— Pode explicar melhor? — Pedro pediu seguindo Chronos pelo corredor. Eles estavam a caminho de outra sala da grande torre em que estavam para que Chronos pudesse explicar o porquê de ele ter explicado a Anulação Temporal.

— Nós sempre procuramos seres com uma certa quantidade de poder para entrar para os Guardiões e nós estávamos de olho em seu amigo a muito tempo.

— Nós quem?

— Os líderes, eu acho — Robson respondeu.

— Justamente, sou um dos seres mais poderosos e um dos fundadores desse lugar, minha equipe é a mais poderosa daqui, somos conhecidos como os deuses. Visitamos seu amigo algumas vezes em busca de ataca-lo para verificar se ele era poderoso, a maioria foi separadamente e depois foram todos de uma vez. Matt demonstrou habilidades com a Terra que eu jamais poderia pensar que um controlador de terra seria capaz de fazer e quando ele entrou para a equipe eu fui teletransportado para meu lar, mas fiquei sabendo que ele voltou rápido dizendo que já fazia três anos e que ele tinha de acordar o outro. Fiquei confuso e quando o vi novamente perguntei o que ele quis dizer com isso, passei um bom tempo ouvindo em como ele foi criado e que tudo foi graças a vocês dois. Vocês não são poderosos como ele ou como qualquer um dos deuses, mas vocês são inteligentes e devem entrar aqui para ajudar os outros — Falou enquanto caminhava. Quando terminou eles chegaram em uma porta e Chronos a abriu rapidamente, havia uma grande quantidade de pessoas naquele lugar conversando e brincando. A maioria não era humano ou tinha uma aparência parecida com os humanos, mas conversavam aparentemente na mesma língua.

— Todos usam a mesma linguagem? — Robson perguntou fitando-os.

— É um tradutor universal que tem dentro da torre, vocês ouvem e falam a língua que mais sabem independente de querer ou não, o próprio anulador de magia da torre foi programado para fazer isso, deu um trabalho enorme — Falou após suspirar.

— Você não deveria está em casa agora, chifre branco? — Ela falou dando um tapa na nuca dele e acompanhando-o na caminhada.

— Ah, como vai Hekapoo? Conseguiu encontrar o conjurador de portais que estava procurando? — Perguntou encarando-a sem parar de andar. Pedro arregalou os olhos por um momento e disfarçou.

— Ainda não, ele parece que está inativo, faz muitos anos desde a última vez que ele abriu um portal — Hekapoo era uma mulher com branca com chifres e uma chama que ficava acesa acima de sua cabeça e entre os chifres, ela anda sempre com um longo vestido amarelo e laranja que combinam com seus olhos, mas o que destacava era seu imenso cabelo vermelho.

— Não se esqueça que só faz anos para você — Comentou rindo.

— Ok, ok. E quem são esses aí? Novatos? Carne fresca? — Ela falou fitando-os com os olhos cerrados.

— Esses são Pedro e Robson — Falou apontando para os dois, Hekapoo fez dois clones para apertas as mãos deles e as clones ficaram ao lado dela — Acabaram de chegar, estou apresentando o lugar para eles.

— Ótimo, novos brinquedos. Vejo vocês mais tarde garotos — Ela falou dando as costas e indo embora, as clones acenaram antes de desaparecerem.

— Brinquedos? — Eles falaram juntos fitando o garoto.

— Vão se acostumando ela sempre debocha dos outros, é o jeito meigo dela de ser — Comentou rindo — Certo, vamos — Falou se virando e os dois o seguiram. Nós somos protetores das dimensões, ficamos as vigiando e agimos caso algo sobrenatural aconteça.

— Difícil é saber quando algo que acontece é sobrenatural — Robson comentou fazendo Chronos rir de leve.

— Essa é a parte boa, somos uma grande instituição e poderosa, mas mal agimos porque o sobrenatural nos mais diversos lugares é normal. Por isso temos agentes nas mais diversas dimensões para agir com suas coisas normais e o ajudamos casa haja algo fora do normal — Explicou. Eles acenaram com a cabeça sinalizando que entenderam.

— Porque tem essa arena aqui? — Pedro falou assim que eles passaram por outra porta onde havia uma parede de vidro que mostrava uma enorme arena do outro lado. Portas de ambos os lados foram abertas e alguns seres apareceram correndo em direção de um ao outro e começaram a lutar. Os do lado esquerdo estavam com roupa azul e os do lado direito estavam com roupa vermelha. Pedro pulou para trás quando um raio atingiu o vidro em sua frente — Entendi — Falou colocando a mão em cima do cabelo que estava em pé.

— O bloqueador foi programado para liberar a área de dentro da arena e ali qualquer um pode usar suas habilidades. Onde estamos é um dos melhores lugares para assistir as batalhas, é ótimo para o Jump Force.

— Jump Force? Aquele jogo das mais diversas dimensões? — Os dois falaram simultaneamente fitando Chronos.

— Cada um dos 13 deuses escolhe 4 pessoas para representar sua equipe e as treze equipes lutam até sobrar apenas um. É como o Torneio do Poder de Dragon ball, basicamente as mesmas regras só que quando você sai da área de dentro da arena você perde seus poderes e não consegue entrar.

— É como um círculo de fogo e se sair já era, mas porque eles participam? — Pedro perguntou voltando a fitar a arena.

— Não é qualquer um que pode entrar para os guardiões, somente aqueles que conhecem o sabor da batalha são bem-vindos aqui. O que mais me chamou a atenção em vocês não foi o fato de vocês terem criado Matt. Conseguem me dizer o porquê de eles estarem na Arena agora? — Falou, Robson chegou mais perto do vidro igual Pedro para ver os outros batalhando.

Golpe seguido de golpe, investida seguido de outra investida, altos feixes de luz seguido de outros feixes de luz. Cada um deles lutava como se sua vida dependesse disso, depois de cada movimento uma parada leve para suspirar pesadamente e poder recuperar um pouco de folego, mas para eles isso não era uma luta.

— Eles estão se divertindo — Robson respondeu e Chronos confirmou.

— O que mais me chamou a atenção em vocês é que vocês sabem o sabor da batalha, vocês sabem que uma batalha é cansativa, enjoativa e perigosa, mas acima de tudo isso vocês sabem que uma batalha é divertida. Sabem diferenciar quando a batalha é perigosa para quando é divertida, vocês sabem o sabor da batalha. 

— Isso seria algo de sobrenatural? — Robson perguntou apontando para a arena. Eles haviam parado de lutar e estavam vigiando um portal que se abriu no meio da arena.