O Mascarado e a Bruxa de sangue escrita por Mari Mitarashi


Capítulo 2
O verdadeiro filho...


Notas iniciais do capítulo

A linha temporal se mistura com alguns eventos da Justiça jovem.

Confesso que sentir uma pena do Damian ao escrever este capítulo.



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Damian Wayne estava entediado em cima do prédio observando o seu pai mais uma vez lutando contra a legião do mal, guiar civis como um pastor guia suas ovelhas não é o trabalho para alguém como ele. Filho do maior detetive e a melhor assassina do exército de Ra 's Al Ghul, foi feito para ser algo maior e não ajudante de super herói. 

Os gritos histéricos tiraram de sua enfurecida reflexão, irritado ele atirou um batrang na frente dos escandalosos civis e apontou para sua esquerda para direção que deveriam seguir. 

— Malditos idiotas, parecem baratas tontas — resmungou o jovem herói encostando-se na parede. 

Olhos aguçados por debaixo da máscara arregalaram-se ao ver o corpo supermusculoso do homem de aço vindo em sua direção em alta velocidade. Damian pulou para o lado desviando do corpo que colidiu contra a parede de concreto, Superman estava inconsciente. 

— Superman… — a voz preocupada de Diana soou atrás de Damian. — Maldito, farei provar do meu aço! 

Os olhos rápidos do menino prodígio viram o exato momento em que Diana desferiu um golpe no peito Klarion. O menino bruxo caiu no chão, mas o mestre dos esportes atingiu em cheio a campeã das Amazonas, o contra ataque fora efetivo, pois Diana caiu inconsciente no chão. 

— Achei que a grande princesa das amazonas fosse mais difícil de derrotar. — Zombou o mestre dos esportes. 

— Acho melhor você se concentrar na luta, Mestre dos esportes. 

A voz sombria do vigilante de Gotham soou atrás do vilão acompanhada por um soco que acertou em cheio a face do Mestre dos Esportes, o nocauteando. Klarion tentou fugir, mas foi impedido por uma flecha de Tigresa. E um a um dos vilões foram caindo, graças ao surgimento de Shazam e Destino. 

— Obrigada pela ajuda — agradeceu Canário. 

— Disponha — disse Artemis. 

A heroína observava mais uma vez o seu pai sendo levado e contido pela polícia, era uma cena que ela estava acostumada a ver desde de criança. Presenciar seus pais presos e passar meses na casa de pessoas estranhas quase virara rotina, suas esperanças de ter uma família normal nunca a deixaram mesmo agora. 

— Você chegou no momento certo. Como soube que estávamos aqui? — questiona Shazam, curioso. 

O olhar da arqueira se tornou triste, seus dedos foram para o colar em seu pescoço. Aquele objeto foi o último presente que seu amado a dera antes de tudo aquilo acontecer, ainda doía lembrar que a vida junto a dele fora destruída em um passe de mágica. 

— Estava indo visitar o túmulo de Wally… — Voz pesada saiu com dificuldade dos lábios finos. — E acabei percebendo que a legião estava aqui, resolvi ajudar. 

Todos os heróis presentes mudaram o semblante, não havia ninguém que não sentisse falta do ruivo, até mesmo Destino de alguma forma tinha um certo apreço pelo velocista. Não era segredo para ninguém que Ártemis na mesma data sempre ia depositar flores no túmulo do falecido herói, aquilo de alguma maneira mantinha a memória de Wally viva na mente da heroína. 

— Bem, vocês não precisam mais de mim. Até logo — despediu-se a jovem mulher. 

Damian observava aquela mulher de uniforme laranja se afastar, ele possuía informações sobre ela que claramente conseguiu ao hackear o sistema da liga. O jovem assassino sabia do que eles falavam, tinha todos os dados referentes à crise que ocorreu a três anos atrás. Claramente os erros consecutivos foram o catalisador para a morte desnecessária daquele herói. 

O barulho dos gemidos de dor de Superman chamaram atenção do menino, os olhos analíticos viam atentamente Lanterna verificando se o homem de aço estava bem. Os danos causados por Klarion provocaram dor no kryptoniano, mas nada que fosse preocupante, com toda certeza dentro de alguns dias ele estaria bem e pronto para outro combate com Klarion. 

— Damian. 

A voz grossa de Batman chamou atenção do ajudante, o homem morcego se aproximou devagar como averiguar-se o estado do seu filho, detalhe que não passou despercebido por Damian. Os olhos do garoto se apertaram por debaixo da máscara preta, seus lábios se comprimiam demonstrando sua irritação com aquele olhar analítico sobre si. 

— O que quer, pai? — perguntou impaciente. 

— Agradecer pelo seu bom trabalho ao ajudar os civis. 

A expressão irritada no rosto do jovem herói ficou mais evidente, detalhe que não agradou nada o justiceiro de Gotham. 

— Qualquer acéfalo conseguiria guiar aqueles idiotas — tom sarcástico palpável na voz do herói veio acompanhado de um sorriso. 

— Guiar os civis para uma área segura… 

— É um dever de um herói também. Eu sei disso, não precisa tagarelar de novo — falou Damian. — Cansei de servir de pastor de ovelhas. 

— Não irei colocá-lo em um campo de batalha sabendo que não possui habilidades, competências e disciplina para tal — diz Batman. 

— Eu não nasci para isso, fui treinado para situações mil vezes piores que essas — retruca Damian raivoso. 

— Não irei cometer o mesmo erro novamente… 

Damian sabia do que Batman falava, Alfred contou a ele a respeito do segundo ajudante e do seu final trágico. A morte do segundo perturbava o seu pai todos os dias, mesmo com o responsável trancado no Arkam, não era o suficiente para livrar os tormentos dele. E Damian lembrava muito o comportamento rebelde do segundo filho, coisa que seria perigosa a ele e se algo que acontecera com Todd ocorresse com o garoto. Bruce não se perdoaria jamais. 

— Entenda Damian, só quero o melhor para você. Nada mais do que isso. 

— Meu melhor? Você chama o desperdício das minhas habilidades assim — riu o garoto ironicamente. 

— Sou seu pai e sei o melhor para você, garoto. 

— Mamãe saberia o que é melhor pra mim — novamente retrucou. 

O semblante no rosto de Damian fez todos enxergarem a criança que ele ainda era, ele sentia saudades de sua mãe, mas Thalia não se arriscaria para ver o filho. Damian não se resumia apenas a uma arma de matar, ele era uma criança e sentia falta da mãe. 

— Damian, a sua mãe não está aqui — o vigilante falou sério. 

— É, eu sei… 

O menino adulto começou andar para direção oposta dos heróis, a capa amarela movia com vento que soprava e assim desapareceu na escuridão da noite deixando para trás o seu pai. 

— Eu preciso… — Disse Batman. 

— Tudo bem, pode ir. — Superman sorriu para o amigo. 

E como o filho Bruce sumiu nas sombras sobre o olhar preocupado de Diana. 

 

 


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