Havia muitos outros livros, vários que a acompanhava em todos os momentos de sua vida em Hogwarts, mas tinha um em especifico, especial por sua significância em sua vida. Em diferentes formas e fases.

Rony pensou muito antes de contar aquela história em questão. Mas logo entendeu que deveria dar a Rose o que ela tanto queria. Um príncipe. Um príncipe para uma rosa.

— Esse livro conheci quando sua mãe lia com você ainda na barriga. É infantil, mas mesmo sendo a menina mais esperta para sua idade, só vai entendê-lo quando crescer.

Rose amava ouvir seu pai contar sobre o príncipe em seu asteroide, o único príncipe que segundo ele, poderia um dia se apaixonar. Ele cuidava de seu pequeno mundo não deixando os Baobás crescerem, tinha uma única Rosa: vaidosa e valiosa e que quando estava triste precisava ver o pôr-do-sol.

—Você é um Malfoy, Malfoys merecem ser humilhados e sofrerem o que fizeram no passado com as outras famílias bruxas.

Rose não suportava ver seu amigo Scorpius sofrer represálias por erros de seus antepassados. O defendia quando presenciava certas humilhações, sentava-se com ele em frente ao lago Negro. Viam o pôr-do-sol.

— Não devia ficar perto de mim, sou todo errado.

— Não, é só um príncipe que está aprendendo da pior forma, como são as pessoas do Planeta Terra. Além disso, você me cativou e eu te cativei, somos responsáveis um pelo outro agora.

Scorpius não entendia muito bem o que ela dizia nas entrelinhas, mas ao mesmo tempo, era tudo que precisava ouvir. Rose por outro lado, agora aos dezessete anos, entendia tudo o que o seu livro preferido dizia, se perguntava se seria uma Rosa única em meio a milhões de outras iguais para esse príncipe que adorava assistir ao pôr-do-sol quando estava triste.