Eleanor Bishop abriu a porta do apartamento. Faziam quase dois anos desde que ela esteve nele pela última vez. Ela sabia que essa hora ela estaria dormindo, mas mesmo assim ela precisava ver sua princesa.

Oito anos antes...

— Tem certeza que você está grávida, El? – O antigo namorado dela perguntou. – Eu não quero falsas esperanças.

— Eu fiz o teste hoje de manhã no hospital. – Bishop segurou a mão dele. – Estamos grávidos. Pietro, eu estava com medo de contar a você.

— Eu sei. – Ele a beijou. – Vamos ter um bebê.

— Vamos, sim. – Elle sorriu e podia ver um final feliz em seu mundo.

Exceto que Pietro foi descoberto como hacker e ele foi preso quase perto de Bishop ter o bebê. Foi no dia que a filha nasceu que ela soube que Pietro estava morto há um mês.

Agora...

Entrando no quarto de Caroline, Bishop suspirou. Ela não havia registrado a filha em seu nome, mas no nome de um de seus irmãos e de uma moça que ele estava apaixonado na época.

— Obrigada, Senhora Belle. – Bishop entrou a mulher um envelope de dinheiro. – Eu vou assumir a partir de hoje.

— Eu entendo. – Belle pegou o casaco. – Caroline é uma menina incrível. Espero que sejam felizes.

Eleanor fechou a porta e sorriu ao se aproximar da pequena dormindo na cama. Ela sentia falta da filha.

— Mamãe! – Caroline acordou, feliz pela mãe finalmente ter voltado. – A senhora Belle disse que você voltaria hoje.

— Ela disse? – Bishop sorriu. – E você fingiu que estava dormindo.

— Eu senti sua falta, mãe. – Carol puxou Bishop para as cobertas com ela. – Mas estou feliz que esteja bem.

— Eu também, bebê. – Ellie sorriu, mas mesmo assim tinha uma tristeza no olhar.

Gibbs andava de um lado para o outro dentro do hospital. Ele e Derek foram convidados a se sentarem no andar mais acima, próximo as salas de UTI do hospital.

Derek estava um lixo. Ele não comia nada há quatro horas e segurava uma Abigail cansada em seu braço.

— Querido, deixe que eu leve a Abigail para casa. – Fran pegou a neta nos braços. – Eu vou levar ela para casa e colocar ela para dormir um pouco.

— Obrigado, mãe. – Derek deu um beijo na filha e na mãe. – Eu ligo.

— Penelope Grace Morgan? – Um médico chamou e Derek logo se moveu até ele. – Eu sou o Dr Hans, sou o médico da sua esposa. Ela está na UTI se recuperando de uma série de ferimentos, cortes e bacia quebrada.

— Mas ela vai ficar bem, certo? – Derek perguntou.

— Sim. – O médico se sentou. – O coma que ela está é apenas por precaução. Os ferimentos da senhora Morgan foram extensos demais. Ela precisa descansar. E o corpo se curar.

— Obrigado por ajudar ela. – Derek sorriu e viu Gibbs ir até ele. – Boas notícias?

— Sim, Jenny passou bem pela cirurgia e logo estará chutando meu traseiro. – Gibbs brincou, se sentindo aliviado. – Eles disseram que parecia pior do que realmente era.

— Sim, mas eu tenho uma pergunta. – Derek olhou para o quarto de Elisa e Tani. – Onde diabos estão Junior e Callen?

— Bom, eles podem ter roubado um carro há algumas horas. – Gibbs disse quase naturalmente. – Mas eles fazem isso quase o tempo todo.

Enquanto isso, Callen e Junior estavam arrombando a caixa de armas do deposito. Eles conseguiram uma AK-47 e munições que derrubariam um elefante.

— Tem certeza que deveríamos roubar as armas? – Junior perguntou. – Porque tenho certeza que se pedíssemos, Gibbs nos deixaria levar.

— Eu sei, mas estou me sentindo puto demais nesse momento. – Callen fechou a caixa de armas. – Movimento a esquerda.

— Não atirem! – Fornell gritou. – Eu venho em missão.

— Missão de que? – Junior perguntou. – De levar um tiro?

— Não, de paz. – Fornell sorriu. – Se eu quisesse levar um tiro eu chamaria o Tiago Laifert para comandar essa sessão.

— Em primeiro lugar, não sabemos quem é esse Tiago. – Callen disse, tentando esconder uma risada. – Em segundo lugar, por que precisaríamos dele para comandar uma sessão de tiros?

— Foco, Callen! – Junior disse. – Quer uma arma?

— Quero. – Fornell se abaixou e pegou duas dos tornozelos. – Quando você se casa com uma atriz você aprende alguns truques.

— A gente vai caçar uns patos. – Callen disse para o homem mais velho.

— Beleza, adoro caçar patos. – Fornell entendeu exatamente o que o agente queria dizer.

Correndo pela noite, Callen dirigiu pela estrada onde as meninas foram emboscadas. Eles viram outro carro parado, um homem e uma mulher.

— Callen? – Sam E Ana saíram dos carros dele. – Eu deveria adivinhar que você viria aqui.

— Estamos fazendo uma demonstração para a rota onde a gente foi emboscada. – Ana andou pelo cascalho, chegando a borda. – Estávamos andando na direção do spa quando fomos emboscadas.

— Mas a estrada estava bloqueada por um carro. – Sam disse. – Eric checou. Nenhum carro foi rebocado antes do acidente ser reportado.

— Esse carro era quase como uma isca. – Callen podia notar um laser vindo em sua direção. – TODO MUNDO ABAIXE!

Os tiros começaram a soar e o carro de Sam ficou completamente perfurado de balas. Pegando a AK, Callen e Junior começaram a revidar os tiros na direção que eles vinham.

Alguém chutou Callen por trás e vendo que todo mundo que estava do seu lado estava em sua frente, Callen correu pela estrada até chegar em uma área de caixas de agua.

Era como em um sonho que ele tivera semanas antes. Ele fechou os olhos, deixando o sonho chegar até ele quando os tiros começaram de novo. Ele conseguiu desviar de todos, menos de um certeiro em seu ombro, mas antes de cair no chão, ele conseguiu atirar e matar dois homens.

Deitado no meio da lama toda ele estava pensando em como iria sair dali.

— Callen! – Sam gritou o nome do amigo depois que eles conseguiram acabar com todos os bandidos. – Ana, a lanterna militar do carro!

A mulher correu e pegou três lanternas que estavam dentro do carro e saíram atrás de Callen.

— Fornell, ligue para Hotchner. – Sam instruiu. – E ligue para o 911.

Callen podia sentir o sangue escorrendo dele e encher seus pulmões de dor. Era medo, choque e perda de sangue.

— G! – Sam se ajoelhou na frente do amigo. – É a última vez que eu vou deixar você sem supervisão.

— Guarde o sermão para depois. – Callen gemeu. – Acho que matei dois com uma única bala.

— Sim, você vai poder contar sobre esse ato de estupidez depois. – Sam segurou o amigo nos braços. – Deus me livre do sermão quando Elisa descobrir sobre isso. Vou ouvir tanto que vou precisar de um transplante auricular.

Callen foi colocado na ambulância, mas algo sobre o que ele disse sobre matar dois com uma bala não fazia sentido.

— Sam e Fornell, cuidem dos corpos. – Hotch estava como diretor interino. – Eu quero uma verificação completa sobre os mortos.

— Como estão as garotas? – Ana se preocupou. – Acho que poucas escaparam com poucos ferimentos.

— Anna, a esposa de Steve foi liberada agora a noite. – Hotch disse. – Por precaução estão todos na mansão de Rossi. Ele tem três casas no mesmo terreno.

— Fico feliz. – Ana suspirou. – Eu posso estar louca, mas acho que Any está de volta ao país.

— Vamos ter que intensificar o jogo. – Hotch se virou e suspirando entrou no carro. – Me ligue com Jack Garrett e a equipe dele. Preciso de ajuda.

Hotch odiava envolver outras equipes, mas ele queria pegar Any e Bishop do mesmo jeito que Gibbs e Jenny.