De pai, para filha escrita por WinnieCooper, Anny Andrade


Capítulo 3
Contos de fadas trouxas.


Notas iniciais do capítulo

Foi tão legal ler os comentários!
Rony é um pai maravilhoso de diversas maneiras.
Esperamos que gostem dos próximos capítulos.

Boa Leitura!



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Pela primeira vez Rony agradeceu pela mania de organização que Hermione tinha. No começo da vida a dois, ele quase enlouqueceu. E sempre evitava o quarto que acabou virando biblioteca/escritório, mas que ele sabia era o refúgio da esposa.

Respirou fundo enquanto lia as etiquetas das estantes. Parou em frente ao temido “contos de fadas". Não tinha boas lembranças com as fadas e não entendia o motivo dos trouxas as amarem.

— Que títulos esquisitos – fez uma careta – O que seria uma Cinderela? E por que dormir é algo belo? – Pegou logo todos os livros e ignorou suas questões pessoais.

Leu quase todos os contos enquanto Rose estava na escolinha de trouxas do bairro. Ficou incomodado com o jeito que retratavam as bruxas. Não entendia porque eram sempre feias e invejosas. Não achava certo criar sua filha com tais percepções.

Resolveu criar suas próprias versões dos contos de fadas trouxas.

Quando a noite chegou, escolheu uma das histórias daquelas pobres princesas indefesas. Rapunzel o nome da coitada. Tinha cabelos longos e provavelmente dores de cabeça por carregar tanto peso.

Rony sorriu:

— Era uma vez...

Quando terminou Rose o encarou com seus olhos enormes e brilhantes. Os cílios saltitantes.

— Pai, a professora conta essa história diferente.

Hermione que observava a cena da porta não segurou o riso, mas deixou que o ruivo explicasse tudo sozinho.

— Qual história é mais legal? – Ele questionou.

— Gostei que não temos bruxas más na sua. – Rose suspirou aliviada. – Mas também não tinha príncipe. E ela precisa de um príncipe.

— Ela não precisa, se salvou sozinha. – Rony sorriu. – As princesas podem tudo.

— Eu gosto dos príncipes. São heróis!

— Querida, princesas também podem ser heróis.

— Heroínas, papai.

— Isso. – Rony sorriu.

— Eu sou uma bruxa né? – ela questionou. Rony acenou afirmando. – Mas eu posso ser princesa também?

— A princesa mais linda, esperta e heroína de todas. – E com um pai coruja que ajeitava a coberta sobre a filha.

Rony beijou a testa da garotinha e estava quase saindo quando escutou:

— Mesmo assim vou querer um príncipe para mim.

Não foi a constatação mais feliz, mas no dia seguinte poderia insistir para sua filha desistir de tal ideia.


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Notas finais do capítulo

Vamos para o próximo!



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