Eternal escrita por gisellecullen


Capítulo 91
89- Proposta


Notas iniciais do capítulo

e agora, um sordida conversinha... q vcs devem se lembrar mto bem...



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Jake POV

“Você a conhece melhor” - ele sussurrou. “Eu achei que ela estivesse com medo - seria o natural. Eu pensei que ela estivesse com raiva de mim por tê-la sujeitado a tal, por ter colocado a vida dela em perigo. De novo. Eu nunca imaginei que ela estava realmente pensando, no que ela estava resolvida a fazer. Não até que encontrei seu leito de hospital vazio, e senti o cheiro de Rose no quarto... Eu não entendi até que me lembrei... de uma conversa das duas... Até você percebeu depois de um segundo... elas estão mais próximas...” Ele desviou o olhar, rosnando.

“Voltando um instante. Ela não vai deixar você?” - O sarcasmo estava ácido na minha língua.
“Você já parou pra pensar que ela é tão forte quanto qualquer outra garota de 50 quilos? Quão estúpidos são vocês vampiros? Segurem-na e nocauteiem-na com remédios”

“Eu quis fazer isso assim que percebi o que ela pretendia”- ele suspirou – “Carlisle teria feito...”

O que, eles eram tão nobres assim?

“Não. Não nobres. A guarda costas dela complicou as coisas”

Oh. A história dele não fez muito sentido antes, mas agora sim. Então era isso que a loira estava fazendo. O que ela queria? A rainha da beleza queria tanto que Nanda morresse? Ou ela queria aquela cria que ela carregava para si?”

“Talvez” Ele disse “Rosalie não vê as coisas bem desse jeito”

“Então, tire a loira do caminho primeiro. Sua espécie pode se regenerar não? Faça dela um quebra-cabeças e cuide da Nanda”

“Emmett, Alice, e Jasper também estão nessa. Eles nunca nos deixariam...  E creio que Esme também, e Carlisle não me ajudaria com Esme contra isso...” Agora ele falava apenas num fio de voz.

“Você devia ter deixado a Nanda comigo”

“Sim”

Era um pouco tarde pra isso. Talvez ele devesse ter pensado nisso antes que eles fizessem o monstrinho sugador de vida.
Ele olhou pra mim de dentro do seu inferno particular, e eu podia ver que ele concordava comigo.

“Nós não sabíamos” - ele disse, palavras calmas como um suspiro “Eu nunca pensei nisso.
Nunca houve algo como Nanda e eu antes. Como nós poderíamos saber que uma humana poderia conceber uma criança com um de nós, quando as mulheres deviam ser rasgadas ao meio no processo?” Ele me olhava relutante com algo agora.

“É Jacob Black, pode me odiar tanto quanto eu me odeio agora”
Errado, eu pensei, nervoso demais pra falar.

“Me matar agora não vai salvá-la” Ele disse devagar.

“Então, o que a salva?”

“Jacob, você tem que fazer uma coisa pra mim”

Será que mandá-lo à merda seria uma boa no momento?

Ele se manteve olhando pra mim com aqueles olhos cansados e transtornados.

“Por ela?”

Eu fechei meus dentes com força. O maldito usava meu ponto fraco; ela. “Eu fiz o que eu pude pra mantê-la longe de você. Tudo o que eu pude. É tarde demais”

“Você a conhece, Jacob. Você está ligado a ela de um jeito que eu não posso sequer entender. Ela não vai me ouvir, porque ela acha que eu a estou subestimando. Ela acha que é forte o suficiente pra isso...” Ele respirou e engoliu seco. “Ele pode escutar você”

“Por que ela escutaria?”

Ele se balançou, seus olhos queimando mais brilhantes que antes, selvagens. Eu imaginei se ele estava mesmo ficando louco. Poderiam vampiros perder a cabeça? Da maneira que ele estava, comecei a concluir que podiam.

“É...Talvez” - ele respondeu ao meu pensamento. “Eu não sei. Parece que sim” - Ele balançou a cabeça. “Eu tenho que tentar esconder isso na frente dela, porque o estresse faz com que ela fique mais fraca. Ela não pode ficar mais fraca. Eu tenho que me recompor; Eu não posso fazer isso ser mais difícil. Mas não importa agora. Ela tem que te escutar!”

“Eu não posso dizer nada que você já não tenha dito. O que você quer que eu faça? Diga a ela que ela é estúpida? Ela provavelmente já sabe disso. Diga que ela vai morrer? Aposto que ela já sabe, também”

“Você pode oferecê-la o que ela quer”

Não estava fazendo sentido. Parte da loucura? É... de fato o Cullen enlouquecera.

“Eu não me importo com mais nada, a não ser mantê-la viva” Ele disse, de repente focado no assunto. “Se são crianças o que ela quer, ela pode ter. Ela pode ter meia dúzia deles. Tudo o que ela quiser” Ele parou por um instante  "Ela pode ter filhotes, se é o que é preciso”

Ele estava fazendo piadinhas imbecis a uma hora daquelas? Ele encontrou o meu olhar por um momento e o rosto dele estava preso por um fio de controle. Eu desfranzi minha testa enquanto processava as palavras dele, e senti a minha boca abrir em choque.

“Mas não desse jeito” Ele gritou antes que eu pudesse me recuperar “Não essa coisa que está sugando a vida dela enquanto eu fico aqui, de mãos atadas! Assistindo-a adoecer e enfraquecer. Vendo isso machucando-a” Ele respirou fundo rapidamente, como se alguém o
tivesse socado no estômago. “Você tem que fazê-la ver, Jacob. Ela não vai mais me ouvir. Rosalie está sempre ali, alimentando essa loucura - encorajando-a. Protegendo-a. Protegendo aquela... coisa. Nem seu se a vida de Nanda significa muito para ela”

O barulho da minha garganta soava como se eu estivesse sufocando.
O que é que ele estava dizendo? Que a Nanda deveria o que? Ter um bebê? Comigo? O que? Ele estava desistindo dela? Ou ele pensou que ela não se importaria em ser dividida? Parecia não conhecê-la, de fato. Se era como Bella, jamais aceitaria aquela loucura.

“Qualquer coisa. Qualquer coisa que a mantenha viva”

“Essa é a coisa mais louca que você já disse” - eu resmunguei.

“Ela ama você”

“Não o bastante”

“Ela está prestes a morrer pra ter um filho. Talvez ela aceite algo menos extremo”

“Você não a conhece não?”

“Eu sei, eu sei. Vai ter que ser bem convincente. É por isso que eu preciso de você. Você sabe como ela pensa. Faça-a ver”

Eu não conseguia pensar no que ele estava sugerindo. Era demais. Impossível. Errado. Doentio. Pegar Nanda pra um fim de semana e depois devolvê-la como um filme na locadora?
Terrível.
Tão tentador. Era melhor eu parar de vez de pensar... Sim, com um leitor de mentes por perto isso não é a melhor coisa a se fazer...
Eu não queria considerar, não queria nem mesmo imaginar, mas as imagens vinham. Eu fantasiei Nanda, várias vezes, de volta onde ainda havia uma possibilidade de nós, e mesmo depois de ter desfeito essas fantasias, elas permaneciam feridas abertas, porque não havia possibilidade, no mais. Eu não tinha sido capaz de evitar. Eu não podia me impedir agora. Nanda nos meus braços, Nanda suspirando o meu nome... Ainda pior, essa nova imagem que eu não tinha tido antes, uma que não tinha sequer existido pra mim. Até agora. Uma imagem que eu sabia que eu não teria sofrido por anos se ele não tivesse enfiado na minha cabeça. Mas estava lá, tecendo teias no meu cérebro como ervas daninhas - venenosas e imortais. Nanda, saudável e brilhante, bem diferente de agora, mas algo era o mesmo: o corpo dela, protegendo meu filho.

Eu tentei escapar da rede venenosa na minha cabeça. “Fazer a Nanda ver? Em qual universo você vive?”

“Ao menos tente”

Balancei minha cabeça rapidamente. Ele esperou, ignorando uma resposta negativa porque ele podia ouvir o conflito na minha cabeça.

“De onde veio toda essa besteira? Você está fazendo isso pra que?”

“Eu não tenho pensando em mais nada, a não ser maneiras de salvá-la desde que eu percebi o que ela estava planejando. Pelo que ela pretendia morrer. Mas eu não sabia como falar com você. Eu sei que você não atenderia se eu ligasse, e é difícil deixá-la, mesmo que por alguns minutos”

“O que vai ser aquilo?”

“Nenhum de nós tem idéia. Mas com certeza será mais forte que ela”

Eu pude de repente ver então - ver o monstrinho na minha cabeça, destruindo-a de dentro pra fora.

“Me ajude a acabar com isso” - ele sussurrou. “Me ajude a impedir que isso aconteça”

“Como? Oferecendo os meus serviços?” Ele não pareceu se aborrecer com o que eu disse, mas eu sim. “Você é realmente doente. Ela nunca vai ouvir isso’

“Tente. Não há nada a perder agora. Vai doer fazer isso?”

“Doeria em mim. Eu já tive doses suficientes de rejeição de Bella, quer que eu tenha de Nanda também?”

“Um pouquinho de dor pra salvá-la? É um custo muito alto?”

“Mas não vai funcionar”

“Talvez não. Talvez isso a deixe confusa. Talvez ela repense sua decisão. Um momento de dúvida, é tudo o que eu preciso”

“E então você volta atrás na oferta?”

“Se ela quer um filho, é isso que ela vai ter. Eu não vou voltar atrás”

Eu não podia acreditar nem mesmo que eu estava pensando sobre isso. Nanda me socaria - não que eu me importasse muito com isso, mas ela provavelmente quebraria a mão em meu rosto.
“Não devia ter deixado ele falar comigo, confundindo a minha cabeça. Eu devia era matá-lo agora”

“Não agora” - ele suspirou. “Não ainda. Certo ou errado, isso vai matá-lo, e você sabe disso. Não é necessário ser apressado. Se ela não te escutar, você terá sua chance. No momento em que o coração da Nanda parar de bater, eu vou implorar pra que você me mate”

“E você não vai escapar, não como da última vez que implorou...”

A insinuação de um sorriso pareceu brotar-lhe no canto dos lábios. “Eu estou contando com Isso”

“Então, temos um trato”

Ele concordou e me estendeu sua mão fria e dura. Aquilo não era uma pergunta.

Engolindo minha repugnância, eu estendi a minha mão e alcancei a dele. Meus dedos apertaram a rocha, e eu balancei uma vez.

“Temos um trato” Ele concordou.


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Notas finais do capítulo

ah esses dois... >



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