O Hacker dos desenhos escrita por pedrojonassm


Capítulo 60
Alice, A Diretora




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— Não pense que desistirei tão fácil — O monstro falou recuperando seu olhar sério e a fitou com fúria nos olhos sabendo que não poderia temer mais nada já que ele havia feito muita coisa por ali. Ele fechou os punhos e avançou para cima da diretora com uma velocidade surpreendente que fez Pedro arregalar os olhos ao notar que ele estava em cima da diretora. Para Pedro nada passou de um teletransporte, em um momento o homem que antes havia uma aparência monstruosa estava distante e com pavor e no outro ele estava encostado na diretora, com seu punho segurado por ela e com seus olhos arregalados. A diretora o empurrou fazendo-o se afastar e começou a caminhar lentamente para cima dele.

— Estou cansada de você por aqui Harley — Ela falou pouco antes de Harley começar a ataca-la sem parar com uma velocidade impressionante, ela desviou dos golpes facilmente parecendo que nem se mexia ao desviar. Assim que chegou perto o suficiente dele ela acertou um soco em sua barriga fazendo com que ele se encurvasse — Eu tentei te ajudar — Ela se moveu para trás dele e acertou-lhe um chute fazendo-o ir para o alto — Eu tentei te mudar — Ela correu para frente e o acertou pouco antes dele cair no chão fazendo com que ele voasse para trás quase acertando Pedro que desviou do corpo que voou para cima dele — Eu nunca disse que você era monstro, nunca te forcei a nada! Por que você se odeia, porque quer tanto ser o cara ruim? — Ela berrou com uma face triste. Ela estava basicamente chorando, mas estava se segurando para não chorar na frente da única que pessoa que estava acordada ali.

— Eu nunca fui vilão! — Ele falou se levantando com uma mão no braço — Eu só faço o que é certo para a sociedade. O mundo não precisa daqueles que matam os outros — Ele berrou apontando para os presidiários ao redor.

— Você percebe que no fim você também será pego pelo seu próprio conceito? — Ela perguntou fitando-o com os olhos abertos, notava-se a tristeza em seus olhos.

— E no fim eu também serei eliminado, esse é um pequeno preço a se pagar pelo mundo perfeito. Uma grande recompensa, a morte. Morrerei feliz sabendo que o mundo estará mais seguro para as gerações futuras, não acontecerá com ninguém o que aconteceu com minha família! — Berrou.

— De acordo com as histórias você abandonou a família para tentar criar o mundo perfeito, como acha que matar os criminosos vai interferir no que aconteceu com sua família? — Ela perguntou correndo para cima dele, pulando, acertando-lhe um chute e dando um mortal para trás para desviar do golpe dele.

— Isso não é mentira, eu partir mesmo, mas não para matar bandidos. Na época eu era um homem melhor, fui atrás de comprar uma casa para minha família e quando voltei para casa encontrei o corpo da minha mulher no chão coberto de sangue. Não pense que não tenho motivos para matar os que matam os outros! — Ele berrou acertando um golpe em Alice fazendo-a recuar um pouco e fita-lo com raiva nos olhos. Ele avançou para cima dela correndo, ela desviou e segurou sua mão imobilizando-o perfeitamente.

— Seu erro é pensar que você é o único que alguma vez já teve família — Ela falou antes de fazer um movimento para ergue-lo e jogá-lo novamente no chão. Ela se levantou e bateu nas roupas e fitou Pedro — Certo, agora é só finalizar você — Ela falou. Harley tentou colocar outra larva nela se levantando rapidamente, mas ela desviou e colocou a larva nele mesmo. Ele arregalou os olhos e ficou parado em pé ali — Quem é você? E como conseguiu não ser controlado pela larva mental dele? — Ela perguntou se virando para Pedro que coçou a nuca dando de ombros.

— É que eu tenho uma cabeça de metal, nada entra nem sai dela — Explicou sorrindo. Alice arqueou uma sobrancelha com a resposta dele e cruzou os braços.

— Isso explica muita coisa, mas eu não precisava de ajuda, poderia ter derrotado ele sozinha — Ela falou se virando e acenando na frente dos olhos do homem que lentamente se transformava em monstro novamente, dando as costas para Pedro.

— Desculpe por acelerar o processo de não destruição do seu presídio, tá!? — Pedro falou se afastando dela sem que ela percebesse.

— Tenho que colocar uma coleira para selar os poderes dele, por falar em poderes tenho que interromper os seus e os do seu amigo, poderes elementais, correto? — Ela perguntou se virando para Pedro e arregalando os olhos ao vê-lo ao lado de seus amigos com um portal aberto ao seu lado. Ele estava colocando os amigos para o outro lado do portal um por um, fugindo de vez da prisão.

—  Possuímos acessórios que nos dão esses poderes, fora isso não temos nenhum poder nem nada — Pedro falou sorrindo colocando o último de seus amigos no outro lado do portal — Não vai tentar me impedir? — Ele perguntou assim que viu que ela não iria tentar ir atrás deles.

— Eu sei o que são pessoas boas e o que são pessoas ruins. Sei que as ruins nem sempre possuem más intensões assim como as boas nem sempre possuem boas intenções, é algo que se aprende gerenciando um presídio. Essa garota que você levou, a prisioneira 55. Eu gostei dela, ela era cega quando chegou aqui e a primeira coisa que eu fiz foi dar a visão para ela. O sorriso dela enxergando pela primeira vez foi lindo, mas o mais importante foi o que estava atrás dos olhos dela. Eu não posso quebrar as regras daqui, mas eu sabia que o único motivo dela parar aqui, foi para conseguir a visão.

— Basicamente sim, existe algo mais profundo nisso — Pedro comentou fazendo-a sorrir e acenar negativamente com a cabeça.

— Eu sei que têm. Sei como é amar alguém sem nunca poder ver essa pessoa, mas o caso dela é extremamente diferente. Eu estava torcendo para que ela conseguisse fugir, mas nem por isso permiti que ela fugisse e, honestamente, quando vi ela falhando naquele dia fiquei muito desapontada. Daí vocês apareceram e consegui ver naquele momento em que me encurralaram que vocês estavam mentindo sobre não saber nada. Como vocês fugiram da prisão sem saber de nada!? Obviamente eu me perguntei isso, mas quando sugeri a punição para vocês eu percebi naturalmente o motivo principal de vocês. Tudo isso para que ela conseguisse sair daqui. Vocês têm alguma história bonita por acaso? — Ela perguntou séria fazendo Pedro sorrir.

— Eu não diria bonita, uma longa história por outro lado — Pedro falou e atravessou o portal que se fechou rapidamente. Alice deu de ombros com a resposta dele. Um dia ela iria descobrir o verdadeiro motivo por trás daquilo.


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