A Saga E - A pirâmide Colossal escrita por Diego Farias


Capítulo 5
Julian Solo escuta uma serenata


Notas iniciais do capítulo

Será que Haruto e Yuna terão mais sorte com Julian?



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Haruto e Yuna estavam simplesmente encantados em caminhar pelo fundo do mar. As aguas que eram sustentadas pelos pilares dos mares, davam mesmo a impressão que eram o céu. Tirando o fato que era possível ver todos os seres marinhos nadando pela água.

  

O Cavaleiro de Lobo deixou um pouco de apreciar a vista e analisou o ambiente. Ele subiu num morro de corais e dalí, ele avistou sete pilares espalhados por toda fortaleza marina e um pilar central que provavelmente era aonde o homem que eles estavam procurando estavam: Julian Solo.

—-- Eu fiquei sabendo que os generais marinas morreram na luta contra Seiya e os outros! – disse Yuna.

—-- Mas não vamos nos precipitar! Nada impede de Poseidon ter re-posto seus generais e estar pronto para qualquer tipo de investida da superfície! Sugiro que nos dividamos para melhor explorar o ambiente. Duvido que ele esteja por perto daqueles pilares menores, ele deve estar naquele pilar central! – disse o lobo apontando.

—-- ENTÃO O QUE ESTAMOS ESPERANDO, VAMOS DIRETO PARA A AÇÃO! – gritou alguém assustando o casal de cavaleiros de bronze.

Quando eles olharam para trás havia um homem com os braços cruzados com a perna direita sobre uma rocha numa posição heróica. Ele tinha a pele parda e os olhos negros inexpressíveis. Seu cabelo era branco cortado em moicano e ele esbanjava um sorriso confiante.

—-- ICHI-SENPAI!!! – gritaram os dois em reprovação.

—-- O que foi, pessoal? – disse ele assustado.

—-- Quer mesmo acabar com o disfarce? Não saia por aí gritando ou usando sua cosmo energia! – repreendeu Yuna.

—-- Teremos problemas se houverem guerreiros marinas por aqui!...

O antigo cavaleiro de bronze de Hydra ficou cabisbaixo e foi diminuindo de acordo com as broncas dos novatos de Palaestra.

—-- Aff.. – suspirou Yuna. – Por que Saori-san nos mandou ir com ele?

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Yuna começou a se recordar das últimas instruções no santuário.

—-- Mas Athena-sama como os cavaleiros poderão ir avisar Julian Solo nas profundezas dos Mares? E mesmo assim, se houverem outros guerreiros Marinas para interceptá-los? – dizia Kiki.

—-- Os generais marinas foram derrotados há muito tempo! O único que sobreviveu e mesmo assim tem um gênio pacífico é o Sorento de Sirene e a única amazona entre eles: Tetis de Sereia.

—-- Mas mesmo assim! Eu ajudei Shiryu e os outros carregando a armadura de libra por aqueles arredores, eu poderia ir com eles?

—-- Nesse momento é impossível que qualquer cavaleiro de ouro se ausente, Kiki! – lembrou o grande mestre. – Temos cavaleiros de bronze experientes! Além de tudo estamos num tratado de paz com Julian Solo creio que não haverá problemas!.... Você poderia ir, Haruto?

—-- Sim, senhor... – disse ele ajoelhando-se diante do grande mestre.

—-- Suas habilidades de espionagens seriam perfeitas para se caso houvesse qualquer problema! E acho que Yuna também é uma ótima estrategista! Podemos contar com você?

—-- Sim, grande Papa! – concordou ela também.

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De volta. Yuna e Haruto se entreolhavam e Ichi ficava a encará-los desconfiado.

—-- Bem o plano fora o seguinte: Vamos nos aproximar sorrateiramente do pilar central. Pelo que Athena-sama nos informou, existem dois guerreiros marinas e estamos em três, ou seja, dois de nós o encontraram pelo caminho, e um estará livre para chegar até Julian e avisá-lo! Assim, que a missão estiver cumprida, acionaremos o cosmo de Athena com o nosso e ela nos tirará daqui!

—-- Entendido! – concordaram Ichi e Yuna juntos.

—-- O.k! Que Athena olhe por nós! – disse Haruto sumindo diante dos olhos dos outros como os ninjas geralmente fazem.

—-- Até Ichi senpai! – disse Yuna correndo numa outra direção.

—-- Huuuummm – grunhiu o cavaleiro de Hydra. – Esses novatos vão ver o meu valor.

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O cavaleiro de Lobo corria rapidamente por um caminho por entre os corais. Até que seus olhos avistaram alguns soldados marinas fazendo uma ronda matinal. Haruto fez rápidos sinais de mãos e lançou-se sobre o chão e desapareceu em lama.

Os soldados passaram marchando e pisaram aonde o ninja estava e não sentiram qualquer diferença. Quando eles tomaram uma distancia segura, o cavaleiro ninja se materializou e respirou fundo. Ele encarou novamente o céu feito de agua e se colocou de pé. Ele notou que estava próximo a um dos sete pilares, o qual deveria ser guardado por um general marina.

—-- Seja bem vindo a fortaleza Marina, cavaleiro de Athena! — disse alguém.

Haruto se pôs de pé rapidamente e se colocou em posição de luta. Um homem trajando uma armadura como a dos cavaleiros de ouro desceu a escadaria que levava ao pilar. Ele tinha cabelos roxeados e carregava em uma das mãos um flauta.

—-- Quem é você? – perguntou o ninja.

—-- Eu sou o general marina que defende o pilar do atlântico sul! Meu nome é Sorento de Sirene...

—-- Então, este ainda é o atlântico sul?

—-- Não! Este é o pilar do Pacífico Norte, mas eu vim especialmente pra interceptar os cavaleiros de Athena que estão quebrando o contrato de paz que fizeram com o mestre Poseidon...

—-- Não, não estamos aqui para um confronto! Temos uma informação importante para o Deus dos Mares e...

—-- Não queremos nada de vocês, santos de Athena! Presumo que peguem seus companheiros e saiam daqui ou as profundezas dos mares serão o túmulo de vocês! – disse ele levando a flauta até a boca.

—-- EU NÃO VOU PERMITIR! – gritou Haruto desaparecendo.

Antes que Sorento encostasse seus lábios na flauta, Haruto surgiu no alto esquerdo e preparou-se para chutar sua cabeça, mas o general marina parou o ataque usando um único dedo.

—-- É muito inteligente da sua parte notar que meu poder consiste em usar esta flauta como arma! Mas não pense que isso é tudo... – disse ele liberando parte do seu cosmo.

O dedo de Sorento brilhou e Haruto foi atingido por uma partícula dourada que o impulsionou sobre algumas estátuas e pilastras. Com o impacto, ele as destruiu com o próprio corpo.

—-- Que poder absurdo... Quer dizer que ele pode fazer tudo isso, com apenas um dedo?... – pensou o cavaleiro tentando se por de pé.-- Hm?

Haruto arregalou os olhos por detrás dos óculos quando viu Sorento levando a flauta a boca de novo. Ele elevou o seu cosmo para destruir os escombros em cima do seu corpo e rapidamente se pôs de pé.

—-- JUUMONJI GANSEI KUSUSHI ( Estrela Demolidora de Pedra) – gritou ele.

Haruto conseguiu chamar a atenção de Sorento que ficou admirado com as Shurikens de terra que voavam na sua direção. Mas ele simplesmente puxou a capa da sua armadura e as mesmas se partiram em contato com ela. Mas pra surpresa dele, o cavaleiro de Lobo estava novamente em cima dele, e preparava-se para socá-lo no rosto. Sorento estava surpreso e Haruto deu tudo que tinha no ataque.

—--Hum! – riu o general de Sirene sumindo na frente do cavaleiro de Lobo.

—-- O quê?! – disse Haruto ouvindo uma leva melodia.

Ele olhou para trás e viu Sorento tocando a sua flauta. O ninja começou a suar friamente, e ajoelhou com as mãos na cabeça. Seus olhos estavam trêmulos e seu corpo estava fora de controle.

—-- Você deve estar se perguntando o que está acontecendo contigo, não é? Essa é a minha “Sinfonia Final da Morte”... Ela não só paralisa o inimigo, como reduz o cosmo dele e dificulta suas habilidades mentais e corporais... – dizia Sorento pelo cosmo. – Eu lhe avisei, agora irá morrer cavaleiro de Athena.

—-- AHHHH!!!! – gritava Haruto batendo com a cabeça no chão. – MINHA CABEÇA VAI EXPLODIR!!!....

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Enquanto isso Yuna derrubava alguns soldados marinas que não estavam a sua altura. A menina secou o suor da testa e viu que ainda faltava pra chegar no Pilar Central onde Julian Solo estava.

—-- Hm? – disse Yuna quando sentiu algo subir pelas suas pernas. – O que é isso?

Yuna estava sendo tomada por corais. Os mesmos estavam subindo pelas pernas, fincando a menina ao chao. Eles já estavam chegando a cintura. Foi quando uma amazona sem máscara apareceu diante da amazona de águia, e ela tinha um sorriso triunfante no rosto.

 

—-- Não se esforce! É impossível fugir da minha cilada de corais! – dizia a amazona que trajava uma armadura vermelha. – Seu fim será aqui, amazona de Athena!...

—-- Então, você é Tétis de Sereia? – indagou Yuna. – Esse lixo de ataque não vai me segurar!...

Tétis levantou uma sobrancelha quando viu a jovem guerreira invocar um vento poderoso. O vento despedaçou os corais e destruiu o recife.

—-- Me diga qual é o caminho mais rápido, até Poseidon!

—-- Quem você pensa que é pra me exigir isso? – disse a sereia elevando o seu cosmo.

—-- Me diga ou arrancarei essa informação de você!...

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Ichi de Hydra estava correndo desengonçadamente. Ele suava muito e estava com a lingua pra fora, enquanto subia arrastando-se a escadaria de mais um outro pilar.

—-- Eu já sou um senhor, não posso fazer todo esse esforço... Seiya e os outros só conseguiram por que eram novinhos! – dizia ele com lágrimas de crocodilo. – Hm?

Um brilho dourado chamou a atenção de Ichi. Ele olhou vagarosamente pensando que se tratava de um cavaleiro marina, mas viu que era uma armadura dourada que reluzia fortemente.

—-- Isso é... – dizia ele surpreso. – Uma das lendárias escamas!

Ichi sorriu diabolicamente e ficava alisando a armadura e olhando para os lados para ver quem estava olhando. E depois voltava pra alisar e abraçar a armadura.

—-- Minha! Será minha! Os dias de cavaleiro de bronze fracassado se foram! Aposto que esta armadura reluziu em resposta do meu cosmo! Eu serei o novo general marina! Ichi de RYUMÚNADES... – dizia ele com os olhos brilhando.

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Julian solo estava tranqüilo em seus aposentos reais. O jovem estava deitado num sofá sofisticado, enquanto um servo marina tocava uma bela canção com sua lira. O belo jovem de cabelos azuis deliciava-se com aquela canção, enquanto vislumbrava o céu de agua.

—-- Hm? – disse ele sentindo uma sensação.

O ar tremelicou ao redor deles. E perto da escadaria onde levava ao Pilar Principal que sustentava os sete mares uma passagem se abriu. Julian ficou apreensivo e um aperto em seu peito o incomodava. Até que da passagem que parecia vir de uma dimensão estranha, um cavaleiro saiu. Um homem de cabelos esverdeados e espevitados que trajava uma armadura verde escura. As ombreiras eram em forma de mandíbulas de crocodilo e ele olhava curiosamente para a reencarnação do Deus dos Mares.

—-- Quem é você?! – disse Julian.

—-- Vida longa ao Deus dos Mares... – cumprimentou o homem com uma reverência. – Eu sou um dos seus mais fiéis servos! Meu nome é Sobek! Sou o Deus dos Crocodilos...

—-- Um servo de Rá? O queres aqui na minha fortaleza submarina?

—-- O senhor... – disse ele sorrindo. – Meu mestre Rá precisa dos seus poderes!

—-- Meus generais marinas jamais permitirão!

—-- Aé? E onde estão os seus guerreiros que não estão aqui para proteger o seu Deus. – Hm?

Sobek sentiu um cosmo e quando olhou para trás viu algo vindo na sua direção. O Deus saltou, esquivando-se do que pareciam ser serpentes que atingiram o chão aonde ele estava. Julian sorriu quando viu um dos seus generais marinas, mas ao mesmo tempo ficou sem entender, porque não o conhecia.

—-- Estou aqui para proteger meu senhor, Poseidon! – disse Ichi. – Sou Ichi de Ryumunades!

—-- Mais um general marina se levantou... – disse Julian surpreso. – Hm?

Julian ficou tonto. Ele colocou as mãos na cabeça como se sentisse um pouco de dor e de repente algumas imagens vieram a sua mente. Flashs da sua batalha contra os cavaleiros de Athena, até que ele começou a voltar ao normal.

—-- Que memórias são essas? Estão invadindo a minha mente de novo!...

—-- Ele não se lembra? Não se lembra que quase destruiu o mundo... – pensou Ichi. – HM?

—-- MANDÍBULA DO CROCODILO!!! – gritou Sobek.

O Deus abriu as mãos e delas saiu uma rajada de agua em forma de uma boca de crocodilo aberta. Ichi queimou o seu cosmo e abriu as palmas das mãos na direção do ataque.

—-- MIL PRESAS PARALISANTES DE HIDRA!! – gritou ele.

As mil serpentes de cosmos se chocaram contra o ataque do Deus., mas não foram bastante fortes para segurar o ataque, que atingiu Ichi em cheio jogando-o contra as construções do templo, fazendo-as desmoronar.

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Do pilar do pacífico norte, Sorento ouviu o barulho e pode ver as construções caíndo. Ele deixou de tocar a sua flauta, e Haruto voltou a respirar, mas continuava estirado no chão.

—-- Eu não posso perder mais tempo com você! – dizia ele olhando na direção do palácio de Poseidon. – Alguém esta lutando no pilar central, eles vão acabar acordando a essência de Poseidon novamente, e ele vai destruir o mundo!....Adeus cavaleiro....O quê?!...

Quando Sorento voltou a sua atenção para Haruto, ele se assustou por que a terra dançava na sua frente. O cavaleiro ninja fazia sinais de mãos caído no chão mesmo. Até que um lobo de terra se formou e atacou Sorento.

—-- SOUGA HOROUCHI ( GARRAS DO ESPÍRITO DO GRANDE LOBO) – gritou Haruto.

Sorento tentou tocar a sua flauta, mas o chão tremulava e ele não tinha equilíbrio, ataque o grande lobo de terra o engoliu e o pressionou contra o chão. Não demorou muito para que o general marina se levantasse furioso, mas Haruto não estava mais lá. Sorento torceu seu nariz, mas correu na direção do Pilar Central.

Depois de alguns minutos, Haruto desfez seu véu de terra e apareceu diante dos destroços da batalha. Ele suspirou aliviado, mas desmaiou logo em seguida.

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Tétis atacava com uma voadora e Yuna defendeu-se cruzando os braços. A amazona de águia voara contra um rochedo, destruindo-o com o próprio corpo.

—-- Morra de uma vez, amazona de Athena! CILADA DE CORAIS!!! – gritou a sereia.

Yuna estava caída ainda no chão quando os corais começaram a envolvê-la como uma mão. Logo a menina foi envolvida por um casulo de corais. Tétis sorriu e já caminhava na direção contrária quando ouviu um zumbido de dentro do casulo.

—-- Ela não está querendo forçar uma saída do meu casulo? – disse ela assustada.

—-- BLAST TYPHOON!!! ( Tufão Explosivo) – gritou Yuna lá de dentro.

Tétis ficou assustada quando de repente o casulo começou a ceder e  o ar começou a abrir saídas, até que o casulo explodiu e Tétis foi obrigada a proteger os olhos por causa da ventania.

—-- Onde está? Cadê você maldita? – dizia ela sem ver Yuna em lugar nenhum.

—-- AQUI EM CIMA!!! – gritou a amazona de águia. – AQUILA SPINNING PREDATION (ATAQUE GIRATÓRIO DA AGUIA)...

Tétis não pode se mover. Yuna acertou o abdômen da amazona em cheio e o ataque a lançou a quilômetros. O impacto fez com que uma grande coluna de terra se levantasse. Yuna olhou para a derrota da inimiga, mas correu na direção do pilar central.

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—-- Parece que seus generais não sabem quando devem parar... – riu Sobek quando viu Ichi tentando se levantar.

—-- As escamas... – disse Julian notando as rachaduras na armadura. – O poder desses deuses egípcios é incrivel...

—-- Droga... Porque...Por que mesmo com uma armadura de ouro, eu não tenho o poder para enfrentar esse cara...

—-- É por que você esta vestido de general marina, mas ainda tem a cabeça de um cavaleiro de Athena! – dizia alguém.

Ichi olhou para trás e viu a figura de Sorento subindo as escadarias do pilar central calmamente. Ele fixou os olhos em Sobek e estava com sua flauta aposta.

—-- Deixe o poder de Poseidon fluir atraves de você! Deixe que Ryumunades te guie...

—-- Ninguém vai viver pra guiar ninguém! MORRAM!!! Mandíbula do crocodilo!...

O ataque vinha na direção de Ichi e dessa vez o ex-cavaleiro de Hidra ficou parado e começou a elevar o seu cosmo.

—-- Eu entendi! Agora eu sinto o poder da escama me invadir... – disse ele de olhos fechados. – SALAMANDRA SATANICA!!! – gritou Ichi.

—-- O quê?! – disse Sobek assustado com o tamanho cosmo.

A salamandra feita de agua colidiu contra o crocodilo e os dois ataques ficaram se pressionando. Até que o cosmo de Ichi explodiu, e ele acertara Sobek em cheio de forma que o Deus colidiu contra o pilar central.

—-- Quanto poder... – disse Julian orgulhoso. – Então essa é a força do guardião do Pilar Antártico...

—-- Isso... Isso ainda não acabou... – disse Sobek se pondo de pé.

—-- Acabou cavaleiro de Rá! Se prepare para morrer! – disse Sorento levando sua flauta a boca.

—-- Hm? – disseram todos.

Uma bela melodia começou a ser entoada. De repente tanto os generais marinas, como o próprio Julian desabaram no chão com suas mãos nas cabeça. Ele gemiam e rolavam no chão de dor. Sobek ficou sem entender, até que viu a pessoa que tocava um requem sentada sobre um rochedo.

Era uma mulher que trajava uma armadura branca. Ela tinha seus cabelos da mesma cor e caíam sobre seus ombros. Ela encarou Sobek com seus olhos que eram puramente azuis e seu sorriso ao mesmo tempo que fascinante era terrível.

—-- O que faz aqui, Hator? – disse ele torcendo seu nariz.

—-- Mestre Rá pediu para que eu o acompanhasse... Ele sabia que um Deus Menor como você não poderia dar cabo de uma missão tão importante!...

—-- Ora sua maldita...

—-- Sobek, faça seu trabalho! Chame logo os “carregadores” do Duat!...

Sobek mais uma vez trincou seus dentes de ódio, mas estalou seus dedos. Sorento arregalou os olhos quando viu a passagem do Duat aberta e ainda quando dela saíram quatro homens egípcios que trajavam apenas saiote e sandálias. Ele carregavam um caixão dourado, adornado com várias pedras preciosas.

—-- Rápido! Coloquem Julian Solo na Liteira! – ordenou o Deus dos crocodilos.

—-- NÃOOO!!! – gritou Sorento tentando levar a flauta a boca. – AHHH!!!....

O general de Sirene foi laçado por linhas. Ele olhou para trás e viu que elas vinham do requem de Hator.

—-- Acho bom que você fique quieto... A não ser que queria perder sua cabeça! Eu, Hator a Deus da Música farei uma bela serenata para o fim de Poseidon...-- disse ela começando a tocar.-- Hm?

De repente Hator bloqueou um chute com o braço direito. E olhou carinhosamente para Yuna que ficou surpresa com a deusa a tê-la sentido se aproximar.

—-- Que má educação, vocês cavaleiros possuem!...

—-- Hm? – disse Yuna quando viu as unhas da deusa brilhar e ela ser jogada longe por feixes de luzes  que atingiram-na em cheio.

Hator voltou a tocar e os generais marinas foram obrigados a assistir, seu mestre sendo colocado dentro da liteira, enquanto se tocava uma fúnebre, mas bela serenata. Quando o caixão com Julian Solo adentrou no Duat, Sobek também passou e Hator também começou a caminhar até eles.

—-- Eu vou te matar, sua maldita! – disse Sorento.

—-- É mesmo? – disse Hator ainda de costas. – Eu detesto ser ameaçada sabia, general de Sirene?

E tocando um último acorde, a cabeça do general rolou pelo chão. Ichi ficou perplexo e encarou a deusa com medo. Ela passou pelo Duat, mas antes que este se fechasse, ela sorriu para Ichi. O ex-cavaleiro de Hidra olhou o corpo de Sorento no chão e se levantou assustado.

—-- Meu Deus... – disse Haruto vendo o estado do campo de batalha e o corpo de Sorento no chão.

—-- Eu tentei pará-los, mas não consegui... – desculpou-se Yuna.

—-- Nós temos sorte de estarmos vivos ainda, Yuna! Mas é inevitável.... Nós falhamos... – disse Haruto encarando pela última vez, o céu de Mares.


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