Greek Tragedy escrita por Lady Graham
! DOIS !
A IMPRENSA JÁ SABIA DO OCORRIDO ANTES MESMO DO DIA AMANHECER. O próprio Cassio Carrington foi buscar a filha mais velha na delegacia, quando 6 da manhã havia sido acordado pelo delegado, para ouvir que Athena e 'sua gangue de terroristas' haviam furtado alguns carros de um dos condomínios de Windsor, a cidade vizinha.
Ele adentrou a delegacia com certa dificuldade, a quantidade de paparazzis que o esperavam era maior do que o estimado. Cassio apenas descobriu o rosto da sua jaqueta quando viu a filha, praticamente seminua, sentada no chão da cela com
a maquiagem borrada, agarrada à um rapaz de cabelos compridos, camiseta de banda e tatuagens pelos dois braços.
— Levanta logo, Athena. - Ela piscou algumas vezes, tentando associar o que havia acontecido. Nas últimas ocasiões, sua mãe havia a resgatado, levando uma muda de roupa. Desta vez, seu pai comparecera em pessoa. Estava fudida.
— E meus amigos? - Sua voz saiu mais seca do que havia pensado, e alguns oitavos mais alta também. Seu pai parou, deu alguns passos para trás ao ver que ela não havia movido um centímetro e a puxou pelo braço.
— Eles não são problema meu.
˚♯₊➶ ҉༄
— MAIS UM ESCÂNDALO ELENA!
Athena ouvia o pai esbravejar na mesa do escritório, de cabeça baixa, olhava para a própria saia xadrez. Mordia tanto os lábios que a boca estava tingida de vermelho.
Sua mãe estava sentada na cadeira ao lado, tentando argumentar com o marido. Tentativa em vão, ela apenas concordava com o que era dito.
Cassio, com o cabelo louro escuro bagunçado, apontou seu dedo na cara da filha.
— Escute aqui, sua ingrata. Estou cheio das suas provocações, das suas indiretas, da sua criancice. Ou você cresce até o Ano Novo, ou vai perder sua liberdade, e arranjarei um casamento na Alta Sociedade.
— Você não pode fazer isso! - Ela se levantou num súbito, vermelha.
— Sou seu pai, e ainda não chegou à maioridade. Se não se comportar em Yale... Sabe as consequências.
Ela sentiu as lágrimas escorrendo pelo seu rosto, chegou a ajoelhar perante à mãe, mas de nada adiantou. A palavra final era dele.
— Vá arrumar suas coisas, amanhã de manhã precisa estar na faculdade. Além disso, vai dividir o quarto com mais outras duas pessoas, do mesmo jeito que qualquer um.
— EU NÃO SOU QUALQUER UMA!
— Ah, não é? Você é uma Carrington então? - Ele colocou para si mesmo um copo de Whiskey e gelo.
— Óbvio que sou, pai!
— Então se porte como tal.
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