Após a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, Léo pede que Hermione espere, pois ele tem algo importante para falar com ela. No qual ela se dirige até a mesa do professor.

— Tem algo de errado professor?

— Bom, mais ou menos senhorita Granger. Porém - Ele nota que todas as pessoas saíram da sua sala, e faz um sinal fechando a porta. - Bom, agora que estamos a sós, eu preciso lhe confessar uma coisa, um mal de minha parte.

— Que mal seria esse?

— Minha curiosidade. Bom, ontem, quando você disse ao senhor Malfoy que precisava digerir os últimos acontecimentos, eu acabei por ler a sua mente, e vi algo que me deixou intrigado. Desculpe minha falta de compostura.

— Eu entendo que isso deve ser uma mania do senhor, mas gostaria que não fizesse mais. Principalmente sobre assuntos tão íntimos que...

— Senhorita Granger, o que a senhorita e o senhor Malfoy fizeram ontem na sala precisa eu já sei, e para isso eu não precisava nem mesmo ter lido a mente de vocês, e o da floresta, eu vi pela mente dele, enquanto ele contava o que havia se passado, afinal de contas, porque eu deixaria ficar somente em uma fala, se eu poderia ver a cena. Porém, eu estava me referindo ao álbum, aquele que você achou em seu porão.

— O que o senhor pode saber disso?

— Bom, prefiro te mostrar. Me dê sua mão.

    Hermione obedece, e os dois aparatam, para ela foi estranho, pois a aparatagem dele não tem a distorção normal, é algo mais reto. Porém, ela ficou menos tonta que o normal. Eles chegam em uma sala onde suas paredes refletem dourado, pelas tochas que iluminam. Logo na entrada, existe a estátua de Godric Griffindor. Ela via quadros de pessoas, todas vestidas de vermelho e dourado.

— Onde estamos? Aqui ainda é Hogwarts?

— Sim, este é o panteão de Griffindor. Onde estão presentes todos os retratos de minha família, assim como pessoas ilustres da casa. Esta área pode ser acessada pelos alunos, afinal, aqui é o túmulo de meu pai. Porém, hoje em dia, não se faz todas as reverências aos mortos assim. Porém, tem um local onde poucos vão.

    Léo transforma sua varinha em sua espada e toca no ombro da espada de seu pai, onde uma porta se abre atrás. Ele segue por aquela sala, e chama Hermione para segui-lo. No corredor, existiam diversos quadros, estes diferentes dos demais, não se mexiam, pareciam somente ilustrações.

— Quem são estes? Para estarem somente assim.

— Papai dizia que, quando quadros estão fora do alcance e da interação das pessoas, não precisariam se mexer. Então, este é o memorial de minha família. (neste momento ele aponta para uma pintura, onde estava o retrato dele) Viu ali. Fizeram aquela pintura quando eu tinha 25 anos. Até hoje ela está ali, junto de minha falecida esposa e meus quatro filhos.

— Porque dois são somente crianças?

— Um dia eu conto a minha vida para você, mas agora, é aquilo que eu quero te mostrar. (Apontando para o final da linha de quadros, onde tinham 3 quadros. Um com um homem, um com uma mulher de cabelos castanhos e um vazio.) Minha família, muitas vezes estavam espalhadas pelo mundo, onde nem todos conseguiam estar aqui para que estes quadros fossem pintados, e principalmente, depois da minha imortalidade, e de uma perseguição a família de meu pai por parte de uns seguidores da filha de Salazar, minha família foi forçada a se esconder. Esses são os últimos que se teve notícia, onde eu sei que estão mortos.

— Aurora e Mathias Griffindor. E este quadro vazio?

— Bom, como eu disse, nossa família foi forçada a se esconder, e estes quadros, eram feitos por um feitiço conhecido como espelho da memória. Nós nos comunicávamos com o guardião desta cripta, onde ele colocava o quadro no devido local.

— Quem é este guardião?

— O fantasma da casa, Nick-Quase-Sem-Cabeça. Geralmente ele pedia ajuda a algumas pessoas, porém, ele fazia parte do nosso voto perpétuo. A última notícia que eu tive de Aurora, era que ela teve uma filha, onde ela mandou as iniciais, e disse que sua filha teve que ser deixada com um casal trouxa. Eu sei que você é esperta, então, acho que você já entendeu onde eu quero chegar.

    Hermione começou a ligar os pontos naquele momento, mas dizia para si mesmo que isso era impossível, pois ela não seria de uma família tão influente, como a dos fundadores de Hogwarts. Mas tinham as iniciais no quadro vazio, H.G. este momento para ela a deixava confusa.

— Bom, porque você pensa isso senhor?

— O álbum que você achou, pertence a minha família. Não a casa comunal da Grifinória, mas a família Griffindor. E sobre ser o único quadro com iniciais ao invés de nome completo, o principal motivo era que Aurora estava com medo de haver algum espião, então ela deixou somente um indicativo. H, pode ser qualquer nome, assim como o G pode ser de Griffindor ou de Granger. Mas você me lembra muito ela, então, gostaria de que você fizesse um teste. Puxe sua varinha e faça o mesmo feitiço que eu fiz, Excalibur!

    Hermione obedeceu, onde a espada que surgiu era a de Godric. Ela olhava a lâmina, estranhando que ela tenha aparecido assim.

— A espada de meu pai é a primeira espada que aparece para alguém de minha família. Esta é a confirmação que eu precisava. Você é uma Griffindor.

— Não, isso é impossível! - Hermione queria acreditar que seus pais ainda estavam vivos. Ela não conseguia aceitar que nem os conhecia, e eles já estão mortos.

— Você descende de duas famílias que não houve nenhuma mistura com o sangue trouxa, Afinal, seu pai é um Peverell, e adotou o nome de Griffindor por ser outra família perseguida, mas no caso deles, perseguidas pelas relíquias da morte, que achavam que ele tinha, por ser do ramo principal. Seu pai e sua mãe preferiram lhe entregar para uma família trouxa, unicamente para salvar a sua vida. Você pode ser Granger no nome, mas você é Griffindor no sangue.