Eternal escrita por gisellecullen


Capítulo 92
90- Tentando fazer uma cabeçuda mudar de idéia


Notas iniciais do capítulo

O nome é longo ma define bem o capitulo...



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Jake POV (continuação)

E ela não iria ouvir. Como sempre. Eu tinha certeza. Como havia concluído antes, era mais teimosa que uma mula, assim como Bella.

Edward não respondeu ou comentou os meus pensamentos enquanto guiava o caminho de volta pra casa. Eu imaginei o lugar que ele escolheu parar. Era longe o suficiente da casa para que os outros não ouvissem seus sussurros? Era essa a questão?
Talvez. Quando nós entramos a porta, os olhos dos outros Cullen estavam suspeitos e confusos. Ninguém pareceu enojado ou ultrajado. Então eles não devem ter escutado nenhum dos favores que Edward me pediu.

Eu hesitei na entrada, sem certeza do que fazer. Estava bem melhor ali, com um pouquinho de ar respirável assoprando de fora pra dentro.

Edward andou no meio da desordem, ombros rígidos. Nanda o olhou ansiosa, e então seus olhos caíram em mim por um segundo. Então ela estava o olhando de novo.

“Nós vamos deixar Jacob e Nanda conversar com privacidade” Edward disse. Não havia inflexão em sua voz. Era... robótica.

“Só por cima das minhas cinzas” Rosalie assobiou a ele. Será que aquilo era um pedido?? Espero...

Ela ainda estava pairando a cabeça de Nanda, uma de suas mãos geladas situada possessivamente na bochecha dela.
Edward não olhou pra ela. – “Nanda” - ele disse naquele mesmo tom vazio. “Jacob quer conversar com você. Você está com medo de ficar sozinha com ele?”

Nanda olhou pra mim, confusa. Então olhou pra Rosalie.

“Rose, está tudo bem. Jake não vai nos machucar. Vá com o Edward.” Nos machucar, ela disse. Ela eu não queria... mas o monstrinho...

“Pode ser um truque” A loira avisou.

“Eu não vejo como” - Nanda disse.

“Carlisle e eu sempre estaremos na sua vista, Rosalie” Edward disse. A voz sem emoção estava quebrando, mostrando a raiva por entre ela. “Somos nós que ela tem medo”

“Não” Nanda sussurrou. Seus olhos brilhando, seus cílios molhados. “Não, Edward. Eu não...”

Ele sacudiu sua cabeça, sorrindo um pouco. O sorriso era doloroso de olhar. “Eu não quis dizer nessa maneira, Nanda. Eu estou bem. Não se preocupe comigo”

Doentio. Ele estava certo. Ela estava se batendo por machucar seus sentimentos. A garota era um clássico mártir.

“Todo mundo” Edward disse, sua mão duramente apontando para a porta. “Por favor”

A postura que ele tentava manter por Nanda era trêmula. Eu podia ver o quanto ele estava perto daquele homem que ele foi lá fora. Os outros viram, também. Silenciosamente, eles se moveram pela porta enquanto eu saía do caminho. Eles se moviam rápido; meu coração bateu duas vezes e o cômodo estava vazio exceto por Rosalie, hesitando no meio do quarto, e Edward, ainda esperando na porta.

“Rose” - Nanda disse silenciosamente. “Eu quero que você vá”

A loira olhou pra Edward então gesticulou pra ele ir primeiro. Ele desapareceu pela porta. Ela me deu um longo olhar de aviso – na verdade ameaça - e depois desapareceu, também.

Uma vez que estávamos sozinhos, eu cruzei o cômodo e sentei no chão ao lado de Nanda. Eu peguei suas duas mãos nas minhas, as esfregando cuidadosamente.

“Obrigada, Jake. Isso é bom”

Olhei para sua barriga. “Nem apareceu ainda...”

“Eu sei” - Ela suspirou. – “Mas vai... em breve”

“Vai ser feeeeio” Disse tentando sorrir; tentando.

Ela riu. “É tão bom tê-lo aqui. É bom sorrir. Eu não sei quando mais de drama eu posso agüentar”

Eu rolei os olhos.

“Okay, okay” - Ela concordou. “Eu mesma o causo”

“É, você mesma. O que você está pensando, Nanda? Sério!”

“Ele pediu pra você gritar comigo?”

“Mais ou menos. Mas não sei porque ele pensa que você iria me escutar. Você nunca escutou.” Assim como Bella. Completei mentalmente.

Ela suspirou.

“Eu te disse...” Eu comecei a dizer.

"Você sabia que o “Eu te disse” tem um irmão, Jacob?” Ela perguntou, me cortando. “Seu nome é ‘Cala a boca’ ” Respondeu assim como Bella responderia. Malcriada!

“Boa”

Ela sorriu. “É... mas eu não posso levar todos os créditos. Vi em um reprise. Sabe, coisas antigas... da sua época...”
.
“Não é mais nova que eu, vampirinha...”

“Aceitou o que sou?”

“Nunca!”

“Compreendo”

Nós não conversamos por um minuto. Suas mãos estavam começando esquentar um pouco.

“Ele realmente pediu pra você conversar comigo?”

Eu afirmei com a cabeça. “Pra tentar botar algum juízo em você. Esta é uma batalha perdida mesmo antes de começar”

“Então por que você concordou?”

Eu não respondi. Eu não estava certo de que sabia.

Eu sabia disso − cada segundo que eu passei com ela só ia acrescentar à dor que eu teria que sofrer mais tarde. Como um viciado com estoque limitado. O dia da conta estava chegando pra mim. Quanto mais doses eu tomava agora, mais difícil seria quando meu estoque acabasse.

“Vai dar tudo certo, sabe” Ela disse depois de um minuto silencioso. “Eu acredito nisso”

Aquilo me fez ver vermelho de novo. “Demência é um dos sintomas disso? Pensei que fossem só enjôos e tonturas” Eu falei.

Ela riu, mas minha raiva era tão real que minhas mãos estavam tremendo em volta das dela.

“Talvez...” Ela disse. “...Não estou dizendo que as coisas vão funcionar facilmente, Jake. Mas como eu posso ter vivido tudo o que eu vivi e não acreditar em mágica nesse ponto?”

“Mágica?”

“Especialmente pra você” Ela disse. Estava sorrindo. Ela puxou uma de suas mãos longe das minhas e apertou contra minha bochecha. Mais quente que antes “Mais do que ninguém, você tem alguma mágica esperando pras coisas darem certo pra você”

“O que você está tagarelando agora?”

“Edward me disse uma vez como era − a coisa da impressão. Ele disse que era parecido com Sonho de uma noite de verão, igual mágica. Você vai encontrar quem você realmente está procurando, Jacob, e talvez então tudo isso fará sentido”

Minha vontade agora era gritar com ela, mas me controlei, mas não pude segurar um rosnado.

“Se você pensa que a impressão pode fazer sentido nessa insanidade..” Eu briguei por palavras. “Você realmente acha que só por eu poder um dia ter uma impressão em algum estranho faria isso certo? “Eu apontei com um dedo em direção ao seu abdômen ainda reto. “Me diga de que adiantou então, Nanda! De que adiantou eu... eu... amar você? De que adiantou você amando ele? Quando você morrer” As palavras eram um rosnado “Como isso é certo de novo? De que adiantou toda a dor? Minha, sua, dele! Você vai matá-lo também, não que eu ligue” Ela estremeceu, mas eu continuei. “Então de que adiantou a sua confusa história de amor, no final? Se tivesse algum sentido, por favor me mostre, Nanda, porque eu não o vejo!”

Ela suspirou. “Eu não sei ainda, Jake. Mas eu só... sinto... que isso tudo está indo pra algum lugar bom, difícil de ver como está agora. Eu acho que você pode chamar isso de fé”

“Você está morrendo por nada, Nanda! Nada!”

Sua mão caiu do meu rosto para seu estomago, o acariciando. Ela não precisava dizer nada pra eu saber o que ela estava pensando. Ela estava morrendo por aquilo.

“Eu não vou morrer” Ela disse por entre dentes, e eu pude dizer que ela estava repetindo coisas que ela já tinha dito antes, mas para si própria. “Eu vou fazer meu coração continuar a bater. Eu sou forte o suficiente pra isso”

“Isso é um monte de porcaria, Nanda. Você está tentando segurar o sobrenatural por muito tempo. Nenhuma pessoa normal pode fazê-lo. Você não é forte o suficiente” Eu segurei seu rosto com minha mão. Eu não tinha que me lembrar de ser gentil. Tudo sobre ela parecia ser quebrável.

“Eu posso fazer isso. Eu posso fazer isso" Ela repetia mais para si mesmo, como uma criança.

“Não parece isso pra mim. Então qual é seu plano? Espero que você tenha um.

De repente uma chama de esperança, algo diferente brotou em seus olhos.

“Você sabia que Esme pulou de um penhasco? Quando era humana, quero dizer...”

“E...?”

“E que ela estava perto o bastante de morrer que eles nem se importaram de levá-la pra sala de cirurgia − eles a levaram direto pro necrotério. Seu coração ainda estava batendo, quando Carlisle a encontrou...”

Merda... Então era isso o que ela quis dizer, sobre manter seu coração batendo.

“Você não está planejando a sobreviver isso com sua parte humana“ Eu afirmei estupidamente.

“Não, eu não sou idiota“ Ela encontrou meus olhos a encarando. “Eu acho que você provavelmente deve ter sua própria opinião sobre isso”

“Vampirização de emergência” Eu murmurei.

“Funcionou com Esme. E Emmett e Rosalie, e até Edward. Nenhum deles estavam em uma boa forma. Carlisle só os transformou porque era aquilo ou morte. Ele não termina com as vidas, ele as salva”

Eu senti uma ponta de culpa sobre o bom vampiro doutor, como antes. Eu não iria querer aquilo pra mim nem se estivesse a beira da morte. Mandei o pensamento embora e comecei a implorar, lembrando do que Edward havia pedido, do nosso trato.

“Me escute, Bells. Não faça isso desse jeito” Eu não podia deixar que morresse, que se tornasse um deles. Eu sentia, de alguma forma que precisava dela viva para viver também.

“Não espere até que seja tarde, Nanda. Não desse jeito. Viva. Okay? Só viva. Não faça isso comigo. Não faça isso com El”. Minha voz ficou mais pesada, alta. “Você sabe o que ele vai fazer quando você morrer. Você já viu antes, soube o que aconteceu com Bella, não é mesmo?. Você quer que ele volte praqueles italianos assassinos?“ Ela se encolheu no sofá, o que falei pareceu tê-la atingido mais do que deveria.

Ela respirou fundo. “Isso é a coisa certa a fazer...” Seu olhar tocou seu estômago e ela sussurrou por baixo da respiração “Eu não vou matá-lo”

Agora os olhos dela brilhavam

“Eu sonhei com um menino esses dias...“ Ela dizia acariciando aquilo.

“Não é um bebê bonitinho aí dentro, Nanda”

“Vamos ver“ Ela disse. Quase presunçosa.

“Você não“ Eu disse”

“Você é muito pessimista, Jacob. Há uma chance que eu talvez escape disso”

Eu não pude responder. Eu olhei pra baixo e respirei fundo e devagar, tentando diminuir minha fúria. Uma chance... entre quantas??

“Jake“ Ela disse, e mexeu no meu cabelo, roçou minha bochecha. “Vai ficar tudo bem... vai sim”

Eu não olhei pra cima. “Não. Não vai ficar tudo bem”

Ela limpou algo molhado da minha bochecha. “Shh...”

“Qual é o trato, Nanda? “ Eu olhei pro carpete pálido. Meus pés estavam sujos, deixando marcas. Bom. “Eu achei que o centro de tudo era que você queria seu vampiro mais que tudo. E agora você está simplesmente desistindo dele? Isso não faz nenhum sentido. Desde quando você está desesperada pra ser uma mãe? Se você quisesse tanto isso, por que você está com um vampiro?”

Eu estava perto de fazer aquela oferta que ele queria que eu fizesse. Eu podia ver as palavras me levando desse jeito, mas eu não podia mudar suas direções.

Ela suspirou. “Não é desse jeito. Eu não dava a mínima pra ter um bebê. Eu nem pensava nisso. Não é só ter um bebê. É... bem... esse bebê”

“É um assassino, será como ele... o pai”

“Ele não é. Sou eu que sou fraca... mas sei que vou conseguir... Mas eu posso fazer isso, Jake, eu posso!”

“AW, vamos lá! Cale a boca, Nanda. Você pode falar isso pro seu sugador de sangue, mas você não está me enganando! Você sabe que não vai conseguir”

Ela me olhou. “Eu não sei disso. Eu estou preocupada com isso, claro!”

“Preocupada com isso” Eu repeti por entre meus dentes.

Ela segurou seu estomago. Minha fúria desapareceu como uma luz sendo apagada.

“Eu estou bem“ - ela disse - “Não é nada”

Novamente ela acariciava o monstrinho, aquilo só me fez sentir um pouco louco”

“Nanda...“ Eu disse.

Ela ouviu a mudança na minha voz. Ela olhou pra cima, parada respirando pesadamente, seus olhos confusos.

“Nanda, não faça isso”

“Jake... eu..”

“Me ouça. Não se dê por vencida ainda. Okay? Só ouça. E se...?”

“E se o que?”

“E se isso não fosse um negócio de uma chance? E se não fosse tudo ou nada? E se só ouvisse Carlisle como uma boa garota, e ficasse viva?”

“Eu não...”

“Eu não acabei ainda. Você fica viva. Aí você pode começar de novo. Se isso não funcionar. Tente de novo!”

Ela fez uma carranca. Levantou uma mão e tocou onde minhas sobrancelhas se juntavam. Seus dedos alisou minha testa por um momento enquanto ela tentava entender.

“Eu não entendo... O que você quer dizer, tentar de novo? Você não pode achar que Edward deixaria eu...? E que diferença ia fazer? Eu tenho certeza que qualquer bebê...”

“Sim“ Eu disse. “Qualquer tipo de bebê dele seria do mesmo jeito”

Seu rosto cansado só ficou mais confuso. “O que?”

Mas eu não pude dizer mais. Não tinha porquê. Eu nunca seria capaz de salvá-la de si mesma. Eu nunca conseguiria fazer isso.
Então ela piscou, e eu pude ver que ela entendeu.

“Oh. Urgh. Por favor, Jacob. Você acha que eu devo matar meu bebe e o substituir com algum substituto genérico? Inseminação artificial?” Ela estava brava agora. “Por que eu iria querer ter o bebê de um estranho? Acha que é assim? Qualquer bebê serve?”

“Eu não quis dizer isso“ Eu murmurei. “Não um estranho”

Ela foi um pouco pra frente. “Então o que você está dizendo?”

“Nada. Não estou dizendo nada. Como sempre”

“De onde aquilo veio?”

“Esqueça, Nanda”

Ela carrancou, suspeita. “Ele pediu pra você dizer isso?”

Eu hesitei, surpreso que ela entendeu tão rápido. “Não”

“Foi ele, não foi?”

“Não, realmente. Ele não disse nada sobre artificial, que seja”

Seu rosto ficou mais suave, então ela afundou nas almofadas, parecendo exausta. Ela olhou pros lados quando ela falou, não falando comigo nem um pouco.

“Ele faria qualquer coisa por mim. E eu estou o machucando demais... Mas o que ele está pensando? Que eu trocaria isto” − sua mão traçou sua barriga – “pelo de algum estranho...” Ela murmurou a última parte, e então sua voz quebrou. Seus olhos estavam molhados.

“Você não precisa o machucar“ Eu sussurrei. Queimou como veneno na minha boca por ter que implorar por ele, mas eu sabia que desse ângulo era mais provável eu mantê-la viva. Ainda com poucas chances. “Você podia fazê-lo feliz, Nanda. E eu realmente acho que ele está perdendo. Honestamente, eu acho.”

Ela parecia não estar ouvindo; sua mão fazia pequenos círculos em seu estômago enquanto mordia seus lábios.
Eu fiquei quieto por um longo tempo. Eu imaginei se os Cullen estavam muito longe. Eles estavam ouvindo minhas patéticas tentativas de raciocinar com ela?

“Um estranho não?“ Ela murmurou pra si mesma. Eu estremeci. “O que exatamente Edward disse pra você?“ Ela perguntou com a voz baixa.

“Nada. Ele só achou que você me ouviria”

“Não isso. Sobre tentar de novo”

Seus olhos se trancaram nos meus, e eu pude ver que eu já tinha entregado muito.

“Nada”

Sua boca abriu um pouquinho. “Wow”

Ficou silencioso por algumas batidas de coração. Eu olhei pros meus pés de novo, incapaz de encontrar seu olhar.

“Ele realmente faria qualquer coisa, não faria?“ Ela sussurrou.

“Eu disse que ele estava ficando louco. Literalmente!”

“Estou surpresa que você não o delatou logo de cara. Colocá-lo em problemas”

Quando olhei pra cima, ela estava dando um sorriso forçado.

“Eu pensei nisso” Tentei sorrir de volta, mas o sorriso se desfez no meu rosto. Ela sabia o que eu estava oferecendo, e ela não ia nem pensar duas vezes sobre isso. Eu sabia que ela não ia.

“Não há muita coisa que você não faria por mim, também, há? “ Ela sussurrou. “Eu realmente não sei porque você se importa. Eu não mereço nenhum de vocês dois”

“Mas não faz diferença, faz?”

“Dessa vez não“ Ela suspirou. “Eu queria poder explicar pra você certo pra que você entenda. Eu não posso machucá-lo” − ela apontou pro estomago – “não mais do que pegar uma arma e atirar em você. Eu o amo”

“Por que você sempre tem que amar as coisas erradas, Nanda? Parece até com...”

“Bella?? E não... eu não acho que nós amamos as coisas erradas, apenas as certas para nós!”

Eu limpei o nó na minha garganta para que minha voz saísse forte do jeito que eu queria “Acredite... ama sim...”

Eu comecei a levantar. Eu tinha que sair dali... não agüentaria muito mais.


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Notas finais do capítulo

finalmente o capitulo saiu!!! õ/espero q gostem meninas...bjs&bjs



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