Eleanor Bishop estava sentada em sua roupa de prisioneira na sala de visitas da cadeia onde era agora seu novo lar.

Ela estava esperando uma visita que havia marcado hora, mas ela não sabia quem era de qualquer forma.

Abby Sciuto-Torres entrou na visão de Ellie e ela não deixou de dar um sorriso ao ver a cientista. Era bom ver que nada do que havia acontecido no tribunal com Hollis havia afetado a mulher de cabelos negros.

Pegando o telefone, Abby olhou para a mulher que uma vez chamou de irmã e precisou respirar. Ela havia ajudado na captura e também de certa forma no resgate.

— Eu não esperava ver você aqui, Abby. – Eleanor foi franca. – Quer dizer, no julgamento você nem falou comigo.

— Não estou aqui para fazer amizade, Ellie. – Abby começou. – Estou aqui para descobrir o que fazer com certas questões finais.

— Eu entendo. – Ellie suspirou. – Você ainda está irritada comigo.

— Sequestro não é exatamente o melhor jeito que expressão admiração. – Abby estava tentando se manter longe das emoções. – Eu estou querendo certos encerramentos.

— Eu sei. – Ellie olhou para ela. – E quanto a Caroline? Ela não tem nada a ver com o que eu fiz, mas ela não merece passar a infância dela indo de casa para casa.

— É por isso que eu estou aqui, Bishop. – Abby tirou uma pasta com documentos de sua bolsa. – São papeis que me garantem a custódia da sua filha. Se você quiser assinar, eu garanto que ela não ira de casa para casa. Eu e Torres conversamos e nós dois decidimos que seria perfeito adotarmos Caroline.

— Por que você faria isso depois de tudo o que eu fiz? – Bishop estava maravilhada. – Quer dizer, eu entreguei você para Any.

— E você me deu a chance de acabar com aquela vaca com minhas próprias mãos. – Abby olhou para ela. – Caroline não merece pagar por seus erros.

— Você tem razão. – Bishop suspirou. – Tenho mais 23 anos aqui antes de tentar a minha liberdade. Passe-me os papeis. Vou assinar.

— Sem ler? – Abby ficou espantada.

— Eu confio que você nunca venderia uma criança, Abby. – Bishop assinou sem hesitar. – Apenas conte a ela que eu nunca quis fazer isso.

— Eu vou. – Abby se levantou e olhou de volta para Bishop. – Não se preocupe. Ela vai saber quem a mãe dela era, com exceção da parte do mal.

— Obrigada. – Ellie se levantou, voltando a sua cela.

Ela colocou as mãos na cabeça e começou a chorar. Ela fez algo de errado e sabia que deveria pagar o preço por isso.

Hollis Mann olhou para a sua cela. Seu cabelo comprido agora estava curto, sua roupa laranja a fazia parecer menos malvada do que realmente era.

Ela podia ouvir um pingo de água caindo na solitária. Ela foi para lá logo depois de tentar esfaquear uma presa. Esse lugar seria seu único lugar por três meses.

Abby segurou a mão de Caroline durante a audiência. Os pais de Bishop não demonstraram nenhum interesse em adotar a menina, os avós pouco se importaram com ela.

Elisa estava discursando de o porquê Abby tinha todo o direito de ficar com a guarda da menina.

— Eu não entendo porque fizeram um julgamento para isso. – Gibbs sussurrou para Jenny. – Era apenas uma formalidade.

— Acredite, Elisa tentou impedir esse espetáculo, mas como a mãe de Caroline é uma traidora, isso atrai público. E público é o que o promotor Dustin quer.

— Dustin é um idiota. – Gibbs olhou para o juiz sentado no tribunal.

— Termino aqui meu apelo que deixem que Abigail Sciuto ficar com Caroline. – Elisa olhou para o pessoal de júri. – Apesar de o juiz Dustin ser quem vai decidir, fazer uma audiência pública para discutir um caso de família é muita publicidade para alguém que diz detestar.

— Tia Abby, quero ir ao banheiro. – Caroline olhou para Abby.

— Vamos. – Abby disse e segurou Caroline. – Juiz, vou levar ela ao banheiro.

— Estou de olho. – Dustin sabia que poderia demorar, mas quanto mais tempo demorasse, mais ele teria de exposição.

Quando Abby retornou com Caroline, todos se sentaram porque o júri chegou a um veredito. Abby colocou um par de óculos escuros cor de rosa na menina, porque sabia que Dustin estava armando um circo.

— Nós do júri, acatamos o pedido de adoção e agora Caroline é filha de Nick Torres e Abigail Sciuto Torres. – A primeira olhou para o juiz.

— Muito bem. – Dustin odiou que os jurados só demoraram meia hora para deliberar. – Eu teria feito sem muita exposição se eu soubesse.

— Vamos, filha. – Abby pegou Caroline nos braços e colocou um boné para que ela não fosse incomodada.

— Dustin, considero isso um caso grave de mau uso dos recursos do tribunal. – Elisa olhou para o colega juiz. – Talvez você não saiba, mas há leis contra isso.

— E o que a promotora chata vai fazer? – Dustin provocou Elisa. – Ninguém sabe que todo esse esquema era para embolsar um pouco do dinheiro.

— Há quanto tempo você vem fazendo isso? – Elisa tinha uma carta na manga, ou melhor, no bolso.

— Lembra-se do caso Schuster? – Dustin se gabou. – Eu venho pegando pequenas quantidades de dinheiro aqui e ali. Vou comprar aquele barco que eu quero.

— Talvez não, Dustin. – Elisa sorriu e sinalizou com a cabeça para dois meirinhos prenderem o juiz. – Dustin, Anthes, você está preso por desvio de verbas do tribunal de Washington, manipulação ilegal de provas e não vamos esquecer o meu favorito, assassinato de Erin Strauss.

— Você não tem como provar nada disso. – Dustin olhou para Elisa puxando um gravador. – Onde está o maldito mandado?

— Bem, digamos que eu pedi com uma juíza idônea e você se ferrou. – Elisa tirou o gravador e colocou para reproduzir.

— Eu venho pegando pequenas quantidades de dinheiro aqui e ali. Vou comprar aquele barco.— A voz gravada de Dustin soou.

— E eu acho que se fosse você ficaria em silencio. – Callen entrou e puxou o homem. – Tem o direito de ficar em silencio, tudo o que disser pode ser usado contra você no tribunal. Tem direito a um advogado, se não puder pagar, o estado lhe designara um.

— Deixe comigo agora, G. – Sam puxou o rapaz para longe.

— Uau, temos que comemorar. – Callen beijou Elisa. – Por que o sorriso além do óbvio?

— Bem, lembra que eu disse que precisava ir para um seminário? – Elisa viu ele tentando entender. – Eu na verdade fui fazer uma prova. Eu passei e com a prisão de Dustin, esse tribunal pode ser meu.

— Você já era juíza distrital agora é federal? – Callen beijou a esposa. – Ei, pessoal! As bebidas são por conta da juíza aqui.

— Bobo. – Elisa deu uma risadinha. – Mas é verdade.

Todos aplaudiram e viram Abby brincando com Caroline assim que a horda de repórteres achou algo melhor para explorar.