A Saga E - A pirâmide Colossal escrita por Diego Farias


Capítulo 19
O setimo sentido


Notas iniciais do capítulo

Pausa para vermos os cavaleiros de bronze.



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Saori Kido levantou-se abruptamente de seu trono e encarou as doze casas com o rosto lívido de pavor. Uma mão ia em seu coração e a outra tremulava ao seu lado. Quando a consciência retornou, ela encarou o grande papa ao seu lado direito e o mesmo estava mudo.

  Palavras de consolo queriam sair de sua boca, mas ela manteve-se muda. Só foi capaz de ver o Grande Santo de Virgem travestido de Grande mestre cerrar os punhos e começar a descer as escadas. Athena sabia bem o que ele iria fazer.

   – Não se preocupe, Athena. Mandarei que Shaina suba para peixes. Voltarei a minha casa para defendê-la.

   E com os olhos enchendo-se d’água, Athena desabou sobre o seu trono às lágrimas e começou a orar pela alma de Ikki de fênix... Não. De Ikki de Leão.

 

[ ***]

    Kouga respirava ofegantemente. Ele encarava cuidadosamente o Deus crocodilo que era envolvido por um vórtex áquatico e bradava com toda a fúria.

   – Prepare-se humano! Eu vou lançar o meu melhor ataque! Mandíbula...

  – O MESMO ATAQUE NÃO FUNCIONARÁ DUAS VEZES CONTRA UM CAVALEIRO, SOBEK!

   O deus dos crocodilos ignorou a provocação do Pégasus e uma torrente ainda maior no formato de uma bocarra de crocodilo voou na direção do Pégasus e o lançou para o ar.

   – Você fala de mais, humano... O QUÊ?

   O corpo de Kouga começou a irradiar uma poderosa luz e das costas de sua armadura, foram liberados dois feixes de luz. Sobek ficou aturdido ao ver que o Pégasus havia despertado suas asas no meio do seu turbilhão. Kouga encarou o seu adversário seriamente e invertou-se dentro das águas.

   – Ele não deveria conseguir se mover dentro do meu golpe... - Sobek estava perplexo. - Um ser humano não deveria ter tanto poder.

  – Eu fui atingido várias vezes por esse ataque! Bastou que eu queimasse meu cosmo tanto quanto o seu e eu pude ver a falha do seu golpe!

  – Eu sou um Deus! - bradou ele. - Basta que eu use mais um pouco do meu poder e eu te farei em pedaços.

  – Eu não vou te dar essa chance, Sobek! Você vai pagar caro! - O cosmo de luz explodiu dentro do turbilhão. - ME DÊ SUA FORÇA, PÉGASUS! COMETA DE PÉGASUS!

   Sobek queimou ainda mais seu cosmo e parecia que ele e Kouga estavam submersos num grande oceano. Ele via o Pégasus vindo em sua direção em câmera lenta com seu punho brilhante e por isso ele riu. Mas quando, o cavaleiro de bronze empunhou as suas asas, ele começou a girar em torno do próprio eixo e rasgou as águas em dois lados.

  Sobek paralisou em pavor ao notar que o cavaleiro de Bronze havia triplicado a sua velocidade e vinha ao seu encontro. O punho de kouga atingiu o centro da escultura e Sobek não acreditou quando a mesma trincou.

   – Não bastou me arranhar... Agora, ele também teve poder para trincar a minha escultura?— pensou o deus menor, sentindo o impacto do poder do pobre pégasus.

   Kouga urrou como um animal selvagem e conseguiu lançar Sobek contra uma das encostas que ceravam o vilarejo. Uma grande deslizamento de terra ocorreu, soterrando grande parte dos casesbres destruídos.

  De longe, Seika de Growl parecia sorrir por detrás de sua máscara e sentia que Kouga estava próximo de liberar o cosmo máximo.

   – O quê? - exclamou a amazona. - Esse cara...

   Kouga arregalou os olhos, quando novamente um pilar de água se ergueu dos destroços de onde, Sobek caiu. Kouga correu para atacar, mas foi paralisado, por um guerreiro gigante que abandonou os destroços.

  Um guerreiro com aproximadamente três metros se ergueu dos escombros, emanando um poder violento e agressivo. O deus dos crocodilos estava diferente de antes. No lugar da cabeça humana, uma grande cabeça de crocodilo se empunha ferozmente, com uma bocarra assustadora que afastou o Pégasus do lugar.

   – O que foi, humano? Por acaso meu modo divino é demais pra você? Não estou belo o bastante?

  – KOUGA! SAIA DE PERTO DELE! - gritou Seika.

  – Eu terei de exterminá-los com certeza. O que o mestre Seth irá dizer, se souber que eu, Sobek, tive que usar o meu modo divino para enfrentar meros cavaleiros de Athena.

  – Não conte vitória antes do tempo, Sobek! METEORO DE PÉGASUS!

   Mesmo com a sua escultura rachada, Sobek não se defendeu dos meteoros de Kouga. Muito pelo contrário, ele correu na direção do ruivo e agarrou a sua cabeça com sua pata volumosa. O pégasus tentou se libertar, mas foi arracado por quase um metro e meio do chão. Kouga gritava de dor, sentindo a força do crocodilo sobre sua cabeça e o mesmo, ria do desespero do cavaleiro de bronze.

   – MORRA! HUMANO! - Sobek lançou Kouga para o ar com toda a sua força. - MAREMOTO DO CROCODILO!!!

   Kouga gritou com a dor da pressão das águas sobre o seu corpo, mas as torrentes eram tão densas que o som não se propagava. Ele abriu um dos olhos e se desesperou ao ver a armadura de Pégasus sendo destruída rapidamente.

   – Eu não posso acreditar... Esses guerreiros egípicos são deuses verdadeiramente. A armadura de Pégasus está se desfazendo. Foi muita petulância nossa desafiá-los? É isso que receberemos por desafiar deuses? — pensou o menino.

  – KOUGA! - gritou Seika.

   O pégasus subiu tão alto que podia ver toda a região do santuário. Quando as águas o abandonaram, sua armadura desprendeu-se do corpo e esfarelou-se como pó de estrelas. Kouga começou a cair e não sentia dor. Sua consciência estava esvaindo rapidamente e quando colidiu contra o solo, ele já estava desmaiado.

   – E não é que o Pégasus construiu um belo túmulo para si mesmo? - o deus encarava a cratera escura, aberta com o próprio corpo de seu inimigo e ria. - Isso que dá, quando humanos desafiam os deuses.

   – Então vamos encomendar mais quatro delas!— Sobek riu e se virou, sabendo exatamente, o que iria encontrar. - Então, vocês querem se juntar ao Pégasus?

   Os quatro cavaleiros de bronze estavam de pé, mesmo sem poder. Souma ainda era auxiliado por Ryuho. Mas nos olhares dos quatro havia mesma determinação e isso incomodou bastante Sobek.

   – Kouga conseguiu tocá-lo, então queimaremos nosso cosmo até conseguirmos materializar o milagre! - disse Souma.

  – Afinal, somos os cavaleiros da esperança! - disse Yuna.

  – Pelo Kouga! - disse Haruto.

  – Por Athena! - terminou ryuho.

   Seika surpreendeu-se quando as cosmos energias multi-coloridas começaram a iluminar o vilarejo inabitado e além de um show de beleza, Sobek começou a pressentir o perigo vindo dos quatro jovens.

   – Eu já vi o perigo que vocês humanos representam! Eu não deixarei que vocês dêem mais um passo na direção desse tal de milagre. MAREMOTO DO CRODOCILO.

   E gritando suas técnicas principais os quatro cavaleiros de bronze se uniram num único ataque multi-colorido que atravessou o maremoto de Sobek. O Deus crocodilo viu seus inimigo sendo levados por suas águas, mas ele também foi alvejado bem no peito pela união de seus poderes.

  O Deus crocodilo foi arrastado por alguns metros e se viu curvado com a mão no peito e sentindo um filete de seu sangue esverdeado e sagrado, escapando pelo canto da bocarra.

  O som dos corpos dos cavaleiros de Bronze caindo um a um contra o chão, chamou a sua atenção e um novo sorriso brotou, ao ver que suas armaduras foram completamente devastadas.

   – Finalmente. HÁ, HÁ, HÁ! FINALMENTE EU MATEI ESSES INFELIZES! - Sobek virou-se para a amazona de Growl e ela o encarava inerte. - NÃO VAI QUERER VINGÁ-LOS? UMA DELES ERA SUA DISCÍPULA, CERTO?

  – Por que eu vingaria alguém que não morreu ainda? - ela soltou uma risada com a feição preocupada que crocodilo fez. - Se eu fosse você, olharia a cratera que abriu mais cedo.

   Sobek achou que ela estava blefando, mas aproximou-se da cratera que o Pégasus abriu com o próprio corpo, assim mesmo. No primeiro momento, riu, mas alguns segundos depois, afastou-se por conta da quantidade de luz que emergiu das profundezas e seu rosto, tornou-se lívido por conta da descrença de que aquele mero humano, havia sobrevivido.

  O deus crocodilo afastou-se e assustou-se ao ver o cavaleiro de Pégasus saindo do buraco com ajuda de suas asas. Kouga estava absurdamente ferido, o sangue escorria por todo o corpo, mas ao abrir seus olhos, seu cosmo explodiu.

   – O quê? - Sobek olhou para trás e viu que mesmo desacordados, os cosmos dos outros cavaleiros de bronze respondiam ao cosmo de Kouga e se uniam ao dele. - O que está acontecendo? Era para todos vocês estarem mortos!

  – Esse é o poder dos humanos, Sobek... - Kouga tinha lágrimas nos olhos, vendo seus amigos tão feridos. - Quando temos algo importânte para proteger, nós levantaremos não importando quantas vezes nós caiamos.

  – Você já me atingiu duas vezes, mas eu não deixarei que consiga uma terceira! MAREMOTO DO CROCODILO.

   Kouga fechou os olhos e sentia o cosmo de cada um dos seus amigos e conseguia ver claramente, o rosto de cada um, sorrindo para ele.

   – Não sei se sobreviveremos a essa luta, meus amigos. Mas a nossa parte, cumpriremos. Muito obrigado por depositarem suas últimas forças no meu punho. Eu esmagarei as estrelas e os deuses com este punho. — pensou o cavaleiro de Pégasus, enquanto abria os olhos e via aquele maremoto vindo em sua direção. - ESTE É O SEU FIM, DEUS DOS CROCODILOS! ESSE É O PODER DOS CAVALEIROS DE BRONZE DE ATHENA!

   Sobek podia ver que o punho de Kouga liberava um brilho multi-colorido de todos os cavaleiros de bronze. Ele sentia que aquele brilho maximizava o poder de Kouga.

   – EU VOU COM TUDO, HUMANO!

  – SUPERNOVA DA ESPERANÇA! - bradou o Pégasus.

   Kouga socou o ar e disparou o todo aquele poder concentrado na forma de uma massa gigantesca de energia: uma super nova. O ataque lutava de igual para igual com as águas de Sobek e tento o Deus, como Seika ficaram abismados com a quantidade de poder do Pégasus.

   – Eu não imaginava que a lenda era verdadeira. Que o mais fiel cavaleiro de Athena teria o verdadeiro poder de desafiar os céus... Não é a toa que desde a era mitológica, o cavaleiro de Pégasus tinham um nome que fazia todo monte Olimpo tremer de medo. Pégasus - O matador de Deuses.

   Kouga urrou mais uma vez e Sobek podia ver nitidamente que os quatro amigos estavam ao seu redor com seus punhos estendidos e gritando junto com ele.

   – Perdão, mestre Seth! - chorou o deus dos crocodilos.

   A super nova desfez ás aguas e atingiu o deus dos crocodilos em cheio. Um pilar que de energia, devastou o que sobrara do vilarejo e chamou a atenção de todos os cavaleiros que estavam no santuário. Seika teve de se abaixar para não voar com a pressão do ataque. Porém a sua máscara voou do seu rosto, exibindo seu rosto mais maduro, porém ainda muito parecido com Seiya - o cavaleiro lendário.

  A amazona de Growl saltou do penhasco onde estava e respirou aliviada ao ver o restos de Sobek retornando às profundezas do Duat. A mestra de Yuna encarou os cavaleiros de bronze e la no fundo, se arrependeu de tê-los provado até o limite.

  E tomada por uma imensa culpa, tocou o rosto de Yuna e derramou algumas lágrimas contra ele.

   – Vocês cumpriram a missão de vocês. Agora, deixem com os cavaleiros de ouro. Eles protegerão, Athena!

   E colocando à sua discípula sobre seu ombro, ela olhou na direção das doze casas e sentiu vários cosmos poderosos se aproximando da casa de virgem.

 

 [ ***]

  Seth e os outros haviam acabado de chegar à casa de virgem, quando de repente, foram atraídos pelo ribombar do santuário perante um grande choque de poderes.

 – Não acredito! - bradou o deus das tempestades. - Sobek caiu?

  – Meow! - ronronou Bastet. - Bastet odiava Sobek! Ele ser muito fraco!

  – Cale-se Bastet! Vamos logo enfrentar o santo de Virgem e....

  Novamente, Seth foi aturdito por uma brisa de aroma doce e aconchegante. Com ela, vieram várias pétalas de flor de cerejeira. Os deuses notaram que elas vinham das profundezas da sexta casa do zodíaco.

  – Será uma armadilha? - sugeriu Konshu.

  – Sendo ou não, temos de chegar até Athena! Vamos...

  E seguindo o aroma das folhas de cerejeira, os deuses egípicios foram rapidamente ao encontro do cavaleiro que mais estava com sede de sangue sagrado naquele momento.


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