O Mascarado e a Bruxa de sangue escrita por Mari Mitarashi


Capítulo 5
O filho prodígio


Notas iniciais do capítulo

O garoto prodígio apareceu!

Confesso que a dinâmica de pai e filho do Dick e Bruce é simplesmente perfeita!



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Richard Grayson, o primeiro Robin e atual segundo líder dos Titãs estava tendo um dia bastante ruim. 

Ele estava sentado sozinho rodeado por dezenas de papeladas burocráticas que o seu ex-tutor havia jogado para ele. Já não bastava o estresse com a sua equipe e agora isto. Dick estava prestes a jogar tudo pelos ares e mandar todos à merda, mas era responsável demais para isso.

— Bom dia Richard — Kory cantarolou ao entrar em sua sala trazendo uma bandeja de café da manhã.

— Kory! Bom dia para você também.

— Céus, Richard. Você está horrível, olha essas manchas horríveis debaixo dos seus olhos.

— Desculpe, eu não tenho dormido muito ultimamente.

Dick a puxou para o seu colo, a tempos que não tinha um momento a sós com a namorada, e aquilo o deixava louco. Desde que Kory ficou incumbida da liderança dos titãs, e ele de toda burocracia, ambos não possuíam mais vida pessoal. Tudo se resumia a trabalho e mais trabalho.

— Richard! Se eu tivesse derrubado a bandeja em cima desses papéis? — Kory o repreendeu.

— Seria um baita sujeira — disse o herói encostando os lábios contra o pescoço da princesa. — Você está muito cheirosa.

— Richard… — Kory gemeu ao sentir o beijo cálido na base de seu pescoço. 

A bandeja fora posta em cima da mesa, as mãos do acrobata acariciava as coxas torneadas da mulher em seu colo, o shorts curto facilitava sua exploração da pele macia, cada movimento era pensado para instigá-la a querer cada vez mais daquele toque ousado. Kory lentamente encostou-se contra o peitoral de Dick, deixando-se levar. Ela também sentia falta daqueles momentos mais profundos com o humano, somente ele sabia levá-la à mais profunda loucura, fazendo-a esquecer de tudo à sua volta.

Grayson sorriu maliciosamente ao ouvir o primeiro gemido tímido sair dos lábios de Kory, a sua outra mão livre tocou os seios fartos por cima da camiseta, sentindo o calor que emanava da pele alaranjada. Aquela mulher sabia ser sensual sem se esforçar ​muito para tal.

Mas os planos do ex-vigilante de Gotham fora frustrado pelo som irritante do comunicador em cima da mesa.

— Atende Richard, deve ser importante — Kory sussurrou ao sair de cima dele.

— E quando não é? — ironizou o herói.

Dick pressionou o aparelho esperando a imagem de quem o perturbava. Para a surpresa do herói, Bruce apareceu no holograma, o playboy estava abatido e com uma expressão preocupada em seu rosto.

— Bom dia Dick e… Kory?! — Bruce estava visivelmente espantado com a presença da princesa. — Atrapalho algo?

— Não Sr. Wayne. Estava apenas deixando o café da manhã para o Richard — Kory o tranquilizou, o beijo na face do namorado fora deixa para que rumasse para fora do quarto permitindo que, pai e filho tivessem mais privacidade.

Dick esfregou os olhos tentando parecer mais acordado.

— O que aconteceu Bruce? — questionou Dick.

— Damian.

A menção do filho mais novo e problemático fez Dick ficar alerta — Qual é o estrago da vez? Sinceramente, Bruce… 

— Thalia contou para Damian que Slade é o pai biológico dele — disse o bilionário. — Ele está muito mal… eu nunca o vi agir de modo tão frágil.

— O quê?! — A expressão serena no rosto de Dick mudou radicalmente com a informação.  

— Eu gostaria que você falasse com ele. Talvez Damian te ouça — Bruce suspirou alto.

— Espera Bruce! Slade pai do Damian, é algum tipo de piada? — Grayson levantou da cadeira, o seu semblante era de pura descrença. — Achei que a Thalia havia engravidado quando te drogou.

— Ela disse que mentiu, mas não confio na palavra dela. Por isso que eu estou fazendo um exame de DNA para confirmar o que ela diz é verdade — o príncipe de Gotham manteve o mesmo tom calmo. 

— Se ele não for o seu filho de sangue?

Bruce abaixou o olhar para algum ponto que Dick não sabia qual era, ele sorriu discretamente.

— Nunca me impediu de amá-los. Sendo de sangue ou não, Damian será sempre meu filho — disse sincero. 

— Isso deve ter acabado com o ego dele — Dick olhou para o café da manhã em cima da mesa bagunçada. — Eu irei o mais rápido possível para Gotham. 

— Obrigado Dick.

 

 

***

 

 

 

A mansão Wayne nunca fora tão imponente como naquele momento. 

Os dias frios de Gotham o fizeram se sentir em casa, o clima sombrio da cidade trazia um ar nostálgico de sua infância vivendo ao lado do príncipe playboy. Foi com ele que aprendeu a separar Dick Grayson de Robin, sendo uma pessoa perfeitamente oposta. 

Ainda encarando os portões de ferro pesados ele respirou fundo empurrando, as folhas secas das árvores peladas do jardim dançavam com a brisa matinal. O leal mordomo da casa Wayne o esperava com um sorriso acolhedor, sempre vestido impecavelmente, a face serena possuía rugas que Dick não lembrava de estarem ali na última vez que viu Alfred. Realmente o tempo estava passando.

— Bem-vindo, mestre Grayson — Alfred o cumprimentou.

— É bom estar de volta ao lar! — Dick sorriu amável para o mordomo— Bruce já deve está de pé, eu imagino.

Alfred fez menção de pegar a bagagem, porém Dick não permitiu.

— Patrão Bruce o espera para o desjejum.

Ele pensou em recusar o convite do seu pai adotivo, mas não fez, seria rude da sua parte negar aquele momento de pai e filho que raramente tinha com Bruce.

A mansão estava do mesmo jeito que deixara na última vez, o tempo não passava dentro daquele lugar, tudo permanecia com o clima sombrio que pairava sobre a propriedade Wayne. Era assustador pensar que cresceu em meio às trevas de Gotham.

Os olhos azuis de Dick arregalaram levemente ao ver Tim devorando os dezenas de pãezinhos feitos por Alfred, quem via o adolescente comendo desesperadamente não imaginaria que ele era um combatente exímio contra o crime que assola a cidade. Os olhos do jovem herói encheram-se de alegria ao ver o irmão mais velho parado na entrada da sala de jantar. 

— Diu...cku! — saudou Tim da melhor forma que a boca cheia permitiu. 

— Termine de mastigar antes de falar, patrão Drake — Alfred o repreendeu pelos maus modos à mesa. — Somos civilizados.

— Bem-vindo de volta, Dick. É bom tê-lo em casa novamente — a voz de Bruce percorreu toda a sala até os ouvidos de Grayson.

— Olá pai.

 

 


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