Entre o certo e o errado escrita por Deh


Capítulo 4
Quando mamãe e papai brigam


Notas iniciais do capítulo

Hello people *-*
Olha eu aqui fazendo uma aparição surpresa ^^
Pessoalmente, não achei o melhor capítulo que já escrevi, peço perdão (ainda estou triste pela prova que fiz no último domingo T-T )
Mas.... vamos deixar meus surtos de lado e ler logo!!!
Espero do fundo do meu coração que vcs gostem *-*



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Após finalmente completarem dezoito anos, as gêmeas May-Coulson, são surpreendidas quando na noite de seu aniversário elas encontram um embrulho em cima de suas camas.

Ao abrirem as respectivas caixas, Jemma se assusta ao ver uma faca do estilo que os fuzileiros americanos usam, ela também nota o bilhete em mandarim que diz: “Feliz aniversário, minha querida! Você é oficialmente uma adulta agora e precisa de sua própria faca.”.

Os olhos de Daisy brilham ao ver a faca idêntica a de Jemma, sem ao menos pegar o bilhete ela sabe que é de sua mãe, mas isso não significa que ela não tenha lido o bilhete e guardado com carinho, definitivamente esse era o presente mais legal de todos os tempos, ela pensa que talvez no ano que vem pode ganhar sua primeira arma, afinal ela é quase uma agente agora.

Depois do ocorrido no Peru e de compartilhar as primeiras horas de seu aniversário com sua família, Daisy percebe que quer isso e por mais que odeie a SHIELD, ela se vê pedindo Ward para treiná-la, já que ambos os pais disseram que não tinham tempo para fazer isso. Na verdade, se fossem honestos consigo mesmo, Phil e Melinda não queriam demonstrar favoritismo para com a filha, por mais que a ideia de treinar a filha pudesse ser tentadora para Melinda, mas no fundo ela sabia que já vinha fazendo isso há muito tempo e era hora de Daisy aprender com outras pessoas.

Daisy era oficialmente uma recruta da SHIELD e havia ido a sua primeira missão. Ela não pensou que seria tão difícil, havia sido tão fácil hackear e conseguir seu próprio convite, ela até mesmo jura que viu um olhar orgulhoso do pai quando ela disse que havia conseguido o convite o que contrastou bastante com o olhar repreendedor da mãe. Sua missão era simples, ao menos foi o que Jemma e Fitz haviam dito, ela só teria que se aproximar do servidor e deixar que a nova tecnologia de Fitz, em forma de pó compacto, invadisse a rede, entretanto, ela foi pega por Ian Quinn e teve que dar um jeito de fazê-lo confiar nela, sem que ela precisasse nocauteá-lo.

Assim, Daisy se viu dizendo estar infiltrada na SHIELD e confessando que eles estavam no local para conseguir salvar o cientista, que mais tarde eles descobriram estar planejando afundar toda a ilha.

Obviamente Ian desconfiou dela e pela primeira vez na vida Daisy May Coulson se viu na mira de uma arma, por alguns segundos ela pensa que deveria ter dado mais atenção ao treinamento de Ward sobre desarmar uma pessoa e não ter feito pouco caso. No entanto, ela esforçou-se e conseguiu replicar o movimento que Ward havia demonstrado no dia anterior e por sorte conseguiu pegar a arma que estava sendo apontada para si, entretanto, Daisy não havia atirado a sangue frio ainda e ela não teve alternativa a não ser sair dali em grande estilo, ou seja, pulando a janela do segundo andar e caindo na piscina. 

Poucas horas depois, enquanto caminhava encharcada de volta ao avião, Daisy pensou se não estava cometendo um erro ao se listar na SHIELD, ela havia se arriscado, ela ficou em frente a uma arma, ela sabia lutar, mas não fazia a mínima ideia de como atirar.

Daisy May percebeu que era hora de Skye levar seu treinamento mais a sério e isso incluía parar de parecer tão desinteressada em bater no saco de pancadas, embora sua mãe tenha lhe aconselhado a não revelar sobre sua experiência no combate corpo-a-corpo, vulgo suas duas faixas pretas.

Outra coisa que também tem incomodado Daisy e ela percebeu que também incomoda o restante da equipe são as pequenas discussões entre seus pais, os dois parecem um velho casal casado, mas embora ela saiba que seja verdade, ela também sabe que há algo errado entre eles.

Exceto pela madrugada de seu aniversário, Daisy não se lembra de ter visto seus pais em um mesmo ambiente sem uma pequena discussão, ao mesmo tempo em que percebe que mesmo naquela noite eles não estavam muito próximos.

Daisy é interrompida de seus pensamentos quando Phil abre a porta do SUV preto e a encontra sentada de maneira desleixada no banco de trás do SUV, com seu notebook no colo. Ela tem a certeza que se fosse a avó que lhe encontrasse ali, com certeza ela lhe daria uma bela palestra sobre bons modos.

—Ei A.C. –Ela diz com um sorriso brilhante.

—O que tem de errado com agente Coulson ou só Coulson? –Phil pergunta à filha enquanto se junta a ela e fecha a porta.

—É estranho chama-lo de agente Coulson ou usar o nosso sobrenome assim... –Ela diz simplesmente dando de ombros.

—Você ainda pode me chamar de papai. –Phil sugere.

—Só se você quiser que a agente May nos mate. –Daisy diz em um tom conspiratório.

—Tem razão, sua mãe não está nos melhores dias. –Phil diz simplesmente dando de ombros.

—Pai eu odeio falar o óbvio, mas eu acho que vocês dois tem que parar com esse jogo bizarro de ficar andando em círculos e ir para os finalmentes. –Daisy diz sentindo suas bochechas corarem.

—O que? –Phil diz franzindo o cenho.

—Oh Deus. –Daisy murmura para si mesma, não acreditando que está prestes a ter essa conversa com o pai.

—Até Fitz já reparou nessa tensão entre vocês dois, acho que já chega de preliminares pai. –Daisy diz e se recusa a ser mais explicita, afinal ela não precisa e não quer falar sobre sexo com seu pai.

—Oh... –É a única coisa que Phil diz, bem envergonhado diga-se de passagem.

—Eu acho... bem... talvez... Eu tenho que ir. –Phil começa a divagar, antes de sair do SUV com pressa.

—Queria poder apagar os últimos cinco minutos dessa conversa. –Daisy murmura para si mesma.

—Ou posso torturar Jemma com isso. Credo. –Daisy continua a sussurrar para si mesma.

—Definitivamente eu preciso torturar Jemma. –Daisy conclui.

Phil por outro lado sai correndo do SUV e se apressa para seu quarto, ainda mal acreditando na conversa que teve com a filha, ele definitivamente estava constrangido.

E assim, ele ficou em seu quarto por um bom tempo, até que decidiu ir até a cabine do piloto, por sorte não encontrando com ninguém pelo caminho, ele imaginou se os demais já estavam dormindo, entretanto, as luzes acesas do quarto de Jemma indicavam que provavelmente as gêmeas estavam em alguma espécie de hora das meninas, afinal de contas ele tem reparado que Daisy tem ido ao quarto de Jemma com certa frequência, quando pensa que os outros estão dormindo e geralmente as luzes sempre ficam acessas.

Quando enfim chega a cabine do piloto, Phil sente uma onda momentânea de tranquilidade ao ver a figura pequena de sua esposa pilotando o avião.

Melinda por sua vez não diz nada, enquanto o marido se acomoda no banco do copiloto.

Após alguns segundos em silêncio, Phil finalmente fala:

—Dois anos, dois meses e dezesseis dias.

Franzindo o cenho Melinda finalmente o encara.

— Dois anos, dois meses e dezesseis dias que não transamos. –Phil diz e quando vê a asiática erguer a sobrancelha ele se recrimina mentalmente por sua abordagem bizarra.

—Quer dizer foi a nossa última vez... Mas se você tiver ficado com alguém eu não me importo... sabe você meio que era viúva.... Eu estou falando demais... A culpa é de Daisy.... Ela disse que até o Fitz notou a tensão.... –Phil divagou incessantemente.

Melinda por sua vez chegou até a achar engraçada a situação, principalmente o fato de até as orelhas de Phil estarem vermelhas, entretanto, ela manteve seu rosto sem expressão.

—Acho melhor eu ir. –Phil disse por fim e saiu praticamente correndo, deixando Melinda para trás com um sorriso no rosto.

—Você já foi mais sutil Coulson. –Ela murmurou divertida enquanto colocava o avião no piloto automático.

Andando calmamente até o quarto de Phil, Melinda faz questão de checar se não há ninguém que possa vê-la entrar, obviamente ela demora mais tempo que o habitual, mas apenas tempo o suficiente para deixar Phil aflito, afinal de contas Melinda May é uma caçadora que gosta de brincar com a presa.

Ao adentrar o quarto de Phil ela o vê deitado na cama ainda de terno, exceto pelo blazer e os sapatos, sendo iluminado pela luz do abajur.

—Aquilo não foi uma indireta Melinda. –Phil se prontificou a dizer, enquanto se sentava rapidamente na cama.

—Não, foi um pedido alto e claro de socorro Phillip. –A agente May disse com sua voz uniforme.

—Mel... você não precisa... –Phil diz como sempre preocupado e May tem a ligeira sensação de ter sentido seu coração se aquecer diante do jeito nerd e desajeitado do marido.

—Depois daquela noite em que você esteve em casa, eu disse a mim mesma que esperaria você dar o primeiro passo. –Melinda disse calmamente enquanto puxava o zíper de suas vestes.

Phil nada disse, atendo-se a encarar a esposa em silêncio.

—Mas eu tinha me esquecido o quão lento você pode ser Phillip. –Melinda disse enquanto ficava apenas com suas roupas intimas.

Coulson por sua vez ficou apenas ali encarando a esposa seminua caminhar em sua direção e se sentar em seu colo.

—Eu sai com alguém uma vez. –Melinda disse enquanto retirava calmamente sua gravata escura.

—Mas eu fui embora no meio do jantar. –Ela completou agora finalmente o encarando.

—Eu te amo Phil e eu senti sua falta. –Melinda diz enquanto o marido a olha hipnotizado, mas logo que ela desabotoa o segundo botão de sua camisa branca, ele coloca as mãos sobre as dela parando-a.

—Minha cicatriz... –Ele diz quase que em um sussurro.

—Pensei que já tínhamos passado dessa fase de cicatrizes. –Melinda diz suavemente.

—Ela... ela é.... –Phil começa a divagar e Melinda sabe que tem de acalmá-lo antes que ele estrague o clima com suas divagações.

—Se bem me lembro, não foi você que disse uma vez “deixe-me mapear todas as suas cicatrizes”? –Ela diz com um ligeiro sorriso.

—Pensei que você tivesse dito que era uma frase brega. –Ele diz sorrindo ao se lembrar do ocorrido.

—Mas também era fofa, você é fofo. –Ela sussurra sedutoramente.

—Eu não sou fofo. –Phil diz em falso tom de ofensa.

Melinda por sua vez limita-se a erguer a sobrancelha, quando constata que ardilosamente desfez todos os botões de sua camisa, Phil também percebe e fica em silêncio enquanto a esposa vê a cicatriz pela primeira vez.

—Eu amo você e todas as suas cicatrizes Phil Coulson, porque sem elas não estaríamos aqui, juntos. –Melinda diz seriamente, enquanto passa as duas mãos pelo torso do marido.

Sem mais resistir, Phil sela os seus lábios em um beijo apaixonado e o resto da noite é história...

Na manhã seguinte, Phil observa de longe Ward e a filha mais velha jogarem batalha naval.

—Ela se adaptou bem. –Coulson diz ao sentir May em suas costas.

—Satisfeito? –Melinda sonda ainda vendo o grande sorriso que a filha exibe.

—Um pouco. –Phil diz analisando a linguagem corporal da primogênita.

—Você já percebeu que ela tem uma queda por ele, não percebeu? –Melinda disse fazendo o possível para esconder seu sorriso.

—May... –Phil diz seu sobrenome quase que em censura e Melinda tem a confirmação que precisava.

Deixando o momento de descontração de lado Melinda pergunta em falso tom de curiosidade:

—Acordou cedo hoje... Antes do meu Tai Chi. Está tendo insônia?

—Não, apenas muita energia. –Phil disse simplesmente.

—Se quiser podemos montar o tatame lá em baixo... aproveitar que estamos relembrando os velhos tempos. –Melinda disse em um tom sugestivo e eles trocam um sorriso.

No entanto, antes que Phil pudesse arranjar uma desculpa para livrá-lo de ter a bunda chutada pela esposa, o alerta de missão estava acionado.

—Salvo pelo gongo. –Melinda disse escondendo um sorriso.


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Notas finais do capítulo

Então????
P.S: Comentários são sempre bem-vindos, deixam essa escritora mais animada a escrever.



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