Always - O Mistério Continua escrita por Any Sciuto


Capítulo 21
Passado, Presente E Futuro




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Abby desembarcou no aeroporto em Minas Gerais. Era estranho estar de volta, casada com duas filhas de sangue e uma adotiva no lugar onde toda a história começou de verdade.

Depois de tudo o que aconteceu nos últimos tempos, Abby suspirou. Eles haviam descoberto espiões, prendido pessoas que ela achava serem uma família e acabou terminando com a mulher que havia acabado com sua vida.

— Senhora Torres? – Um jovem se aproximou dela com cautela. – Muito prazer, Fernando. Sou um representante do presidente.

— Ah, eu achei que ele viria até aqui. – Abby suspirou. – Eu realmente queria ver ele.

— Bem, o presidente anda ocupado nesses últimos dias. – Fernando disse. – As eleições acabaram e agora ele está se preparando para o seu segundo mandato.

— Eu soube sobre o impeachment. – Abby deu um olhar pelo aeroporto. – Minha amiga comandou um deles.

— Sim, mas chega de falar sobre eleições, gestões idiotas e vamos ao nosso ponto. – Fernando sorriu. – Você trouxe as cinzas dela?

— Sim, estavam na sala de evidencias da NCIS-FBI. – Abby as entregou. – Eu resolvi entregar para vocês.

— Certo, temos alguns arquivos aqui. – Fernando a conduziu para a sala onde eles investigariam.

Enquanto isso, Torres segurava uma glória de quase dois anos e uma bebê bastante ativa para os seis meses. Caroline voltou da cozinha com a mamadeira de sua irmã e se sentou.

— Estou tão feliz por ter uma família. – Caroline sorriu para Nick. – Mas nunca chamei alguém de pai.

Nick deixou a pequena bebê no cercadinho junto com Glória e se sentou com Caroline.

— Você sabe, se quiser me chamar de pai, eu não me oponho a isso. – Nick disse sério para a menina. – Afinal, agora eu sou como seu pai.

— Eu realmente posso? – Os olhos de Caroline se iluminaram e ela olhou seria para Torres. – Então eu vou te chamar assim, está bem pai?

Torres sentiu um amor no momento em que ela o chamou de pai pela primeira vez. Ele sorriu e pegando as outras filhas, foram tomar sorvetes.

— Jen! – Gibbs entrou dentro de casa e olhou para a mesa posta para duas pessoas e um cheiro doce de perfume. – Jen....

— Bem-vindo a casa, agente Gibbs. – Ela apareceu vestindo um vestido vermelho. – Acho que você esqueceu do dia de hoje?

— Acha que eu esqueceria do dia do nosso primeiro beijo? – Gibbs beijou a esposa. – Nunca em milhão de anos.

— Então, o que trouxe, meu homem de cabelos prateados? – Jenny o beijou e sentiu algo duro. – Isso é uma caixa de joia ou você está feliz em me ver?

— Ambos. – Gibbs puxou uma caixa comprida de colar. – Eu trouxe algo especial.

Jenny olhou para a caixa e notou o selo dela. Gibbs sorriu e Jenny abriu o presente, sendo surpreendida por um colar com um pingente em formato de rostos. Eram os das filhas e de Gibbs.

— É simplesmente lindo, Jethro. – Jenny sorriu e deu a caixa do presente para ele. – Abre!

Gibbs rasgou, mas parou quando viu o conteúdo dela.

— Esse é barco igual ao barco de Kamekona em Hawaii Five 0. – Jen sorriu. – Você me disse outro dia que queria fazer um.

— Sim, mas sem os marinheiros trapalhões e sem o álcool. – Gibbs sorriu. – Fico tão feliz que esses pratos tenham tampas, porque tudo o que eu quero agora é subir e te beijar em todas as partes.

— Pode me beijar mais? – Jenny sorriu para a frase tirada direto de uma música que ela tinha ouvido.

— Tudo o que minha língua quer é você. – Gibbs a levou para cima, se certificando que as velas foram apagadas.

Callen encontrou Elisa escolhendo uma roupa legal para sua posse como juíza. Como essa era uma daquelas ocasiões especiais, ela precisava usar calcinha.

— Você não acha que está gostosa demais? – G brincou com ela. – Você deve ser a mulher mais linda que existe no mundo.

— Grisha, eu sei o que você quer. – Elisa o beijou. – E eu já falei onde vamos fazer.

Timothy McGee entrou em casa. Ele estava evitando entrar na casa logo depois de tudo o que aconteceu com Delilah. Ele foi recebido por sua irmã cuidando da pequena Penny.

— Ei, como foi o dia? – A irmã de Tim perguntou. – Segure sua filha.

Pegando a garotinha nos braços, Tim traçou o rosto da filha. Ela se parecia tanto com sua mãe. Agora, ele, Morgan, Jhonny e Penny eram uma família sem uma mulher adulta.

— Eu encontrei isso quando estava arrumando o gaveteiro da cozinha. – A irmã de Tim falou pegando a bebê. – Eu vou levar as crianças para dentro.

Conectando o dispositivo no computador, ele notou que era um arquivo de vídeo. Era datado de oito dias antes da morte de sua esposa e deu um duplo clique no vídeo.

“ Tim, se estiver vendo isso é porque infelizmente tudo deu errado e estou morta. Quero apenas dizer que eu decidi esconder de você isso e bem, talvez você me odeie por esconder meu câncer de você.

Nós dois lutamos tanto para acabar com ele da primeira vez, eu te arrastei comigo para meu inferno particular e embora você adorasse ficar do meu lado, eu decidi esconder tudo dessa vez.

Eu tinha linfoma. Terminal. Eu sei que as coisas serão difíceis por um tempo e tudo bem. Está tudo bem chorar por mim, querido. Mas não deixe que minha partida seja um empecilho para a sua vida.

Escrevi cartas para Morgan até os quarenta anos. Dê a ela a cada aniversário. Jhonny também tem suas cartas e Penny também. Certifique-se que Penny veja minhas fotos.

Eu te amo, Tim. Para sempre”.

O vídeo acabou e Tim estava em lágrimas. Todos os amigos dele estavam presentes na despedida da mulher que ocupou seu coração.

Ele não deixaria de sentir a falta das vezes que ele a carregava escada abaixo quando o elevador quebrou ou quando ela saiu do hospital depois de todo o inferno pessoal dela.

Uma batida tirou Tim de sua tristeza e ele viu os rapazes lá fora.

— Eu posso fazer algo? – Tim perguntou curioso.

— Viemos te levar para tomar uma cerveja, fazer você se sentir melhor. – Torres disse. – E não se preocupe, não estamos afim de obrigar você a abrir qualquer sentimento.

— Mas se quiser, estaremos ouvindo. – Reid acrescentou.

— Sim, como Ana diz. É melhor desabafar do que ganhar uma ulcera. – Sam arrancou risadas.

Tim deu um beijo em cada filho e foi com os meninos para o bar.

Enquanto isso, Abby entrou em um prédio de apartamentos e bateu a porta de um apartamento no quinto andar.

— Desculpe incomodar, mas você é Sandra Silva? – Abby perguntou a mulher e viu os olhos dela se arregalarem.

A mulher logo deixou o apartamento, fechando a porta atrás dela e ficando cara a cara com Abby muitos anos depois da última vez.


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