Tão doce e tão fatal: Mel com limão e sal ✖ GSR escrita por Fénix Fanfics


Capítulo 73
Capítulo 44 - Parte Única (073)


Notas iniciais do capítulo

Desfrutem ♥



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— Gilbert Arthur Grissom, eu não vou discutir com você. – Gritou ela pelo telefone. – Você é um irresponsável e ponto final.

— Sara, mas eu... – Tentava se redimir.

— Foda-se o que aconteceu. Perdeu o avião? Atrasou o trabalho? Você perdeu outra consulta da Julia, outra ultrassonografia que eu estava sozinha. Eu... Eu estou cansada. – Bufou.

— Sara. – Ele perguntou assustado. – O que você quer dizer com isso.

— Que eu não quero mais discutir.  

— Você pode me dizer ao menos como foi na consulta?

— Não eu não posso. Lembra-se bem o que eu te falei da primeira vez? Se você quiser saber de mim ou de Julia, tem que vir, e tem que vir nas consultas. Se não pode vir, se tem outras coisas mais importantes, eu sinto muito. – Respondeu irritada. – Ligue para a doutora Beatriz, por que de mim você não vai saber nada. 

Ela então desligou o telefone na cara dele. Estava irritada, estressada e tinha algo estranho com ela. Sentia um imenso desejo de algo que não sabia explicar direito. Sentou-se a frente da televisão, cansada de brigar, ainda sim sentia seu humor péssimo e não era assim que queria estar. Estava com cinco meses de gestação e o bebê podia sentir tudo isso cada vez mais forte, queria estar serena para Julia.

Nunca havia pensando que uma gravidez poderia ser tão difícil. Ainda invejava Camila, aos seis meses de gestação de gêmeos, o casalzinho que vivia em sua barriga não incomodava a metade do que Julia fazia. Imaginava quando estivesse do lado de fora. 

Ligou a televisão tentando se distrair. 

Estava dando alguma noticia sobre colheitas recordes, e quanto mais olhava para a televisão, mais começava a salivar. Ela sabia muito bem qual era o seu desejo. O telefone tocou novamente.

— Alô. – Antedeu sem nem olhar quem chamava.

— Sar, por favor, podemos conversar como adultos? – Era Gilbert novamente. – Eu não quero discutir.

— Eu também não. – Respondeu seca. – Até por que eu estou com um problema muito maior que esse.

— O que foi Sar? – Perguntou preocupado.

— Eu estou com um desejo descomunal. Não é um desejo como os outros, mas uma vontade que parece estar dentro de mim. Céus. – Disse impaciente.

— O que você quer comer meu amor? 

— Terra. Eu quero comer terra. – Respondeu enfaticamente.

— Sara, você não está falando sério.

— Nunca estive falando tão sério na minha vida. Gris, eu vi na televisão e se pudesse lambia a tela. – Respondeu.

— Sara. Liga o computador, vamos nos falar por vídeo. Por favor, não faça uma loucura. Eu, eu vou ligar para a sua médica.

— Gris, eu não preciso de computador, não preciso de médico. Eu preciso comer terra. Não estou conseguindo controlar. – Disse afobada.

— Sara, pelo amor de Deus, me ouve. – Implorou. – Pega seu computador e liga ele agora. Vamos conversar por vídeo, daí meu telefone desocupa e eu ligo para a médica. Você não pode comer terra, por favor. Isso vai fazer mal a você e ao bebê. Você quer fazer mal ao bebê Sar?

— Eu não quero fazer mal ao bebê. – Sara caminhou  e abriu o computador. – Já abri a tela.

— Ótimo.

 Eles então desligaram o telefone, e Gilbert ao ver Sara podia ver sua expressão tão nervosa quanto um drogado em abstinência. Ela andava de um lado para o outro, mal conseguindo parar na frente da câmera.

— Vou ligar para a doutora Beatriz, está certo?

— Uhum. – Disse ela abraçando os próprios braços, sua vontade era de sair correndo dali e comprar um quilo de terra para comer.

Ele então ligou para Beatriz, já era tarde e torceu para que ela atendesse. 

— Beatriz. – Respondeu do outro lado da linha.

— Olá Beatriz. – Gilbert arriscou seu português. – Sou eu o Gilbert. Desculpe o sotaque, mas estamos com um problema.

— Aconteceu algo com Sara? – Ela perguntou visivelmente preocupada.

— Na realidade eu não sei ao certo. Estou nos Estados Unidos, e estava falando com Sara por telefone quando ela me disse que estava com uma vontade descomunal de comer terra. Eu sinceramente, não sei o que fazer.

— Você não deixou ela fazer isso, não é? – Cobrou a médica.

— Não. Pelo menos até agora. Isso é normal doutora? – Ele estava nervoso e preocupado, dividindo a sua atenção ao telefone e a tela do computador. Não tirava os olhos de Sara.

— Normal não é, mas ocorrem em alguns casos que gestantes desenvolvam a síndrome de pica por falta de nutrientes. Geralmente a vontade de ingestão de terra é ligado a falta de ferro no organismo e também ligado a questões digestivas ou enjoos. Ela anda sentindo enjoos? 

— Acredito que não. Mas o que eu faço com ela?

— Ela definitivamente não pode comer terra, isso poderia causar infecções, vermes, problemas no estomago e intestino além de por algum motivo afetar o desenvolvimento normal do feto. Diga para ela tomar o remédio para enjoo que eu já havia receitado, ainda que não esteja enjoada e comer algo com bastante ferro como feijão, beterraba, saladas verdes, se ela gostar de fígado também pode comer. Se o desejo ainda persistir até amanhã de manhã cedo ou se sentir vontade de comer outras coisas não comestíveis como tijolos ou sabonetes, peça para vir ao meu consultório para fazermos outro checkup.  – Explicou pacientemente.

— Está certo doutora, muito obrigada. – Gilbert agradeceu antes de se despedir e desligar o telefone.


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Notas finais do capítulo

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