Rescata mi Corazón escrita por Lari Salvatore


Capítulo 3
Capítulo III


Notas iniciais do capítulo

oioioi eu de volta



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Acordo com Violetta fazendo carinho em meu cabelo, sem abrir os olhos levo minha mão até a dela, a tirando dali.

—Olha, eu até concordo em dormirmos juntos e conviver, mas demonstrações de carinho sem motivo já é demais. — Digo e só então abro os olhos, me virando para ela com um sorriso.

Ela faz uma careta e se vira, dou uma risada, me levantando da cama e indo até o banheiro. Me arrumo o mais rápido que consigo, na tentativa de sair logo de casa.

No caminho até a empresa, meu celular anuncia uma mensagem de meu pai dizendo que precisa conversar comigo. Meu coração gela, apenas de imaginar qual a merda que fiz dessa vez, digamos que meu pai é bem rígido em relação à imagem da família e bom, eu não sou um bom exemplo.

Assim que chego reparo nos olhares sobre mim, mas apenas os ignoro, alguns são até um pouco surpresos, o que me deixa um pouco intrigado. Me dirijo até a sala de meu pai, que se encontra sentado em sua cadeira, de costas para a porta. Arranho a garganta para chamar sua atenção e de fato funciona, já que ele se vira para mim com uma expressão fria. Permaneço em silêncio e apenas recebo um sinal para me aproximar, assim o faço.

—Você poderia me explicar o que é isso? — Ele diz virando a tela do computador para mim, não consigo definir seu tom de voz, então olho para a tela, onde está escrito de todo tamanho.

 

APAIXONADO? LEÓN VARGAS É VISTO SAINDO ABRAÇADO COM MULHER MISTERIOSA”

Segundo testemunhas, León estaria se envolvendo romanticamente com essa mulher e mais, nossas fontes nos informaram que eles estariam até mesmo casados. E aí? Será que nosso garanhão sossegou?”

 

Arregalo os olhos, uma matéria dessas é o que menos quero nesse momento. Olho para meu pai que continua a me encarar, esperando uma resposta.

—Quem usa garanhão hoje em dia? — É só que digo, tentando contornar a situação, mas ao olhar para o lado percebo que é melhor responder logo. —Então pai, eu…

—Por que você não me disse que estava namorando e muito menos que iria se casar? — De repente seu tom de voz muda, o que chega a ser um pouco assustador. Ele parece… animado? —Eu não acredito que perdi o casamento do meu primogênito. Você tem noção de que essa poderia ser minha única oportunidade? As chances da sua irmã se casar são mínimas.

Olho para ele assustado, esperava uma bronca ou algo do tipo, mas ele está feliz e talvez um pouco decepcionado por não ter participado. Começo a arquitetar uma história em minha cabeça, não posso dizer que até um dia atrás não a conhecia. É a primeira vez que vejo orgulho em seu olhar, não posso estragar isso.

—Me desculpe papai, estávamos nos relacionando a um tempo, mas eu não gostaria de lhe dar esperanças sem saber se aquilo iria para frente, mas acabou acontecendo. Estou completamente apaixonado por ela e quando surgiu a oportunidade, tive que me agarrar a ela. — Minto, dando meu melhor olhar e sorriso apaixonado.

Ele aponta para a cadeira à sua frente, para que eu me sente e apoia seu queixo em suas mãos, prestando atenção em mim. Me sinto desconfortável, a primeira vez em que ele está orgulhoso de mim é por causa de uma mentira. Sorrio para ele, me ajeitando na cadeira.

—E qual o nome dela? O que ela faz? Ela parece bonita.

Ele joga tudo de uma vez, me deixando em uma saia justa. Penso em mentir, mas logo serei desmentido então preciso agir rápido.

—O nome dela é Violetta, que tal ela mesma responder essas perguntas em um jantar? — Proponho rapidamente, recebendo um sorriso acompanhado de um sinal de positivo. —Ótimo, podemos marcar para amanhã a noite, no The Crystal Palace? Convidamos a Ludmi também.

—Combinado. — Ele diz estendendo a mão, a aperto e me levanto da cadeira, indo para fora. Antes que eu saia, ele chama minha atenção. —Estou orgulhoso de você.

Paro por um segundo, absorvendo suas palavras. Dou um sorriso fraco e saio da sala.

Fico um pouco aéreo o resto do dia um pouco aéreo, pensando na merda em que me meti.

“Eu vou matar o Diego por ter me deixado fazer essa loucura!”

Pensamentos como esse são comuns nesse momento. Faço as reservas no restaurante antes de voltar para casa. Quando chego não encontro Violetta, escrevo um bilhete avisando-a sobre o jantar, depois subo para o quarto, ficando na cama até pegar no sono.

Acordo no meio da noite sentindo beijos passeando sobre meu peito, abro os olhos e vejo a origem deles. Me ajeito na cama, curtindo aquilo e acabo me deixando levar colocando a mão em sua nuca e a puxando para a altura de meu rosto, envolvendo sua cintura com meu braço livre. Deixo alguns beijos em seu pescoço, intercalando com vários selinhos até recobrar a “consciência”. A tiro de cima de mim e a encaro.

—Você bagunçou a minha vida, não pense que vou aceitar isso. — Digo me irritando. —Sua sorte é que pela primeira vez na vida meu pai está orgulhoso de mim, não estrague isso também. Vou dormir no outro quarto.

Me levanto da cama e saio. Entro no quarto ao lado e me deito, não conseguindo evitar que meus pensamentos voem até ela, imaginando o que teria acontecido se eu apenas tivesse me deixado levar.

Acordo um pouco mais cedo, preciso correr um pouco, vou até o quarto rapidamente para pegar uma roupa e encontro ela dormindo, tento fazer o mínimo barulho possível, sendo rápido. Tomo um café rápido e saio. O vento frio e refrescante me dá uma sensação tranquilizante, começo a correr sem um destino certo, apenas para desestressar.

Confesso que só um dia já foi suficiente para que eu comece a sentir saudades da vida antiga, nunca fiquei tanto tempo sem algum tipo de envolvimento com mulheres.

Sigo meu caminho até chegar em uma rua próxima a casa de minha irmã, Ludmila. Decido procurar algum lugar para comprar um café e ir fazer uma visita a ela e aproveitar para fazer o convite para o jantar, tenho certeza que ela está acordada, é costume eu receber mensagens dela logo pela manhã.

Toco a campainha e como esperado, logo sou atendido. Dou um sorriso ao ver sua carinha feliz. Ela tem sido meu refúgio desde que nossa mãe faleceu, é ela que me faz ter forças para sobreviver a cada dia.

—Bom, dia querida. — Falo entregando o café para ela, que logo toma um gole. —Caramelo Macchiato.

Faço a observação, arrancando dela um sorriso por ter lembrado seu preferido. Ela abre espaço para que eu entre e assim o faço, me sentando no sofá não muito longe da porta. Ela se senta do meu lado e me encara, me questionando silenciosamente o porque de minha visita. Apenas esgo a mão esquerda, mostrando a aliança, comecei a usá-la hoje pela amanhã. Balanço a cabeça e a abaixo?

—Problemas no paraíso? — Ela pergunta, colocando a mão em meu ombro, preocupada. Dou um meio sorriso, negando com a cabeça.

—Está tudo péssimo. Eu sai para beber e acordei casado com uma mulher que eu nunca vi, Ludmi. — Desabafo. Ela se ajeita no sofá, desviando o olhar por um momento enquanto ajeita o cabelo. —Onde já se viu? Eu, Leonard Vargas, casado. Não nasci para isso. Mas o pior é que pela primeira vez o papai está orgulhoso de mim, eu não queria que fosse assim.

Ela esboça um sorriso triste e faz um carinho em meu ombro. Olho para ela, um pouco sem graça pelo desabafo.

—Você parecia… Feliz nas fotos. — Olho para ela assustado, não esperava que aquelas fotos já estivessem rodando por aí. Ela dá uma risada. —Diego me mostrou. Ela parece ser uma boa pessoa, quero conhecê-la.

Dou uma gargalhada, colocando as mãos no cabelo como se estivesse prestes a surtar.

—Ela é péssima, chegou agindo como se fosse a dona da casa e quase bateu na Sophia quando a levei para casa. — Ela arregala os olhos e me dá um leve tapa. —Eu não queria me casar, o que posso fazer?

—Você sabe que querendo ou não, você está casado agora e isso não se faz. — Ela diz como a típica irmã responsável. —Você deveria pedir desculpas a ela e espero que até a hora do jantar isso já esteja resolvido.

Olho para ela intrigado, mas logo me dou conta, é claro que ele contou. Dou uma risada e olho para o relógio, preciso ir. Me levanto do sofá, tomando a iniciativa de levar nossos copos até o lixo, depois me despeço dela com um beijo na bochecha.

Volto para casa apenas para tomar um banho antes do trabalho, Violetta já não está em casa, ignoro o fato e depois de pronto também saio.Passo o dia trancado em minha sala e ao fim do expediente, repasso todos os documentos necessários para meu pai e volto para casa.

Ao chegar em casa vejo Violetta maravilhosamente linda, olho para ela durante alguns minutos, boquiaberto.

—Se eu gostasse pelo menos um pouquinho de você, te agarraria agora mesmo. — Falo em um tom sarcástico, caminhando para o quarto.

Quando termino de me arrumar a encontro na sala, passo direto por ela, indo até a garagem e tirando o carro. Com certeza essa noite será um desafio.


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