Um estranho no fundo dos olhos escrita por Yokichan


Capítulo 8
Capítulo VIII




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Para Marcos, todas as luzes se apagam, até mesmo a da porta da saída de emergência em caso de incêndio, e ele passa a suportar os dias em uma escuridão que recende a arrependimento e frustração. Suas lembranças com aquela mulher, ainda tão recentes, tão cintilantes e dolorosas, alternam-se em um loop infinito dentro da mente e Marcos se deixa arrastar por elas – o sorriso tímido, o tom acobreado dos cabelos sob as luzes noturnas e o cheiro de shampoo que se desprende deles, um olhar que hesita enquanto avança, o calor da pele, palavras soltas de diálogos que se desmontam na memória, o primeiro beijo, um abraço compartilhado na cama, lágrimas rolando pelo rosto. Talvez devesse trancar aquilo tudo no canto mais afastado da consciência, agora que tudo está perdido, mas sabe que não fará isso porque não tem forças para esquecer o que há de melhor em si.

Ignorar algo ruim é fácil, uma vez que todos os esforços físicos e psicológicos estão empenhados nisso como um impulso natural, um instinto de sobrevivência. A reação espontânea de alguém cuja mão seja colocada sobre o fogo é retirá-la das chamas o mais rápido possível ao sentir que elas começam a causar-lhe dor. Mas é inútil tentar ignorar o que um dia foi feliz, não apenas feliz, mas o mais feliz que se pode ser, porque tudo parece insistir em resgatar a memória dos bons momentos que ficaram para trás, iluminados por um halo de sonho e saudade.

Assim, incapaz de sufocar os resquícios de Ana que ainda reverberam dentro dele, Marcos se conforma em continuar a amá-la e a sofrer por isso. Ele conjectura que, se houvesse alguma chance de enveredar por outro caminho, qualquer caminho que não o levasse de volta para Ana, ele o tomaria sem pestanejar, porque a vida de um homem apaixonado por uma mulher decidida a ignorar sua existência acaba se tornando insuportável. Marcos chega a essa conclusão ao perceber que Ana tinha deixado de almoçar no refeitório da empresa para não precisar encontrá-lo e bloqueado o acesso dele aos seus perfis em todas as redes sociais e o número dele no Whatsapp. Ana não queria mais vê-lo e não queria também que ele a visse.

Ela o havia apagado de sua vida como se ele fosse um rabisco de mau gosto em uma folha de papel.

***

Como é impossível estar com ela, às vezes, Marcos revisita os lugares aos quais foram juntos. Não se trata de uma atitude pensada, obviamente – se ele avaliasse aquilo de um ponto de vista estritamente racional, concluiria que não faria sentido, porque Ana já não estava mais ali, e apenas se sentiria ridículo ao voltar para casa. Mas é como se ainda houvesse qualquer coisa dela naqueles lugares, um resquício de calor, um sorriso deixado para trás, e Marcos se vê irresistivelmente atraído pelo que sobrou daquela presença.

Recorda-se da sensação de caminhar ao lado dela, os braços se tocando ocasionalmente, sempre que passa pela rua do Subway. Recorda-se do som de sua voz, dizendo, num gracejo, que ele é um cara antiquado, quando avista a fachada da hamburgueria. Observando as pessoas que entram e saem da feira de orgânicos, folhas verdes despontando das sacolas, recorda-se da expressão de surpresa em seu rosto e da estampa de sua bolsa de pano. Recorda-se dos olhares fortuitos durante o almoço em todas as vezes em que come no refeitório da empresa, até o dia em que não suporta mais lembrar e vai almoçar fora dali.

Marcos estaciona em frente ao restaurante chinês antes que se dê conta de como aquilo é deprimente. Estar ali sem Ana. Finge não escutar a pergunta que a recepcionista lhe faz – “hoje é só você?” – e, depois de servir-se no buffet, come em um silêncio prostrado. Embora não esteja na mesma mesa em que jantaram naquela noite, encara a cadeira vazia à sua frente e sente-se profundamente triste. Contudo, não ousa ter pena de si mesmo. Pelo contrário, odeia o ser humano covarde em que se tornou e esse arrependimento exasperado é uma constante em sua existência mais recente.

Fitando com um assombro pasmo a conta que um garçom tinha acabado de deixar sobre a mesa, como se ele houvesse largado ali um sapato sujo ou um animal morto, Marcos tem a consciência de que Ana jamais o perdoará e de que, em seu lugar, ele faria o mesmo.

***

Marcos adquire o hábito de perambular pelo apartamento à noite porque não consegue mais dormir quando coloca a cabeça no travesseiro. Atormentado pelos próprios pensamentos e irritado demais para permanecer na cama, ele anda de um lado para o outro no escuro sentindo-se deslocado da realidade, um ponto para o qual apenas a sombra conflui.

Abre a geladeira sem vontade de comer e bebe água sem sentir que ela o sacia. Liga a televisão e passa um longo tempo trocando os canais, mas nada o interessa. Tenta ler, a luz do abajur parecendo fria e solitária naquele canto da sala, mas desiste porque é incapaz de concentrar-se no que quer que seja. Senta-se diante do computador e encara a tela com um olhar ausente, confere os lançamentos da Netflix e as promoções da Amazon, navega por sites de música, notícias e mesmo sexo, até que fecha todas as abas sem ter realmente se conectado a nada. Então acende um cigarro e vai sentar-se na sacada.

É início de novembro e as noites já não são mais frias, as sombras não mais tão profundas. Marcos contempla o céu estrelado, nenhuma nuvem para encobri-las, e sente a aragem da madrugada roçando-lhe a pele. A fumaça do cigarro é soprada de leve para fora da sacada e se dissipa no escuro. Quando dá outra longa tragada, tem a impressão de que o corpo está dormente e supõe que o sono esteja finalmente chegando. Mas também pensa que talvez aquele seja apenas o modo que sua alma tenha de mostrar o quanto está vazia, seca feito um ramo de espinheiro.

Marcos observa as janelas escuras dos prédios do outro lado da rua, todos os apartamentos adormecidos em silêncio e a placa de “ALUGA-SE” no mesmo lugar, e acha graça de como cidades provincianas como aquela ainda têm o seu toque de recolher, a sua hora de ir para a cama. Ele pergunta-se se Ana também está dormindo, se ainda o detesta com todas as suas forças ou se a raiva cedeu ao menos um pouco. Quanto tempo faz desde aquele dia? Uma semana? Duas? Marcos sente como se a noção do tempo tivesse se tornado confusa para ele, simultaneamente breve e espichada ao limite, mas presume que aquilo não faça sentido e que o mais provável é que tenham se passado duas semanas.

Duas semanas sem Ana, sem vê-la, sem falar com ela ou sequer saber se ela está bem. Duas semanas naquele exílio que ela lhe impingira e que, ao que parecia, ia se prolongar para sempre. Marcos tenta lembrar-se de como tinha sido sua vida antes de Ana e tudo o que lhe ocorre é uma série de insignificâncias. Agora percebe com uma clareza dolorosa que tinha levado uma existência medíocre e comum não porque realmente fosse um cara simples, sem grandes conflitos, mas porque sempre tinha sido covarde para enfrentá-los, escondendo-se sob uma carapaça de indiferença onde nada conseguia alcançá-lo.

E assim havia arruinado a única coisa que importava.

Cansado de si mesmo, ele apaga o que restou do cigarro em um cinzeiro e retorna à escuridão do apartamento. Quer dormir, afundar em um sono tranquilo e pesado em que nada existe. Contudo, sente que o cigarro – ou talvez tenha sido a consciência de sua miséria – lhe deixou um gosto amargo e vai lavar a boca na pia do banheiro. Apoiado contra o mármore frio da bancada, Marcos ergue o rosto para o espelho e se vê refletido ali. E percebe naquele semblante o olhar volúvel de um mentiroso.

De repente, Marcos é assaltado pela sensação de estranhamento de estar encarando um desconhecido. Os olhos, a boca e o nariz são seus, mas há qualquer coisa incógnita ali, intrusa, como se um outro olhasse através dele. A impressão que ele tem é a de ser um estrangeiro sob a própria pele. Então se dá conta de que, além de ter mentido para outra pessoa, andou mentindo sobretudo para si mesmo. Involuntariamente, permitiu-se acreditar que a máscara que vestia era o seu próprio rosto, que seus sentimentos podiam ser suprimidos por trás de uma aparência de impassibilidade. Mas agora se dá conta de que não sabe quem é.

O que ele fez consigo?

Então era assim que ele tinha parecido aos olhos de Ana?

Marcos abre a torneira, enche as mãos de água e mergulha o rosto nelas. Achou que seria mais fácil simplesmente dizer o que era mais conveniente e resguardar-se por trás de mentiras, ser o homem que se esperava que ele fosse – Marcos pondera se seria aquilo uma maldita herança do conservadorismo sulista –, mas nenhuma dessas manobras tinha tornado sua vida melhor. Ao invés disso, reduziram-no a um sujeito inseguro e afastaram-no da única mulher que ele havia amado.

Ele compreende que, tentando tomar atalhos, tinha tomado o caminho mais difícil. Compreende que não pode mais continuar agindo daquele modo. Compreende que a mentira toma ao mesmo tempo em que dá, e que o limite entre o que é real e o que se deseja que seja é como uma linha traçada na areia, fácil de fazer e ainda mais fácil de apagar.  

E quando volta a encarar o rosto no espelho, ele já lhe parece mais humano – mais seu.

***

No meio da semana, sua mãe liga. Marcos acaba de entrar no carro e de jogar uma pasta de papel com planilhas de orçamento no banco de trás, quando o celular toca. Observando os funcionários que saem da empresa após o expediente, a maioria deles apressando o passo ao sentirem cair as primeiras gotas de chuva, ele deixa que o aparelho toque, o nome da mãe piscando no visor que se ilumina, enquanto pensa se quer atender. Não tem vontade de conversar com ninguém além do estritamente necessário, sente-se emocionalmente esgotado. Contudo, sabe que ela ligará outras vezes e decide resolver logo a questão.

— Oi, mãe.

— Ah, tu atendeu. Já estava quase desligando.

Sua mãe tem aquele tom de voz que soaria natural até mesmo se ela tivesse uma notícia trágica para lhe dar. “Lembra do fulano? Então, ele morreu. Atropelado por um caminhão bitrem. Pois é, acontece.” Marcos pensa que é um tom de voz reconfortante, apesar de um tanto distante.

— É que estou saindo do trabalho.

— Sempre ocupado. Quando vem me ver? – ela não lhe dá tempo de responder. – Se está saindo do trabalho, pode dar uma passada aqui. Fiz bolo de cenoura hoje.

Ele lembra-se do gosto daquele bolo, da massa tão macia que é preciso cuidar para não despedaçá-la, da cobertura de chocolate acumulando-se nos cantos da forma quadrada, e a ideia lhe dá água na boca. Ele deveria mesmo ir até lá, já faz quase um mês desde a última vez. Embora nunca tenha se sentido muito próximo da família, Marcos entende que há certos deveres que ele, como filho, precisa cumprir.

Mas não quer fazer aquilo agora.

— Sinto muito, mãe. Acabei levando trabalho pra casa hoje.

— Que desnaturado. – ela suspira. – Tudo bem por aí?

— Tudo certo na empresa. – ele desconversa.

— E contigo?

Marcos aperta uma unha contra o volante, deixando uma marca no couro macio. O que ele poderia dizer a respeito de seu estado atual para a mãe? Que havia se apaixonado por uma garota e a perseguido feito um maníaco, mentido para ela, que tinha feito tudo errado, tão errado, e que agora essa garota o detestava? Que ela provavelmente jamais voltaria a lhe dirigir um olhar? Que, por isso, ele andava se sentindo a pior pessoa sobre a face da Terra? Marcos não pode falar esse tipo de coisa para a mãe porque, além de vergonhoso, de nada serviria.

A chuva começa a respingar para dentro do carro e ele fecha o vidro ao seu lado.

— Não se preocupa. – Marcos desvia o assunto novamente. – Embora tu ache que eu só coma miojo, eu me cuido, tudo bem?

— Parou de fumar?

— Ah, por favor.

— Marcos. Não adianta mentir pra mim, eu te conheço.

Será que conhece mesmo? Dizem que as mães conhecem seus filhos como a palma da própria mão, que são capazes de reconhecê-los até mesmo de olhos fechados e de saber como se sentem com apenas um olhar. Joyce Byers, em Stranger Things, afirma que uma mãe consegue identificar o filho pelo som de sua respiração. Suzana, no escritório, costuma falar que existe uma ligação especial entre mães e filhos. Marcos não sabe se aquilo é verdade, mas duvida que sua mãe possa conhecê-lo tanto assim.

Instintivamente, porém, acaba perguntando:

— Qual é a minha banda preferida?

— Banda? Eu não sei, tu nunca me falou.

— E o que eu mais gosto de comer?

— Eu sei lá, Marcos... quando tu morava aqui, gostava de lasanha.

Errado. Ele lembra-se de que lasanha sempre tinha sido o prato preferido de seu irmão mais velho – nos almoços de domingo, a mãe frequentemente atendia ao seu pedido e preparava uma enorme travessa de lasanha à bolonhesa. Marcos gostava e continua gostando de churrasco.

— Como eu ganhei a cicatriz que tenho na perna?

— Ah... – ela parece pensativa. – Como foi mesmo? Um cachorro, não é?

— Eu caí de bicicleta.

— Meu Deus, tu tinha sete anos! Como eu ia lembrar?

Ele fecha os olhos e solta o ar devagar. Está tão cansado.

— É verdade. Não tem importância.

— Deixa de bobagem e dá uma passada aqui, ok? Vou separar um pedaço de bolo pra ti.

— Tudo bem.

Quando a mãe desliga, ele deixa o celular sobre o banco ao lado e observa a chuva caindo lá fora. Não é uma chuva intensa, mas mansa e insistente. O céu adquiriu um tom cinzento e parece que a noite vai chegar mais cedo do que de costume. Contudo, não há qualquer sinal de vento ou de trovões, e a chuva se contenta em molhar o pátio da empresa num gotejar baixinho, quase silencioso. Algumas pessoas ainda transitam por ali, apressadas debaixo de guarda-chuvas ou indiferentes a um pouco de água, mas o maior fluxo já se dispersou.

Marcos entende que nem mesmo a própria mãe o conhece e sente os olhos molhados, um caroço se formando na base da garganta. Ela também não sabe quem ele é, não o reconheceria de olhos fechados e muito menos o distinguiria pelo som de sua respiração. Que idiotice. Sua mãe tem dois filhos, oito anos de diferença entre ambos, mas talvez o mais novo seja apenas um estranho para ela.

Ele esmurra o volante, uma, duas, três vezes, até cair em uma inércia arrasada. Então engole o nó que o sufoca e abre uma fresta no vidro do carro. O ar da chuva o alcança e penetra fundo em seus pulmões, proporcionando-lhe algum alento. Marcos não faz ideia de quanto tempo permanece assim, a cabeça apoiada no encosto do assento e o rosto voltado na direção da chuva, sentindo os respingos sobre a pele. Mas, em algum momento, considera que deve ir para casa e dá a partida no carro.

Está quase passando pelos portões da empresa rumo à rua molhada quando a vê. Seu coração dá um salto e passa a bater em um ritmo penoso. Ana caminha sozinha para fora do pátio, provavelmente em direção ao ponto de ônibus que fica do outro lado da rua, os cabelos levemente umedecidos e os saltos baixos pisando distraidamente nas poças de água. Marcos diminui a velocidade do carro e percebe que ela tem um olhar perdido, como se, na verdade, estivesse muito longe dali.

Ele pensa que queria estar naquele lugar também, junto com ela, quando Ana dá um passo em direção à via sem sequer olhar para os lados, a bolsa apertada contra o peito, e ele se dá conta do que está para acontecer. Há uma van estacionada junto ao meio fio logo adiante, o motor ainda ligado enquanto funcionários da empresa entram no veículo, obstruindo o campo de visão de quem, como Ana, atravessa a rua. De onde está, mesmo se tivesse olhado para a esquerda antes de abandonar a segurança da calçada, ela não teria visto a caminhonete que avança em grande velocidade na sua direção.

Marcos compreende como as coisas vão acontecer como se já tivesse visto aquela cena. Ana vai estar no meio da rua quando perceber, tarde demais, que um veículo está prestes a se chocar contra ela, os faróis muito claros sob um fino véu de chuva. Então vai haver a colisão, certamente fatal para a garota distraída, imersa nos próprios pensamentos, porque a caminhonete está acima do limite de velocidade e a pista está escorregadia. Ana se tornará mais um dado nas estatísticas de acidentes de trânsito da cidade. A empresa lançará um comunicado de pesar nas suas redes sociais, lamentando a morte da funcionária, “uma colaboradora de grande talento”, e no dia seguinte começará a selecionar outra pessoa para sua vaga.

Para ele, restará um mundo sem Ana.

Um mundo mais escuro.

A cena toda parece transcorrer em câmera lenta enquanto a consciência de Marcos se torna tão lúcida como nunca antes. Ele é um cara de exatas, suas habilidades de raciocínio e para resolver problemas são rápidas e eficientes, e um átimo de segundo é o suficiente para que ele perceba o que deve fazer. Está entre Ana e a caminhonete, no lugar exato e no instante exato para fazer as coisas valerem a pena. Para protegê-la. De repente, seus batimentos já não estão mais acelerados e uma calma profunda se apossa dele. Marcos agora possui completo domínio sobre si.

Ele pensa que, se há alguma verdade nele, é a de que ama aquela mulher.

E ao engatar uma nova marcha e pisar fundo no acelerador, não há o menor traço de hesitação em seu rosto.

***

O impacto é devastador quando a caminhonete se choca contra a lateral do sedan que sai sem aviso do Grupo Kreis. Estilhaços de vidro e pedaços de lataria são arremessados a metros de distância. O para-choque do carro atingido se desprende e rodopia pela via num ruído assustador de metal retorcido. Uma roda atinge uma moto que vem trafegando no sentido contrário e uma parte do capô do sedan é lançada para longe e derruba uma mulher que atravessava a rua logo em frente e que cai desacordada. As pessoas nas proximidades encolhem-se e cobrem os ouvidos por conta do estrondo, de modo que ninguém entende o que aconteceu até que tudo esteja terminado e os carros mergulhados em uma imobilidade de morte.

Quando isso acontece, o motorista do sedan tem o rosto ensanguentado, a cabeça caída sobre o peito, e a chuva começa a cair com mais força.


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