Lá estava Hermione novamente, no galpão da polícia, com sua varinha iluminando tudo através de uma esfera de luz invocada com o Lumus.

— Eu tenho certeza que alguma coisa de diferente aconteceu aqui! - Hermione olhava um carro todo retorcido, claramente havia sofrido uma batida séria. - Eu sabia: Omino Revelium.

Umas marcas surgiam no motor do carro. E ela teve certeza.

— Mataram a minha mãe!

— Tem alguém aí? - Um policial veio com a lanterna iluminando tudo no caminho, mas quando estava a ponto de ver Hermione, ela aparata para casa. Chutando uma cadeira e deixando as lágrimas escorrerem.

— Eu sabia! Eu sabia! Eu não podia ter voltado agora!

Seu pai entra no quarto e abraça sua filha.

— O que aconteceu filha?

— O carro da mamãe pai! Ele foi adulterado, mas por magia, não por algum trouxa! Eu tinha que deixar vocês com amnésia, era melhor!

— Não diga isso! Eu e sua mãe ficamos o tempo todo sabendo que faltava alguma coisa na nossa vida. Era você! Agora vai dormir um pouco! Saiba que eu te amo!

Ele a senta na cama e beija sua testa. Saindo e deixando sua filha chorar. Ele sabia que ela estava sofrendo, mas ele não estava mais aguentando, precisava também aliviar a pressão, trancou-se no seu quarto e abraçou o retrato de sua falecida esposa, fazia três dias que havia enterrado ela, no dia seguinte, ele iria voltar ao trabalho. Depois de um tempo chorando abraçado com a foto, Hermione entra no quarto, já com seu pijama.

— Papai!

— Oi filha! - Ele enxuga seus olhos, não queria que sua filha o visse chorando! - O que aconteceu?

— Eu sei que você chora todas as noites desde que o telefone tocou e falaram que a mamãe morreu pai, pode parar de fingir ser forte. Eu que lutei em uma guerra, você não!

Ela o abraça e fica ao lado dele até que ele consegue dormir. No dia seguinte, ela acorda mais cedo e prepara o café, cumprimenta ele e diz que irá encontrar com o Harry, para comprar o material deste ano, pois o Rony não vai querer ir. Ele sai de casa, mas ela nota que ele esqueceu a maleta, pega e leva para ele fora da casa. Quando ela o chama, ele olha e recebe um clarão verde, caindo morto e uma sombra encapuzada se desfaz em uma fumaça preta, voando para longe.

— PAI! - Ela joga a maleta no chão e abraça seu pai!

Passado dois dias. Ela está arrumando o porão, agora só ela morava naquela casa, e iria separar algumas coisas para doar.

— O que é isso? - Ela pega um álbum com o simbolo da Grifinória - O que isso tá fazendo aqui? Nem sabia que eu tinha i... Mas isso não é meu.

"Por favor casal Granger, cuide da minha filha!
Estamos sendo caçados, e o único jeito que ela continue viva é abrindo mão de nossa filha. Que no futuro ela entenda siga o caminho do bem, assim como todos os nossos ancestrais."

— O que?

Ela chorava, suas lágrimas agora estavam mais pesadas, além de perder a mãe e o pai, descobriu que seu passado todo foi uma mentira. Por isso a falta de fotos da mãe grávida, por isso que ela nunca conseguiu achar muitos detalhes de seu nascimento! E para piorar toda a situação. Na véspera da volta às aulas, Rony aparata na sua sala.

— Oi amor, o que houve? - Hermione era delicada com ele, mesmo tendo sofrido tudo que sofreu.

— Sem essa! - Rony estava extremamente rude desde que ela disse que iria voltar as aulas. - Você ainda vai continuar com essa ideia idiota de voltar pra escola? Nós já lutamos em uma guerra, não acha que nós já sabemos muita coisa?

— Vamos discutir de novo?

— Você não entendeu, ou é Hogwarts, ou eu! Escolhe agora!

— Hogwarts! - Hermione nem pensou, mas sempre deu a importância para os estudos, quem era ele para tentar impedir sua volta!

— É sua palavra final?

— Não! Minha palavra final é fora da minha casa!

Rony aparata e deixa Hermione sozinha, que termina de juntar suas coisas e arrumar sua bagagem, pois ela iria encontrar com Harry e Gina logo cedo.