A Saga E - A pirâmide Colossal escrita por Diego Farias


Capítulo 37
July




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Yuna passeava pelos aspirantes a cavaleiros e amazonas de Andrômeda. O burburinho eufórico pelo sacrifício que ocorreria no dia seguinte, demonstrava que todos estavam empolgados e ansiosos pela chance de estarem sendo representados pela constelação lendária.

  Vários conversavam sobre a influência de Shun e os outros cavaleiros lendários. Yuna se surpreendeu até de relatos de alguns foram salvos pessoalmente pelo cavaleiro de andrômeda, quando este, enfrentava inimigos em seus países natais.

   ― July! ― ela balbuciou sentindo um filete de cosmo tranquilo, mas poderoso.

 

   Suas bochechas coraram ao contemplar o filho do grande mestre na praia, lá em baixo. O garoto vestia apenas uma calça de pano surrado, deixando o corpo branco, musculoso e todo marcado de cicatrizes a mostra. Seus cabelos esvoassavam com o vento marítimo e brilhavam com o sol a pino.

   ― Yuna? ― ele surpreendeu-se ao sentir a presença da amazona de Águia. ― Pensei que estivesse descansando.

  ― É que eu te vi aqui.... Digo! ― a menina ficou ainda mais vermelha. ― Eu não estava te espionando, não! É que eu fiquei curiosa... NÃO!

   July riu. A loira sentiu-se uma idiota. Todas as garotas da ilha deveriam se sentir assim perto dele. July parecia ser simpático, de humor alegre, forte e extremamente bonito.

   ― Eu estou esperando o mar se acalmar um pouco para devolver o cristal da armadura de andrômeda a sua bacia. Não tem como fazer o sacrifício sem as correntes da armadura.

  ― E serei eu que ficará com ela!

   O casal de cavaleiros olhou para trás e observaram a figura de um garoto franzino e de pequena estatura, de pele branca, queimada de sol, cabelos brancos e cortados no estilo moicano.

   ― Está bem confiante, Columba! ― riu July. ― Mas não deveria estar se preparando, então?

  ― E que melhor preparo, eu teria, senão enfrentar uma amazona de bronze lendária? ― Yuna arregalou os olhos. ― Aceita o meu desafio, Yuna de Águia?

  ― Se você quer se tornar um cavaleiro de Athena, deveria saber que cavaleiros são proibidos de enfrentarem-se em combates triviais ou pessoais! ― July escondeu o riso e Yuna ficou sem graça, novamente. ― Eu não vou participar disso!

  ― Então, eu terei que obrigá-la! ― ele cerrou os punhos e algo chamou a atenção de ambos cavaleiros a sua frente.

   Uma fina camada de cosmo energia percorreu o aspirante a cavaleiro e dos poros de sua pele, começaram a ser liberadas lufadas de ar. July coçou o queixo e parecia desconfiado.

   ― Então, você havia despertado o seu cosmo em segredo? ― ele riu da cara de Yuna de dúvida. ― É que nem todos os aspirantes a cavaleiros conseguiram despertar o cosmo. Na verdade... nenhum deles.

  ― E como eles sobreviveriam ao sacríficio sem despertar o cosmo?

  ― Tínhamos a esperança de que o medo da morte eminente despertasse o cosmo deles e assim, o cavaleiro ou amazona de andrômeda nasceria... Mas pelo visto, temos alguém destinado a armadura.

  ― Não! ― Yuna encarava Columba, atentamente e a sua certeza atraiu a atenção do loiro de Cérbero. ― Ele não está destinado à Andrômeda.

   Yuna não enxergava mais o corpo de Columba, normalmente. Ela podia ver o seu universo interior e dentro dele, seus pontos estelares que pouco a pouco, revelavam a sua constelação guardiã.

 

  ― Você está dizendo que eu não sou forte o bastante? Você não me conhece!

  ― Você está destinado à outra constelação! ― ambos cavaleiros se surpreenderam. ― Eu posso ver seus pontos estelares e vejo que você nasceu regido pela constelação de...

  ― CALA A BOCA!

  ― PARE COLUMBA!

   O aspirante a cavaleiro avançou contra yuna com seu punho envolto de anéis de vento. A cosmo energia tornou-se agressiva e instável, mas não parecia assustar a amazona de Águia. July ia intervir, mas ao notar o cosmo puro da loira, ele retesou.

   ― PUNHO EÓLICO! ― gritou Columba.

   Yuna semicerrou o seu olhar e virando-se, ergueu sua perna direita, envolta em vento e desferiu um poderoso chute que bloqueou o ataque do aspirante. Ambos começaram a queimar seus cosmos, liberando bastante ar ao redor, obrigando July a se segurar.

   ― Você será um guerreiro formidável e uma ótima aquisição para Athena, Columba! ― o aspirante assustou-se. ― Mas precisa que alguém lhe ensine modos.

   Yuna urrou e as suas correntes de ar, além de repelirem o golpe do aspirante, o lançaram no ar, fazendo-o colidir contra a chapada de rocha. Ele cuspiu um pouco de sangue e caiu sobre a areia da praia, inconsciente.

   ― Woow! ― July exclamou. ― Você é mais terrível que a minha mãe!

   Yuna saiu da sua pose de segurança e voltou a esconder o rosto dos orbes caramelados do loiro. July voltou a rir, mas acabou, despedindo-se, pulando no oceano e nadando pelo mar aberto a procura do lugar o qual pertencia a armadura de andrômeda.

   ― Ele é realmente incrível, não é? ― Yuna quase pulou ao ouvir a voz da mestra da ilha ao seu lado.

   June estava ao seu lado, carregando o aspirante desmaiado acima do seu ombro. Ela encarava o mar e respirava fundo.

   ― Yuna! ― ela se preparava para levar um sermão ou até um golpe da esposa do mestre do santuário. ― Não se apegue ao July...

  ― Mas senhora June, eu não estou aqui...

  ― Seria uma honra pra mim! ― a pequena águia ficou admirada. ― Mas ele é um menino diferente.

   A pequena Águia encarou o mar e viu que o cavaleiro de prata de Cérbero, acenava em alto mar com um sorriso lindo aberto para elas.

   ― Não temos tempo para isso, Mestra June! Eu descobri que esse aspirante a cavaleiro conseguiu despertar seu cosmo, porém ele não está destinado à armadura de Andrômeda. ― a camaleoa encarou a visitante com curiosidade. ― Eu gostaria muito de analisar seus aspirantes pra perceber se alguém mais despertou o cosmo! Estamos com poucos cavaleiros, Mestra June, não podemos nos dar luxo de perder soldados.

  ― Então, você consegue ler as estrelas? ― Yuna assentiu que sim. ― Então, esse rapazinho aqui está fora do campeonato, mas não da minha punição. Vamos Yuna!

   June foi na frente e Yuna sentiu o seu coração tremer dentro de si. Ela encarou o mar e viu que July aproveitava para se divertir. Ao encontrar o olhar da Águia, convidou-a para mergulhar.

   ― Mestra June... Eu não vim para...

  ― Como disse: Ele é diferente.

   A camaleoa continuou o caminho e Yuna resolveu seguí-la em silêncio.

  

[ ***]

   ― AHHHHH! ― exclamaram dois aspirantes a cavaleiro com punhos apontados um para o outro.

   Ambos rapazes saltaram e desferiram um soco que decidiria a batalha. A pressão dos punhos levantou bastante poeira e fez com que os outros companheiros que assistiam a batalha, fechassem seus olhos. Eles aterrissaram nos cantos opostos, mas o da direita desmaiou, derrotado.

  June encarou Yuna, mas a loira balançou a cabeça negativamente, declarando que nenhum deles havia despertado seu cosmo ainda.

   ― Vamos otimizar isso! ― declarou a mestra. ― Separem-se em duplas e batalhem. Serão quatro por vez.

   Os mais ansiosos comemoraram a antecipação da batalha e começaram a escolher seus alvos. June e Yuna ficaram no meio de quatro batalhas que ocorriam, simultaneamente. Os olhos da Águia estavam atentos à qualquer tremulação de poder, mas eles pareciam incrivelmente normais.

   ― Ah! ― um grito chamou a sua atenção a esquerda.

   Uma aspirante havia dominado completamente um rapaz que estava ajoelhado, enformacado pela corrente dela. Ela puxava a corrente, enquanto empurrava o tronco com o pé, garantindo que ele se sufocaria.

   ― ELE VAI MORRER! ― Yuna notou que a menina dos cabelos esverdeados assistia a batalha com aflição. Ela encarava aquele jovem oriental com cabelos castanhos curtos e espetados com um misto de Angustia e carinho. ― MESTRA! POR FAVOR... PARE!

  ― Eles estão treinando para se tornarem cavaleiros, Íris! ― o tom da camaleoa era seco e cortante. ― A morte é uma vizinha.

   Yuna aproveitou para analisar a menina. Ela não viu um vestígio sequer de cosmo ou pontos estelares, pelo visto, ela só era uma orfã azarada mesmo.

   ― I-irís... ― o rapaz balbuciou e encarando a jovem, ele trincou os dentes e começou a urrar. ― IRÍS!

   De repente, todos se surpreenderam, inclusive a rival do rapaz. Água começou a minar do pescoço dele e acabou impedindo que a corrente da inimiga o esforcasse. A garota tentou puxar, mas a seu pedaço de corrente acabou se partindo.

  Yuna, imediatamente, viu o garoto se levantando e reconhecendo a constelação de um famoso mamífero aquático. O garoto, por sua vez, encarou a sua rival e concentrando o seu cosmo azul cristalino em todo o seu corpo, ele elevou a mão direita para o ar e gritou a pleno pulmões.

 

  ― ERUPÇÃO AQUÁTICA! ― a terra tremeu, desequilibrando a todos parcialmente, mas principalmente a sua adversária. Ainda mais que o chão abaixo dos seus pés explodiu e uma grande quantidade de água a jogou para os céus. ― Desculpe-me, Íris.

   Os aspirantes correram para salvar a garota antes que ela colidisse mortalmente contra o chão. June foi abordar o garoto, enquanto Yuna percebeu a troca de olhares culposos entre os jovens aspirantes. Ela já sabia que o namorado havia despertado o cosmo? Ela estava com medo de perdê-lo no sacrifício?

   ― Do que você está rindo? ― uma outra luta chamou a atenção da Águia.

  ― Você acha que realmente vai vestir a armadura de Andrômeda? ― provocou o egípcio disfarçado. ― Não ouviu sobre os temíveis deuses do Antigo Egito que arrasaram o santuário?

  ― Se você é um convarde e não quer lutar, volte para casa!

  ― Covarde? Eu não estou com medo. Eu só estou dizendo que lixos como vocês não possuem a menor chance contra eles.

   O jovem aspirante enfureceu-se e correu na direção do inimigo com uma série de socos. O inimigo de olhos fechados, desvia dos socos, chutes e investidas.

   ― Ele é bom! ― disse June.

  ― Que estranho... ― A águia lia os pontos estaleres daquele jovem, mas ela não conseguia reconhecer a sua constelação. Ela conhecia as oitenta e oito constelações de Athena. ― A não ser que...

  ― Vocês cavaleiros de Athena não tem a menor graça, eu creio que chegou a hora deu me revelar.

  ― SAIA DAÍ! ― gritou Yuna. ― ELE É O INIMI....

  ― Sinta a picada mortal... ― seu cosmo começou a se elevar e o brilho cegou o jovem aspirante. ― PICADA DO ESCARAVELHO!

   A unha do dedo indicador do inimigo, além de crescer, escureceu como se tivesse sido pintada. Dela saiu um feixe de cosmo energia negra que atingiu o peito do aspirante a cavaleiro e o lançou a metros de distância, fazendo-o colidir contra uma chapada.

   ― Quem é você? ― vociferou June, lançando mão de seu chicote. ― Revele-se maldito.

  ― Eu vim do Egito para vingar a minha mestra! A deusa Serket. Eu sou Beon de Escaravelho.

   Beon elevou o seu cosmo e rapidamente se abriu uma passagem para o Duat. A sua escultura em forma de escaravelho se materializou na porta do portal e para o desespero de todos, ela se decompôs e o vestiu, dando-lhe aquele ar de imponência.

   ― Destruir essa nova ilha de Andrômeda será apenas o começo. Eu vou destruir cada polo de fortalecimento do exército de Athena!

  ― Não, não vai! ― disse a mestra da ilha. ― Não se esqueça que com ou sem armaduras, todos somos cavaleiros e amazonas fiéis a Athena... Você não fará o que bem entende!

   June estranhou que a amazona de Águia entrou em sua frente.

   ― Com todo o respeito, Mestra June, o inimigo deixou clara as suas intenções. Os guerreiros de Rá já sabem do projeto de reconstrução do santuário e faz-se completamente desnecessária a morte de inocentes e cavaleiros de forma tão tola! Nós nem verificamos se existem mais guerreiros e guerreiras que conseguiram despertar o cosmo, por isso, não posso deixar que ninguém morra!

  ― Tem razão, Yuna.... ― a camaleoa virou-se para o rapaz que havia acabado de lutar. ― Arion— você foi escolhido para enfrentar o sacrifício agora!

  ― NÃO! ― gritaram Yuna e Iris ao mesmo tempo.

  ― Nós vamos segurá-lo, portanto, não nos decepcione.

  ― A constelação dele não é andrômeda, se ele enfrentar o sacrifício...

  ― Não temos escolha, Yuna!

  ― A única escolha que vocês possuem é morrer!

   Beon estalou os dedos e uma nova passagem para o duat se abriu. Dela, rostos conhecidos de Yuna surgiram com suas expressões neutras. Os soldados de barro de Nactenebo: Os shabits. Os soldados empunhavam suas kolpeshs e atacavam os aspirantes um a um.

   ― CUIDADO! ELES SÃO SOLDADOS DE BARRO! MAS POSSUEM UMA FORÇA SOBRE HUMANA! LUTEM POR SUAS VIDAS! ― gritou a amazona de Águia. ― Você é meu, Beon!

  Yuna começou a elevar o seu cosmo e socando e chutando o ar, ela disparava arcos de vento cortantes que limpavam o caminho até o inimigo.

   ― Não tem por que eu me segurar! Eu vou pra cima de você com tudo!

  ― Então, venha, amazona.

  ― ATAQUE DA ÁGUIA PREDADORA

  ― PICADA DO ESCARAVELHO!

   Yuna girava em seu próprio eixo e investia como um turbilhão de vento agressivo, enquanto Beon vinha como um borrão negro com relâmpagos avermelhados. Ambos os ataque se chocaram e mudaram a cor da ilha de andrômeda. Os aspirantes que conseguiam lutar contra os Shabits, notaram que começaram a enchergar tudo avermelhado.

  Amazona e guerreiro egípcio se repeliram e ocuparam lados opostos do campo de batalha. Porém Yuna sentiu uma dor excruciente em seu peito e notou que havia um buraco fino em seu peitoral, como se tivesse sido feito por uma agulha. Aquela dor a lembrou de sua luta contra Sonya, quando esta, vestiu a armadura de escorpião.

   ― Entendeu a diferença entre os nossos poderes, amazona? ― disse ele de costas. ― Logo, o veneno do escaravelho vai te fazer perder os seus cinco sentidos e logo você morrerá.

  ― E acha que não vai pagar o preço por isso? ― o cavaleiro riu, mas o explodir da sua ombreira direita, o assustou. ― Está enfrentando Yuna de Águia. Vai precisar de mais do que um furo de agulha para me parar.

   Beon a encarou com seriedade e depois olhou para a sua escultura danificada. Yuna mordicou o lábio, percebendo que embora muitos shabits tivessem sido destruídos, alguns aspirantes a cavaleiro haviam morrido também.

   ― Parece que eu terei que pegar um pouco mais pesado com você! ― Beon elevou o seu cosmo e Yuna se assustou com a essência agressiva dele. ― Eu soube que Ágora morreu nas mãos de vocês, mas eu não cometerei o mesmo erro.

   Ele desapareceu diante dos olhos de Yuna e a pequena Águia desesperou-se. Ela ficou olhando em todas as direções a procura do inimigo, mas só sentia a aflição em sua veias. Até que ela ouviu a sua risada ao pé do seu ouvido como o próprio sussurro da morte.

   ― Olá, Yuna! ― uma voz familiar e divertida soou em seguida.

   Yuna ouviu o som da colisão e virou-se surpreendida. Beon havia sido golpeado de cima e penetrou no chão pedregoso. Em suas costas haviam uma bolha de aço espinhosa ligada a uma corrente. A loira foi seguindo a corrente com olhar e viu que ela veio das mãos de um cavaleiro de prata. Um rapaz loiro com olhos brilhantes e inocentes, humor retardado e sorriso caloroso.

   ― Espero que esteja bem Yuna-san! ― disse July vestindo a armadura de prata de Cérbero.

   Ele saltou do penhasco e Yuna correu atrás dele. Beon se levantou e limpou o filete de sangue que escorria pela sua boca. Ele exibia um sorriso maligno, enquanto elevava ainda mais o seu cosmo.

   ― Yuna! Ajude os aspirantes de cavaleiro a lutarem contra os Shabits! Eu seguro ele.

  ― Mas ele...

  ― Sim, é forte... ― ele olhou dentro dos seus olhos e ela podia se ver refletida na iris dele. ― Mas eu também sou.

   Yuna nem viu quando July surgiu na sua frente e a defendeu de mais uma picada do escaravelho, apenas esticando a sua corrente para bloquear o ferrão de Beon. A menina estava assustada, mas nada desfazia o sorriso de July.

   ― Seu sorriso galanteador não terá efeito sobre mim!

  ― Que pena! Eu estava pretendo te chamar pra sair! ― o cérbero fez menção de chutar o egipcio e o mesmo se afastou. ― Pelo que vi, você é bastante rápido!

  ― E para alguém que carrega bolas de ferro, você também é.

  ― Ah, que isso! ― o loiro fingiu modéstia. ― Meu segredo é o meu poder elementar. Manipulando a terra, eu posso diminuir e aumentar o peso das minhas correntes, aumentando a velocidade e o impacto delas.

   July começou a girar uma das correntes em sua mão e o seu cosmo começou a elevar-se, atraíndo a atenção de todos. O solo pedregoso começou a se erguer ao redor deles, inclusive, sob os pés.

   ― Vamos lutar mais a vontade, Beon!

  ― O quê?

   O filho de shun mirou o chão a sua frente e a bola de aço espinhoso desapareceu nas profundezas da terra. Beon armou a sua defesa, mas instintivamente, saltou. Ele evadiu o ataque que veio por baixo, mas foi atingido pela esquerda por uma outra bola que saiu da chapada. O golpe o lançou contra um pilar de rocha, fazendo-o penetrar nele.

   ― Eu levo vantagem num terreno pedregoso, Beon! Quero ver você sobreviver a minha Caçada de Cérberos.

  ― Mas como... como que sua corrente...

  ― Céreberos é o cachorro que guarda os portões do inferno na mitologia grega. A lenda diz que ele era possuídor de três cabeças que cospiam fogo. Logo, a minha corrente tem a capacidade de multiplicar e atacar o inimigo diversas vezes, o quanto for necessário.

  ― Mas isso é impo... ― Beon foi expelido do pilar de rocha pelo golpe de outra corrente.

   O guerreiro egípicio subiu alto e ele encarou o sorriso angelical de July com temor. Em seguida, o filho de Shun elevou o seu cosmo e dezenas de bolhas de ferro subiram da terra ou saíram das chapadas para esmagar o cavaleiro no ar.

   ― Bomba de Cérberos! ― entoou o jovem cavaleiro de prata.

   Uma grande explosão ocorre no ar. Ela destrói inclusive os montes que o próprio dono da técnica conjurou. July recolhe a sua corrente e vira-se de costas para seguir Yuna e terminar de destruir os últimos Shabits.

   ― Eu disse que jamais cairia para o inimigo antes que você voltasse pra mim... Meu querido, Opala.


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