Tão doce e tão fatal: Mel com limão e sal ✖ GSR escrita por Fénix Fanfics


Capítulo 72
Capítulo 43 - Parte Única (072)


Notas iniciais do capítulo

Desfrutem ♥



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— Gris... Gris... – Sara chacoalhava Gilbert, que estava dormindo junto com ela em sua cama.

Gilbert mencionou algumas palavras em inglês virou-se para o outro lado e continuou a dormir.

— Gris... – Ela falou mais alto, puxando o braço dele para que acordasse logo, como uma criança.

— Hm... Onde foi o terremoto... – Disse ele acordando, ainda se situando. – Que horas são? – Ele colocou a mão sobre a têmpora enquanto abria os olhos com relutância.

— Não sei, deve ser três ou quatro horas da manhã. – Ela falou. 

— Por que não está dormindo?

— Você acha que é fácil dormir com alguém fazendo malabarismos dentro da sua barriga? – Ela falou brincalhona ao mesmo tempo em que tinha um tom sarcástico na voz.

Ela pode ver Gilbert bocejar antes de se sentar na cama.

— Acorda Gris. – Ela disse manhosa. – Eu preciso que você veja isso. – Falou ela com visível sorriso na face, mais uma vez agindo como uma criança.

Ela então pegou a mão dele e depositou sobre sua barriga com cuidado. E foi movimentando ela para que ele pudesse sentir o que ela queria mostrar para ele.

— Está sentindo? – Ela perguntou. – Eu estava dormindo de lado, e deu para sentir tão bem. – Ela ainda posicionava a mão. – Sente aqui a cabecinha dela? Aqui as costas... E...  – Então Sara deu quase um pulo. – Oh meu Deus Gris, sentiu isso? – Ela disse com um sorriso tão grande na face como se estivesse a ponto de gargalhar.

Gilbert não conseguia falar, era a primeira vez que sentia seu bebê. E o primeiro chute que ele havia sentido. Seus olhos estavam mareados, ele estava quase caindo em prantos. 

— Princesa, você está me ouvindo? É o papai que está aqui fora. – Murmurou com a voz embargada. Ele então se ajeitou na cama para conseguir colocar seu ouvido na barriga de Sara. Fora quando ele sentiu outro chute que ele sentiu diretamente em seu ouvido. – Como você é forte. – Falou orgulhoso.

Sara também tinha os olhos mareados. Enquanto passava suas mãos dentre os cabelos de Gilbert, o acariciando, ela tinha de conter as lágrimas. Culpa dos hormônios ou não, estava cada vez mais chorosa, e qualquer coisa era motivo para fazê-la se emocionar.

Durante boa parte da noite ambos ficaram acariciando a barriga e dando toda a atenção a Julia, demorou até que o bebê se acalmasse dentro da barriga de Sara para deixa-la dormir. Ainda sim, era extremamente proveitoso ficarem ali acordados juntos, parecia que quanto mais tempo eles estavam perto um do outro, mais forte ficava o laço familiar e mais forte era a relação e o compromisso que tinham por aquele pequeno ser que em breve viria ao mundo, e por que já tinham tanto amor.

Quando finalmente Sara deitou na cama, ele acomodou os travesseiros para que ela se sentisse melhor. Um embaixo de sua cabeça e outro entre suas pernas. Após a abraçou por trás ficando na posição de conchinha, onde que com uma mão poderia acariciar seus cabelos e a outra ficou depositada sobre sua barriga.

Demorou a dormir, preferiu velar o sono de Sara. E somente quando teve a certeza que ela dormia profundamente, entregou-se ao seu sono também.

A noite posterior também não fora fácil, Gilbert já não dormia uma noite completa ao lado de Sara. E sentia-se culpado por estar tão longe sabendo que ela precisava tanto dele, ainda que fosse apenas para compartilhar os momentos em que Julia já fazia suas peripécias lá dentro da barriga dela, esse era seu papel como pai e na maior parte do tempo estava ausente. Tudo seria mais fácil com Sara em seu país, mas ele tentava compreender seus medos, e apesar de tudo ela era muito compreensiva também.

— O que foi meu amor? – Gilbert disse já desperto, enquanto tateava buscando seu celular para confirmar que ainda era de madrugada. Estava certo, não passava das quatro horas.

— Eu estou com desejo. – Falou mordendo o lábio inferior, e uma expressão aflita na face.

— Sexo de novo? – Perguntou espantado em tom de brincadeira.

— Não seu bobo. – Disse ela rindo, embora pouco satisfeita com a brincadeira, já que o assunto era tão importante. Quando tinha desejos poderia ficar completamente atordoada e não tinha humor para brincadeiras. – É de comer. 

— O que você quer comer? Por favor, não me diga que é outra coisa nojenta como abacaxi com feijão. – Ele ainda levava na brincadeira, mas ao se recordar da vez que a viu comendo isso fez uma cara de nojo.

— Panetones! Eu quero panetones! – Afirmou.

— O que é isso Sara? – Disse com estranheza.

— Panetone é um doce de natal, que é feito de pão e frutas cristalizadas. Você não vai deixar nossa filha nascer com cara de panetone, não é?

— E onde eu arranjo um desses?

— Em qualquer lugar, caramba! Só falta você querer que eu, uma mulher grávida, vá atrás de panetones essa hora da noite. – Falou séria.

— Sara, pelo amor de Deus, não tem como esperar até amanhã de manhã? – Ele então confirmou o horário, ainda eram três e meia.

— Gris, você não me ama? Não ama a sua filha. Eu realmente preciso comer panetone. – Logo já aparentava estar zangada.

— Malditos hormônios. – Pigarreou. 

— O que?

— Nada. Nada não. 

Ele então não teve alternativa a não ser ligar para Axel. Ele deveria saber o que era e como conseguir panetones. Panetones não eram muito comuns nos Estados Unidos, e no México – para onde ele eventualmente viajava – era conhecido como “pães doces”, ainda que no natal não era toda família que tinha o costume de comprar ou presentear.

— Pelo menos dos desejos dela esse foi o menos pior. – Axel riu arranhando em seu inglês meia boca no telefone. – Porém isso é um problema. Não vai encontrar ninguém que fabrique panetones agora.

— Eu espero nem que seja de manhã e busco. Mas preciso saber onde tem.

— É isso que você não entende. Vai ter que esperar até o natal. Panetones geralmente só são fabricados para as festividades. Fora disto, é raro encontrar quem faça panetones no resto do ano.

— Você só pode estar de brincadeira comigo. – Gilbert levou a mão a cabeça.

— Não estou. E nem vou falar esse nome aqui em casa, por que se a Camila ouvir, perigo ficar com desejo também e estamos os dois fodidos. 

— Bem, vou tentar procurar algo e ver o que consigo. – Bufou do outro lado da linha.

— Boa sorte, e na duvida sempre tem receita na internet. – Brincou.

Gilbert cogitou essa hipótese mais de uma vez, principalmente quando começou a procurar em lojas virtuais e as palavras “produto esgotado” apareciam em todos os locais. Definitivamente não havia lojas que vendessem panetones nessa época do ano. 

— Gris, está tudo bem. – Ela se apoiou nos braços dele. – Se não acha em lugar algum, realmente não precisa. – Falou com voz mansa. – Perigo a vontade até passar quando tu conseguir e eu não quero que você se sinta frustrado.

— Frustrado eu vou me sentir se não conseguir realizar o desejo de grávida da minha mulher. Estou indo para a cozinha, mas não sei se vou sair vivo de lá. – Ele riu.

— Quer ajuda? – Ela perguntou.

— Adoraria. – Ele então depositou um beijo nos lábios dela.

Eles seguiram até a cozinha, enquanto Gilbert rezava mentalmente para que Sara tivesse em casa todos os ingredientes, e ficou impressionado ao ver o quão era abastecida a cozinha dela. Ela protestou dizendo que isso começou a ocorrer depois da gravidez, já que começou a preparar mais doces como bolos e também pães.

Separaram a farinha, ovos, sal, açúcar, fermento, leite, margarina e demais essências que eram necessários para o preparo do panetone, a única coisa que não encontraram eram as frutas cristalizadas e uvas passas, porém Sara preferia muito mais as gotas de chocolate, que por sorte ela também tinha.

O preparo fora muito gostoso. Enquanto Sara misturava quase todos os ingredientes no liquidificador conforme a receita, Gilbert colocava a farinha sobre a mesa a farinha. Após misturar tudo, ela colocou no centro da farinha e Gilbert começou a misturar. 

— Venha cá. – Ele a convidou.

Ela ficou em frente a mesa, e ela se encostou por trás dela, deixando sua boca perto do ouvido dela e colocando suas mãos sobre as dela, começaram a misturar a farinha com o conteúdo despejado anteriormente. 

— Tens que misturar até ficar com a consistência de massa de pão.  – Murmurou no ouvido dela.

Ela sentiu seu corpo todo arrepiar com o hálito quente dele assim tão perto. Continuaram amassando até a massa ficar consistente, aproveitando não só o contato, mas o calor que percorriam os seus corpos. Gilbert ainda passou um pouco da massa no nariz dela a sujando, e juntos riram. Ela em seguida fez o mesmo.

Enquanto a massa tinha de descansar, que era aproximadamente quarenta minutos, eles fizeram um sexo gostoso na sala, ao colocar no forno tinham mais meia hora para namorar. 

Ao ficar pronto Sara não teve muita paciência em esperar esfriar, e logo cortou um pedaço para comer. Com cuidado, pela temperatura elevada, ela colocou na boca e provou.

— E então?  - Disse com grande expectativa e com medo de que ficasse horrível. 

— Está maravilhoso. – Disse ela com um sorriso enorme. – Você precisa provar. 

Gilbert provou e constatou, aquilo realmente havia ficado gostoso. Devoraram boa parte do panetone antes de voltarem a dormir, o que se tornava mais difícil depois do chocolate. Estavam satisfeitos de aproveitarem esses momentos juntos, já que logo estariam separados novamente.


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Notas finais do capítulo

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