de lavandas com você mais uma vez? Fico enjoada só de pensar. 

— Pensei que você gostasse desse aroma.

— Eu gosto, mas quando estou de pijamas em casa, tentando relaxar, mas no momento? Está me enlouquecendo — ela explicou, enquanto tentava se acomodar entre os milhares de ramos que estavam levando de volta para a cidade. — Como você sabe disso?

— Você cheira a lavanda normalmente.

Astoria lutou contra um sorriso teimoso que brotava em seus lábios. Que situação mais ridícula. Haviam passado tanto tempo juntos que ele já sabia que ela estava sendo coberta de essência de lavanda e ela com certeza desconfiava que ele usava nos dias mais frios Tobacco Vanille da Tom Ford. 

— E você daria quantas estrelas para esse cheiro? — ela o provocou.

Draco revirou os olhos, para o deleite de Astoria.

— Você nunca vai superar isso, certo? 

— Jamais — ela quase gritou de volta para ele, fazendo com que ele gargalhasse mais uma vez. Dessa vez se permitiu juntar-se a ele. 

Depois disso, os dois caíram em um silêncio confortável. Astoria estava começando a ficar aliviada com toda a situação quando percebeu que havia começado a chover. A princípio parecia apenas uma nuvem no caminho deles que passaria logo, mas os pingos foram apenas ficando cada vez mais grossos para o desespero dela. 

 — Draco acelera esse parabrisas — ela praticamente suplicou, enquanto a visão diante deles ficava cada vez mais turva.

— Ele tá no máximo — ele respondeu.

Astoria podia ver como ele estava tão tenso quanto ela, devido a como ele pressionava o volante com força. Perceber aquilo só fez o nervosismo dentro dela crescer. 

— Draco, você sabe que isso é prelúdio de uma catástrofe — acabou soltando nervosa, enquanto desembaçava o vidro do lado de dentro.

A temperatura havia caído tanto lá fora que a respiração deles fora o suficiente para que gotículas se formassem ali piorando ainda mais a visão da estrada.

— Astoria, nós estamos quase entrando na cidade.

— Esse tipo de chuva que alaga Londres! 

 — E não tem nada que eu possa fazer! — ele aumentou o tom de voz. 

— Me desculpa. 

— Tudo bem eu entendo que você está nervosa, que eu não sou a melhor companhia do mundo — Draco respondeu depois de um longo silêncio. Sua voz exalava nervosismo e decepção. — Mas acho que nós iremos conseguir chegar no salão para deixar isso, e depois? Dependendo como estiverem as ruas, eu te deixo em casa ou a gente dorme lá no hotel mesmo. 

 

 

 A saga dos dois estava longe de acabar quando chegaram na recepção do Hotel. 

Assim que estacionaram o carro, ela sentiu que podia respirar novamente. Os últimos minutos haviam sido terríveis sem poder praticamente enxergar os carros que vinham e iam. Eles descarregaram todas as flores com ajuda da equipe do Hotel. Arrumaram os arranjos apenas o suficiente para não ficarem bagunçados demais e correrem o risco de estragar algo. 

Quando terminaram, Astoria estava exausta de ir e voltar para o carro tantas e tantas vezes. Sentou no primeiro sofá que encontrou e Draco a seguiu, demonstrando-se ao seu lado. Estavam cansados e famintos. 

Portanto, depois de todo esforço mereciam celebrar. Já era tarde demais para Astoria poder produzir algo ou para Draco trabalhar em qualquer petição. Concordaram então em ir até o restaurante interno dali e pedir o prato que tivesse o maior volume de comida. Pelo incrível que parecesse o pedido perfeito dos dois vinha do menu kids e era nada mais nada menos do que um belo hambúrguer com batatas fritas. 

A fome era tamanha que eles mal trocaram palavras entre as mordidas, levantando o olhar de seus pratos apenas para brindar com a nova garrafa de cerveja que estava sendo aberta.

Foi Astoria que quebrou o silêncio depois de alguns minutos.

— Obrigada — ela agradeceu.

— Pelo quê? — ele perguntou, ainda com a boca cheia de batatas, genuinamente confuso. 

— Sei lá, Draco, por tudo — ela disse, desviando o olhar do dele. — Hoje não foi fácil, e eu talvez não seja a melhor companhia.

Agora a única coisa que faltava era conseguir chegar em casa. A missão havia sido cumprida, ou pelo menos era o que Astoria pensava. 

Cheios e levemente tontos, eles pagaram a conta e seguiram para o estacionamento do Hotel. Porém, foram surpresos com a notícia que nenhum carro poderia sair naquela noite, pois o subterrâneo estava quase todo alagado. 

Os dois se entreolharam em choque. Draco não comentou nada, mas pelo jeito que a respiração dele estava praticamente descompensada, Astoria sabia que ele estava pensando no carro e em uma possível perda total. Ela tentou consolá-lo afagando o braço dele, como se contato corporal pudesse mudar aquela situação caótica. 

— Acho que vamos receber uma noite de hotel 5 estrelas — ela tentou quebrar a tensão, enquanto eles se dirigiam até o saguão. 

O local estava o caos, com várias pessoas reclamando no balcão principal. Aquilo era um pesadelo que estava prestes a piorar. Olhar para a TV do saguão não ajudou nada para conter seu desespero, já que metade da cidade estava alagada, além os portões do estacionamento fechado, a piscina do Hotel transbordado. 

E a cereja do bolo: todos os quartos ali haviam sido ocupados.

Astoria estava perdendo a cabeça. Isso não poderia estar acontecendo. 

— Como assim isso aqui está lotado?! — ela exclamou irritada quando chegou sua vez na fila do check-in. — Minha irmã vai fazer um puta de um casamento aqui e é assim que vo... — 

— Greengrass —  Draco a repreendeu, tentando leva-la para longe do atendente.  

— Desculpa senhora, não podemos fazer nada. — Ofuncionário explicou com um tom calmo, o que apenas irritou ainda mais. 

Porém, não tinha muita coisa que a Greengrass pudesse fazer já que Draco era como uma muralha em sua frente, impedindo que ela passasse mais alguma vergonha. 

— Malfoy eu não terminei de falar! — ela gritava, tentando se desvincular dele. 

— Você está bêbada Astoria! — ele disse e segurou os ombros dela, praticamente obrigando que ela olhasse para ele. 

Ela queria gritar mais, esbravejar, enquanto olhava a chuva não dar trégua do lado de fora da janela. Sabia que se arrependeria do seu comportamento na manhã seguinte e que as pessoas que trabalhavam ali não tinham a menor culpa daquilo tudo, mas ela estava exausta, levemente embriagada e muito indignada por não poder fazer nada para mudar aquilo. 

Quando a onda de raiva momentânea passou, lágrimas começaram a descer dos olhos de Astoria. 

— Eu moro há duas quadras daqui e seu loft é em outro bairro. — Draco falou baixinho, passando as mãos pelos braços dela. — Sinto muito, mas você vem para casa comigo essa noite.

Astoria quase engasgou com as próprias lágrimas ao se dar conta do que estava ouvindo. O lugar onde ele havia tocado agora pegava fogo, enquanto estranhos arrepios subiam por sua espinha. 

— Por favor, meça suas palavras da próxima vez que me ofertar algo assim — Astoria disse, enquanto lutava para que seu rosto não ficasse vermelho demais.

— Astoria, você tem uma imaginação muito fértil. — Draco respondeu rindo dela e puxando-a para um inesperado abraço. 

— Você nem imagina — ela murmurou, deixando mais algumas lágrimas descerem e borrarem o terno dele de rímel. — Vamos antes que a gente se ferre mais ainda. 

E segurando a mão dele, eles correram chuva afora. 

 

 

Relutante, Astoria entrou no apartamento como se estivesse em um campo minado, tomando cuidado a cada passo como se fosse quebrar alguma das esculturas na estante, um vaso de plantas ou arranhar o chão de madeira. Para ela, existia algo muito pessoal em ir conhecer a casa de alguém pela primeira vez. E sem dúvidas não estava pretendendo conhecer a de Draco tão cedo, ainda mais naquele estado e sem opção de sair dali tão cedo. 

A chuva ainda caia forte lá fora e suas roupas molhadas refletiam bem isso. Estavam os dois ensopados da cabeça aos pés.

Sem dúvidas havia acontecido mais coisas naquele dia do que nos últimos dois anos de sua vida e tudo que Astoria queria era um longo e demorado banho e não pensar que havia pisado em milhares de poças contaminadas até chegarem ali. 

O apartamento de Draco parecia ter saído diretamente de um catálogo de decoração, sem muitos sinais pessoas na mobília, como fotos na geladeira, contas e boletos na bancada da cozinha. Era tudo muito arrumado e monocromático. De certa forma aquilo combinava com ele.

 — É aqui que você guarda todos seus livros que não são simplesmente previsíveis — ela comentou passando a mão pelos exemplares na estante. Alguns eram obviamente de Direito, mas ela podia identificar uma coleção de clássicos enfileirada na última prateleira.

Draco apenas revirou os olhos para ela. Astoria riu e sentou na bancada que tinha na cozinha, enquanto esperava que Draco terminasse o próprio banho e lhe entregasse roupas secas. 

Ficou sozinha alguns minutos até ele voltar vestindo calças de pijamas xadrez e uma regata branca, entregando-lhe uma camiseta e um short. Astoria se controlou para não comentar o quão fofo ele ficava fora do imponente e habitual terno, enquanto ia para o banheiro para finalmente tomar um banho. 

Já havia feito cena demais na frente dele. 

Astoria se olhou no espelho e sua imagem parecia quase desconfigurada. Seu cabelo molhado e grudento em seu rosto, as roupas ainda úmidas, mas seu rosto não conseguia esconder que havia se divertido naquele dia, mesmo com todo estresse e confusão. Ou talvez fosse apenas o álcool ainda em seu sistema distorcendo sua autopercepção. 

Se permitiu demorar no banho e relaxar de verdade pela primeira vez naquele dia. Deixou a água quente cair em sua pele, sem se importar em como seu cabelo ficaria terrível no dia seguinte. Passou o shampoo e condicionador caros que encontrou no banheiro, enquanto fazia uma notação mental de zoar Draco depois por cauda disso. Será que ele as modelos e artistas que ele namorava demandavam esse tipo de tratamento, ou ele era vaidoso a ponto de apenas usar John Frieda? 

Saiu do banheiro e encontrou Draco sentado no sofá bebendo uma dose de algo que ela suspeitava ser whisky, já que havia uma garrafa de Jack Daniels na mesinha de centro. 

Contemplando aquela cena, imediatamente seu cérebro ativou dezenas de bandeiras vermelhas. 

— Você quer saber o que aconteceu no dia que eu li o seu livro? — ele perguntou assim que a viu, enquanto entregava ela um copo com uma dose de whisky.

Astoria devia recusar, ela queria muito recusar. Tinha apenas que beber um copo d’agua e ir dormir. Nada bom parecia sair de uma conversa assim. A verdade é que ela estava começando não odiar estar perto dele e lembrar do comentário ridículo dele em seu Goodreads, era como um gatilho para reviver o ódio que sentiu quando o viu, o que não ornava com a ideia de ter que ficar trancada naquele apartamento junto dele. 

Ela estava ferrada.

— Com certeza — ela concordou com um sorriso quase falso, brindando com Draco e se jogando do grande sofá preto da sala, onde ela provavelmente dormiria naquela noite. 

— Eu tinha acabado de levar um pé na bunda — ele disse sem muitos rodeios.

— Só isso? Essa é sua grande história — ela tentou não parecer surpresa com a súbita confissão. Aquilo era tudo que menos esperava ouvir, mas estava feliz de não ter seu ego esmagado.  

— Não — ele riu com amargura. — Bem, quem eu estava saindo na época com uma menina...

— Não quero fofocas pela metade Malfoy.

— Okay, estava saindo com a Pansy Parkinson — Draco suspirou. — Não era nada muito sério, mas eu meio que esperava que fosse se tornar, a gente estava saindo há uns quatro meses. Então eu comprei para ela um exemplar na pré-venda, porque ela vivia falando da Daphne e como você escrevia bem desde a adolescência. Só que antes do livro chegar aqui em casa, acordei com o celular bombardeado de fotos dela beijando Blaise Zabini.

— Seu sócio?!

— Sim — ele disse constrangido, claramente não querendo prolongar o assunto. — Enfim, a questão é que eu não sou exatamente o tipo de pessoa que gosta de livros de romance...

— Você não é meu público-alvo mesmo — ela deu de ombros.

— É, não mesmo — ele admitiu. Chegava a ser engraçado vê-lo tão exposto assim. Era a primeira vez que via Draco Malfoy ser vulnerável. — Então eu tomei um porre naquela noite, se você folhear o livro, você vai ver que as últimas páginas estão marcadas com gotas de bebida e lágrimas.

— Você chorou?!

— Casamentos, mesmo que falsos, me deixam emocionado — ele deu um gole em sua bebida, como se estivesse engolindo também o fato de estar assumindo aquilo em voz alta.

 Astoria caiu em uma gargalhada que continha um misto de alívio, graça e culpa, por estar rindo da miséria do homem em sua frente. 

 — E essa foi a minha triste história de corno amargurado — Draco parecia mais confortável, enquanto finalizava seu relato. — Apesar de achar que você não deveria ligar para o que idiotas falam de você na internet, eu te devo desculpas por ter feito o que fiz. Quando eu escrevi aquilo eu muito mal sabia o meu nome ou que você veria, só estava indignado com minha própria vida e como tudo consegue funcionar em um livro.

Astoria não havia perdoado completamente os pecados de Draco Malfoy. Ainda estava irritada pensando em como ele havia feito ela se sentir com aquela história toda, mas saber do outro lado da moeda havia sido como uma dose de conforto. Afinal, o dia foi bem tolerável, apesar de tudo que haviam vivido. Era bom saber que ele não odiava uma parte importante dela que era seu trabalho.  

— Antes tarde do que nunca — Astoria se limitou a responder. 

— Eu poderia ter feito isso antes, mas não podia perder a oportunidade de te provocar — Draco retrucou com uma piscada. 

Astoria soltou uma risada nervosa e terminou com a dose de seu copo. Encheu seu copo mais uma vez, porque podia simplesmente não podia suportar um flerte há essa altura do campeonato, enquanto ainda restasse alguma parte de si que estivesse sóbria. 

Continuaram conversando madrugada adentro. Ela havia descoberto que Draco tinha o coração mais mole do que ela esperava. Que o advogado não tinha o melhor dos relacionamentos com a família e se arrependia de muitos dos casos que havia apoiado e defendido pelo escritório. Astoria havia compartilhado sobre seu novo livro, gostos musicais e admitido que havia feito uma extensa pesquisa sobre ele na internet. 

— Existe uma corrida de ouro atrás de você, Sr. Malfoy — ela brincou, cutucando de leve o braço dele. 

Em algum momento da noite haviam se aproximado de forma que suas pernas roçavam uma na outra, ali sentados no sofá. 

— Você não faz ideia — ele mordeu os lábios e fechou os olhos. — Se quiser sempre há espaço para mais uma participante. 

— Acredito que a gente devia se arrumar para dormir, afinal, terminamos uma garrafa de Jack Daniels — Astoria trocou de assunto rapidamente. 

Draco levantou subitamente como se um lapso de consciência tivesse o atingido, mas logo caiu no sofá de novo. Amanhã ele ainda tinha mais um dia de trabalho antes das tão desejadas férias e provavelmente passaria o dia todo se xingando internamente pela ressaca que enfrentaria. 

— Você pode ficar com a cama, eu fico com sofá — ele sugeriu. 

— Okay! — ela respondeu animada

— Você nem vai negar? Dizer que não precisa?!

— Por que eu faria isso? — ela o ajudou a ficar em pé e o arrastou até o quarto. — Olha para essa cama?! Parece de hotel cinco estrelas e pode ser toda mim hoje.

— E você não vai nem me oferecer para dividi-la? Ela é grande o suficiente para nós dois. 

— Jamais — ela sussurrou no ouvido dele, logo em seguida o expulsando do próprio quarto. 

 


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Notas finais do capítulo

EU JURO QUE O FINAL TA VINDO! ♥