John POV

Eu visitava Nanda todos os dias, mas não ficava muito tempo lá, não queria me envolver tanto com a família, já que não ficaria muito mais tempo com eles.

Alice vinha aqui quase todos os dias. Eu sabia que vinha em busca de novidades ou de mudanças na teia que o futuro ia tecendo, mas estas não aconteceriam, já estava tudo determinado.

Ouvi a porta sendo aberta, e desci rapidamente as escadas.

“Oi Lice!”

“Oi John! Alguma novidade?” Era a mesma pergunta que fazia todos os dias desses 2 meses que se passaram “... Edward não está agüentando ter que ficar escondendo tudo dela, ele mal consegue a olhar nos olhos...”

Que droga! Será que ele não pensou como foi difícil ter que esconder tudo dela por esses 12 anos? Eu podia dizer que a conhecia muito mais do que ele! Essa mentira acabava comigo a cada dia que passava, e ainda hoje me fazia sofrer.

“Ele acha que eu também não me sinto mal por tudo isso Lice? Mas que droga! Ele tem que esperar só mais um tempo... não pode revelar tudo agora. O estado de Nanda ainda é muito sensível, e pode fazer mal aos bebês...”

“Eu sei que... Peraí! Você disse... be... bês, bebês?? :o”

“Sim... bebês!”

“Então... são mais de um?”

“São... mas não conte a eles, eles irão descobrir por si próprios!”

“Mas... quantos são? Eu posso saber?”

“Não! Vai ficar sabendo junto com todos, Sra. Curiosa!”

“Você é mau! :( Só porque eu não posso ver... mais que saco!” Ela cruzou os braços na frente do corpo e chutou o ar à sua frente.

“Apenas não acho certo você saber, antes mesmo da própria mãe deles...”

“Mas eu soube que ela tava grávida, e primeiro que ela!”

“Isso é... diferente”

“Não sei como... mas deixa pra lá! Mas você pode me falar... tipo... como vai ser? Eles podem ser vistos pelo... er... ultrassom? O que vai acontecer?”

“Bom... o envoltório que cobre um bebê normal é perfeitamente traspassável pelo ultrassom, mas não estamos falando de bebês normais aqui... Carlisle vai tentar vê-los, mas não obterá sucesso, e só vai haver uma maneira de vê-los...”

“Qual?” Ela perguntou. Eu sabia que ficaria curiosa, mas não poderia lhe contar... Nanda deveria saber de tudo primeiro, eu devia isso à ela.

“Não vou dizer, curiosa! :P” Mas o que iria acontecer seria maravilhoso, e iria surpreender a todos.

Lice saiu descontente com a minha recusa em lhe contar tudo, mas eu precisava que Nanda visse tudo com os próprios olhos o que aconteceria, eu devia isso à ela... à Bella...

Com esse pensamento me dei conta de que a hora em que eu teria que contar tudo à ela estava chegando depressa...

Subi as escadas rapidamente e abri meu closet e tirei várias caixas de dentro dele, e de dentro de uma delas, tirei algo.
Lá, no mesmo lugar que eu havia deixado estava ela... a caixinha...

A peguei em minhas mãos e a encarei. Comecei a passar as mãos pelas iniciais gravadas ali, “B.S.”
Nanda sequer sabia para quem era aquela caixa... mas eu sim... eu sempre soube...

A caixa era para ela mesma. Isabella Swan... Bella Swan. Coloquei as iniciais de Bella Swan e não de Isabella, pois sabia que assim a despistaria, e despistaria também a qualquer um que visse a caixa antes da hora. Coloquei mais uma coisa nela, o meu último presente à Bella.

Guardei a caixa e voltei ao meu foco. Todos esses dias, depois das visitas que eu fazia à Nanda eu treinava... treinava para minha luta contra os Volturi, treinava para a batalha iminente, que selaria o destino que eu tanto vi, o destino de todos os Cullen, de Nanda... o meu destino.

Eu sentia cada vez mais minha marca arder em minha nuca. Quando será que a marca de Nanda pareceria?